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11 de outubro de 2018

O Xerife da Babilónia - Volume 2

Escrito pelo ex-agente da CIA e já famoso argumentista Tom King (Batman), Premio Eisner 2018 para o melhor escritor, e desenhado por Mitch Gerads (Justiceiro), o volume 2 de O Xerife da Babilonia e   sétimo da colecção Vertigo 25 Anos tem saída hoje em banca, concluindo-se uma das séries mais aclamadas da década.

Christopher Henry veio para o lraque ap6s a invasão dos Estados Unidos em 2003 para treinar uma    nova geração de polícias p6s-queda de Saddam Hussein. Mas um dos recrutas foi assassinado, abrindo a porta para uma vasta rede de segredos e mentiras, ligando o antigo regime, o novo governo, militares dos Estados Unidos, o submundo do crime e a rede jihadista num emaranhado de morte e falsidade.

Chris não está sozinho no meio do caos. Nassir e um antigo polícia de Bagdade e Sofia que faz parte do poder politico da região, juntam-se a Chris na tentativa de descobrirem o assassino, mas estão prestes a descobrir que nada e tão simples quanto parece no universo apocalíptico em que vivem. Abu Rahim e o homem que está por detrás do crime, conseguirá Chris chegar à verdade nas ruas ensanguentadas de Bagdade onde nada é o que parece?

O Xerife da Babilónia - Volume 2, Tom King e Mitch Gerards, Levoir, 152 pp., cor, capa dura, 14,90€ 

27 de setembro de 2018

Colecção Vertigo 25 Anos: O Xerife da Babilónia Vol. 1

A Levoir decidiu aumentar a colecção Vertigo 25 Anos com dois volumes de O Xerife da Babilónia, cujo primeiro volume sai hoje para as bancas.

Tom King, ex-agente da CIA que trabalhou no Iraque durante 7 anos, é um dos mais populares autores de comics americanos, responsável por títulos que tiveram o mérito de tornar as histórias de super-heróis num género sério e literário, capaz de questionar os fundamentos das nossas ideias sobre a humanidade, a família, a exclusão e muito mais. São exemplos disso Visão (Marvel) ou a sua série de Batman (DC).

King inspirou-se nas suas experiências vividas no Iraque para compor esta história tão real, suja e violenta, sobre visões do invasor e do invadido, num mundo que gira em torno do dinheiro e do poder. Os diálogos cruzados entre os diversos personagens mostram a rede complexa que liga americanos e famílias poderosas de toda a cidade.

Saddam Hussein é derrubado em 2003, Bagdad está agora sob o comando dos americanos. E ninguém está no controle.

Christopher Henry é um ex-polícia e agora prestador de serviços contratado pelos militares sabe disso melhor do que ninguém. Ele está no país para treinar a força policial iraquiana e um dos seus recrutas foi assassinado. Com a autoridade civil em frangalhos e corpos atulhando as ruas, Chris é a única pessoa realmente interessada em descobrir o culpado pelo crime – e a motivação por trás do acto.

Personagens, narrativa e ambiente. São esses os três pilares de O Xerife da Babilónia, atingidos com precisão cirúrgica. Tudo colabora para ir criando uma bela visão do que está a acontecer. Mas, em momento nenhum King dá uma imagem negativa de iraquianos ou muçulmanos, apesar de lidar com temas como o terrorismo ou o fundamentalismo religioso.

Numa história onde o ambiente é tão importante, não é nenhuma surpresa que a arte precise ser evocativa. Mitch Gerads faz um excelente trabalho criando um ambiente desolado pela poeira que se mescla com as paisagens da cidade com cores e painéis simples. O trabalho de Mitch acrescenta muito à narrativa de Tom King, compreendendo muito bem as linguagens dos seus personagens e elevando a acção e ritmo da história a algo frenético.

O Xerife da Babilónia - Volume 1, Mitch Gerads e Tom King, Levoir, 152 pp., cor, capa dura, 14,90€