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2 de maio de 2022

Little Tulip - Uma edição da Ala dos Livros

Little Tulip é uma história de sobrevivência e de vingança pessoal, que se desenrola ao ritmo de misteriosos assassinatos que ocorrem em Nova Iorque.

Mas Little Tulip é, também, a história da vida de Pavel, vinte anos antes dos acontecimentos de New York Cannibals.

Feito prisioneiro ao mesmo tempo que os seus pais, a infância de Pavel chega ao fim quando, aos sete anos de idade, descobre o inferno do Gulag. Separado dos seus, é forçado a absorver as regras que regem o seu novo universo: a violência permanente e o poderio absoluto dos chefes dos gangues.

Convertido num temível lutador, Pavel consegue sobreviver como tatuador graças ao que aprendera com o pai e às lições do seu novo mestre de desenho. Com o decorrer dos anos, a fama de Pavel estende-se a todos os campos e o seu talento torna-se uma lenda.

Prequela de New York Cannibals, lançada em Portugal também pela Ala dos Livros em 2020, ao mesmo tempo que em França, Little Tulip é mais uma brilhante obra de François Boucq na adaptação do escritor Jerome Charyn.

Little Tulip, François Boucq e Jerome Charyn, Ala dos Livros, 96 pp.. Cor, Cartonado, 24€

11 de setembro de 2020

New York Cannibals

Vinte anos após a conclusão sangrenta de Little TulipAzami tornou-se polícia. Ganhou corpo e tomou demasiados esteróides. Por isso, quando encontra numa ruela o bebé que a sua condição física a impede de ter, decide adoptá-lo, tal como Pavel outrora fizera com ela. Entretanto, o velho tatuador fora apanhado pelo seu passado. Os fantasmas do Gulag ameaçam engolir os seus, e ele terá de usar tudo o que aprendeu para os enfrentar: a força mística da sua arte… e essa violência surda, que permanece a mesma, da Sibéria a Nova Iorque.

Lançada em Portugal ao mesmo tempo que, em França, surge nas livrarias a edição francesa, e na linha de A Mulher do Mágico ou Boca do DiaboNew York Cannibals é a mais recente obra do desenhador François Boucq e do escritor Jerome Charyn.

Argumento: Jerome Charyn (1937)

A obra de Jerome Charyn, prolífica, impressionante e recompensada com numerosos prémios, é caracterizada por uma escrita única e por um universo fabulosamente pessoal. Impregnadas pela cidade de Nova Iorque, onde o autor nasceu em 1937, as suas obras põem em evidência uma cidade onde abundam ruas misteriosas, recantos secretos e bairros sombrios… 

Originário do Bronx, Jerome Charyn conduz-nos, através de ruelas e travessas, entre desequilíbrio e caos, por zonas muitas vezes policiais e por vezes autobiográficas. 

Mestre incontestado do romance policial (Blue Eyes, Marilyn the Wild, Citizen Sidel), Charyn parte em busca do "Sonho Americano" e de todos aqueles que lhe dão forma: traficantes, polícias, imigrados, políticos desonestos, almas solitárias..., contando a história dos condenados e dos proscritos da cidade que nunca dorme. Boca do Diabo, A Mulher do Mágico e Little Tulip, realizados em colaboração com François Boucq, não escapam a esta regra. Escritor humanista e talentoso, Jerome Charyn é também autor de numerosos romances (Darlin’ Bill, Metropolis, etc.), ensaios e novelas. Considerado por muitos como um dos escritores mais importantes da literatura americana contemporânea, surpreende-nos a cada obra. 

Desenho: François Boucq (1955)

Embora tenha iniciado a sua carreira na ilustração de imprensa, com caricaturas para revistas tão conceituadas como Le Point, L’Expansion ou Privé, é na banda desenhada que François Boucq virá a ganhar notoriedade.

Da sua experiência anterior, retém o gosto acentuado por rostos expressivos e o desenho minucioso, enaltecido por um sentido excepcional de enquadramento e de “mise en scène”. Conhecido pelas suas narrativas humorísticas, nas quais o absurdo rivaliza muitas vezes com a paródia, cria o personagem Jérôme Moucherot, um agente de seguros um pouco diferente dos outros, que percorre a selva da existência com um fato leopardo.

Dotado de uma capacidade de trabalho fora do comum (chegou a desenhar duas pranchas por dia, sem nunca abdicar da qualidade que é apanágio da sua reputação), François Boucq põe facilmente de lado o humor para se dedicar a narrativas mais realistas. Adapta assim o romancista americano Charyn (A Mulher do Mágico, Boca do Diabo, Little Tulip), explora o western com Jodorowsky nas páginas de Bouncer, ou os serviços secretos do Vaticano com Sente em O Guardião. Herdeiro directo de GiraudBoucq abriu portas no desenho realista. Ao longo dos anos, esta síntese entre caricatura e rigor, clareza e precisão, deu origem a um estilo único, que permite a Boucq revisitar todos os géneros de narrativa com a mesma vivacidade.

New York Cannibals, François Boucq e Jerome Charyn, Ala dos Livros, 156 pp., cor, capa dura, 28,90€ 

20 de janeiro de 2018

François Boucq - Ensaio de quadriculografia portuguesa

Argumentista, Desenhador
(França) Lille, 28 de Novembro de 1955

François Boucq faz a sua estreia em 1974 no jornal Le Point, desenhando várias caricaturas políticas. A sua primeira história em BD aparece um ano depois em Mormoil. Em 1978, cria, juntamente com o escritor Delan, uma série de contos que são publicados na revista Pilote e reeditados em formato de álbum com o título La Vie, la Mort et le Tout Bazar. Junta-se ao Fluide Glacial no início de 1980 com séries como Mastard Rock e Les Leçcons du Professeur Bourremou em cooperação com Pierre Christin. A partir de 1983, publica regularmente na revista Á Suivre. Estes trabalhos são mais tarde recolhidos em álbuns como Les Pionniers de l'Aventure Humaine, Point de Fuite pour les Braves e La Pédagogie du Trottoir.

Boucq colabora com o escritor Jérôme Charyn em A Boca do Diabo e com Alejandro Jodorowsky em A Face de Lua. Em 1995, cria uma série de histórias curtas, centrando-se em torno do tema da morte, publicadas em À Suivre Fluide Glacial. O seu trabalho também é publicado em várias obras colectivas. Em 1998, ganha o Grand Prix do Festival de BD de Angoulême. No final de 1990, inicia a série Jérôme Moucherot. Em 2001, junta-se a Jodorowsky para criarem o western Bouncer.

Séries publicadas em Portugal:
BouncerFace da Lua, Guardião-Agente Secreto do Vaticano (O), Jérôme Moucherot

One-shots publicados em Portugal:
  • A mulher do mágico (La femme du magicien), 1984, Boucq e Jerome Charyn, Álbum Meribérica [1987]
  • A boca do diabo (Bouche du diable), 1989, Boucq e Jerome Charyn, Álbum Meribérica [1990]
  • Que vergonha!, Metal Hurlant #2
  • New York Cannibals (New York Cannibals), 2020, Boucq e Jerome Charyn, Álbum Ala dos Livros [2020]
  • Little Tulip (Little Tuplip), 2014, Boucq e Jerome Charyn, Álbum Ala dos Livros [2022]
[actualizado em 02.05.2022]

19 de dezembro de 2017

Jérôme Moucherot - Ensaio de quadriculografia portuguesa

Ficha técnica:
Humorístico
(França) À Suivre #190, 1983
François Boucq
Estreia em Portugal: Selecções BD (2ª série), Novembro de 1998
Outras publicações: Álbum Meribérica, Álbum Book Tree


Jérôme Moucherot, o «tigre de Bengala», empregado de uma companhia de seguros, vive numa selva hostil com a sua esposa Melinda e os seus três filhos, Riri, Loulou e Fifi

Quadriculografia portuguesa:
  • Jérôme Moucherot caçador de tesouros (Jérôme Moucherot chasseur de trésors), 1995, Selecções BD (2ª série) #17
  • Manga Jutsu (Manga–jutsu), 1996, Selecções BD (2ª série) #1
  • A sombra de uma dúvida (L’ombre d’un doute), 1996, Selecções BD (2ª série) #11
  • O meu amigo Fantasma de Bengala (Mon ami le fantôme), 1997, Selecções BD (2ª série) #5
  • Abaixo o imprevisto! (Sus à l'imprévu!), 1998, Álbum Meribérica [2001]
  • Seguros para todos os gostos (J'assure !), 1999, Álbum BookTree [2003]
[actualizado em 24-12-2014]

11 de maio de 2017

Face da Lua - Ensaio de quadriculografia portuguesa


Ficha técnica:
Face de Lune
Fantástico
(França) Á Suivre #166, 1991
François Boucq (desenho) e Alexandro Jodorowsky (texto)
Estreia em PortugalÁlbum Meribérica, 1993
Outras publicaçõesÁlbum Edições ASA

Os habitantes da ilha vivem na Damanuestra sob a ditadura do terrível Oscar Lazo. Mas desde que a Face da Lua, o domador de ondas em silêncio, fez a sua aparição, nada é igual e a desordem total está instalada: a revolução!

Quadriculografia portuguesa:
  • A catedral invisível (La cathédrale invisible), 1991, Álbum Meribérica-Líber, 1993
  • A pedra angular (La pierre de faite), 1995, Álbum Meribérica-Líber, 1996
  • O ovo da alma (L'oeuf d'âme), 2004, Álbum Edições ASA, 2006

25 de outubro de 2012

dBD HS#11 - Boucq

A dBD edita regulamente hors-serie dedicados a monografias de autores, cabendo, desta vez, a François Boucq. Através de uma extensa entrevista, atravessamos a vida e obra do desenhador de Bouncer:

O sumário da revista é o seguinte:

Capítulo 1 : L'Enfant du Nord 
A infância do autor

Capítulo 2 : De Rock Mastrad à Mouchot 
Os primeiros desenhos de Boucq, desde os desenhos políticos, à criação de Rock Mastard e de Jérôme Moucherot.

Capítulo 3 : Jérôme Charyn, une rencontre décisive 
O encontro com o artista americano Jerome Charyn, determinante no percurso de Boucq, assinando duas obras-primas da BD: «A mulher do mágico» e «A boca do diabo».

Capítulo 4: Alejandro Jodorwsky, l'Alter Ego 
Alejandro Jodorowsky é igualmente um encontro importante para François Boucq. Depois da série mística «A face da Lua», assinam o grande western Bouncer.

Capítulo 5 : Le Janitor 
François Boucq sempre se interessou por espionagem e pelas profundas mudanças que a Alemanha nazi impôs à sociedade ocidental.  Com Le Janitor, com a ajuda do escritor Yves Sente, ele exprime aqueles sentimentos.

Capítulo 6 : Boucq Illustrateur
François Boucq é um desenhador fantástico. Os seus trabalhos além da banda desenhada, passam pela ilustração para livros, para a imprensa, para algumas instituições.

Capítulo 7 : XIII Mystery 
Como um desafio, Boucq aceita desenhar uma série concebida por outro artista, XIII.

Capítulo 8 : Face à ses lecteurs 
Um portfolio de desenhos soltos realizados nas sessões de autógrafos.

Esta monografia termina com uma bibliografia selectiva feita por Henri Fillipini.

A biografia e quadricolografia portuguesa encontra-se no site Bedeteca Portugal.