31 de outubro de 2020

Entradas na minha biblioteca de BD em Outubro de 2020

  

Álbuns

  • Lucky Luke muda de sela, A Seita [2020]
  • Andanças e confissões de um homem em pijama, Levoir [2020]
  • Bordados, Levoir [2020]
  • New York Cannibals, Ala dos Livros [2020]
  • O gourmet solitário, Devir [2020]
  • Arde Cuba, Levoir [2020]
  • Astérix entre os helvécios, Salvat [2020]
  • Astérix gladiador, Salvat [2020]
  • Astérix entre os bretões, Salvat [2020]
  • O pesadelo de Obélix, Salvat [2020]
  • A batalha de Trancoso, Câmara Municipal de Trancoso [2020]
  • A solidão do executivo, Levoir [2020]

Revistas

  • dBD #147, octobre 2020
  • Les Cahiers de la BD #12, octobre 2020
  • Boletim do CPBD #152, Setembro 2020
  • HistoireBD #4, septembre-novembre 2020 

Livros

  • Les coulisses d'Hergé, Sépia [2020]

Outros

  • Estatueta de Cleópatra (Astérix)

Mao Tsé-Tung

A Gradiva continua a publicação de álbuns da colecção francesa "Ils ont fait l'Histoire", que, neste momento, já conta com 34 volumes, sendo lançado no próximo mês o 35º com a terceira parte da biografia do General De Gaulle.

O presente volume é o 17º da colecção, editado em 2016 com o título "Mao Zedong", e tem o argumento de Jean-David Morvan e Frédérique Voulyzé e o desenho de Rafael Ortiz.

Quando o «Grande Timoneiro» Mao Tsé-Tung morre, aos 82 anos, a 9 de setembro de 1976, extingue-se uma das figuras mais conhecidas e mais fortemente controversas do século XX e da história da China. O grande revolucionário, fundador da República Popular da China em 1949; o genial estratega militar, herói da Longa Marcha; o ideólogo que quer ser igual ao Karl Marx ou Lenine… São tantos os elementos da propaganda maoista. Mas muitos são aqueles que, no Ocidente ou na China, desmontam a legenda e falam do ditador que fez escolhas muitas vezes infelizes, sendo responsável pela morte de várias dezenas de milhões de pessoas.

Mao Tsé-Tung, Rafael Ortiz, Jean-David Morvan e Frédérique Voulyzé, Gradiva, 64 pp., cor, capa dura, 14,85€

30 de outubro de 2020

Jean-Luc Fromental - Ensaio de quadriculografia portuguesa

Argumentista
(Tunisia) 30 de Outubro de 1950

Após dez anos no mercado editorial, Jean-Luc Fromental dedica-se à imprensa, publicidade, televisão e banda desenhada. Em 1981, cria (com José-Louis Bocquet)  L'Année de la bande dessinée. Em 1983, lança a revista bimestral Métal Aventure e em 1985 assume o cargo de editor-chefe da mítica Métal Hurlant. Estreia-se no desenho animado em 1986 como co-argumentista da série Bleu, l'Enfant de la Terre, dirigida por Philippe Druillet. Cria várias séries para televisão. Em 2001, participa na série Lucky Luke, como argumentista. Continua em contacto com a imprensa, publicando regularmente para os jovens, em particular, 365 Pingouins com Joëlle Jolivet. Em 2003, regressa ao mercado editorial criando a marca de BD para adultos Denoël Graphic, que publica Tamara Drewe de Posy Simmonds ou La Genèse de Robert Crumb.  Destaca-se como argumentista para o desenho de Floc’h, Loustal, Stanislas (Les Aventures d'Hergé), Chaland, Blexbolex, Miles Hyman e Jano

One-shots publicados em Portugal:
  • Quinta coluna em Montmartre, Jean-Louis Floc'h e Fromental, Jornal da BD #77
  • Em plena guerra fria (En pleine guerre froide), 1983, Jean-Louis Floc'h e Fromental, Jornal da BD #95
  • O homem que se parecia com toda a gente (L'homme qui ressemblait à tout le monde), 1983, Jean-Louis Floc'h e Fromental, Jornal da BD #100
  • Grigor Ivanov (Grigor Ivanov), 1983, Jean-Louis Floc'h e Fromental, Jornal da BD #124
  • Mektub (Mektoub), Claude Renard e Fromental, 1983, Jornal da BD #172
  • Moça da praia (Fille de la plage), 1982, Philippe Berthet e Fromental, Jornal da BD #183
  • As aventuras de Hergé (Les aventures d'Hergé), 1999, Stanislas e Fromental, Mundo Fantasma [2003]
[Actualizado em 25.10.2020]

Colecção Novela Gráfica #11 - A solidão do executivo

O detective Pepe Carvalho, a personagem mais universal do escritor e jornalista Manuel Vázquez Montalbán, regressa à colecção Novela Gráfica com A Solidão do Executivo, em banca a partir de amanhã.

Este romance inédito em Portugal foi adaptado por Hernán Migoya e ilustrado por Bartolomé Seguí, a dupla responsável por Tatuagem, que a Levoir e o Público editaram na colecção de 2018.

Neste novo caso, Carvalho terá de regressar à sua juventude como agente da CIA quando, numa viagem aos Estados Unidos, conheceu Antonio Jaumà, o responsável pela multinacional Petnay. Anos mais tarde, Jaumà aparece morto em estranhas circunstâncias. Carvalho, contratado pela viúva para investigar o caso, vai descobrir que o que parecia um crime passional esconde algo muito mais sombrio e complexo.

Colecção Novela Gráfica #11 - A solidão do executivo, Basrtolomé Seguí e Hernán Migoya, Público/Levoir, 92 pp., cor, capa dura, 10,90€

Colecção Integral Astérix #17: Astérix gladiador

"Astérix gladiador" ("Astérix gladiateur") é o quarto álbum da série, pré-publicado na revista Pilote do #126 (22 de Março de 1962) ao #168 (10 de Janeiro de 1963) e publicado em álbum em 1964. Em 1985, foi adaptado para desenho animado (sob o título Asterix e a Surpresa de César, que combina os episódios "Astérix gladiador" e "Astérix legionário").

Calígula Alavacomgetepus, o prefeito dos gauleses, será recebido em Roma por Júlio César. Porém, nessa ocasião, é costume oferecer um presente ao Imperator. O prefeito quer mostrar originalidade e decide oferecer um gaulês da pequena aldeia dos obstinados. Assurancetourix é capturado e enviado a Roma, onde César, sem saber o que fazer com ele, decide jogá-lo aos leões nos próximos Jogos de Circo. Mas, mesmo que Assurancetourix possa ser difícil de suportar às vezes, seu sequestro não ficará impune. Astérix e Obélix partem para Roma para recuperar Assurancetourix. Para isso, decidem tornar-se gladiadores para encontrar o bardo durante os jogos circenses. 

Este episódio estreou-se em Portugal através da revista Tintin )#49/2º ano a #18/3º ano) e, posteriormente, em álbum pela Livraria Bertrand [1973]. A aventura foi reeditada em álbum pela Meribérica-Líber [1989], ASA [2008] e Público/ASA [2013].

A presente edição tem os seguintes extras: "Astérix na arena", "Os que vão rir te saúdam" e "O verdadeiro papel de Cacofonix".

Colecção Integral Astérix #17: Astérix gladiador, Albert Uderzo e René Goscinny, Salvat, 64 pp., cor, capa dura, 10,90€

29 de outubro de 2020

Festival AmadoraBD reduz prémios e anuncia vencedores a 06 de novembro

O Festival de Banda Desenhada da Amadora, AmadoraBD, este ano adaptado à pandemia da covid-19, reduziu as categorias dos prémios anuais para metade e anunciará os vencedores no dia 06 de novembro.

De acordo com a lista de nomeados revelada hoje em comunicado, este ano serão atribuídos prémios em seis categorias genéricas, que distinguem os melhores álbuns de produção portuguesa e estrangeira editados em Portugal ao longo dos últimos meses.

Nas edições anteriores, os prémios eram atribuídos em onze categorias, distinguindo individualmente argumentistas, desenhadores, ilustradores, mas também reconheciam o livro como um todo, abrangendo álbum ilustrado, álbum de BD, tiras humorísticas e clássicos da nona arte.

Contactado pela agência Lusa, o gabinete de imprensa da autarquia da Amadora - organizadora do festival - não explicou, em tempo útil, as razões da alteração dos prémios, ou se a redução do número de categorias se relaciona com a edição atípica do festival, por causa da pandemia.

A decisão motivou já uma petição pública, assinada por cerca de 280 pessoas, apelando à autarquia para rever a alteração, considerando que os prémios do AmadoraBD "continuam a ser os mais importantes a nível nacional" e têm impacto "numa considerável percentagem de leitores de Banda Desenhada".

"Pelo que se tem verificado nos últimos anos, o número de edições tem progressivamente aumentado e o número de autores também. Não compreendemos porque o número dos prémios do Amadora diminuíram. Pelo contrário, faria mais sentido para nós que eventualmente ocorresse o oposto", lê-se na petição.

Este ano, para melhor obra de BD de autor português estão indicados "Conversas com os putos e com os professores deles", de Álvaro, "Mindex", de Fernando Dórdio, Pedro Cruz e Mário Freitas, a colectânea "Raízes", do The Lisbon Studio, "Sentinel", de Luís Louro, e "Toutinegra", de André Oliveira e Bernardo Majer.

Para o prémio revelação estão nomeados Jacky Filipe, autor da cor do livro "Relatividade", João Gordinho com "O Filho do Fuhrer", Paulo Mendes com "O Penteador", Zé Burnay com "Andrómeda ou o Longo Caminho para Casa", e Zé Nuno Fraga com "A Assembleia das Mulheres".

"Apocryphus – SCI-FI", "H-alt, n.º 9" e "Tequila Shots" estão selecionados para melhor fanzine.

Na categoria de 'melhor obra estrangeira de BD editada em português' estão nomeados "Criminal – livro II", "Dois Irmãos", "O Homem que matou Lucky Luke", "O Número 73304-23-4153-6-96-82" e "Undertaker, vol. 1".

Na área da ilustração, serão atribuídos prémios para melhor obra de um ilustrador português e estrangeiro. No primeiro estão indicados os álbuns ilustrados "1.º Direito", de Ricardo Henriques e Nicolau, "Fernão de Magalhães - O homem que se transformou em planeta", de Luís Almeida Martins e António Jorge Gonçalves, "O protesto", de Eduarda Lima, "Troca-Tintas", de Gonçalo Viana, e a banda desenhada "Desvio", de Ana Pessoa e Bernardo P. Carvalho. No segundo foram nomeados a banda desenhada "A Época das Rosas", de Chloé Wary, e os livros ilustrados "Endireita-te", de Rémi Courgeon, "Histórias da Mamã Ursa", de Kitty Crowther, "Mvseum", de Javier Sáez Castán e Manuel Marsol, e "NHAM", de Nuppita Pittman.

O júri deste ano dos prémios integra Pedro Cleto, Cristina Álvares, Carlos Gonçalves, Jorge Nesbitt e Inês Fonseca Santos.

A cerimónia de anúncio e entrega dos prémios, que não são monetários, decorrerá a 6 de Novembro, no Auditório dos Recreios da Amadora.

Este ano, por causa da covid-19, o festival adotou "um novo modelo de programação, vocacionado, exclusivamente, para o universo digital, com transmissão nas redes sociais do evento".

A programação, que começou no dia 22, inclui oficinas, conversas com autores e coletivos, lançamentos de novas edições, debates, visitas virtuais a exposições, a partir da Bedeteca da Amadora.

Este ano, foram produzidas ainda duas exposições, uma dedicada a José Ruy, intitulada ‘Do Tejo ao Fim do Mundo’, centrada "nas viagens, tanto reais como imaginadas, pelos estudos, esquiços, argumentos e desenhos originais de banda desenhada do autor”, e outra coletiva, "30 + 1: A BD não faz quarentena", na qual 30 autores portugueses, apresentam "obras realizadas durante a quarentena ou que tenham a pandemia como inspiração".

 Para celebrar o 30.º aniversário do AmadoraBD, no dia 06 será exibido o documentário "Entre Traços: 30 anos de Banda Desenhada", que conta a história do festival.

Lusa

28 de outubro de 2020

Colecção Integral Astérix #16: Astérix entre os helvécios

"Astérix entre os helvécios" ("Astérix chez les Helvètes") é o décimo sexto álbum da série, pré-publicado na revista Pilote entre o #557 (9 de Julho de 1970) e o #578 (3 de Dezembro de 1970) e publicado em álbum em 1970.

Esta aventura inicia-se com o envenenamento do inspector de impostos romano Claudius Malosinus pelo governador corrupto de Condate (Rennes), que deseja continuar as suas orgias e ao desvio dos impostos cobrados por Roma. Malosinus envia um legionário para buscar a ajuda de Panoramix, que precisa de uma edelweiss (estrela de prata) para preparar a poção que o curará. Astérix e Obélix partem para colher esta flor rara em Helvetia, mas o governador pede ao seu colega de Genava (Genebra) que bloqueie a passagem. Felizmente, Astérix e Obélix podem contar com o estalajadeiro helvético Petisuix e um cofre do banco de Zurix, no qual passam a noite longe das pesquisas romanas. No dia seguinte, os gauleses cruzam o lago para escalar a montanha com veteranos suíços para encontrar a flor. Com a missão cumprida, os dois gauleses regressam à aldeia para curar Malosinus. Recuperado, o inspector é convidado para o banquete final (a primeira para um romano), antes de ir acertar as contas (muito mal conservadas) dos dois governadores corruptos.

Em Portugal, o episódio estreou-se através de um álbum da Livraria Bertrand em 1975, com reedição pela Meribérica [1999] e ASA [2005] e Público/ASA [2013]. As revistas Tintin (#24 a #45/5ºano) e o Jornal da BD (#57 a #64) publicaram a aventura em continuação. 

O presente volume da Salvat ainda oferece aos leitores os seguintes artigos:

  • Astérix e Obélix no país dos cucus
  • Uma missão na Helvécia
  • O fabuloso bestiário de Albert Uderzo
Colecção Integral Astérix #16: Astérix entre os helvécios, Albert Uderzo e René Goscinny, Salvat, 64 pp., cor, capa dura, 10,90€

Top das vendas de BD em França de 12 a 18 de Outubro de 2020

 

1º lugar (novo)
Les Légendaires #23: World Without : Les Cicatrices du monde
Patrick Sobral
DELCOURT

2º lugar (novo)
Sapiens : la naissance de l’humanité #1
Daniel Casanave, David Vandermeulen [d'après Yuval Noah Harari]
ALBIN MICHEL

3º lugar (novo)
Retour sur Aldébaran #3: Épisode 3
Leo
DARGAUD


Boletim do CPBD #152

Já se encontra disponível mais um número do Boletim, órgão do Clube Português de Banda Desenhada. Neste número de Setembro, com capa do desenhador Burne Hogarth, poderemos ler uma biografia de José Garcês, um excelente trabalho de Carlos Gonçalves sobre as mulheres da selva e, a finalizar, um artigo de Paulo Duarte, intitulado "Os clones de Tarzan".

Boletim do Clube Português de Banda Desenhada #152, Setembro de 2020, 52 pp., cor, reservado aos sócios

27 de outubro de 2020

Les Cahiers de la BD #12

O último número deste ano da revista Les Cahiers de la BD tem com tema central se a banda desenhada deve ser exposta nos museus de arte. 

Após as secções curtas e crónicas assinadas por Lucie Servin, François Ayroles, Frank Margerin, Yves Frémion, Numa Sadoul, Maël Rannou, Frédéric Poincelet e Bernard Mahé, a revista aborda  Simon Lamouret, autor de Toulouse de 33 anos cujo segundo livro, "Alcazar", acaba de ser lançado. Depois, temos uma entrevista com François Boucq que evoca o reencontro entre o desenhador e o seu argumentista americano Jerome Charyn. Western, thriller, humor ou fantasia, o criador de "New York Cannibals" é um ogre que devora tudo com gosto. 

O tema dos museus acima mencionado abre com uma entrevista entre Lucie Servin e Thierry Groensteen, que durante muito tempo dirigiu o museu de banda desenhada de Angoulême. Lucie Servin recorda  dez exposições que marcaram a história da BD de 1967 a 2012. Por sua vez, Marius Jouanny reúne as respostas a três perguntas feitas a cinco curadores de exposições: Emmanuelle Payen, Vincent Eches, Lucas Hureau, Marc-Antoine Mathieu e Anne Hélène Hoog. “E se Picasso fosse um autor de BD? , um artigo sobre a exposição de Picasso e BD no museu Picasso-Paris. Um artigo ricamente ilustrado que continua com uma lembrança orquestrada por Vincent Bernière dos autores que usaram o grande pintor nas suas bandas desenhadas. 

A revista encerra este número com um artigo fascinante  que conta a fabulosa história de L’Écho des savanes

Les Cahiers de la BD #12, octobre-décembre 2020, 180 pp., 12,50€

26 de outubro de 2020

1984 de George Orwell em novela gráfica

A editora Alfaguara Portugal lança a novela gráfica oficial da obra mais célebre de George Orwell, uma distopia absolutamente genial.

No ano 1984, Londres é uma cidade lúgubre, em que a Polícia do Pensamento vigia de forma asfixiante a vida dos cidadãos. O mais grave dos crimes é ter uma mente livre.

Winston Smith é um peão nesta engrenagem perversa e a sua função é reescrever a História para a adaptar ao que o Partido considera a versão oficial dos feitos. É o que faz, até decidir questionar a verdade do sistema repressor. Na ânsia de liberdade e verdade, arrisca a vida ao apaixonar-se por uma colega, a bela Julia, e rebelar-se contra o poder vigente.

Publicada originalmente em 1949, a obra mais poderosa de George Orwell é, pela primeira vez, adaptada a novela gráfica, no traço do artista brasileiro Fido Nesti, que capta magistralmente os rostos, corpos e cenários de um mundo que, cada dia, é menos difícil de imaginar.

1984, Fido Nesti, Alfaguara Portugal, 224 pp., cor, capa dura, 21,90€

24 de outubro de 2020

Colecção Novela Gráfica #10 - Karmen

A novela gráfica Karmen, de Guillem March, tem estreia marcada para hoje, dia 24 de Outubro. Editada pela Levoir e pelo Público, surge no seguimento de Monika, de 2019.

O maiorquino March é um ilustrador consagrado, ligado à DC Comics e bem conhecido pelos seus trabalhos em Batman e Catwoman. Em termos gráficos, trata-se de um livro notável.

Karmen tem cabelo cor-de-rosa, um rosto sardento e veste um maiô de esqueleto. Ela é um “anjo da guarda”, pertencente a um grupo de seres que guiam os mortos para a sua próxima vida. Enviada para acompanhar a jovem Catalina, a protagonista, que acabara de cortar os pulsos e se encontra entre a vida e a morte, Karmen vai mostrar-lhe a vida dos seus amigos e daqueles que ama, numa viagem alucinante.

Nesta fantasia moderna, Guillem March trata o suicídio, um assunto de difícil abordagem, de uma forma terna e não desprovido de humor.

Colecção Novela Gráfica #10 - Karmen, Guillem March, Público/Levoir, 168 pp., cor, capa dura, 10,90€

23 de outubro de 2020

Os Cinco e os Contrabandistas

O segundo volume da série Le Club des Cinq editado este ano pela Oficina dos Livros trata-se do quarto episódio da série baseada na obra de Enyd Blyton, adaptada por Natael e desenhada por Béja.

"Os Cinco e os Contrabandistas" tem como título original "Le Club des Cinq en vacances", editado em Novembro de 2019.

Neste episódio, as férias da Páscoa de Os Cinco começam mal: uma árvore caiu sobre o Casal Kirrin. O Júlio, a , o David, a Ana e o Tim têm de se instalar no Monte dos Contrabandistas, junto à sinistra Ilha do Desterro, onde acontecem coisas muito estranhas... 

Os Cinco e os Contrabandistas, Natael e Béja, Oficina dos Livros, 32 pp., cor, capa dura



Um Cowboy no Negócio do Algodão - A nova aventura de Lucky Luke

"Um Cowboy no Negócio do Algodão" ("Un cowboy dans le coton") é a nona aventura de As novas aventuras de Lucky Luke, uma segunda vida da série, já sem a colaboração de Morris. A presente aventura, com edição simultânea em vários países, incluíndo Portugal, irá ficar para a história de Lucky Luke, ao abordar-se pela primeira vez a temática da escravatura. Jul e Achdé oferecem um grande tema a um grande herói. Quando Lucky Luke trata a história dos Estados Unidos sem rodeios, isso resulta numa aventura tão divertida como profunda, que traz para o panorama da banda desenhada um álbum que fazia falta.

Contra a sua vontade, Lucky Luke vê-se proprietário de uma imensa plantação de algodão na Luisiana. Acolhido pelos grandes plantadores brancos como um dos seus, Lucky Luke vai ter de enfrentar vários obstáculos para redistribuir esta sua herança pelos quinteiros negros.

Conseguirá o lendário herói do faroeste restabelecer a justiça nos movediços pantanais da Luisiana?

Nesta sua luta, ele vai acabar por ser apoiado, contra todas as expectativas, pelos Dalton, cujo objectivo inicial era eliminá-lo, pelos Cajuns, os habitantes brancos do pântano, marginalizados à custa da prosperidade do Sul, e por Bass Reeves, primeiro Marshall negro dos Estados Unidos.

Um Cowboy no Negócio do Algodão, Jul e Achdé, ASA, 48 pp., cor, 10,90€

22 de outubro de 2020

Saphari - Uma novidade da editora Escorpião Azul

Doze anos depois de Playlove, Miguel Ángel Martín volta a banda desenhada com uma nova novela gráfica em que o seu estilo cada vez mais refinado é  colocado ao serviço de um enredo que não deixará o leitor indiferente.  Assim que saiu da prisão, Sandoval aceitou um emprego temporário como  segurança numa área industrial semiabandonada. É assim que conhece Belasco, dono do Saphari, restaurante especializado em carnes exóticas e outras iguarias extravagantes, como o nyotaimori, reservado apenas para clientes de confiança. Certo dia, durante o almoço no Saphari, Sandoval conhece Amanda, uma cliente regular por quem se sente atraído, bem como as suas duas filhas que procuram um cachorro perdido. Juntamente com Belasco, Sandoval vai descobrir um mundo fora dos valores e normas da sociedade. Mais tarde recebe a notícia que esperava, deixa o posto de vigia e confessa a Belasco em que consiste o seu  verdadeiro trabalho.

Miguel Ángel Martín é um dos mais conceituados autores de banda desenhada espanhóis, ganhador do Prémio Yellow Kid de melhor autor estrangeiro (Roma, 1999), considerado o Óscar das histórias aos quadradinhos. O seu estilo em linha clara, limpo e elegante  contrasta com a dureza dos seus argumentos, dotados de um de humor ácido.  Em Espanha, tornou-se conhecido quando, em 1992, ganhou o Prémio Autor Revelação na Feira Internacional de Comics de Barcelona. Entre outros prémios, conta no seu palmarés com o Grande Prémio «Attilio Micheluzzi» [Comicon Nápoles 2003], o álbum Brian the Brain foi considerado o melhor livro do ano em 2007 pelos leitores do jornal italiano La Repubblica e em 2017 o Festival Romiccs de Roma escolheu Total OverFuck como a melhor BD europeia.  

Saphari, Miguel Ángel Martín, Escorpião Azul, 152 pp., p&b, capa flexível, 15€

21 de outubro de 2020

Amadora BD 2020 arranca amanhã com transmissão 'online' da programação

A edição deste ano do Amadora BD - Festival de Banda Desenhada da Amadora, adaptada à pandemia da covid-19, arranca na quinta-feira, na Bedeteca da Cidade, “com transmissão nas redes sociais do evento”, foi hoje anunciado.

 “Em 2020, o festival adopta um novo modelo de programação, vocacionado, exclusivamente, para o universo digital, com transmissão nas redes sociais do evento. A programação inclui oficinas, conversas com autores e coletivos, lançamentos de novas edições, debates, visitas virtuais a exposições, entre muitas outras novidades sobre o mundo da banda desenhada portuguesa”, refere a Câmara Municipal da Amadora, num comunicado hoje divulgado.

Este ano, haverá duas exposições, uma dedicada “ao Mestre da Banda Desenhada, José Ruy, intitulada ‘Do Tejo ao Fim do Mundo’, centrada nas viagens, tanto reais como imaginadas, pelos estudos, esquiços, argumentos e desenhos originais de banda desenhada do autor”, e uma outra, “30 + 1: A BD não faz quarentena”, na qual 30 autores portugueses, entre desenhadores e argumentistas, apresentam “obras realizadas durante a quarentena ou que tenham a pandemia como inspiração”.

Para celebrar o 30.º aniversário do Amadora BD, será exibido o filme “Entre Traços: 30 anos de Banda Desenhada”, documentário que conta a história “da estreita proximidade entre a Amadora e a BD, desde a sua infância à maturidade, perspectivando o lugar do evento no futuro e para as novas gerações”.

A Bedeteca da Cidade, localizada na Biblioteca Municipal Fernando Piteira Santos, vai acolher também “duas oficinas dinamizadas pela It’s a Book, moderadas pelas autoras de banda desenhada Patrícia Guimarães e Carolina Celas, conversas com o coletivo The Lisbon Studio, com os autores de ‘Balada para Sophie’, Filipe Melo e Juan Cavia, André Carrilho, autor do livro ‘A Menina dos Olhos Ocupados’, Ana Pessoa e Bernardo P. Carvalho, com o álbum ‘Desvio’, e os lançamentos de novas edições de BD”. 

O Amadora BD 2020 decorre até 06 de Novembro, na Bedeteca da Cidade.

No âmbito do festival, a Câmara Municipal da Amadora desafiou André Carrilho, Nuno Saraiva, Luís Louro, José Ruy, Joana Afonso e Marta Teivesa criar uma ilustração original para vários 'outdoors' espalhados pelo concelho”, passando para BD as medidas de prevenção do contágio pelo novo coronavírus, que provoca a covid-19.

A cada autor foi atribuída uma recomendação da Direção-Geral da Saúde (DGS): “André Carrilho aborda o uso obrigatório da máscara comunitária; Nuno Saraiva trabalha o distanciamento social; Joana Afonso recomenda evitar tocar nos olhos, na boca e no nariz; Luís Louro recorda a necessidade de serem evitados aglomerados de pessoas e deixa um repto ‘Não seja um Covidiota’; Marta Teives reforça a lavagem das mãos como prática indispensável; José Ruy recorre aos emblemáticos personagens de António Cardoso Lopes Júnior, Zé Pacóvio e Grilinho, para exemplificar a etiqueta respiratória”.

O resultado pode ser visto nas ruas da cidade desde meados de Setembro.

Lusa

O menir de ouro - Um livro ilustrado de Astérix

Numa edição da ASA, simultânea com o lançamento mundial, "O menir de ouro" foi escrito por René Goscinny e publicado em 1967 num “livro-disco” ilustrado por Albert Uderzo, com edição da Dargaud e selo Philips

Roger Carel empresta a sua voz a Astérix, Jacques Morel, Obélix, Jacques Jouanneau, o bardo Assurancetourix e Pierre Tornade ao chefe Abraracourcix. A música é obra de Gérard Calvi, o compositor e maestro habitual dos desenhos animados da série naquela época. 

Em 20 de Abril de 2020 é anunciado uma nova edição de livro ilustrado, posto hoje à venda. Em 2019, Albert Uderzo supervisiona a adaptação desta aventura, sendo a sua última participação na obra de Astérix.

Este álbum ilustrado propõe um novo grafismo com uma paginação mais forte, para permitir que o leitor mergulhe mais a fundo nos textos e desenhos destes dois génios da nona arte.

A partir de digitalizações das ilustrações do livro-disco de 1967, os colaboradores históricos de Albert Uderzo tiveram de recorrer a todo o seu talento druídico para restaurar os desenhos de acordo com a vontade do co-criador de Astérix. O mais difícil foi sem dúvida eliminar a trama da impressão, preservando na íntegra os maravilhosos traços a tinta de Albert Uderzo. Efectuaram igualmente uma actualização e uma calibragem das cores fiel ao acabamento original, tendo assim conferido a O Menir de Ouro um rejuvenescimento que vai seguramente congregar à sua volta não só os fãs históricos mas também novas gerações de leitores.

Além disso, para completar a experiência e permitir que os fãs de todas as gerações vivam esta aventura tal e qual a tinham imaginado os seus criadores, uma gravação áudio deste álbum ficará também disponível online, gratuitamente.

Sinopse da história: Assurancetourix espera ganhar o "Menir de Ouro", o grande prémio da competição dos bardos gauleses, com a sua canção Menhir montant (paródia de Ménilmontant de Charles Trénet de 1938). Para proteger o amigo dos romanos e de outros perigos, Astérix e Obélix  acompanham-o. Durante a competição que decorre na floresta de Carnutes, ouvimos três outros bardos, Phonographix, Tournedix e Livredix, cantando folclore Armorican (paródia ao folclore americano).

ver também Post de 27 de Abril de 2020

O menir de ouro, Albert Uderzo e René Goscinny, ASA, 48 pp., cor, capa dura, 10,90€

20 de outubro de 2020

Stranger Things: Em chamas

O quarto volume da saga de Stranger Things já se encontra disponível com o título é Em Chamas, da autoria de Jody Houser e Stefano Martino.

Anos depois de fugirem do Laboratório de Hawkins, Ricky e Marcy, duas das antigas cobaias do Doutor Brenner, procuram ter uma vida normal. 

Mas quando descobrem que o laboratório foi fechado, vão à procura de Nove, uma pirocinética poderosa cuja mente dilacerada ameaça reduzi-los todos a cinzas, a menos que a encontrem e a salvem da sua imaginação malévola.

À medida que vão avançando na sua busca, vão desvendando cada vez mais segredos ocultos do Laboratório de Hawkins

Conseguirão encontrá-la antes que ela destrua tudo à sua volta?

À venda a partir de 27 de Outubro.

Stranger Things: Em Chamas, Jody Houser e Stefano Martino, ASA, 112 pp, cor, capa dura, 14,90€



19 de outubro de 2020

Sapiens #1: A origem da humanidade

Com edição mundial, a Elsinore lança o primeiro volume da extraordinária adaptação ilustrada do bestseller internacional Sapiens, História Breve da Humanidade.

Há cem mil anos, caminhavam pela Terra pelo menos seis espécies diferentes de humanos. Nos dias de hoje, existe apenas uma: o Homo Sapiens. O que aconteceu aos outros? E o que nos acontecerá a nós? Neste primeiro volume da adaptação do brilhante Sapiens: História Breve da Humanidade para novela gráfica, feita em parceria com o escritor David Vandermeulen e o ilustrador Daniel Casanave, Yuval Noah Harari conta-nos a história de um simples símio que acabaria por se tornar o rei do planeta Terra, capaz de dividir o átomo, voar até à Lua e manipular o código genético da vida.

Carregado de humor e originalidade, Sapiens: A Origem da Humanidade permite-nos assistir, em tempo real, ao primeiro encontro entre sapiens e neandertais, à extinção dos mamutes e dos tigres dentes-de-sabre, e às descobertas que acabaram por definir-nos enquanto caso único na Natureza.

Com 248 páginas ilustradas a cores, este é o livro perfeito para alargar o diálogo iniciado em Sapiens: História Breve da Humanidade, e para apresentar o universo e as ideias de Yuval Noah Harari a novos leitores, curiosos pelo que tem sido a longa e agitada história do ser humano.

Sapiens #1: A origem da humanidade, David Vandermeulen, Daniel Casanave e Yuval Noah Harari, Elsinore, 248 pp., cor, capa dura, 24,99€ 

David Vandermeulen (adaptação e coautoria)

Nascido em Bruxelas, em 1968, é autor de banda desenhada. Estudou na Royal Academy of Fine Arts de Bruxelas e no Royal Institute of Art History and Archaeology. Dirige, desde 2016, a colecção La Petite Bédéthèque des Savoirs que associa ensaio e banda desenhada.

Daniel Casanave (adaptação e ilustrações)

Nascido em França em 1963, é um artista que divide o seu trabalho entre ilustração, cenografia e banda desenhada. Formado em Artes Plásticas, tem trabalhado sobretudo na adaptação de obras-primas literárias.

Yuval Noah Harari

Yuval Noah Harari é historiador, investigador e professor de História do Mundo na Universidade Hebraica de Jerusalém, considerada uma das melhores instituições de ensino a nível internacional. Doutorado em História pela Universidade de Oxford, Harari tem-se dedicado ao estudo e ensino da História, encorajando os seus alunos a questionar os conhecimentos e ideias que têm por garantidos sobre a vida, o mundo e a humanidade. Foi duas vezes vencedor do Prémio Polonski para Criatividade e Originalidade nas Disciplinas de Humanidades, em 2009 e 2012. É autor de numerosos artigos científicos e de três livros, publicados em Portugal pela Elsinore: Sapiens: História Breve da Humanidade (2013), Homo Deus: História Breve do Amanhã (2017) e 21 Lições para o Século XXI (2018), todos bestsellers internacionais, traduzido em múltiplas línguas e recomendados por personalidades como Barack Obama e Bill Gates.



Os Cinco voltam à ilha

A Oficina dos Livros regressa com mais aventuras de Le Club des Cinq, dos franceses Béja e Natael, baseado na obra de Enyd Blyton.

O episódio "Os Cinco voltam à ilha" ("Le Club des Cinq contre-attaque") é o terceiro álbum da série, editado em França em Agosto do ano passado.

Naquele Verão tudo corre mal. A mãe da está doente e é a antipática senhora Stick que se encarrega da casa. Ela dificulta a vida ao Júlio, à , ao David, à Ana e ao Tim, que decidem fugir de barco para se refugiarem no castelo da ilha de Kirrin. Mas Os Cinco rapidamente se apercebem de que não estão sozinhos. 

Os Cinco voltam à ilha, Béja e Natael, Oficina dos Livros, 32 pp., cor, capa dura

18 de outubro de 2020

Gordon Bess - Ensaio de quadriculografia portuguesa

Desenhador, argumentista
(EUA) Richfield, 12 de Janeiro de 1929 - Bolse, 24 de Novembro de 1989

Bess inicia a sua carreira como cartunista, ingressando na marinha norte-americana em 1947, fazendo ilustrações e cartoons na revista Leathmeck da Marinha, continuando até 1957, quando deixa a instituição.

Em 1957, casa-se e consegue emprego como director de arte de uma empresa de cartões de saudação (aniversário, Ano Novo, Natal etc.). Paralelamente, como freelancer, produz tiras de banda desenhada para várias revistas. Em 1967, o distribuidor King Features Syndicate lança as suas tiras  humorísticas da série que o torna famoso, Redeye, acerca de uma excêntrica tribo de índios americanos. O sucesso da tira permite-lhe mudar-se para Boise no Idaho, onde desfruta os prazeres da pesca, caça e ski. Bess escre e desenha a série até 1988, altura que adoece.

Séries publicadas em Portugal:
Redeye

[actualizado em 11.10.2020]

Striker Force 7 – Cristiano Ronaldo: Volume 2

O desportista Cristiano Ronaldo volta a brilhar como super-herói na Banda Desenhada em Striker Force 7 – volume 2 que chega esta semana às livrarias.

Publicado no formato de ‘graphic novel’, este é o segundo de uma colecção de três livros de super-heróis centrados na ação de uma agência mundial de combate ao crime que vai recrutar Cristiano Ronaldo, cujas capacidades físicas, de agilidade, poder de remate e,  sobretudo, de trabalho em equipa, serão essenciais para proteger a Terra dos supervilões.

Este livro será publicado em simultâneo em Portugal, Espanha e Alemanha. O terceiro volume deverá ser publicado no próximo ano.

Após a maior fuga de criminosos de sempre, liderada pela organização Cartão Vermelho, todos os supervilões andam à solta e com os seus superpoderes restaurados! A agência secreta Striker Force 7 tem como missão detê-los, mas, para isso, precisa da ajuda de alguém com agilidade, um poderoso remate e que saiba trabalhar em equipa. Só há uma opção: recrutar a superestrela do futebol mundial, Cristiano Ronaldo. Agora que a equipa está completa, tem as aptidões essenciais para proteger a Terra dos supervilões!

Striker Force 7 – Cristiano Ronaldo: Volume 2, Devarajan, Jeevan Kang, Merrill Hagan, Ty Templeton e Christopher Jones, Oficina do Livro, 112 pp., cor, capa dura, 14,90€



16 de outubro de 2020

Colecção Novela Gráfica #9: Arde Cuba

Arde Cuba é o nono volume da colecção Novela Gráfica que a Levoir e o Público editam amanhã, sábado 17 de Outubro.

Esta é uma obra de Agustín Ferrer Casas, natural de Pamplona, apaixonado pelo desenho desde criança, que escolhe a arquitectura como profissão. Depois de um trabalho sobre BD realizado na faculdade, intitulado a “A Estética da Nona Arte”, decide participar em 1993 num concurso de comics, onde ganha o primeiro prémio com uma história curta, com gatos antropomorfizados como protagonistas. Este foi apenas o primeiro, de cerca de 30 galardões ganhos durante 20 anos, enquanto mantinha a arquitectura como actividade profissional, até que aos quarenta anos decide dedicar-se exclusivamente à BD, tornando-se num nome incontornável da novela gráfica espanhola.

Além de Arde Cuba, livro que obtém os prémios José Sanchís para a Melhor Novela Gráfica espanhola de 2018 e para o Melhor Argumento no Salão de BD de San Sebastián, destacam-se ainda as obras Cazador de Sonrisas e Mies.

Em Arde Cuba, Agustín Ferrer Casas relata-nos os últimos tempos do regime corrupto e violento de Fulgencio Batista e o avanço da guerrilha de Fidel Castro, numa mistura de realidade e fantasia, onde personagens reais como Fidel Castro, Camilo Cienfuegos, Che Guevara, ou Ernest Hemingway se misturam com outras criadas por Ferrer Casas, como o velho mendigo de dons proféticos.

Graficamente, de destacar como a cidade de Havana de 1958 é primorosamente apresentada, e o Malecón, a avenida marginal de Havana, é retratado de forma genial.  

Colecção Novela Gráfica #9: Arde Cuba, Agustín Ferrer Casas, Público/Levoir, 152 pp., cor, capa dura, 10,90€

Airborne #8: Sobre as nossas ruínas

Com este volume (Sur nos ruines, 2019), fica completa a série Airborne 44

Sinopse do volume:

«- O Von Braun está-se nas tintas para o Führer e para a guerra. 

Quer dar vida às teorias de Tsiolkovski

E é isso que eu também quero fazer: enviar um foguetão para o espaço. 

- Você sonha alto! 

E, já agora, por que não pôr um homem a andar na lua? 

- De facto, por que não? (...) 

- Demasiado sangue nas mãos, tanto você como eu. 

O seu sonho repousa sobre montanhas de cadáveres.»

Airborne #8: Sobre as nossas ruínas, Philippe Jarbinet, ASA, 72 pp., cor, capa dura, 14,95€



Airborne 44 #7: Geração perdida

A série Airborne 44, cujos primeiros 6 volumes foram lançados em 2017 numa parceria entre a ASA e o jornal Público, fica agora com a edição completa em português com a edição dos dois últimos volumes.

O sétimo volume tem o título de Geração Perdida (Génération perdue) e foi originalmente editada em Novembro de 2017.

Sinopse do álbum:

O Führer tinha prometido ao povo alemão vingar a afronta do tratado de Versailles. E os nossos pais amavam-no por isso. Como prova desse amor, deram-lhe o que tinham de mais precioso: os seus filhos e filhas. 

1945. A nossa infância e adolescência dissolveram-se neste sonho transformado em pesadelo. 

Os nossos inimigos esmagam a Alemanha, tanto a leste como a ocidente. 

Berlim está em chamas. 

Só me resta fugir sem olhar para trás. 

Uma outra vida se desenha para lá da noite.

Airborne 44 #7: Geração Perdida, Philippe Jarbinet, ASA, 64 pp., cor, capa dura, 14,05€