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5 de julho de 2024

Colecção Novelas Gráficas (VIII série) #1 - Táxi amarelo

Ser um táxi em Nova York.

Após 20 anos na realização de séries para televisão e filmes, Benoît Cohen sente-se vazio. O seu entusiasmo desapareceu. A vontade de parar de escrever e deixar a câmera de lado por um tempo tornou-se uma realidade. 

Em 2015, morava há um ano em Nova York e, para aproveitar a riqueza da metrópole, decidiu-se tornar taxista. Numa escola no Queens, aprende os truques do ofício, conhece os seus futuros colegas (todos precários, todos migrantes...) e enfrenta o labirinto administrativo que o leva a obter a carteira de motorista de táxi. 

Ao volante do icónico Yellow Cab, percorre a Big Apple, observa os rostos dos seus milhares de passageiros, conversa... e enfrenta os preconceitos que rodeiam a sua nova profissão. 

Benoît Cohen queria escrever um filme. Porém, o material que extrai dessa experiência social deixa-lhe uma marca profunda e leva-o a trilhar caminhos insuspeitos. O projeto transforma-se num romance autobiográfico intercalado com reflexões sobre o processo criativo. Publicado pela primeira vez pela Flammarion, agora assume a forma de uma história em banda desenhada sublime graças a Chabouté. Uma aventura sensível e profundamente humana, transformada num livro com desenhos de tirar o fôlego que presta uma homenagem vibrante à mais famosa cidade americana.

Yellow Cab foi originalmente publicado em Dezembro de 2020.

Colecção Novelas Gráficas (VIII série) #1 - Táxi amarelo, Christophe Chabouté, Levoir, 162 pp., p&b, capa dura, 13,90€

7 de setembro de 2023

Colecção Novelas Gráficas (VII série): Moby Dick - Volume 2

Dentro da nova coleção de Novelas Gráficas da Levoir e do Público que começou no passado dia 31 de Agosto com o volume um de Moby Dick, é lançado hoje o segundo volume desta obra atemporal que consegue cativar o leitor de qualquer época.

Christophe Chabouté consegue em Moby Dick, a proeza de ao mesmo tempo ser fiel ao original escrito por Herman Melville, em 1851, e introduzir características únicas do meio em que foi recriado ganhando assim vida através da sua potente escrita e ritmo. O artista faz questão de mostrar cada mínimo detalhe de acções quotidianas dos marinheiros, seja preparando um arpão, ou cortando a carne de baleia.

Na primeira metade do século XIX, o óleo de baleia era muito usado e extremamente valioso. A única maneira de o conseguir era através da caça à baleia. As viagens destes marinheiros podiam durar até três anos e eram arriscadíssimas. Somente o alto valor do barril de óleo de baleia justificava o esforço destes homens.

Esta caça em alto-mar durante tanto tempo num ambiente insalubre corrói a psique dos homens, especialmente a do capitão Ahab, que entra numa espiral de loucura na caça à baleia branca. A tripulação está refém da obsessão do seu capitão. Ahab tem apenas um objectivo: caçar e matar a fera que lhe arrancou a perna. Moby Dick… um nome que soa como uma lenda perigosa.

É um nome que mete medo à tripulação e a todos os baleeiros que a encontram, todos eles condenados do mar e habituados aos perigos do oceano. No rasto do cachalote branco, as águas cheiram a morte… Consumido pela sua sede de vingança, Ahab decompõe-se fisicamente. O seu ódio transformou-se em loucura. De tal forma que os seus homens se interrogam: o verdadeiro perigo está no mar ou a bordo?

Colecção Novelas Gráficas (VII série): Moby Dick - Volume 2, Christophe Chabouté, Levoir/Público, 144 pp., p&b, capa dura, 13,90€

31 de agosto de 2023

Novela Gráfica - O regresso de uma colecção que faz história

A Levoir e o Público continuam a ser os editores com mais títulos publicados nesta categoria no mercado nacional. E foi aqui, nos livros distribuídos com o jornal Público, que tudo começou e é aqui que agora continua, com esta sétima série da colecção Novela Gráfica. Uma série marcada mais uma vez pela diversidade, que traz de volta nomes prestigiados como Chabouté, Bartolomé Seguí, Felipe Hernandéz Cava e Schuiten e Peeters, que confirmam a aposta na BD europeia, ao mesmo tempo que abre as portas a autores nunca antes publicados em Portugal. Autores oriundos de diversas latitudes e culturas, da Itália ao Irão, passando pela Coreia – incluindo uma inédita colaboração entre o argumentista francês Éric Corbeyran e o desenhador coreano Gwangjo – assinando histórias que, partindo da literatura ou da própria vida, abordam temas tão diversos como o Holocausto, a Guerra Civil Espanhola e a Revolução Russa, ou a situação das mulheres e os problemas de liberdade de expressão e da censura no Irão. Ou seja, todo um mundo para descobrir com o Público, todas as quintas-feiras, entre 31 de Agosto e 2 de Novembro.

Nesta sétima série não faltam títulos com uma importante ligação à literatura, sejam adaptações directas, biografia de escritores, ou trabalhos originais que remetem para obras literárias existentes, como simples homenagem, ou como ponto de partida para uma intriga autónoma.

Composta por 10 volumes inéditos em Portugal, é apresentada como habitualmente em cuidadas edições de capa dura e com prefácios a cada uma das edições.

Regressam autores já conhecidos dos leitores: Chabouté, Benoît e Peeters, Bartolomé Seguí e Hernán Migoya, adaptando mais um romance de Manuel Vázquez Montalbán, e Felipe Hernández Cava, apadrinhando a estreia de Miguel Navia, numa história sobre a guerra civil espanhola. Sendo o contingente europeu assegurado por autores de Espanha, França, Bélgica e Itália, esta sétima série traz-nos também livros de Mana Neyestani e de Shaghayegh Moazzami, dois autores iranianos, que mostram que a novela gráfica naquele país não se limita a Marjane Satrapi, a prestigiada autora e realizadora que já marcou presença por duas vezes nesta colecção com Frango com Ameixas e Bordados.

Mas o grande destaque nesta colecção vai para a presença, praticamente em estreia no mercado nacional, do Mahwa, a banda desenhada feita na Coreia do Sul, por Keum Suk Gendry-Kim, uma autora coreana, que adapta um romance do seu compatriota Jung Cheol-Hoon, Alexandra Kim, a biografia da revolucionária coreana que participou activamente na revolução bolchevique.

A Coreia também está representada pelo desenhador Gwangjo, que colabora com o argumentista francês Éric Corbeyran, em mais uma prova que a Banda Desenhada é cada vez mais um género sem fronteiras.

A abrir a colecção, temos um velho conhecido, Chabouté e a sua obra em 2 volumes, Moby Dick, publicado originalmente em 2014 é a adaptação para banda desenhada do romance de Herman Melville, considerado um clássico da literatura americana.

A história passa-se no século XIX, no auge da indústria baleeira que operava na Nova Inglaterra. O narrador, Ismael é um jovem que anseia por novas experiências o que o leva a embarcar no navio baleeiro, que está prestes a zarpar, o Pequod.  O misterioso capitão do navio, Ahab, tem como único objectivo vingar-se de Moby Dick a baleia branca que lhe arrancou uma perna. Toda a tripulação vai unir-se ao seu capitão em busca de vingança, tornando a viagem perigosa e doentia.

Além de uma narrativa de acção, Moby Dick, é uma obra sobre o confronto entre homem e natureza, abordando temas como religião, idealismo, pragmatismo e vingança. É uma obra atemporal, que consegue cativar o leitor de qualquer época.

Moby Dick (volume 1), Chabouté, Público/Levoir, 128 pp., p&b, capa dura, 13,90€

14 de novembro de 2020

Colecção Novela Gráfica #13: Acender uma fogueira

A Levoir e o Público editam hoje na colecção Novela Gráfica, Acender uma Fogueira (Construire un feu, 2007) o conto do escritor americano Jack London adaptado para banda desenhada pelo francês Christophe Chabouté.

O conto de London apresenta-nos um homem entregue a si próprio, enfrentando um universo hostil e lutando até ao fim dos seus limites físicos e mentais! Chabouté viu neste conto um desafio segundo o próprio explica: “Quando li o conto de Jack London, não consegui dormir nessa noite, a pensar que era uma história impossível de contar em BD, porque aconteciam pouquíssimas coisas. E, evidentemente, foi essa impossibilidade que me levou a querer fazer o livro.

Num deserto de neve e gelo, um homem e o seu cão confrontam as forças da natureza e o frio intenso, a sua vida depende unicamente dos poucos fósforos que possui e com a qual tem de acender uma fogueira para conseguir sobreviver.

Colecção Novela Gráfica #13: Acender uma fogueira, Christophe Chabouté, Levoir, 96 pp., cor, capa dura, 10,90€