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7 de outubro de 2024

A Educação Física - Um livro profundo e melancólico sobre perda, amizade e a busca pela felicidade

Joana Mosi, uma das mais reconhecidas autoras da BD contemporânea, estreia-se na Iguana com A Educação Física, uma novela gráfica sobre uma mulher, escritora, e um retrato de uma geração.

Com o seu traço inconfundível, Mosi retrata a vida de uma mulher de trinta anos, no seu quotidiano aparentemente simples e ao mesmo tempo universal. No caminho, recupera memórias de adolescência, em especial a forma como a maioria das raparigas se sente quando está num balneário: um espaço que tanto pode ser de amizade e conversas, como um encontro com a intimidade, o desconforto e a vergonha.

 «O livro não sabe sobre o que é, porque a protagonista também não sabe quem é. É um paralelismo que resulta, que soa a honesto e que transforma A Educação Física numa obra artística, mais do que narrativa. Irá ser compreendido, sobretudo, pelas gerações que se encaixem nesta angústia contemporânea, podendo ser recebido com cinismo pelas restantes." Susana Romana in Observador

Joana Mosi é artista visual e autora de banda desenhada. É licenciada em Pintura pela Faculdade de Belas Artes de Lisboa, onde é actualmente doutoranda e professora, e Mestre em Cinema, na vertente de Realização, pela Escola Superior de Teatro e Cinema. Das suas obras em banda desenhada destacam-se Nem Todos os Cactos têm Picos (2017, Polvo), Both Sides Now (2020, Ao Norte), The Apartment (2022, kuš!) e O Mangusto (A Seita, 2023). Colabora regularmente com actividades e iniciativas culturais, a nível nacional e internacional. Participa activamente em festivais e conferências da área, e recentemente integrou a equipa de programação de curtas-metragens do IndieLisboa.

A Educação Física, Joana Mosi, Iguana, 176 pp., p&b, capa mole, 19,45€

30 de agosto de 2023

O Mangusto

Júlia encontra-se encurralada num enorme problema: um mangusto destruiu a sua pequena e estimada horta, e ninguém a consegue ajudar. Como se já não bastasse ter de lidar com esta catástrofe, Júlia ainda tem de aguentar a teimosia da mãe, que não lhe dá espaço, ou a infantilidade do irmão mais novo, que passa os dias absorvido em videojogos.

Só lhe resta uma solução: livrar-se do bicho antes que cause mais danos. Mas como?  Até que ponto somos responsáveis pelos nossos problemas e de que forma dependerá de nós encontrar a sua solução?

Joana Mosi é uma das mais criativas e inovadoras autoras portuguesas de BD contemporânea, embora só agora, com este O Mangusto, tenha assinado uma obra de fôlego, que permita apreciar toda as suas qualidades como autora completa - argumentista e desenhadora. Mosi surgiu inicialmente ao público com a série de três comics Altemente, uma narrativa “slice of life” sobre uma residência artística que efectuou na aldeia de Alte, no Algarve, a que se seguiu Nem Todos os Cactos têm Picos, outra pequena narrativa de carácter parcialmente autobiográfico sobre a adolescência. Desenhadas num estilo claramente influenciado pelo mangá, estas obras contrastaram fortemente com o seu primeiro álbum, lançado em 2019, O Outro Lado de Z, que no entanto, paradoxalmente, tinha sido iniciado muito antes dos outros, e que foi também a sua primeira obra em colaboração, desta feita com o argumentista Nuno Duarte.

Joana Mosi focou-se depois na sua aprendizagem do audiovisual, mas também no ensino, e em projectos próprios na área do fanzine ou de antologias, que revelaram uma vontade de experimentação no estilo e grafismo muito grande. Depois de vencer uma das bolsas de Criação Literária da DGLAB, Mosi desenvolveu o livro que viria a ser O Mangusto durante uma residência no estrangeiro, onde, por motivos completamente aleatórios, se viu forçada a fazer o livro em desenho digital. Isso resultou num estilo inteiramente novo, algo estilizado, mas tremendamente eficaz na capacidade narrativa, e na criação de modos de planificação e de organização das páginas muito diferentes dos seus anteriores trabalhos.

Nas palavras de Pedro Cleto, crítico e jornalista de BD (Jornal de Notícias), “devemos atentar em especial na forma como a Joana gere os tempos, o movimento e a dicotomia som/silêncios”. O Mangusto explora os relacionamentos familiares, as angústias do dia-a-dia - e dos acontecimentos mais súbitos e inesperados - e a maneira como a protagonista da narrativa vai viver a necessidade de se adaptar a uma realidade diferente na sua vida.

Joana Mosi é artista visual, licenciada em Pintura pelas Belas-Artes e Mestre em Cinema. Das suas obras em banda desenhada destacam-se a série Altemente (2016, ComicHeart), Nem Todos os Cactos têm Picos (2017, Polvo), O Outro Lado de Z (com Nuno Duarte, Comic Heart/Kingpin Books), Both Sides Now (2020, Ao Norte), My Best Friend Lara (2021, auto-edição) e The Apartment (2022, kuš!) É formadora e professora em várias instituições, e colabora regularmente com actividades e iniciativas culturais, a nível nacional e internacional.

O Mangusto, Joana Mosi, A Seita, Colecção Comic Heart, 184 pp., p&b, capa dura, 25€

30 de outubro de 2017

Nem todos os cactos têm picos

"Nem todos os cactos têm picos" da portuguesa Mosi é mais uma novidade da editora Polvo para lançamento no Amadora BD.

Sinopse da obra:
Desde que se conheceram na primária, Rita e Luísa cresceram e brincaram muito juntas, e por isso gostam essencialmente das mesmas coisas. São colegas de turma, partilham tudo, falam de qualquer assunto. Não sabem se serão melhores amigas para sempre, mas esta é uma história sobre amizade autêntica. A delas.

Sobre a autora:
Mosi nasceu em Lisboa, em 1994. É licenciada em Pintura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e vive na Ericeira desde os seus 13 anos, onde fundou a associação cultural EriceiraBD.

Nem todos os cactos têm picos, Mosi, Polvo, 24 pp., preto e branco, capa cartonada a 4 cores, 6,99€

28 de maio de 2016

Altemente - Volume 1

Para a apresentação desta obra, deixamos aqui as palavras da autora, Mosi:

Entre 6 e 18 de Julho, eu e um grupo de colegas da Faculdade de Belas Artes de Lisboa frequentámos uma residência artística na aldeia algarvia de Alte, perto de Loulé. Durante 2 semanas, tivemos que desenvolver um projecto artístico que envolvesse a comunidade. Assim, decidi que o meu fosse um conjunto de pequenas histórias traduzidas para banda desenhada. Algo que ilustrasse o quotidiano e os momentos mais marcantes durante aqueles 15 dias que passámos em Alte.
Distribuído por 3 volumes, Altemente vai manter uma narrativa bastante aberta e solta. Procurei que tivesse um espírito livre e descontraído, de forma a condizer com o ambiente e com as pessoas fantásticas que fizeram parte destas histórias. Devido à espontaneidade dos acontecimentos, não existe uma sequência fixa, há apenas um tema que liga os vários momentos que foram vividos ao longo da estadia.
Para mim, o mais importante é que todo este projecto seja genuíno. Tive a preocupação de retractar os locais, as pessoas e os eventos da forma mais fiel que as minhas memórias me permitiram, mas sempre de um ponto de vista pessoal. No entanto, não é uma história sobre mim; é uma memória de 2 semanas fantásticas entre pessoas extraordinárias num local remoto que foi tão acolhedor, ao qual tenho muito prazer em partilhar e que vou para sempre guardar, com muito carinho.

Este primeiro volume de Altemente tem lançamento oficial no Festival de Beja no dia 28 de Maio.

Altemente Vol. 1 (1 de 3), Mosi, Comic Heart, €3,50