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8 de setembro de 2025

Manda msg quando chegares

Todas as histórias deste livro são verdadeiras. Aconteceram a pessoas reais, num tempo não muito distante. Pedir a uma mulher que mande mensagem quando chegar é pedir-lhe que se proteja, que esteja sempre atenta, que olhe bem à sua volta e que leve o telemóvel na mão enquanto finge que fala com alguém. É dizer que caminhe no meio da estrada e não junto aos prédios. É assegurar que estamos aqui.

Este é um grito de revolta, uma constatação, uma exposição de medos, preconceitos e avisos. Uma colectânea de episódios de todas nós e os retratos daquilo que as mulheres não podem fazer porque não fica bem, porque é provocante, porque se põem a jeito.

A luta continua.

R.G.B reuniu uma série de histórias reais de abusos e assédios e transformou-os em arte. Não para as embelezar, mas para as contar de forma a que todos ouvissem. Entre ela própria, amigas e colegas, as histórias foram tantas que não seria possível contá-las a todas.

Neste livro estão alguns desses acontecimentos, intercalados com pequenas ilustrações daqueles atos e liberdades corriqueiras que um homem não perderia um segundo a pensar nelas. Mas uma mulher pensa uma e duas vezes antes de andar de táxi à noite, sozinha; pensa se deverá comer aquele Calipo já ou esperar até chegar a casa; lamenta o autocarro cheio onde terá de aguentar um homem encostado a si; ouvirá, sem ripostar, a piadinha do médico ginecologista ou do patrão.

R.G.B. é artista visual e mãe. Este é o seu primeiro livro, que é também um protesto, um atestado de sororidade e um grito de revolta. 

Manda msg quando chegares, R.G.B., Iguana, 96 pp., capa dura, cor, 16,65€

Autora multipremiada Keum Suk Gendry-Kim de regresso com «O Meu Amigo Kim Jong-un»

O Meu Amigo Kim Jong-un é uma graphic novel escrita e ilustrada pela  autora sul-coreana Keum Suk Gendry-Kim

A obra recusa a caricatura ou a demonização simplista de Kim Jong-un, procurando compreender, sem julgamentos explícitos, quem é o homem por trás do líder. A narrativa é permeada por um tom neutro e ponderado.

A autora viveu na ilha de Ganghwa, perto da fronteira entre Coreias; o barulho das bases militares e o clima de tensão criar um contexto pessoal e visceral para a investigação. Isso confere à narrativa uma forte sensação de urgência e também uma dimensão íntima, em que a autora não se distancia como mera observadora, mas como alguém afetada por esse conflito dividido.

Keum Suk Gendry-Kim deu ao livro um formato de uma reportagem em banda desenhada — uma mistura de investigação jornalística e narrativa gráfica. Gendry-Kim intercala entrevistas com desertores norte-coreanos, especialistas, amigos que conheceram Kim durante a sua estadia na Europa e até com o ex-presidente sul-coreano Moon Jae-in.

A narrativa percorre desde a infância do líder em Pyongyang até momentos mais recentes, como as negociações com Donald Trump. Intercalada com a própria experiência da autora e a pesquisa em curso, a história tem um carácter reflexivo e humano, não limitado ao estritamente biográfico estrito.

A arte varia entre traços realistas e caricaturas subtis. O uso de duas cores no grafismo traz dinamismo e carrega uma carga simbólica forte, refletindo tensões, silêncios e emoções não expressas explicitamente.

O Meu Amigo Kim Jong-un é uma obra singular no panorama das narrativas sobre a Coreia do Norte. Não é biografia pura, nem sátira política; é jornalismo gráfico com alma — uma narrativa sensível que constrói pontes, humaniza figuras frequentemente envoltas em mistério, e convida à reflexão sobre os efeitos duradouros da divisão. É uma leitura recomendada para quem busca compreender realidades complexas com empatia, rigores jornalísticos e beleza visual.

O álbum tem a chancela da Iguana e é terceira obra de Gendry-Kim editada em Portugal.

O Meu Amigo Kim Jong-un, Keum Suk Gendry-Kim, Iguana, 288 pp., bicromia, capa mole

23 de maio de 2025

Danificada

Numa fábrica do futuro, máquinas e meios de transporte são montados por um batalhão de clones.

Todas mulheres, todas iguais, cada uma com um número. 

Elas não têm personalidade, nem ansiedades, nem se interrogam sobre a vida. 

Até que um dia a 2518 começa a sonhar com uma vida diferente. Sonha com a liberdade e um propósito até que… tudo começa a correr mal.

Nesta estreia impressionante, M.L. Vieira pega na ficção científica e na banda desenhada, e dá-lhe uma prosa poética e atual.

Danificada, M.L. Vieira, Iguana, 88 pp., cor, capa dura, 17,45€

25 de fevereiro de 2025

Volta, Snoopy!

Snoopy, a personagem de banda desenhada que conquistou várias gerações com as suas tiras repletas de humor está de volta, juntamente com o seu grupo de amigos.

Descubra o mundo de Snoopy enquanto ele luta para salvar a sua estimada casota, se faz de abutre para impor respeito, chuta bolas para aliviar a alma, põe óculos para assumir um estatuto superior… isto quando não está a dançar, a evitar gatos ou a reflectir sobre os caprichos da vida.

Este livro reúne uma selecção de tiras dos Peanuts publicadas em diferentes jornais entre 1962 e 1965, criadas com o humor inteligente, irónico e único de Charles M. Schulz.

Volta, Snoopy!, Charles Schulz, Iguana, 136 pp., p&b, capa mole, 14,35€

17 de fevereiro de 2025

O Medo

A Iguana continua a lançar a obra de María Hesse

A presente obra é um livro visceral e deslumbrante, María Hesse confronta-se com os seus próprios medos: aqueles que a acompanharam ao longo da vida e que partilha com tantas outras mulheres.

Utilizando uma linguagem profundamente visual e alegórica, a autora aborda a ansiedade, a manipulação, a vulnerabilidade, a mudança, a solidão, a loucura, a maternidade, a velhice e a morte num livro que mistura elementos de autoficção, banda desenhada e referências literárias, poéticas e musicais.

Com mais de 400 mil leitores e edições traduzidas em dezoito países, María Hesse leva a sua arte a novos patamares ao enfrentar o medo, aperfeiçoando o seu estilo narrativo e artístico para criar a sua obra mais madura até ao momento.

«Uma obra de redenção que exorciza as feridas através de uma prosa sincera sem artifícios e de desenhos de grande colorido e sensualidade. Uma obra cromática e semântica emotiva que espalha esperança. Hesse desenvolveu um estilo reconhecível pelos tons vibrantes e pelo traço curvilíneo e aquoso. Um efeito para o qual contribui não só a sua técnica, mas também um vocabulário plástico muito sensível e feminista.»

SMODA (El País)

«Uma das ilustradoras com mais personalidade em Espanha neste momento.»

Más de uno (Onda Cero)

Sem saber, María Hesse tornou-se ilustradora aos 6 anos. Mas a mãe e a professora sabiam que seria esse o seu caminho. Alguns bons anos depois, após terminar os estudos em Educação Especial, agarrou num lápis e lançou-se, profissionalmente, na piscina da ilustração. Trabalha há três anos com a editora Edelvives na produção de livros didácticos e também realiza trabalhos de ilustração para as revistas Jot Down, Maasui Magazine e Glamour.

María publicou, em várias editoras, as suas obras ilustradas: Orgulho e Preconceito, Frida Kahlo: Uma biografia, obra que ganhou o Prémio da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil do Brasil, Bowie: Uma biografia, O Prazer, a mais recente O Medo. Para além dos seus trabalhos na área da edição, María Hesse teve as suas obras em várias exposições, desenvolvendo ainda uma actividade pessoal onde a sensibilidade e as mulheres são as principais protagonistas.

O Medo, María Hesse, Iguana, 176 pp., cor, capa dura, 19,45€

20 de janeiro de 2025

Mafalda: O que é o amor?

Mais uma recolha temática de tiras da Mafalda disponível nas livrarias portuguesas. Desta vez é sobre o amor, sugerindo uma das prendas para o dia dos namorados.

Quem conhece a Mafalda sabe que Quino nunca a poria a falar sobre temas relacionados com princesas ou a discorrer sobre as obsessões amorosas que muitas vezes associamos à imaginação de uma rapariga. Para a Mafalda, o amor tem muito mais que ver com amizade, compaixão, empatia e solidariedade, com amor pelos outros, amor-próprio e amor pelas pequenas coisas da vida.

O amor é a Mafalda a interessar-se pela paz, pela humanidade e pelo conhecimento, ou a perguntar como pode pôr um penso no seu coração depois de ver crianças órfãs na rua. É o Filipe a fingir que, com o facto de Cavaleiro Solitário, é capaz de resolver todos os seus medos e inseguranças. É o Manelito a acariciar o mealheiro onde esconde as suas moedas, mas também os seus sonhos para o futuro. É a Susanita a desejar — além de casar com um médico e ter muitos filhos — ser uma boa pessoa, apesar de saber que foi educada para ser individualista. É o Miguelito a filosofar sobre a pátria e o sentido da vida. É o Gui a proclamar que a mãe é a mulher mais forte do mundo. E é também a Liberdade a consciencializar os adultos para que até a menina mais pequena do mundo é capaz de enfrentar as maiores injustiças.

Descobrir o que é o amor, a solidariedade, a ternura e a amizade através de uma pequena filósofa como a Mafalda tornou-se quase um acto de urgência.

Mafalda: O que é o amor?, Quino, Iguana, 112 pp., p&b, capa mole, 13,95€

7 de outubro de 2024

A Educação Física - Um livro profundo e melancólico sobre perda, amizade e a busca pela felicidade

Joana Mosi, uma das mais reconhecidas autoras da BD contemporânea, estreia-se na Iguana com A Educação Física, uma novela gráfica sobre uma mulher, escritora, e um retrato de uma geração.

Com o seu traço inconfundível, Mosi retrata a vida de uma mulher de trinta anos, no seu quotidiano aparentemente simples e ao mesmo tempo universal. No caminho, recupera memórias de adolescência, em especial a forma como a maioria das raparigas se sente quando está num balneário: um espaço que tanto pode ser de amizade e conversas, como um encontro com a intimidade, o desconforto e a vergonha.

 «O livro não sabe sobre o que é, porque a protagonista também não sabe quem é. É um paralelismo que resulta, que soa a honesto e que transforma A Educação Física numa obra artística, mais do que narrativa. Irá ser compreendido, sobretudo, pelas gerações que se encaixem nesta angústia contemporânea, podendo ser recebido com cinismo pelas restantes." Susana Romana in Observador

Joana Mosi é artista visual e autora de banda desenhada. É licenciada em Pintura pela Faculdade de Belas Artes de Lisboa, onde é actualmente doutoranda e professora, e Mestre em Cinema, na vertente de Realização, pela Escola Superior de Teatro e Cinema. Das suas obras em banda desenhada destacam-se Nem Todos os Cactos têm Picos (2017, Polvo), Both Sides Now (2020, Ao Norte), The Apartment (2022, kuš!) e O Mangusto (A Seita, 2023). Colabora regularmente com actividades e iniciativas culturais, a nível nacional e internacional. Participa activamente em festivais e conferências da área, e recentemente integrou a equipa de programação de curtas-metragens do IndieLisboa.

A Educação Física, Joana Mosi, Iguana, 176 pp., p&b, capa mole, 19,45€

5 de outubro de 2024

Toda a Mafalda, de Quino

Inconformada, única e inesquecível, a Mafalda é uma irreverente criança de seis anos dotada de uma personalidade forte e de uma mente inquisidora, com um olhar crítico sobre as complexidades e contradições do mundo em que vive e uma obstinação em não fechar os olhos — e a boca!

Defensora dos direitos humanos, a Mafalda opõe-se sagazmente às guerras, injustiças e desigualdades. 

E, acima de tudo, luta por que se acabe com a sopa no mundo, e com a prepotência de quem a quer impor.

Toda a Mafalda é a edição completa que reúne todos os desenhos e tiras que Quino, o seu brilhante criador, fez da sua personagem mais querida.

Com prefácio de Umberto Eco, que considera a Mafalda «a heroína do nosso tempo», esta edição inclui uma contextualização histórica das tiras, homenagens de personalidades internacionais e portuguesas do mundo das artes e do espectáculo, entre outros materiais inéditos, que nos mostram que, após sessenta anos, as observações ousadas e perspicazes da Mafalda continuam tão pertinentes como nunca.

Os elogios da crítica:

«A leitura da Mafalda deveria ser obrigatória nas escolas, mas não nas primárias, e sim nas universidades.» José Saramago

«Mafalda é a heroína do nosso tempo.» Umberto Eco

«De Quino, herdámos uma galeria de cartoons que comentavam com inteligência, humor e uma muito humana desfaçatez um mundo que ainda vai sendo o nosso.» Público

«Mafalda, uma criança que deveria ser considerada Património da HumanidadeEl País

Toda a Mafalda, Quino, Iguana, 608 pp., p&b, capa dura, 38,85€

9 de setembro de 2024

Inédito em Portugal, as tiras da Mafalda adaptadas a crianças

Depois de O Indispensável da Mafalda, que reúne as melhores tiras desta criança inconformada, e Mafalda: Feminino Singular,  onde conhecemos o seu lado feminista, Mafalda para Miúdos quer dá-la a conhecer aos mais pequenos, para que também eles cresçam com o espírito crítico e sentido de justiça que Quino imprimiu ao seu personagem.

Este ano Mafalda completa 60 anos de existência e as celebrações prolongam-se até ao final do ano, com exposições, conversas, brindes, e a publicação do muito aguardado Toda a Mafalda, a edição integral das tiras de Quino, que estava esgotada no mercado. Também foi anunciado pela Netflix o regresso da série animada, que deverá estrear em 2026.

Esta edição exclusiva dá a conhecer a Mafalda e os seus inseparáveis amigos: Filipe, Susanita, Manelito, Liberdade, Gui e Miguelito - personagens carismáticas que irão acompanhar os mais pequenos para o resto das suas vidas.

Todas as alegrias e dificuldades de ser criança se encontram nesta compilação das tiras mais ternas, engraçadas, sonhadoras e inteligentes da Mafalda, que abordam temas como a escola, os amigos, as brincadeiras, o amor, as injustiças, os angustiantes trabalhos de casa e a intragável sopa.

Mafalda para miúdos, Quino, Iguana, 160 pp., p&b, capa dura, 14,95€

8 de setembro de 2024

O segredo dos mártires: uma BD sobre um episódio desconhecido dos Descobrimentos

Esta novela gráfica, lançada amanhã pela Iguana, é baseada em factos reais, mais precisamente num acontecimento que teve a Índia, Lisboa e o imenso oceano como palcos principais.

Em 1606, a Nossa Senhora dos Mártires, uma nau portuguesa, parte da Índia para Portugal, transportando nos seus porões um incalculável tesouro mais valioso do que ouro: pimenta-preta. O vice-rei das Índias, que é também amante da rainha, está a bordo, com um enorme e cobiçado segredo na bagagem. Um segredo que lhe custará a vida.

Durante oito meses no mar, o navio terá de enfrentar a força das tempestades ea perseguição por parte de corsários holandeses, obrigando todos a bordo a lutar pelas suas vidas. Chegará a Nossa Senhora  dos Mártires ao seu destino?

Os autores

Jorge Mateus começou a desenhar assim que aprendeu a pegar num lápis. A ilustração e a BD traçaram o seu percurso profissional, assim como a caricatura. Além disso, trabalha em design, escultura e escrita. Desenhou para a maioria dos jornais portugueses e ilustrou vários livros. Também participou em várias exposições. É ainda muralista, tendo já pintado espaços em vários países.

Paulo Caetano é autor e realizador de seis documentários de Natureza e de duas séries documentais: Sete Mares e Guerreiras da Natureza. É, ainda, autor de vários livros de Natureza e Etnografia. Durante quase vinte anos trabalhou como jornalista em revistas, jornais e televisões, tendo‑se especializado em Ambiente e Conservação da Natureza.

O segredo dos mártires, Jorge Mateus e Paulo Caetano, Iguana, cor, capa dura

13 de maio de 2024

Leïla Slimani estreia-se na BD com "Nas suas mãos"

Leïla Slimani estreia-se na BD com uma biografia sobre a primeira mulher a praticar cirurgia estética no mundo.

Em Nas suas mãos, a vencedora do prémio Goncourt junta-se a Clément Oubrerie, ilustrador com várias obras premiadas e vencedor de um César para melhor animação, para dar a conhecer a vida de Suzanne Noël, feminista convicta que desafiou todas as normas da época e sacrificou a vida familiar para devolver a qualidade de vida e a autoestima aos seus pacientes – muitos deles, deformados durante a II Guerra Mundial.

Feminista convicta, Suzanne Nöel foi uma brilhante estudante de Medicina e uma pioneira da cirugia estética e reconstrutiva, especialidade considerada perigosa e desnecessária pela comunidade médica do início do século XX. Tendo-se apercebido de que a cirurgia plástica poderia constituir um instrumento valioso e útil para a emancipação da mulher, Suzanne Noël decidiu dar um contributo essencial nesse campo incipiente.

Através da cirurgia, conseguiu corrigir sinais de envelhecimento e de doença, mas também os resultantes de condições de vida difíceis e precárias. Durante a Primeira Guerra Mundial, desenvolveu igualmente técnicas cirúrgicas revolucionárias em veteranos de guerra desfigurados, devolvendo-lhes a dignidade.

Suzanne Noël não só enfrentou os preconceitos do seu tempo como lutou incessantemente pelo direito de voto das mulheres, pela sua independência e pelo reconhecimento do seu trabalho como cirurgiã plástica, tornando-se uma celebridade no seu país e no mundo inteiro.

Leïla Slimani é autora de vários romances aclamados pela crítica e pelos leitores. Canção doce (Alfaguara, 2017), vencedor do prestigiado Prémio Goncourt 2016, foi traduzido em cerca de trinta línguas. É também autora das novelas gráficas Paroles d’honneur, Sexe et mensonges (Les Arènes, 2017) e Nas suas mãos (Iguana, 2024).

Clément Oubrerie é cartoonista, argumentista e realizador de cinema. Em 2005, publicou a sua primeira banda desenhada, Aya de Yopougon, que foi traduzida em dezassete línguas. É também o autor de Voltaire amoureux, publicado pela editora Les Arènes. Recebeu numerosos prémios, nomeadamente o de Angoulême.

Nas suas mãos, Leïla Slimani e Clément Oubrerie, Iguana, 208 pp., cor, capa dura, 22,95€ 



15 de abril de 2024

Amor

Filipa Beleza estreia-se na novela gráfica com seis histórias sobre o mais nobre dos sentimentos: o amor.

Através de traços e diálogos divertidos, Amor explora várias formas de amar e expressar essas emoções, que vão desde distribuir flores, escrever canções românticas, ou cuidar de um animal de estimação.

Filipa Beleza já havia publicado alguns livros de ilustração, como Entalados e Somos (mesmo) uma merda a crescer, e tem-se destacado em festivais de banda desenhada, nacionais e internacionais. Em 2022 foi galardoada com o prémio Matilde Rosa Araújo para melhor ilustração.

Vida sem amor é como um domingo de chuva sem manta e sofá. Seja amor romântico, amor familiar ou amor pela cadela da nossa falecida avó, que, por sorte ou azar, nos calhou em herança. Em seis histórias coloridas em formato de banda desenhada, a autora explora vários tipos de amor que nos levam num carrossel de emoções — como o amor deve fazer —, deixando-nos umas vezes de coração cheio e outras de coração partido.

Amor, Filipa Beleza, Iguana, 112 pp., cor, capa dura, 16,65€



5 de fevereiro de 2024

"Tempo", a nova banda desenhada de Jorge Pinto

Tempo é inspirado no calendário feito com arbustos que marcou a infância do autor no Norte de Portugal. O resultado é uma história sobre a sua relação do passar do tempo com a memória, onde passado, presente e futuro se misturam, podendo evadir-nos ou assombrar-nos.

Um livro poético que conta com as ilustrações de Evandro Renan e as cores de Talita Nozomi.

Doutor em Filosofia Social e Política, Jorge Pinto tem já várias obras publicadas e é cabeça de lista do partido Livre pelo círculo do Porto.

Esta é uma história sobre o tempo, o tempo que não para, sobre aqueles que só conseguem ser felizes no passado e que, além de lembrar, precisam de desesquecer. Uma história sobre um homem que todos os dias atualiza um calendário feito de pequenos arbustos, um homem que se castiga e cumpre uma penitência auto imposta, esquecido pelo seus, por um crime acidental. Um livro sobre solidão, amor e o imparável avanço dos ponteiros do relógio.

Tempo, Evandro Renan, Talita Nozomi e Jorge Pinto, Iguana, 104 pp., cor, capa dura, 17,45€

20 de novembro de 2023

A espera

Premiado com o Prix BDGest de melhor novela gráfica da Ásia, A Espera explora o trauma geracional causado pela separação forçada das famílias durante a divisão entre a Coreia do Norte e do Sul.

Com alguns traços autobiográficos, Keum Suk Gendry-Kim reconstrói a difícil realidade vivida pelo rebentar da guerra, a fuga de milhares de refugiados para sul e a subsequente espera, muitas vezes eterna, pelo reencontro com os familiares perdidos nessa fuga.

Considerada BD do ano pelo The Washington Post, Forbes e Publishers Weekly​.

«Há um imediatismo, uma intimidade, que emerge destas pranchas, que mostram a memória e o trabalho artístico como processos inacabados. Gendry-Kim sugere que nada está fixo.»

LOS ANGELES TIMES

«Keum leva o leitor para alguns dos compartimentos mais inacessíveis do coração humano, lugares que estão praticamente fechados à maioria dos visitantes - e, no entanto, fá-lo quase casualmente, a economia severa dos seus desenhos não servindo de guia para o poder emotivo duradouro que contêm. Que talento!»

THE GUARDIAN

Sinopse

Gwijá tem noventa e dois anos e vive na Coreia do Sul. Após sete décadas de espera, ainda mantém o desejo de reencontrar o filho mais velho, de quem se separou quando seguia numa coluna de refugiados que fugiam do norte da Coreia. Gwijá teve de parar para amamentar a filha bebé e perdeu o marido e o filho no meio da multidão. Agora, num encontro organizado pela Cruz Vermelha, a sua amiga Jeong-Sun reencontra a irmã mais nova, após sessenta e oito anos de separação. Gwijá só deseja ter a mesma sorte e voltar a encontrar o filho.

Em 1950, a Guerra da Coreia separou famílias inteiras, que ficaram de lados opostos de uma fronteira intransponível. A partir das entrevistas que Keum Suk Gendry-Kim conduziu e dos vários testemunhos que reuniu (entre eles, o da própria mãe), o livro A Espera reconstrói o trauma familiar causado pela divisão da Coreia e pela guerra, e as suas dolorosas consequências.

A autora, Keum Suk Gendry-Kim nasceu em Goheung, na província de Jeolla (Coreia do Sul). Licenciou-se em Belas Artes na Universidade Sejong, em Seul, e concluiu a sua formação artística na École Supérieure des Arts Décoratifs de Estrasburgo. Viveu dezassete anos em França, onde começou a desenhar e a publicar as suas próprias novelas gráficas.

A Espera, Keum Suk Gendry-Kim, Iguana, 248 pp., p&b, capa dura, 20,95€

23 de outubro de 2023

O indispensável de Mafalda

Originalmente criada para uma campanha de publicidade de eletrodomésticos, Mafalda ficou na gaveta durante cerca de um ano antes de começar a ser publicada como tira cómica num jornal. A partir daí, rapidamente conquistou fãs, tornando-se numa das personagens de BD mais acarinhadas em todo o mundo.

O Indispensável da Mafalda reúne uma seleção das melhores tiras publicadas ao longo de dez anos (1964-1973), agrupadas pelos temas e personagens mais icónicos: A família, O bairro, A escola, Assim vai o mundo, Mafalda e a sopa, As férias, A TV, O Gui, A Susanita, O Filipe, O Manelito, O Miguelito e A Liberdade.

No final do livro encontra-se uma comovente e reveladora entrevista concedida por Quino ao jornalista italiano Rodolfo Braceli.

«Mafalda é uma heroína do nosso tempo.»

O indispensável de Mafalda, Quino, Iguana, 192 pp, p&b, capa dura, 19,95€

9 de outubro de 2023

Os desenhos da revolta iraniana: Marjane Satrapi juntou grandes nomes da BD no livro "Mulher Vida Liberdade"

Autora de Persepolis dá corpo aos heróis desconhecidos que fazem a história da revolta iraniana. Com base nos textos de três especialistas (um historiador, um politólogo e um jornalista), e através dos desenhos de 17 dos maiores talentos da banda desenhada, como Paco Roca ou Lewis Trondheim, este é um livro que dá a conhecer o movimento que reacendeu o debate sobre os direitos humanos.

Um grito de resistência que chegará também ao festival Fólio, através de uma exposição à entrada da vila de Óbidos, e a conversa «Mulher Vida Liberdade» : o Irão aqui tão perto, com Pedro Vieira, Raquel Vaz Pinto e Cristina Sampaio (22 OUT | 14.30).

Em 16 de Setembro de 2022, Mahsa Amini, uma jovem estudante iraniana, foi detida e espancada até à morte pela polícia religiosa em Teerão. O seu único crime foi não usar o lenço imposto às mulheres pela República Islâmica. O destino desta mulher de 22 anos desencadeou uma onda de protestos sem precedentes que rapidamente se espalhou por todo o país.

Por ocasião do primeiro aniversário do movimento, Marjane Satrapi reuniu alguns peritos e cartoonistas. Juntos, querem mostrar o que não pôde ser fotografado ou filmado devido à censura.

Mulher Vida Liberdade, Colectivo, Iguana, 288 pp., bicromia, capa mole, 27,75€

11 de setembro de 2023

Let's Play #2

Uma história divertida, sexy e realista sobre videojogos, ser mulher a trabalhar em STEM, saúde mental e o complicado mundo dos encontros (amorosos).

Sam continua a tentar alcançar o sonho de ser criadora de videojogos independentes, enquanto lida com o facto de ter Marshall Law como vizinho do lado. Enquanto se esforça por combater a ansiedade e ganhar coragem para dizer a Marshall exactamente o que pensa, Sam apercebe-se de que o seu amigo Link está a tentar convidá-la para sair. Mais estranho ainda, Charles, o seu chefe, começa a comportar-se de maneira inesperada.

Sam vê-se obrigada a confrontar as suas inseguranças, tanto no trabalho como na vida pessoal, enquanto procura o seu caminho no confuso mundo dos encontros românticos.

Let's Play #2, Leeanne M. Krecic, Iguana, 192 pp., cor, capa mole, 19,95€

12 de junho de 2023

Quando soube que era gay

Uma saída do armário cómica e sincera.

Nesta história autobiográfica de Eleanor Crewes, a protagonista, Ellie, revive todas as instâncias em que soube que era diferente. Em Quando soube que era gay, a autora leva-nos pela viagem de descoberta da sua sexualidade e identidade.

Uma novela gráfica honesta que trata o processo de revelação do próprio com sentido de humor e ternura.

Ellie sempre soube que era diferente. Com uma forte veia criativa, gostava de se vestir de preto, era obcecada pela Willow, da série Buffy, a Caçadora de Vampiros, e considerava que sair com rapazes era algo muito confuso. À medida que foi crescendo, os seus medos e a sensação de não se encaixar em lado nenhum tornaram-se cada vez maiores. Desde a primeira comunhão até à primeira namorada, passando por uma espiral de dúvida e negação, Ellie oferece-nos um relato fresco e bem-humorado sobre uma rapariga que encontra o seu próprio caminho.

Eleanor Crewes é escritora, ilustradora e autora de novelas gráficas, com formação na Universidade de Artes de Londres.

Quando Soube Que Era Gay é o seu primeiro livro, que começou como uma zine feita à mão que a autora entregava pessoalmente em várias lojas de BD em Londres.

O livro foi nomeado para o Prémio Goodreads para Melhor Novela Gráfica e Banda Desenhada em 2020, e considerado uma das melhores novelas gráficas e de memórias pelo The Washington Post. Foi também destacado pelo The Guardian e The Oprah Magazine, entre outras publicações.

Podemos saber mais sobre a autora em www.eleanorcrewesillustration.co.uk.

Quando soube que era gay, Eleanor Crewes, Iguana, 320 pp., p&b, capa mole, 16,65€

25 de maio de 2023

E Agora?

Depois de quatro volumes de "Histórias sem interesse" (Edição de autor, 2015) e "Vida de adulta" (Suma de Letras, 2020), Raquel Sem Interesse lança, agora com a chancela da Iguana, uma nova obra, "E agora?".

O relato de uma jovem com o futuro penhorado, como tantos neste país.

Raquel Sem Interesse cresceu numa vila pequena, de onde acabou por sair, percebeu que tinha um sonho e perseguiu-o. E agora? é um relato sucinto do que aconteceu entre estes dois pontos, desde sair de casa a conseguir o seu primeiro emprego e conseguir publicar o primeiro livro de banda desenhada, Uma vida de adulta.
Nas livrarias a 29 de maio.

Neste livro, dividido por quatro capítulos, cada um num tom de cor diferente, Raquel conta-nos a história da sua vida.

Não é uma vida extraordinária, nem emocionante. É uma vida comum, pontuada pela tristeza e desilusão, que a autora tão bem traduz nas suas ilustrações.

Neste novo livro, Raquel põe de lado o humor que a caracteriza, suaviza os traços da sua personagem, mas não abandona a sua faceta autobiográfica.

Raquel da Silva Fernandes ou Raquel Sem Interesse, como se auto intitula, nasceu em 1989 no Porto, onde reside. O gosto pelo desenho e pela criação de personagens (bonecos, como gosta de dizer) veio a culminar neste estilo que se aliou à comicstrip na sua necessidade de contar histórias. E foi aqui que surgiu o projeto "Histórias Sem Interesse", que começou como um trabalho para a disciplina de Ilustração, avançando para projeto final do mestrado. A Quica, alter ego da autora, protagoniza as histórias ilustradas sempre de forma cómica que chegam ao público através das redes sociais, feiras de ilustração independentes e de uma colaboração com a plataforma digital do Correio Porto, durante o período de 2016 e 2018, com a publicação de tiras quinzenais. E antes que perguntem, não, Raquel não é casada, nem tem filhos. E a Quica também não.

E Agora?, Raquel Sem Interesse, Iguana, 136 pp., cor, capa mole, 17,45€





11 de maio de 2023

Let's Play #1

Let's Play é uma história divertida, sexy e realista sobre videojogos, ser mulher a trabalhar em STEM, as celebridades da Internet e a saúde mental.

Sam Young tem um sonho: programar o próximo videojogo de sucesso, mas vê as suas esperanças arrasadas depois de uma má crítica de um famoso influencer. E, como se isso não fosse suficiente, os dois acabam por se tornar vizinhos. Let's Play é uma história sobre ser mulher num mundo de homens com muita tensão sexual à mistura.

Sam Young é uma jovem programadora que está prestes a alcançar o sonho de se tornar criadora de videojogos. Mas a vida lança-lhe um golpe inesperado: Marshall Law, um popular View Tuber, faz uma crítica destrutiva do seu jogo, o que leva milhares dos seus seguidores a fazerem o mesmo, arrasando a credibilidade de Sam no site de videojogos. Pior do que isso, Sam descobre que Marshall é o seu novo vizinho do lado.

O primeiro volume de Let's Play, com chancela da Iguana, está, a partir de hoje, nas livrarias.

Leeanne M. Krecic, a autora da série, também conhecida pelos seus fãs como «Mongie», é a criadora de Let’s Play, um fenómeno da banda desenhada online com mais de cinco milhões de subscritores na plataforma Webtoon. Let’s Play foi nomeado para o Prémio Eisner para Melhor Webcomic e tornou-se um bestseller da Amazon. A adaptação para uma série de imagem real está em desenvolvimento pela produtora Allnighter. Formada em Ciências da Computação, Leeanne M. Krecic trabalhou como programadora web durante onze anos, antes de se dedicar à criação de banda desenhada a tempo inteiro. Em 2021, foi nomeada para o Prémio Ringo para Melhor Cartoonista. Vive no Kansas com o marido, dois cães, dois gatos e mais de cem peixes.

Let's Play #1, Leeanne M. Krecic, Iguana, 208 pp., cor, capa mole, 19,45€