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27 de dezembro de 2021

João Paulo Cotrim - Ensaio de quadriculografia portuguesa

Argumentista, Escritor
(Portugal) 13 de Março de 1965 - 26 de Dezembro de 2021

[biografia]

One-shots publicados:

  • À esquina, Pedro Burgos e Cotrim, Campo das Letras [2003]
  • Woody Allen, Colecção BD Cine, Pedro Nora e Cotrim, Corda Seca [2003]
  • Chet, Colecção BD Jazz #10, João Fazenda e Cotrim, Corda Seca [2005]
  • Anita O'Day, Colecção BD Jazz #12, Pedro Nora e Cotrim, Corda Seca [2005]
  • Miles Davis, Colecção BD Jazz #13, João Moreno e Cotrim, Corda Seca [2005
  • Salazar, agora na hora da sua morte, Miguel Rocha e Cotrim, A. M. Pereira Editora [2006]
  • Objectivos do Milénio - Vencer os medos, vários autores, Assírio e Alvim [2008]
  • Portimão - Como se faz uma cidade, vários autores, Câmara Municipal de Portimão [2009]
  • A noiva que o rio disputa ao mar, Miguel Rocha e Cotrim, Câmara Municipal de Portimão [2009]

Obras sobre BD:

  • O 25 de Abril e a BD - Uma revolução desenhada, vários autores, Afrontamento [1999]
  • Stuart - A rua e o riso, Stuart de Carvalhaes, Assírio e Alvim [2006]
[actualizado em 26.12.2021]

 

26 de dezembro de 2021

João Paulo Cotrim (1965-2021)

O editor e fundador da Bedeteca de Lisboa João Paulo Cotrim morreu hoje em Lisboa, aos 56 anos, vítima de doença, disseram à agência Lusa fontes próximas da família.

João Paulo Cotrim dirigiu a Bedeteca de Lisboa desde a sua abertura, em 1996, e até 2002. Durante este período organizou várias iniciativas e exposições.

Foi director do Salão Lisboa de Ilustração e Banda Desenhada durante quatro edições e responsável pela sua programação e dos catálogos e da mostra Ilustração Portuguesa.

Guionista para filmes de animação, João Paulo Cotrim escreveu novelas gráficas, ensaios e poesia e histórias para crianças e adultos. Foi jornalista e era editor da Abysmo.

Na sua vasta obra encontram-se novelas gráficas (“Salazar – Agora, na Hora da Sua Morte”), ficção (“O Branco das Sombras Chinesas”, com António Cabrita), ensaios (“Stuart – A Rua e o Riso” ou “El Alma de Almada El Ímpar” – Obra Gráfica 1926-1931), aforismos (“A Minha Gata”) e poesia (“Má Raça”, com Alex Gozblau), além de histórias para as infâncias (“Querer Muito”, com André da Loba).

João Paulo Cotrim foi ainda professor no Ar Co, no departamento de Ilustração e BD, bem como no IADE - Faculdade de Design, Tecnologia e Comunicação, e colaborou no Instituto Português do Livro e das Bibliotecas (IPLB).

No seguimento do confinamento imposto pela pandemia de covid-19, João Paulo Cotrim criou, em 2020, “Torpor. Passos de voluptuosa dança na travagem brusca”, uma revista digital gratuita criada e disponibilizada pela editora Abysmo.

A edição procura captar o efeito que a crise pandémica e o confinamento tiveram "tanto nas artes como na vida", uma iniciativa que não foi planeada previamente, “resultou de sucessivos diletantes passeios pelas redes”, nas quais João Paulo Cotrim descobriu um mundo que palpitava criação artística, contou o editor à Lusa, em maio do ano passado.

Entre os vários órgãos de comunicação social em que trabalhou consta a Revista Ler, Elle, Máxima, Marie Claire, Oceanos, Visão, Grande Reportagem, Colóquio-Letras, Der Spiegel, Le Monde e o suplemento DNA.

O romance “O Plantador de Abóboras”, do escritor timorense Luís Cardoso, que venceu o Prémio Oceanos 2021, que anualmente destaca as melhores obras publicadas em língua portuguesa, foi um dos livros editados pela Abysmo.

A 8 de Dezembro, o escritor, que residia em Lisboa, dedicou o galardão ao seu editor, João Paulo Cotrim, assinalando já então que se encontrava doente.

Nas redes sociais, como o Facebook, multiplicam-se as despedidas e homenagens de autores e companheiros da carreira artística de João Paulo Cotrim. André Carrilho, Alexandra Lucas Coelho, José Teófilo Duarte e Bárbara Bulhosa foram alguns que assinalaram esta partida.

in LUSA