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23 de janeiro de 2013

SIMON DU FLEUVE faz 40 anos

A 23 de Janeiro de 1973, nas páginas do Tintin belga #4 do 28º ano, aparecia as primeiras pranchas da série do francês Claude Auclair, Simon du Fleuve.

Simon du Fleuve é um viajante num território devastado por um terrível conflito bélico que faz regressar a humanidade à vivência em tribos. Esta saga pós-cataclismo inicia-se com o episódio «La ballade de Cheveu-Rouge» (uma homenagem ao escritor Jean Gion) e termina em 1989 com 10 álbuns publicados.

Auclair faz-nos reflectir sobre as eventuais consequências de um progresso incontrolado, que as décadas de 60 e 70 do século passado já faziam sentir.

A série teve dois ciclos: o primeiro terminando em 1979 com aventuras totalmente imaginadas e desenhadas por Auclair e um efémero segundo ciclo que se inicia em 1988 e terminando um ano depois com quatro aventuras desenhadas por Alain Riondet. A morte de Auclair em 1990 coloca um final a Simon de Fleuve.

Em Portugal, foram publicadas, como excepção do episódio de abertura, todas as aventuras do primeiro ciclo, em álbum pela Livraria Bertrand e na revista Tintin. Para consultar toda a bibliografia de Simon du Fleuve consulte a Bedeteca Portugal.

9 de janeiro de 2013

SGT KIRK faz 60 anos


Sgt. Kirk aparece, pela primeira vez, na mítica revista argentina Misterix, no seu número #225 de 9 de Janeiro de 1953. Os desenhos são do italiano Hugo Pratt (criador do futuro marinheiro Corto Maltese) e o argumento do argentino Hector Germán Oesterheld .

Kirk é um oficial norte-americano em serviço na Guerra da Secessão que deserta após presenciar um massacre aos índios pelos seus colegas militares. Assume-se, então, defensor da nação índia, tornando-se amigo de Maha, membro da tribo dos Tchatooga. A este duo, junta-se Forbes, um médico humanista e El Corto, um ex-bandido.

Um western pouco convencional em que o preto e branco o transforma numa série ácida e mordaz, comum nos textos de Oesterheld .

A série prossegue no Misterix até ao #475 de 20 de Dezembro de 1957, passando para a revista Hora Cero, propriedade de Oesterheld. Em 1959, Pratt deixa a Argentina, rumo à Europa, e a série passa a ser desenhada por Jorge Moliterni, Porreca e Gisela Dexter.  

Em Itália, Pratt remonta as pranchas, originalmente em formato «à italiana», para pranchas de quatro vinhetas, agrupando-as em álbuns com capas originais.

A série em Portugal teve direito a dois álbuns, editados pela Livraria Bertrand, e vários episódios publicados pelas revistas da extinta Agência Portuguesa de Revistas.

Pode consultar a quadricolagrafia completa em BedetecaPortugal.

24 de dezembro de 2012

Os 60 anos da cadela BESSY

Foi em 24 de Dezembro de 1952 que surge, pela primeira vez, no jornal La Libre Belgique (#359/69 ano), as aventuras da cadela Bessy. As primeiras aventuras foram escritas por Willy Vandersteen desenhadas por Wirel, pseudónimo de Karel Verschuere.

A família irlandesa Canyon (composta pelo casal Marc e Jenny, o seu filho Andy e a cadela Bessy), abandona a faminta Irlanda, emigrando para o Novo Mundo, a América. As aventuras decorrem na conquista do Oeste norte-americano, onde Bessy, uma cooley inteligente e corajosa, está sempre pronta a defender a sua família e os mais vulneráveis.

As aventuras de Bessy são inspiradas livremente em Lassie, uma outra cadela, estrela de uma série de televisão e cinematográfica.

Alguns anos mais tarde, Vandersteen contrata com a revista alemã Felix, que o obriga a produzir três pranchas semanais. O sucesso da série está garantido e a editora decide encomendar álbuns a duas cores para duas colecções, uma semanal e outra mensal. Para poder obedecer a este ritmo editorial, Vandersteen cria o seu próprio estúdio, onde vários autores trabalham arduamente na edição continuada de episódios de Bessy.


Após 68 álbuns em bicromia (desenhos de Wirel, coadjuvado por Daniel Janssens, Jaak Bakker, Robert Wuyts nos argumentos e Hannelore Vantieghem, Patricia Van Liede e Mark Meul nos desenhos), a série passa a quadricromia em 1968.

Em 1991, o estúdio Vandersteen moderniza a apresentação dos álbuns, reeditando-os sem sucesso.

O sucesso de Bessy, testemunhado nas mais de duas centenas de álbuns editados com tiragem de milhões de exemplares, é maior nos territórios flamengo, alemão e inglês. Em França, país limítrofe, o interesse pela série foi reduzido, sendo uma série pouco conhecida. Em Portugal, as aventuras da cooley foi iniciada nas revistas da ENP (Cavaleiro Andante, Zorro e Nau Catrineta) e a APR dedicou-lhe uma colecção de revistas. A bibliografia da séries pode ser consultada em Bedeteca Portugal.


23 de dezembro de 2012

Heróis da BD (6) - Ka-Zar


O primeiro Ka-Zar, David Rand, é um senhor da selva, na senda das aventuras do Tarzan. A sua estreia foi no comic-book Ka-Zar #1 de Outubro de 1936, com o nome de Ka-Zar the Great da autoria de Ben Thompson.

O segundo Ka-Zar só aparece em 1965 pela dupla Jack Kirby/Stan Lee para o X-Men #10. Nesta nova versão de Ka-Zar (Kevin Plunder como novo de baptismo), ele vive numa Terra povoada por dinossáurios e extraterrestres escondidos no interior da Antártida. Originalmente escrito como um selvagem primitivo e beligerante, Ka-Zar evolui para um ser civilizado, mantendo um certo grau de desconfiança em relação à civilização e cauteloso dos visitantes de fora da Terra Selvagem.

Kevin Plunder, o "Senhor da Terra Selvagem", nasceu no castelo de Kentish Town, em Londres, sendo o filho mais velho de Lord Robert Plunder, o nobre inglês que descobriu a Terra Selvagem. Depois dos seus pais serem mortos pelos bárbaros homem-macacos da Terra Selvagem, Plunder é encontrado e criado pelo gato Zabu, detentor de poderes quase-humanos de inteligência devido a uma mutação causada por névoas radioativas. "Ka-Zar" significa "Filho do Tigre", na língua do Homem-Macacos. Ka-Zar torna-se um perito caçador, caçador, pescador e, vivendo da terra selvagem. Mais tarde, casa-se com Shanna, Shanna the She-Devil.

Kevin Plunder é um homem atlético, sem poderes sobre-humanos. Ele utiliza um estilo único de combate corpo a corpo moldado por anos de sobrevivência na Terra Selvagem, onde desenvolveu grandes habilidades na caça, armadilhas e pesca. Possui uma faca Bowie e, ocasionalmente, usa um estilingue, arco e flecha e outras armas primitivas.

Ka-Zar faz parcerias com vários heróis da Marvel. Os X-Men são visitantes recorrentes na Terra Selvagem e Ka-Zar é um aliado frequente, ajudando-os a derrotar mutantes, como Sauron e Magneto. Também se junta ao Homem-Aranha em diversas ocasiões, uma dos quais impedindo Stegrom, o homem dinossauro de invadir a cidade de Nova Iorque com dinossauros da Terra Selvagem. Ka-Zar também ajuda os Vingadores a repelir Terminus, mas enquanto salvam muitos nativos, não são capazes de impedir a destruição da Terra Selvagem. Ka-Zar é, então, resgatado pelos Vingadores, deixando a Terra Selvagem, indo para o mundo civilizado. Aqui, ele e Shanna têm um filho chamado Mathew. A Terra Selvagem é, mais tarde, reconstruída e Ka-Zar e Shanna voltam com seu recém-nascido, retomando as suas aventuras.

As aventuras de Ka-Zar são publicadas em Portugal pelo Mundo de Aventuras. Consulte o site Bedeteca Portugal para a quadricolografia completa.

2 de dezembro de 2012

Heróis da BD (5) - LANCE

Amigo de infância de Kit Karson, filho do marquês de Saint-Lorne, aluno da Academia de West-Point, o jovem tenente Lance Saint-Lorne é um jovem sedutor e ambicioso.

As suas aventuras começam no forte fronteiriço de Leavenworth, onde na companhia do sargento Blaze faz reconhecimentos de territórios ainda desconhecidos do Oeste. A descoberta é de um mundo diferente com índios hostis num ambiente perfeitamente selvagem.

Enamora-se da bela Valle, sua companheira de aventura após a sua nomeação para comandante dos Mounted Rangers.

A série termina após cinco anos de aventuras com a partida de Lance com os colonos para a Califórnia.

As aventuras foram desenhadas em 261 pranchas dominicais a cores e durante um ano (1957/1958) houve tiras diárias não numeradas a preto e branco. A estreia em Portugal deu-se na revista Cavaleiro Andante com o nome de «Flecha». Num deslumbrante trabalho de restauro, Manuel Caldas editou em 4 álbuns o integral de Lance, permitindo aos mais novos (e não só) o acesso a uma maiores epopeias da conquista do Oeste em banda desenhada.

A bibliografia de Lance em Portugal está disponível em Bedeteca Portugal.


19 de novembro de 2012

Heróis da BD (4)

Destinado a substituir Dan Dunn (criado em 1933 por Norman Marsh), Kerry Drake começa por ser um detective privado, fazendo, por vezes, serviços para o juiz de instrução da cidade.
Esta série americana tem início em 1 de Outubro de 1943, sendo distribuída pela Publishers Syndicate ininterruptamente até Março de 1983.
Kerry Drake possui a sua própria equipa: uma secretária loura e charmosa chamada Sandy Burns e Firetop, o seu companheiro de estrada. Em oposição a Dick Tracy, a série privilegia as investigações do dia a dia em vez de missões espectaculares. Com o tempo evolui para uma «soap-opera» sentimental, com a bela Sandy a ser assassinada e Drake a trabalhar exclusivamente para a polícia, algumas vezes, com a ajuda da sua futura esposa Mindy. Seguidamente, descobre um irmão, Lefty, também ele defensor da ordem e da justiça. Mais tarde, os dois irmãos são rivais na resolução das intrigas policiais. Ao longo dos anos, Andriola constrói uma galeria de criminosos, como o Doutor Zero, Bottleneck, Mr. Golias ou a Mãe Whistler.
Alfred Andriola é ajudado por alguns assistentes desenhadores, como Hy Eisman, Jerry Robinson, Fran Matera e, principalmente, Sururi Gümen, que compartilhou crédito com Andriola entre 1976 e 1983. Com a morte de Andriola, a agência abandona a série.

Em Portugal, a série estreia-se no Mundo de Aventuras #149 de 19 de Junho de 1952. Consulte a Bedeteca Portugal para ver a quadricolagrafia da série em Portugal.


1 de novembro de 2012

Heróis da BD (4) - Ace O'Hara

Ace O'Hara é um herói do espaço, sempre em busca de novos planetas. A sua noiva é a loura Betty, filha de um cientista que trabalha em actividades de conquista do espaço. A série foi proposta pelo desenhador inglês Basil Blackaller com textos de Conrad Frost. Em 1958, Blackaller cede o desenho a Tony Speer, que o assegura até ao final da série em 1964.
Em Portugal, a série foi publicada na 1ª série da revista Espaço da Agência Portuguesa de Revistas.
A quadriculografia portuguesa está disponível em Bedeteca Portugal.

30 de outubro de 2012

Heróis da BD (3) - Capitan

A acção desta série decorre no século XVII e retrata Capitan de Castaignac, um émulo de Artagnan. Capitan, assistido por Larose, o seu fiel valete, deixa Gascogne natal e ruma à capital do império, Paris. Após alguns combates de capa e espada, Capitan torna-se um agente secreto às ordens do Cardeal Richelieu. Os autores, o casal Lilliane e Fred Funcken, afirmaram que «é uma época que amam bastante, sendo uma oportunidade de explorar os nossos conhecimentos sobre a História dos Costumes. A nossa documentação neste domínio é das mais completas, com livros raros que nem existem na Biblioteca Nacional. Esta paixão vem do tempo que Hergé nos pediu a série Cavaleiro Branco». Mais tarde, o casal Funcken edita uma apaixonante colecção em sete volume sobre a história dos uniformes militares ao longo dos tempos.

O rigor histórico conferiram uma grande credibilidade às séries do casal Funcken, como Cavaleiro Branco, Harald o viking, Jack Diamond e Doc Silver, além dos inúmeros «one-shots» desenhados durante a sua carreira na revista Tintin.

Na série Capitan, alguns dos argumentos são de Yves Duval e Jacques Acar. A saga inicia-se em 10 de Setembro de 1963 no Tintin belga, prolongando-se até Junho de 1971, publicando-se a última aventura na revista Tintin Sélection.
Em Portugal, a série foram publicados cinco episódios nas revistas Tintin, Mundo de Aventuras e Selecções do Mundo de Aventuras (nestas duas últimas revistas, os desenhos são a preto e branco). A lista completa pode ser consultada no site Bedeteca Portugal.

29 de outubro de 2012

Heróis da BD (2) - Mandrake

Lee Falk, na altura com 19 anos e frequentando a Universidade de Illinois, imagina a personagem, desenhando mesmo algumas tiras. Dez anos mais tarde, propõe a série à King Features Syndicate, que, para sua surpresa, a aceita sem discussão. Contudo, Falk reconhece que seria melhor entregar a arte da série a um desenhador profissional, caindo a escolha em Phil Davis. Assim, Mandrake começa a ser publicada em 11 de Junho de 1934 nos Estados Unidos pela King Features Syndicate

Mandrake é um mágico dotado de poderes misteriosos com um penteado de brilhantina, um smoking da Belle Époque, finos bigodes e um chapéu alto. Mandrake é um combatente do crime, do tráfico e da delinquência, tendo como principal inimigo o Cobra. Como seus parceiros neste combate tem Lothar, um gigante negro, antigo rei africano e a sua noiva Narda, de origem balcânica.

O sucesso da série é imediato, tendo o distribuidor adjudicado aos autores uma prancha dominical colorida. A sunday-page inicia-se em Fevereiro de 1935. Três anos depois, Mandrake começa a publicar-se nos famosos comic-books, pequenas revistas de banda desenhada a cores.

Em 1939, a série é transportada para a televisão, através de doze episódios de trinta minutos, realizados por Nordman Deming e Sam Nelson, com interpretações dos actores Warren Hull, Doris Weston e Al Kikume. Federico Fellini, um apaixonado da banda desenhada e da magia, tenta, sem êxito, adaptar a série ao cinema, onde Marcelo Mastroianni interpretaria Mandrake.

Em 1964, Phil Davis tem uma crise cardíaca que o impede de assumir o desenho de Mandrake, sendo a sua esposa Martha a assegurar, durante algumas semanas e até ao falecimento de Davis, o desenho da série.

Após a morte de Davis, é Fred Fredericks que se torna o desenhador do célebre mágico da banda desenhada, continuando Lee Falk a escrever os argumentos até à sua morte em 1999. A partir do desaparecimento do criador de Mandrake, Fred Fredricks assume a totalidade da série.

Em Portugal, a série estreia-se nas páginas do Mundo de Aventuras (1ª fase) #62 de 19 de Outubro de 1950, sendo uma das séries com mais episódios publicados nas revistas portuguesas. As tiras diárias também foram publicadas em vários jornais portugueses. Contudo, actualmente nenhuma publicação publica a série, que ainda se mantém no portfolio da King Features Syndicate com a responsabilidade de Fred Fredericks.

A relação dos episódios publicados em Portugal encontra-se aqui.


28 de outubro de 2012

Heróis da BD (1) - KALAR

Jean Calard, sobrinho do milionário Himbert Calard, é inocentemente acusado de assassinar o seu tio. Sem conseguir provar a sua inocência, foge, a bordo de um pequeno avião. Contudo, a pequena aeronave é apanhada numa tempestade, caindo em plena selva africana. Salvo pelos Pigmeus, Calard decide viver com os seus novos amigos, mudando o nome para Kalar, o justiceiro da floresta. Torna-se responsável de uma reserva onde vive com a formosa médica Pamela White.
Kalar combate os caçadores furtivos, denuncia os feiticeiros e as suas medicinas ocultas, ajuda as tribos amigas e luta contra monstros pré-históricos vindo das trevas dos tempos. Nas suas aventuras, faz-se acompanhar por um chimpanzé turbulento chamado Gib.
Os desenhos foram assinados por vários artistas, sendo Tomas Marco Nadal e Rafael Mendez os que mais episódios assumiram. Os argumentos são, na maior parte, da responsabilidade de Ramon Ortega e Eugenio Santillos.
A série começou a ser publicada pela revista de bolso francesa Kalar das Editions Imperia em 1963 e manteve-se até 1986. Contudo, a partir de 1983, a revista passou somente a publicar reimpressões de episódios antigos.
Em Portugal, foram publicados os primeiros 67 episódios (com alguns hiatos) pela segunda série da revista «O Falcão».
A quadricolografia completa dos episódios publicados em Portugal pode ser consultado no site Bedeteca Portugal.