20 de julho de 2018

The FADE OUT: Crepúsculo em Hollywood

Chegou às bancas aquele que é certamente um dos GRANDES lançamentos do ano da G. Floy: grande pelo próprio tamanho do livro (400 páginas em capa dura e tamanho grande), mas grande também por ser um dos maiores e melhores romances gráficos da BD americana moderna, de uma das grandes duplas de criadores de sempre, Ed Brubaker e Sean Phillips (de quem a G. Floy editou outras obras).

Hollywood, 1948 - Um filme noir que não consegue ser terminado, preso em filmagens que nunca acabam. Um escritor perseguido pelos pesadelos da guerra. A morte suspeita de uma jovem estrela de cinema. O passado suspeito da estrela que a substituiu. E um produtor e o seu chefe de segurança capazes de fazerem tudo o que for preciso para manter as câmaras a rolar, no preciso momento em que o Perigo Vermelho, as investigações do FBI e as listas negras começam a destruir a cidade. 

THE FADE OUT é um mistério épico que vai muito para além de um simples homicídio, e é o mais ambicioso romance gráfico até à data de dois dos mestres da banda desenhada noir, Ed Brubaker e Sean Phillips, com a ajuda da célebre colorista Elizabeth Breitweiser. Esta edição integral de luxo junta toda a história num só volume, complementado por mais de 50 páginas de extras, arte e informação adicionais.

Uma história policial tão boa como THE BIG SLEEP (À Beira do Abismo) e que se lê como se fosse um dos pesadelos do James Ellroy.”
FRANKIE BOYLE

"Em casa dos meus tios em Hollywood, havia uma prateleira com uma fila de livros encadernados a cabedal. Um dia, puxei um deles, e descobri que era um guião para um filme. Aquela prateleira só tinha guiões, um registo da carreira do meu tio em Hollywood. Eu era miúdo e não fazia ideia de como o meu tio, John Paxton, tinha sido importante. Tinha feito parte da Idade de Ouro de Hollywood, tinha sido nomeado para Óscares, e escreveu guiões para Ingrid Bergman e Marlon Brando. (...) Hollywood, naqueles anos do pós-Guerra foi uma das últimas corridas ao ouro da América. Muitos foram para lá, à procura de fama e fortuna, poucos tiveram sucesso. Os estúdios controlavam a vida dos actores, os magnatas mandavam em toda a gente, e os fixers usavam qualquer meio para conseguir manter o público completamente ignorante das verdadeiras vidas das estrelas. E nessa mistura já volátil entrou de repente um FBI paranóico e o House Un-American Activities Committee (Comité de Actividades Antiamericanas), para tornar tudo ainda pior.
É este o mundo em que a história decorre - um mundo em que estrelas de cinema e guionistas e magnatas estavam aterrorizados com a possibilidade de perderem tudo, em que amigos se viravam contra amigos, onde jornalistas arruinavam carreiras, e guionistas desesperados denunciavam amigos, para poderem continuar a trabalhar, e onde argumentistas na lista negra só conseguiam ganhar a vida utilizando “testas-de-ferro” - escritores que não estavam na lista e que assinavam os guiões por eles. (...) O meu tio e a minha tia conheciam muitos homens e mulheres cujas vidas tinham sido destruídas por se recusarem a admitir as suas crenças políticas e pessoais, ou por se recusarem a denunciar outros por aquilo em que eles acreditavam.
Foi uma era muito negra em Hollywood, naquela Hollywood que criou o género do filme Noir, e espero que a achem tão fascinante e tão desoladora como eu acho."
- do prefácio de ED BRUBAKER

The FADE OUT: Crepúsculo em Hollywood, reúne os números #1-12 de The FADE OUT, G. Floy, formato Comic Deluxe (18,5 x 28), 400 pp. a cores, capa dura, 35€







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