Esta obra recebeu diversos prémios: Prémio Acscómic para a melhor autora revelação, Prémio Antifaz do Salão do Comic de Valência para melhor obra nacional. Foi considerado um dos melhores comics de 2021 em Espanha por revistas e jornais: La Vanguardia, Babelia, suplemento cultural do El Pais, Mondosonoro, Público, Sala de Peligro e Rockdelux.
No La Vanguardia, Xavi Ayén escreve: "Intenso, envolvente e atmosférico. [...] O leitor pode acreditar, por vezes, que ouve fenómenos naturais (as ondas, o vento) e até música em certas cenas".
Mayte Alvarado é uma cartoonista e ilustradora nascida em Badajoz em 1978. Estudou Comunicação Audiovisual, o que a ajudou a trabalhar em empresas de produção audiovisual. Desde 2013 que trabalha como ilustradora e argumentista de banda desenhada.
Os habitantes da ilha vivem sob a ameaça de uma antiga lenda: um conto de marinheiros segundo o qual uma grande onda chegará um dia para varrer tudo no seu caminho e submergir as suas casas nas profundezas do oceano.
As personagens que dão vida a esta história percorrem a sua paisagem nua e crua: uma jovem rapariga que reflecte sobre os limites do seu pequeno mundo, um homem que vive a dor de uma perda grave e um cão que parece ser o devaneio vivo da lenda da ilha.
A solidão é um dos temas desta obra, algo que pode acontecer a qualquer um de nós, mesmo quando estamos rodeados de multidões, mas que é potenciado pelo ambiente fechado e isolado, tanto física como mentalmente, em que A Ilha decorre, onde quase todas as personagens secundárias só olham para si próprias. Mas a culpa também desempenha um papel importante, sobretudo para o louco, e a decisão da protagonista de não ser mãe, algo que os coloca a ambos no mesmo sítio, não só física, mas também mentalmente.
A Ilha, Mayte Alvarado, Levoir, 152 pp., cor, capa dura, 27,90€
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