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12 de junho de 2025

O esqueleto

Esta novela gráfica que tem na mão, é a adaptação da segunda obra de terror lançada no Brasil, escrita por Joaquim Carneiro Vilela em 1872. Um dos primeiros autores do terror gótico brasileiro. Conta-nos uma história de terror e decadência, que nos leva de uma tradicional e honrada família de altos valores morais até à depravação das ruas boémias da cidade de Olinda, no tempo em que ali funcionava a Faculdade de Direito de Pernambuco.

Acompanhamos o romance de Felipe e Lívia e o verdadeiro amor que faz frente às tentações do mundo. Enamorado da sua prima Lívia, nada mais desejava... até ao dia em que é obrigado pelo seu pai a ir estudar para a Faculdade de Direito, onde acaba por conhecer Azevedo e os “Filhos de Minerva”. Pecado e redenção, ascensão e queda... Esta é uma história de terror, que se vai desenrolando lentamente, até tomar toda a alma do leitor sem aviso prévio. 

Roberta Cirne nasceu na cidade do Recife, capital do estado de Pernambuco, no Brasil. É licenciada em Educação e Artes Plásticas pela UFPE e estudiosa da história de Pernambuco. Faz banda desenhada desde a sua infância e publica desde 1998. Tem um site chamado Sombras do Recife, onde divulga vários géneros, como o terror, história, banda desenhada e literatura referente à sua cidade natal. Já publicou dezoito álbuns de BD, entre eles uma adaptação em quatro volumes, intitulada “Passos Perdidos, História Desenhada" - (História dos Judeus), que foi o vencedor do HQMIX 2007 na categoria de Maior Contribuição para os Quadrinhos Nacionais. No ano seguinte, foi nomeada pela arte da obra "Heróis da Restauração Pernambucana", que fala sobre a Invasão Holandesa do Brasil. Foi a primeira autora a lançar um livro de BD, “Sombras do Recife – Volume I” na história da Academia Pernambucana de Letras, em 2018. Foi uma das vencedoras dos prémios Ângelo Agostini 2019 e HQMIX 2019 e em 2020 com a obra “Gibi de Menininha” - Volume I e II, na categoria de Melhor Publicação em Quadrinhos do Ano e Melhor Publicação MIX.

O esqueleto, Roberta Cirne, Escorpião Azul, p&b, 56 pp., capa mole, 15€

O Penteador (2ª edição)

Candidato a um emprego numa velha loja de miudezas, o jovem Mafaldo Limparrim desloca-se a um local chamado Poço Redondo, vila suburbana de montanha conhecida pelos seus maus ares, para conhecer o seu idoso e irrequieto patrão. Contaminado logo desde o primeiro minuto, acabará por retirar-se à socapa após uma vigorosa familiarização com algumas especialidades e personagens locais. Diversas circunstâncias, contudo, ditarão o sucessivo regresso de Mafaldo Limparrim à peculiar vila, sempre acompanhado por um crescendo de personagens cada vez mais ilustres. Uma capela muito estranha, um anjo da guarda incompetente, uma amante, autarcas, monarcas, viscondes e figuras do clero, entre outros, compõem um quadro epicamente paroquial que terá o seu termo com a revelação duma história antiga após a qual, como todos sabem, o mundo jamais voltou a ser o mesmo.

Trata-se de uma nova edição e uma nova capa.

O Penteador, Paulo J. Mendes, Escorpião Azul, 176 pp., p&b, capa mole, 25€

7 de junho de 2025

Toxic West

Depois da extinção da humanidade, os mutantes tentam sobreviver no planeta poluído que herdaram. Os desertos, cobertos de lixo, são terras sem lei, repletos de forasteiros, caçadores de recompensas e gangues. Patti Graves, uma guaxinim fora-da-lei, e Sierra Bloom, uma ratazana psíquica, viajam juntas pelo deserto para chegar à cidade de Zion. Pelo caminho, encontram gangues loucos, ruínas da humanidade e robôs controlados por Warden, um tubarão investidor, que tenta expandir o seu poder através do financiamento da Grande Companhia. Trata-se de um western pós-apocalíptico onde o caos é uma constante.

João Gil Soares é ilustrador e animador de Vila Nova de Gaia. Teve formação em Comunicação Multimédia e Artes Audiovisuais pela Universidade de Aveiro. Gosta muito de fazer banda desenhada. No que toca à criação de argumentos e desenho, tem vários interesses na área da ficção, sobretudo fantasia e histórias de aventura. Em 2023 lançou o seu primeiro álbum de banda desenhada intitulado “Forgoth: A Cidade Escondida”. Uma história de detectives “noir” com fantasia medieval. Agora, junta-se novamente à editora Escorpião Azul, para a publicação de mais uma obra. Desta vez, uma história de cowboys mutantes num mundo pós-apocalíptico.

Toxic West, João Gil Soares, Escorpião Azul, 136 pp., cor, 29€

1 de abril de 2025

Homem de Neandertal

Neste livro, André Diniz conduz o leitor a um intrigante mergulho no passado, onde a luta pela sobrevivência e os primeiros indícios de humanidade se entrelaçam. A história acompanha um Neandertal que, além de enfrentar diversos desafios impostos pela natureza e pela convivência em grupo, é arrebatado por algo inesperado: a arte rupestre criada por humanos.

Encantado e curioso por aqueles desenhos nas cavernas, tenta decifrar o que significam aqueles rabiscos que tanto o fascinam. A busca por respostas leva-o a reflectir sobre a sua existência, a sua relação com o mundo em redor e o que diferencia a sua espécie da dos humanos. Esta obra, não retrata apenas a pré-história, mas também convida o leitor a reflectir sobre a origem da arte, a origem da comunicação e a origem do próprio espírito humano. É uma história visual que revela o elo entre o passado remoto e as questões intemporais da humanidade. 

Homem de Neandertal. André Diniz, Escorpião Azul, 104 pp., cor, capa mole, 26€

11 de novembro de 2024

A língua do diabo - Novidade da Escorpião Azul

Estamos em Sciacca, Sicília, no ano de  1831. Os irmãos Salvatore e Vincenzo, órfãos, vivem da pesca e do trabalho no campo. Num dia de faina, vêem de repente, um vulcão a surgir do mar em plena actividade. Em poucos dias o material em erupção formou uma pequena ilha. Salvatore é o primeiro a lá chegar, convencido, que ao fazê-lo, se tornará o seu legítimo proprietário. Em vez disso, terá de lutar contra os britânicos, os franceses e os espanhóis. Na verdade, os espanhóis foram os últimos a intervir na disputa, nomeando Salvatore governador da ilha em nome de Fernando II.  Inspirado num facto histórico – a existência efémera da Ilha Ferdinandea – o autor tece uma história onde a aventura e o romance psicológico se entrelaçam. Como um vulcão que emerge do Mediterrâneo, todos estão agitados, mas permanecem prisioneiros da ordem e das convenções sociais que acabarão por engoli-los. Esta é uma novela gráfica de grande fôlego que nos conta uma história mágica e bizarra sobre uma alucinação colectiva, uma natureza feroz e sonhos desfeitos.  

O autor Andrea Ferraris nasceu em Génova em 1966. Depois de se formar em artes, frequentou um curso de design gráfico e cenografia dado pelos formadores Gianni Polidori e Emanuele Luzzati. Em Milão trabalhou como cenógrafo assistente para a Casa da Ópera e para a televisão. A paixão pelo fumetti levou-o a instalar-se em Bolonha onde teve, como ele próprio diz, “a oportunidade de conhecer mestres como Vittorio Giardino, Andrea Pazienza e Marcello Jori”. Em 1992, começou a colaborar com a Disney Itália, para quem trabalha há mais de 30 anos. Publicou ilustrações e banda desenhada para várias revistas como Alias, La Lettura e Internazionale, bem como encartes para os jornais Il Manifesto e Il Corriere della Sera. Em 2011 produziu com Giacomo Revelli, uma biografia em BD sobre Ottavio Bottecchia, o primeiro italiano a vencer a Volta à França em bicicleta. Entre 2013 e 2016 viveu em Paris onde concluiu a sua primeira obra a solo, Churubusco, uma história verídica sobre o Batalhão de São Patrício. Seguiu-se em 2017 A Cicatriz - Na Fronteira Entre os Estados Unidos e o México com o argumento do seu amigo Renato Chiocca. Em 2018 volta a solo com a obra A Língua do Diabo. Um Mosquito no Ouvido é o seu livro mais autobiográfico, no qual conta a história da adopção da sua filha Sarvari, publicado em 2021. Temporale, publicado em 2024, é o seu novo e mais recente livro de banda desenhada.  

A língua do diabo, Andrea Ferraris, Escorpião Azul, 232 pp., p&b, capa mole, 27€

10 de novembro de 2024

O Atendimento Geral

Nesta novela gráfica, Paulo J. Mendes explora a história de um tímido escriturário cuja vida é subitamente transformada ao ser incumbido de abrir uma sucursal numa vila do interior. Esta vila, outrora cenário das suas férias de infância, traz-lhe memórias intensas, especialmente de um último ano traumático, quando a tia que o acolhia o expulsou subitamente.

Ao regressar após três décadas, o protagonista encontra-se num ambiente fechado e hostil, confrontando-se com antigos amigos que se tornaram inimigos e com a elite local que o desdenha. A sua tarefa de instalar a nova sucursal revela-se uma missão quase impossível, pressionado por apetites imobiliários gananciosos e expectativas inatingíveis.

No entanto, é o reencontro com a casa antiga e os terrenos que desperta nele um apego profundo e memórias há muito enterradas. No meio desta turbulência, uma antiga paixão reaviva-se, mas com ela surge um bloqueio emocional que o paralisa sempre que tenta um novo envolvimento físico. Uma história sobre reencontro e superação, O Atendimento Geral é uma reflexão sobre o poder das memórias e as complexidades dos laços humanos.

O Atendimento Geral, Paulo J. Mendes, Escorpião Azul, 272 pp., p&b, capa mole, 29€

23 de outubro de 2024

Em redes

"Em redes" é a nova aposta no mercado editorial da Escorpião Azul

Durante a primeira metade do século XX, a Ilha da Culatra, uma das ilhas barreira do sotavento algarvio, é sede de uma base de aviação naval e não é raro ver hidroaviões a deslizar no espelho de água da Ria Formosa. 

Jean, um charmoso piloto francês de sorriso fácil, continua a frequentar e a encantar os habitantes locais depois da guerra. Rafael, um enigmático e contemplativo pescador de olhos grandes, tem raízes fortes no lodo da Ria. 

Os percursos de ambos e dos seus conterrâneos estão interligados de formas nem sempre óbvias, sem limites geográficos ou temporais.

Vão ser igualmente importantes no futuro das comunidades de moradores das ilhas. Têm algo a ensinar e a aprender. Ambos são nós indispensáveis na malha da rede.

Em redes, Xico Santos e Audrey Cailla, Escorpião Azul, 120 pp., p&b, capa mole, 22€

29 de junho de 2024

Paciência é o meu nome do meio

Este pequeno livro vai divertir o leitor. Não é suficiente contar algo que faz parte do nosso dia-a-dia de uma maneira banal e simples. É preciso fazê-lo de uma forma cómica e por vezes dramática! Nada melhor do que o fazer através de tiras desenhadas! Aqui, autora é testemunha e protagonista destas histórias semi-verídicas, enquanto colaboradora de supermercado.

Inês Barroso é também conhecida como Fetchónaz. Apesar de não ter seguido pela via artística nos seus estudos, nunca deixou de fazer aquilo que realmente gosta: criar os seus próprios universos através da Banda Desenhada. Fetchónaz é criadora de Mini Zines. Têm a particularidade de serem super portáteis e que a maior parte são feitos todos à mão. "Saga dos Cócózitos", "ThunderCat" ou "Os 7 Anões Da Branca De Neve", são apenas alguns dos títulos entre os muitos e muitos Mini Zines que produz.  São pequeninas bandas desenhadas ou tiras desenhadas que podem caber num bolso de umas calças e acompanhar as pessoas para o trabalho ou para qualquer lado. Embora que o seu trabalho seja em modo "pequeno", concluiu esta obra sendo já um sonho concretizado.  A autora também já colaborou com BD’s curtas para a revista H-alt

Paciência é o meu nome do meio, Fetchónaz, Escorpião Azul, 84 pp., p&b, capa mole, 13,50€

23 de março de 2024

Muitos Anos a Virar Páginas, de Hugo Pinto

No actual e consentâneo período dourado que se vive na edição de banda desenhada em Portugal em que, cada vez mais, se lança mais e melhor BD por terras lusas, há, ainda assim, questões que subsistem sem resposta: como é que, efetivamente, se desenrola a atividade de edição de BD por cá? Será este mercado tão sustentável como aparenta ser? Que ambiente se respira entre concorrentes na edição? Que tiragens são feitas? Que diferença há entre Novela Gráfica e Banda Desenhada? Como vivem os editores de BD em Portugal? E serão eles “editores” ou meros “publicadores”?

Recorrendo a um anglicismo e adaptando ao universo da banda desenhada a célebre questão sem resposta de Bob Dylan, a pergunta primordial que se impõe é: How many books must a publisher publish, before you call him an editor?

A resposta, meu amigo”, a essa e outras questões, está neste primeiro livro de Hugo Pinto (autor do blogue Vinheta 2020 e divulgador e crítico de banda desenhada). De modo desgarrado e sem pudores, não fugindo a assuntos muitas vezes considerados tabu, este é um livro com conversas entre o autor e dez dos mais proeminentes editores de banda desenhada da última década em Portugal.

Não só Muitos Anos a Virar Páginas assinala os dez anos de existência da editora Escorpião Azul, como nos dá um extenso e profundo vislumbre sobre a banda desenhada em Portugal, carregado de inúmeras histórias dos bastidores da edição da 9ª Arte que eram, até agora, desconhecidas.

E como cereja em topo do bolo, ainda reúne dez ilustrações únicas e inéditas feitas por dez dos autores que fazem parte do catálogo da editora portuguesa.

Muitos Anos a Virar Páginas, de Hugo Pinto, Escorpião Azul, 260 pp., p&b, capa mole, 25€ 



30 de novembro de 2023

O breve passado e outras histórias

Este livro é uma antologia que reúne um conjunto de Bandas Desenhadas curtas de Miguel Santos. 

Algumas histórias são inéditas e outras já foram publicadas em fanzines e revistas de BD. Tratam-se de histórias de ficção científica que vão beber a vários subgéneros como o Cyberpunk, o Futurismo Africano e ainda o Solarpunk. Distopias e utopias inspiradas e, por vezes, baseadas em eventos jornalísticos mais ou menos reais.

O breve passado e outras histórias, Miguel Santos, Escorpião Azul, 182 pp., p&b, capa mole, 22,50€

29 de novembro de 2023

Neon


Uma nova obra de Rita Alfaiate já está disponível nas livrarias portuguesas, numa edição da Escorpião Azul.

Uma cidade inteira a funcionar só para ela, o ruído das máquinas é incessante e o que produzem ou transformam está restrito às suas necessidades e de mais ninguém. As luzes que nunca se apagam brilham apenas para iluminar o seu fardo. Num Mundo, onde a completa solidão define a vida e o quotidiano, esta cidade é afinal o cenário de uma história que nunca existiu.

Neon, Rita Alfaiate, Escorpião Azul, 10 pp., cor, capa mole, 25€

28 de novembro de 2023

Burpszila

Um ser intergaláctico cai, por acidente e devido a uma avaria na sua nave, no planeta Terra, mais precisamente, em Portugal. Tentando interagir com a cultura local, vai colecionando uma série de mal-entendidos, dado não compreender bem alguns dos hábitos do povo autóctone. Isto tudo enquanto espera pela assistência intergaláctica da sua nave.

João Mascarenhas é investigador científico na área da engenharia dos materiais e dedica a maior parte do seu tempo livre à Banda Desenhada e Ilustração. Tem utilizado, sempre que possível, a Banda Desenhada para a divulgação de Ciência. Tem sido premiado e exposto em vários continentes, participado em inúmeros projectos nacionais e internacionais e editado vários fanzines, entre os quais - BDLP - em conjunto com o Olindomar Estúdio de Angola. O BDLP (que conta com a participação de autores dos países da CPLP) venceu o Prémio Nacional de BD do Festival Internacional Amadora BD em 2013 na categoria "Fanzine", e o Troféu HQ MIX 2014, no Brasil, na categoria "Destaque Língua Portuguesa". Na Banda Desenhada, este é o seu primeiro trabalho na vertente humorística, com textos de Luís Graça, um dos melhores copywriters em Portugal.

O Luís Graça existe mesmo, felizmente. E felizmente também é um grande escritor (e um dos melhores copywriter portugueses), embora as editoras não lhe tenham ligado muito.

Mesmo assim foi editado pela Oficina do Livro, Edições Polvo e pela Universitária Editora. Tendo no humor inteligente e na imaginação um tanto delirante os recursos fundamentais da sua escrita, teve a ousadia, em 2007, de lançar três livros de contos num só dia em edição de autor.

Burpszila, João Mascarenhas e Luís Graça, Escorpião Azul, 56 pp., p&b, capa mole, 13,50€

17 de junho de 2023

Forgoth - A cidade escondida

Forgoth é uma cidade escondida do resto do mundo e tem um grande problema. As pessoas estão a desaparecer sem deixar rasto. É a missão de uma ex-inquisidora, Vera Cruz, investigar e resolver o problema. Sigam Vera na sua aventura pela cidade subterrânea e descubram alguns dos seus estranhos habitantes. Esta é uma BD que mistura história de detectives "noir" com fantasia medieval.

O autor, João Gil Soares, é formado em Comunicação Multimédia e Artes Audiovisuais, vive no grande Porto e procura entrar no mundo da ilustração e animação tradicional. "Forgoth: A Cidade Escondida" é a sua primeira incursão na arte sequencial e porventura não será a última.

Forgoth - A cidade escondida, João Soares, Escorpião Azul, 70 pp., p&b, capa mole, 13€

15 de junho de 2023

O acordo


Neste álbum assistimos a uma horda imparável de criaturas desconhecidas descendo das montanhas para o mar, destruindo tudo à sua passagem. Florestas, prados, campos e povoados, tudo está em risco, e as populações locais estão em fuga. No desespero, uns deixam tudo para trás, e outros tentam salvar quem podem. Outros ainda, recorrem a espíritos ancestrais para resolver as suas agruras, e outros aproveitam-se da desgraça alheia para proveito pessoal. O que está disposto a pagar um pai pela segurança do seu filho?

O autor Carlos Páscoa nasceu em Beja em 1977 e descobriu muito cedo que gostava de desenhar, na maior parte das vezes em folhas soltas e cadernos da escola. Só publicaria as suas primeiras BD's a partir de 1996, quando começou a frequentar o atelier Toupeira. A partir daí, nunca mais parou. Participou em varias exposições e foi publicado em numerosas colectâneas de BD, tanto do atelier Toupeira (Venham+5, Lua de Prata, Pax-Fanzine) como também, no colectivo Zona (Zona Nippon, Zona Desenha 2012, Zona Negra II), e na antologia "Humanus" da editora Escorpião Azul. Em 2008, completou o curso de Arquitetura de Gestão Urbanística da FAUTL em Lisboa. Trabalhou em arquitectura, urbanismo e marketing até 2013, ano em que se mudou para Londres, onde viria a trabalhar até 2017 como designer gráfico. Nesse mesmo ano de 2013, conheceu David Lloyd, co-autor de "V for Vendetta" e "Hellblazer" e começou a publicar BD na sua antologia semanal Aces Weekly, onde, aliás, continua a publicar regularmente. Em 2017 regressou a Beja. Publicou a obra "Vazio" em 2021 pela Escorpião Azul. Esta obra foi galardoada na categoria de obra revelação de Banda Desenhada Nacional para o prémio vinhetas d'Ouro 2021. Vive e trabalha actualmente como freelancer e autor de BD.

O acordo, Carlos Páscoa, Escorpião Azul, p&b, 72 pp., capa mole, 14€

29 de abril de 2023

A Oeste

"A Oeste" é a nova obra do português João Amaral, lançado, este fim de semana na Mostra do Clube Tex em Anadia.

Tudo começa com alguns rumores de que a oeste parecem soprar alguns ventos de mudança… No entanto, isso pode fazer somente notar que afinal apenas corre no ar um sopro, cujo real propósito é apenas o de agitar a folhagem, para na realidade, ficar tudo na mesma. Afinal, os grandes ideais são compostos por homens e nem sempre os que os propagandeiam são os melhores elementos. A causa, muitas vezes até pode ser justa, mas como diz o povo, de boas intenções está o inferno cheio… E é igualmente a oeste que surge também uma aragem gélida, sob a forma de uma mulher. 

21 de outubro de 2022

Cyberfreak - Uma novidade da Escorpião Azul

Depois de perder as duas pernas num acidente de automóvel, Riki deu-se como voluntário para poder participar num programa experimental da Agência Espacial Europeia. O seu corpo foi colocado num veículo de exploração planetária, que se movimenta com quatro pernas em vez de rodas e que tem autonomia própria. Este personagem vive e trabalha numa estação de serviço em plena auto-estrada. A música electrónica, a tecnologia e as drogas sintéticas envolvem o seu ambiente natural. Esta obra fala sobre a pobreza humana e da moral dos jovens permanentemente ligados a uma rotina de vazio, com uma obsessão por sexo no centro desse universo despedaçado. Uma visão crítica do futuro das novas gerações inserida numa realidade não muito longínqua.

Miguel Ángel Martín nasceu em León em 1960. É um dos autores mais conceituados da banda desenhada espanhola. Foi vencedor do Prémio Yellou Kid para melhor autor estrangeiro [Roma, 1999], sendo este considerado o óscar da banda desenhada.  O seu estilo em linha clara, limpo e elegante contrasta com a dureza dos argumentos, dotados  de um humor ácido e muito incisivo. No seu país de origem, tornou-se conhecido pelo público leitor quando, em 1992, ganhou o Prémio de Autor Revelação na Feira Internacional de Comics de Barcelona.   Entre muitos outros galardões que lhe foram atribuídos podemos destacar o Grande Prémio Attilio Micheluzzi [Comicon Nápoles 2003], o álbum Brian The Brain foi considerado o melhor livro de 2007 pelos leitores do jornal italiano La Repubblica e mais recentemente, em 2017, o Festival Romics que se realiza em Roma escolheu Total Overfuck como a melhor BD do continente europeu.  Publicou em diversos jornais e revistas espanholas como o Rock de Lux, Makoki, Zona 84, Subterfuge, Diário 16, El Víbora, Totem, Selen [Itália], Blue [Itália] e Babel [Grécia].  Da sua vasta obra destacamos alguns livros como Playlove [2008], Surfing on the Third Wave [2009], Bug [2011] Rubber Flesh [2018], Brian the Brain Integral [2019], Saphari [2020], Ultra Brutal [2021], que compila o que é considerado o seu trabalho mais difícil e selvagem, incluindo Psycopathia Sexualis o seu polémico e transgressor álbum. Em 2022 lançou My Way. As suas obras encontram-se traduzidas em português, espanhol e italiano. 

Cyberfreak, Miguel Ángel Martín, Escorpião Azul

Elviro

A Escorpião Azul lança hoje "Elviro", uma obra de Paulo J. Mendes.

Numa pitoresca vila costeira, vivem-se os últimos dias do seu decrépito serviço de eléctricos. Elviro Bolacho, entusiasta de velhos veículos de transporte público, aproveita as férias de Verão com a esposa Ataílde para registar tudo o que pode desses derradeiros instantes. Uma zanga entre o casal leva a que passem a estadia separados: Ao longo de sete dias, ela toma banhos de sol com um amigo de ocasião numa praia infestada de mirones, enquanto ele passa o tempo à volta dos eléctricos, entre os seus registos e um esforço para tentar salvar o que resta, sem suspeitar que a sua atracção por uma jovem doceira irá desencadear precisamente o oposto.
 
Paulo J. Mendes nasceu no Porto em 1965, tendo desenvolvido desde cedo o gosto pelo desenho.  Frequentou a Escola de Artes Decorativas Soares dos Reis, sendo dessa altura os  primeiros e toscos esforços em banda desenhada que publica no recém-aparecido  fanzine “Comicarte”, com cuja estrutura associativa colaboraria na organização das  primeiras edições do saudoso Salão de Banda Desenhada do Porto. Participaria ainda em algumas publicações de efémera duração, como o “Jornal de Ramalde” ou o  descabelado fanzine “Düdü”, que cria com mais dois amigos.  A vida profissional e o aparecimento de outros interesses irão afastá-lo por algumas décadas do universo da BD, tanto como praticante como leitor. Trabalhou como  desenhador publicitário em listas telefónicas e também como pintor de azulejaria, tendo de permeio experiências tão diversas como a ilustração de temática ferroviária,  desenho de medalha e de ex-líbris, ou ainda a pintura em aguarela.  Em 2014, começou a praticar em diário gráfico o desenho de observação,  habitualmente designado “Urban Sketching”; pratica diariamente, expõe os trabalhos e também orienta workshops, estando os seus desenhos publicados em vários livros sobre o tema.  Em 2017, com a leitura de alguns álbuns de BD emprestadas por um amigo, dá-se o ressurgir do interesse pela banda desenhada e consequente vontade de voltar à mesa de trabalho. Desse exercício de retoma nasceu “O Penteador”, primeira obra publicada em 2020 pela editora Escorpião Azul, e agora o recém-chegado “Elviro”.

5 de julho de 2022

O caderno da Tangerina

A Escorpião Azul lança mais uma obra de Rita Alfaiate, O caderno da Tangerina

Quando conheci a Tangerina, a minha nova colega de escola, fiquei feliz porque ela era diferente, e podia ser minha amiga.  Mas a Tangerina era distante, havia algo que eu não compreendia. Ela tinha um caderno, um caderno estranho. e descobri que era nele que residia todo o seu mistério.  Esta obra, cujo título tem o seu nome,  em homenagem a todos os incompreendidos, sejam eles adultos ou crianças.

O caderno da Tangerina, Rita Alfaiate, Escorpião Azul, cor+p&, 192 pp., capa flexível, 27€

30 de junho de 2022

A cicatriz - Na fronteira entre o México e os Estados Unidos

A Cicatriz, uma novidade da Escorpião Azul, é uma reportagem gráfica sobre a dura realidade que existe em ambos os lados da fronteira entre o México e os Estados Unidos. Três mil e duzentos quilómetros de um Muro que divide a sociedade, criando uma ferida profunda em torno  da qual vão alternando a escuridão, a luz, a violência e a humanidade. Andrea Ferraris e Renato Chiocca viajaram para Tucson e Nogales para documentar as histórias dos que vivem na sombra desse Muro: uma zona de guerra em terra de ninguém. O que eles viram e ouviram foi capturado nesta novela gráfica

Os autores

Renato Chiocca é realizador e argumentista, trabalha para cinema, teatro e televisão. Realizou vários documentários sobre os Himalaias, Cuba, Lampedusa, Tunísia e outras curtas metragens, anúncios, videoclipes e programas de televisão. Entre o cinema e a banda desenhada dirigiu Mattotti (2006), sobre a obra de Lorenzo Mattotti com a participação do Prémio Pulitzer Art Spiegelman, e Once Out (2012), livremente inspirado em Os Inocentes de Gipi.

Andrea Ferraris gosta de pessoas que têm paixões fortes, que levam vidas estranhas e não têm medo de demonstrá-las. É autor de cinco livros. Dois realizados com grandes amigos, Bottecchia, com Giacomo Revelli e La Cicatrice em conjunto com Renato Chiocca. Duas novelas a solo, Churubusco e La Lingua del Diavolo publicados em Itália, França, Portugal, EUA e México. E por último um livro autobiográfico, Una Zanzara nell’Orecchio publicado pela editora Einaudi em Itália, pela Delcourt em França e pela Epix na Suécia.

A cicatriz, Renato Chiocca e Andrea Ferraris, Escorpião Azul, 48 pp., p&b, capa flexível, 12€

2 de junho de 2022

Rattlesnake

Rattlesnake é o título da novidade da editora oestina Escorpião Azul.

O seu nome ninguém o sabe. 

Ela é apenas uma mulher conhecida pela alcunha de “Rattlesnake” (cobra cascavel) pelo estranho assobio que faz ecoar às suas vítimas, pouco antes de morrerem às suas mãos. 

Da sua personalidade, aparentemente algo distante, também pouco se sabe. No entanto e provavelmente devido a algo que ficou escondido lá atrás no passado, ela denota um profundo senso de justiça. 

Sempre pronta para defender os que não têm voz, tem a noção de que vive num mundo onde a ambição e a ganância ditam implacavelmente a lei do mais forte. 

É então contra esse estado de coisas que age, utilizando algumas vezes métodos um pouco ortodoxos, para, no fim, voltar a seguir apenas o seu solitário caminho, rumo ao sol que se ergue e se põe todos os dias para lá do horizonte…

Rattlesnake, João Amaral, Escorpião Azul, 80 pp., cor, capa mole, 13,90€