Esta é uma obra de Agustín Ferrer Casas, natural de Pamplona, apaixonado pelo desenho desde criança, que escolhe a arquitectura como profissão. Depois de um trabalho sobre BD realizado na faculdade, intitulado a “A Estética da Nona Arte”, decide participar em 1993 num concurso de comics, onde ganha o primeiro prémio com uma história curta, com gatos antropomorfizados como protagonistas. Este foi apenas o primeiro, de cerca de 30 galardões ganhos durante 20 anos, enquanto mantinha a arquitectura como actividade profissional, até que aos quarenta anos decide dedicar-se exclusivamente à BD, tornando-se num nome incontornável da novela gráfica espanhola.
Além de Arde Cuba, livro que obtém os prémios José Sanchís para a Melhor Novela Gráfica espanhola de 2018 e para o Melhor Argumento no Salão de BD de San Sebastián, destacam-se ainda as obras Cazador de Sonrisas e Mies.
Em Arde Cuba, Agustín Ferrer Casas relata-nos os últimos tempos do regime corrupto e violento de Fulgencio Batista e o avanço da guerrilha de Fidel Castro, numa mistura de realidade e fantasia, onde personagens reais como Fidel Castro, Camilo Cienfuegos, Che Guevara, ou Ernest Hemingway se misturam com outras criadas por Ferrer Casas, como o velho mendigo de dons proféticos.
Graficamente, de destacar como a cidade de Havana de 1958 é primorosamente apresentada, e o Malecón, a avenida marginal de Havana, é retratado de forma genial.
Colecção Novela Gráfica #9: Arde Cuba, Agustín Ferrer Casas, Público/Levoir, 152 pp., cor, capa dura, 10,90€
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