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25 de junho de 2024

Jim

Era hora da caminhada e eu não conseguia vê-lo. Ele devia estar me esperando em algum lugar...". Ao desenhar Jim, o seu cão recentemente falecido, François Schuiten encontrou mais uma vez na arte da banda desenhada o meio de preencher o vazio interior e honrar o que lhe era caro. Desde a morte do seu discreto, mas fiel aliado diário, o artista continua a homenageá-lo produzindo uma ilustração por dia, para ainda sentir um pouco a sua presença e, simultaneamente, concordar em deixá-lo ir. 

Ao compilar estas ilustrações numa obra cuidadosamente elaborada, François Schuiten sublinha, com a majestade que caracteriza toda a sua obra, os laços poderosos e invisíveis que se tecem entre o homem e os seus animais de estimação, e traz um pouco de calor a quem conhece ou teme o inevitável fim de um relacionamento extraordinário.

"Queria desenhar o Jim para fazer o luto e aceitar que tinha de o deixar partir. Queria desenhá-lo para compreender tudo o que se passou entre nós. Para compreender esta relação invisível e tão misteriosa, mas que é, ao mesmo tempo, tão compensadora..."

Jim, François Schuitten, ASA, 128 pp, p&b, capa dura, 20,90€

11 de setembro de 2020

Colecção Novela Gráfica (VI série) #4: Rever Paris

Os criadores das Cidades Obscuras, François Schuiten e Benoît Peeters, oferecem-nos a sua visão sobre a Paris do futuro, num livro que é inquestionavelmente uma obra-prima editado pela Levoir e o Público. Rever Paris (Revoir Paris, 2014) sai em banca amanhã,  dia 12 de Setembro.

Schuiten e Peeters já nos tinham maravilhado com o seu trabalho em A Febre de Urbicanda, publicado na colecção Novela Gráfica de 2019.

A história de Rever Paris transporta-nos para um futuro longínquo, o ano 2156.  Kârinh a jovem protagonista desta história, vive na Arca, onde nasceu, uma colónia espacial fundada por antigos terráqueos, que fugiram do seu planeta devorados pela poluição e pelo aquecimento global. Várias décadas após este êxodo, é enviada uma expedição à Terra para determinar se o planeta voltou a ser habitável. Kârinh, é a escolhida, o seu sonho vai tornar-se realidade e toma o comando do Tube, um velho recipiente que transporta cerca de quinze pessoas em hibernação. No final de uma viagem difícil, a jovem parte, sozinha, para descobrir a sua Paris fantasiosa e as suas origens.

O seu pai era um terráqueo, que ela nunca conheceu. A sua mãe Fumiko deixou este mundo no seu regresso de uma missão de sete meses à Terra 40 anos antes. Kârinh sempre foi uma solitária, ao chegar a Paris mergulha numa Paris antiga, uma cidade de outro tempo bem diferente da que conhece dos livros de autores visionários como Júlio Verne e Albert Robida.

A cidade imaginada pelos seus autores com desenhos magníficos em azul e laranja é uma grande homenagem aos ilustradores do século XIX, Robida, Doré e Grandville.

Colecção Novela Gráfica (VI série) #4: Rever Paris, François Schuiten e Benoît Peeters, Levoir/Público, 144 pp., capa dura, cor, 10,90€

8 de outubro de 2018

François Schuiten - Ensaio de quadriculografia portuguesa

Desenhador, Argumentista
(Bélgica) Bruxelas, 26 de Abril de 1956

Nasce no seio de uma família, na qual a arquitectura ocupa um lugar de destaque.
No atelier de Banda Desenhada do Institut Saint-Luc, conhece Claude Renard, com o qual realiza dois álbuns: Aux médianes de Cymbiola Le Rail. Com o seu irmão Luc, elabora, ao longo dos anos, o ciclo Terras Quiméricas. Trabalha desde 1980 com Benoît Peeters na série As Cidades Obscuras, traduzida numa dezena de línguas e vencedora de vários prémios. 
François Schuiten participa, igualmente, na concepção visual de vários filmes, entre os quais Toto le héros de Jaco Van Dormael Taxandria de Raoul Servais. Autor de diversos trabalhos de cenografia, concebe o gigantesco pavilhão das Utopias, visitado por cinco milhões de pessoas na Exposição Universal de Hannover no ano 2000, bem como o pavilhão belga na Exposição de Aïchi 2005.
Em 2002, recebe o grande prémio de Angoulême pelo conjunto da sua obra.

Séries publicadas em Portugal:
Cidades Obscuras (As), Terras Quiméricas

One-shots publicados em Portugal:
  • O carril (Le rail), 1981, Schuiten e Claude Renard, Jornal da BD #101 a #104
  • O pioneiro (?), ?, Schuiten e Luc, Selecções BD (2ª série) #3
  • O estranho caso do Dr. Abraham (L'étrange cas du docteur Abraham), 1987, Schuiten e Benoît Peeters, Selecções BD (2ª série) #31
  • 12 - A Doce (12 - La Douce), 2012, Álbum Edições ASA [2012]
  • Jim (Jim), 2023, Álbum Edições ASA [2024]
[actualizado a 23.06.2024]

15 de outubro de 2017

As Cidades Obscuras - Ensaio de quadriculografia portuguesa

Ficha técnica:
Fantástico
(França) A Suivre #53, Junho de 1982
Benoît Peeters (argumento) e François Schuiten (desenhos)
Estreia em Portugal:
 Álbum Edições 70, 1987
Outras publicações: Álbum Meribérica, Álbum Witloof, Álbum ASA, Álbum Levoir

O enredo destas histórias desenvolvem-se num universo paralelo ao nosso.

Quadriculografia portuguesa:
  • As muralhas de Samaris (Les murailles de Samaris), 1983, Álbum Witloof [2003]
  • A febre de Urbicanda (La fièvre d'Urbicande), 1985, Álbum Edições 70 [1987]; Álbum Levoir [2019]
  • A torre (La tour), 1986, Álbum Edições 70 [1989]
  • O arquivista (L'archiviste), 1987, Álbum Meribérica-Líber [2003]
  • Brusel (Brusel), 1991, Álbum Meribérica-Líber [1993]
  • A última visão de Eugen Robick (Une vision d'Eugène Robick), 1992, incluído no álbum "A febre de Urbicanda", Levoir [2019]
  • A menina inclinada (L'enfant penchée), 1994, Álbum Meribérica-Líber [1999]
  • A sombra de um homem (L'ombre d'un homme), 1998, Álbum Meribérica-Líber [2000]
  • A fronteira invisível - Tomo I (La frontière invisible), 2002, Álbum Witloof [2002] 
  • A teoria do grão de areia - Tomo I (La théorie du grain de sable - Tome I), 2007, Álbum Edições ASA [2009]
  • A teoria do grão de areia - Tomo II (La théorie du grain de sable - Tome II), 2008, Álbum Edições ASA [2010]
  • O regresso do Capitão Nemo (Le retour du Capitaine Nemo), 2023, Álbum Levoir [2023]
[actualizado a 18-8-2019]

11 de setembro de 2012

12 A Doce


Uma das novidades editoriais deste mês da editora ASA é o álbum de François Schuiten, 12 A doce (12 La Douce), recentemente editado no mercado francês. Um álbum a preto e branco que nos conta a história de um maquinista (Léon) e a sua máquina a vapor (12 A Doce) com as amarguras de ambos ao verem-se substituídos pela modernidade dos comboios eléctricos, magistralmente contado e ilustrado pelo autor de «As Cidades Obscuras». A edição em Portugal vai ter direito a duas edições com capas diferentes, como a ASA já nos vem habituando.

12 A Doce, François Schuiten, ASA, 2012, 88 pp, 21,90 €