Mostrar mensagens com a etiqueta Mézières. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Mézières. Mostrar todas as mensagens

24 de janeiro de 2022

Jean-Claude Mézières (1938-2022)

O criador de banda desenhada francês Jean-Claude Mézières, coautor da série de ficção científica Valerian, morreu na noite de sábado, em Paris, aos 83 anos.

Fonte de inspiração para numerosos autores de todo o mundo, Mézières teve uma preferência pela ficção científica, tendo trabalhado na ilustração, publicidade, fotografia, cinema e televisão.

"É com uma imensa tristeza que soubemos do falecimento de Jean-Claude Mézières. O seu nome ficará para sempre ligado aos personagens Valérian e Laureline, que desenhou durante mais de 50 anos ao lado do escritor e amigo Pierre Christin", indicou a editora Dargaud em comunicado.

A editora sublinhou a "exigência, energia, forte personalidade, gentileza, simplicidade, alegria de viver e curiosidade" de Mézières, que fizeram dele "um ser precioso", nesta colaboração de longa data com Pierre Christin, que viria a incluir ainda Evelyn Tranlé.

Várias personalidades do mundo da banda desenhada - como Pierre Lungheretti e Xavier Gorce - já reagiram nas redes sociais, elogiando o trabalho de um "imaginário fulgurante", que levou os fãs a "mil planetas gráficos".

Nascido a 23 de Setembro de 1938, em Paris, Jean-Claude Mézières conheceu Pierre Christin durante os bombardeamentos de 1944, durante a Segunda Guerra Mundial, quando as famílias de ambos se refugiaram na mesma cave.

Estudou numa escola de artes aplicadas à indústria e comércio, e a sua primeira banda desenhada foi publicada em 1955, e após o serviço militar na Argélia, trabalhou como maquetista e ilustrador na então livraria e editora Hachette.

A criação dos agentes espaciotemporais Valérian e Laureline surgiu em 1967, na revista Pilote, e viriam a ser personagens principais de 25 álbuns, publicados em duas dezenas de línguas, incluindo em português, chegando ao cinema pela mão do realizador Luc Besson, em 2017, com o filme "Valerian e a Cidade dos Mil Planetas".

A série - que vendeu mais de 2,5 milhões de exemplares - conta as aventuras de Valérian, um agente espaciotemporal, e da sua colega, Laureline, enquanto viajam pelo universo, desafiando o espaço e o tempo, em encontros com seres extraterrestres.

Jean-Claude Mézières trabalhou também para o cinema, desenhando cenários e figurinos para o filme "O Quinto Elemento", dirigido por Luc Besson, e "Hard to be a God" do realizador Peter Fleischmann.

in LUSA

Ver bibliografia portuguesa AQUI

22 de setembro de 2018

Jean-Claude Mézières - Ensaio de quadriculografia portuguesa

Argumentista, Desenhador
(França) Paris, 23 de Setembro de 1938

Jean-Claude Mézières é um dos mais influentes desenhadores europeus de ficção científica, mais conhecido como o co-criador do Valérian com Pierre ChristinMézières nasce em Paris, onde estuda no Instituto de Artes Aplicadas juntamente com Jean Giraud. Enquanto frequenta a escola de arte, colabora com várias revistas, incluindo a Coeurs Vaillants (1953-1954). Nos anos seguintes, desenha para as revistas Bonjour Philipinne, Fripounet et Marisette e Spirou, bem como para livros e publicidade.

Mézières cumpre o seu serviço militar em TlemcenArgélia. Seguidamente,  encontra emprego nos Studios Hachette em 1961. Lá trabalha como ilustrador para  um livro da série L'Histoire des Civilizations, juntamente com Jean  Giraud.
No entanto, a sua paixão pelo Velho Oeste americano e a vida de vaqueiro leva-o a viajar para os Estados Unidos em 1965. Aí trabalha num rancho em Montana e acaba  por reunir-se com o seu amigo de infância Pierre Christin em Salt Lake City, Utah.  Durante este período, faz ilustrações para uma pequena agência de publicidade e  para uma revista mórmon. Com Christin produzem alguns contos para a revista  Pilote, em França. A colaboração veio a florescer quando começam a série do  agente espaço-temporal Valérian e da sua namorada Laureline. Até então, Mézières tinha publicado histórias mais curtas na revista Pilote, com  argumentos de Christin (Linus), Fred, Reiser, Lob e Goscinny. Assume a  continuação da história L'Extraordinaire et Troublante Aventure de M.  Auguste Faust com o argumentista Fred.
A primeira aventura de Valérian surge na Pilote em 1967.  Desde então, Mézières trabalha quase exclusivamente na série que também já foi  adaptada a uma série animada de TV. Além de ValérianMézières  Christin têm lançado one-shots, como Lady Polaris (Autrement, 1987) e  a série Canal Choc (Les Humanoïdes Associés, 1990). Para este  último trabalho, Mézières foi principalmente supervisor, sendo a arte feita  pelos seus assistentes Hugues Labiano, Philippe Aymond Philippe Chapelle. No final  dos anos 1980, Mézières começa a experimentar com cores directas em alguns  contos para a Métal Hurlant. Para Le Monde é um ilustrador regular para a  coluna Heures Locales. Jean-Claude Mézières também ministra cursos de BD na  Universidade de ParisVincennes, tendo como alunos alguns artistas futuramente famosos como André Juillard e  Régis Loisel. Ainda visita regularmente os EUA para experimentar a vida no  campo.

Séries publicadas em Portugal:
Valérian

[actualizado em 13-11-2014]

7 de janeiro de 2017

Valérian - Ensaio de quadriculografia portuguesa


Ficha técnica:
Ficção científica
(França) Pilote #420, 9 de Novembro de 1967 - Éditions Dargaud, 2010
Pierre Christin (argumento) e Jean-Claude Mézières (desenhos)
Estreia em Portugal: Tintin #36/3º ano, 30 de Janeiro de 1971
Outras publicações: Álbum Meribérica, Flecha 2000 (Diário Popular), Jornal da BD, Público Júnior, Selecções BD (1ª série), Álbum Edições ASA, Álbum Público/ASA

Em 2720, o agente espoço-temporal Valérian é enviado ao ano mil para encontrar Xambul, o responsável dos sonhos da Galaxity, a capital do império terrestre. Durante a estadia de Valérian na Idade Média, é salvo pela jovem terrena Laureline. Valérian convida-a para regressar a Galaxity e fará equipa com ele em missões espaço-temporais a bordo da sua nave, descobrindo novas civilizações e espécies extraterrestres.

Quadriculografia portuguesa:
  • Maus sonhos (Leo mauvais rêves), 2000,  Selecções BD (1ª série) #26 a #28; Álbum Público/ASA [2017]*
  • Pelos caminhos do espaço (Par les chemins de l'espace), 1967, Álbum Meribérica [1983] Colecção 16x22
  • A cidade das águas movediças (Le cité des eaux mouvantes), 1968, Tintin #36/3º ano a #3/4ºano; Álbum Meribérica [1980]; Jornal da BD #1 a #8; Álbum Público/ASA [2017]*
  • O império dos mil planetas (L'empire des milles planétes), 1969, Tintin #51/4º ano a #20/5º ano; Álbum Meribérica [1981]; Jornal da BD #9 a #16; Álbum Público/ASA [2017]*
  • O país sem estrela (Le pays sans étoile), 1970, Tintin #43/6º ano a 6/7ºano; Álbum Meribérica [1981]; Flecha 2000 (DP) #37 a #45; Jornal da BD #23; Álbum Público/ASA [2017]*
  • Benvindo a Alflolol (Bienvenue sur Alflolol), 1971, Álbum Meribérica [1981]; Flecha 2000 (DP) #1 a #9; Jornal da BD #33 a #40; Álbum Público/ASA [2017]*
  • O senhor das aves/Os pássaros do senhor (Les oiseaux du maître), 1973, Tintin #28 a #47/8º ano; Álbum Meribérica [1982]; Jornal da BD #84 a #88; Álbum Público/ASA [2017]*
  • O embaixador das sombras (L'ambassadeur des ombres), 1975, Álbum Meribérica [1982]; Jornal da BD #41 a #48; Álbum Público/ASA [2017]*
  • Nas terras programadas/Em terras fictícias (Sur les terres truquées), 1976, Álbum Meribérica [1982]; Jornal da BD #49 a #56; Álbum Público/ASA [2017]*
  • Os heróis do Equinócio (Les Herós de l'Équinoxe), 1978, Álbum Meribérica [1983]; Jornal da BD #25 a #32; Álbum Público/ASA [2017]*
  • Metro Châtelet, Direcção Cassiopeia (Metro Chatelêt, Direction Cassiopeia), 1980, Álbum Meribérica [1983]; Flecha 2000 (DP) #19 a #27; Jornal da BD #1 a #8; Jornal da BD #113 a #120; Álbum Público/ASA [2017]*
  • Estação Brooklin, Terminal Cosmos (Brooklyn Station Terminus Cosmos), 1981, Álbum Meribérica [1984]; Flecha 2000 (DP) #28 a #36; Jornal da BD #121 a #128; Álbum Público/ASA [2017]*
  • Os fantasmas de Inverloch/Os espectros de Inverloch (Les spectres d'Inverloch), 1984, Álbum Meribérica [1986]; Jornal da BD #233 a #240
  • As iras de Hypsis (Les foudres d'Hipsys), 1985, Álbum Meribérica [1986]; Jornal da BD #241 a #248; Álbum Público/ASA [2017]*
  • Sobre as fronteiras/A grande fronteira (Sur les frontieres), 1988, Álbum Meribérica [1989]; Público Júnior #1 a #31; Álbum Público/ASA [2017]*
  • As armas vivas (Les armes vivantes), 1990, Álbum Meribérica [1991]; Álbum Público/ASA [2017]*
  • Os habitantes do céu (Les habitants de ciel), 1991, Álbum Meribérica [1992]
  • Os círculos do poder (Les cercles de pouvoir), 1994, Álbum Meribérica [1995]; Álbum Público/ASA [2017]*
  • Reféns do Ultralum (Otages de l'Ultralum), 1996, Álbum Meribérica [1997]; Álbum Público/ASA [2017]*
  • O órfão dos astros (L'orphelin des astres), 1998, Álbum Meribérica [1999]; Álbum Público/ASA [2017]*
  • Por tempos incertos (Par des temps incertains), 2001, Álbum Meribérica [2001]; Álbum Público/ASA [2017]*
  • Nas imediações do Grande Nada (Au bord du Grand Rien), 2004, Álbum Público/ASA [2011]*; Álbum Público/ASA [2017]*
  • A ordem das pedras (L'Ordre des pierres), 2007, Álbum ASA [2007]; Álbum Público/ASA [2017]*
  • O Abre Tempo (L'Oeuvre Temps),  2010, Álbum Público/ASA [2011]*; Álbum Público/ASA [2017]*
  • Recordações de futuros (Souvenirs des futurs), 2013, Álbum Público/ASA [2017]*
* Álbum duplo