Ao longo da história, com um total de 3 livros, o autor apresenta os vários personagens que vivem nesta casa, um mundo habitado essencialmente por crianças, as suas rotinas, amizades e conflitos.
Nos momentos mais difíceis, quando as crianças se sentem impotentes perante o facto de terem sido abandonadas pelas famílias, o seu refúgio é um Sunny 1200, um domínio apenas seu, onde os adultos não podem entrar e onde é possível fugir da dura realidade, sonhar e viajar para mundos imaginários.
No volume 2 de Sunny continuam as aventuras dos personagens que já conhecemos: Haruo, a quem chamam “White” por causa do seu cabelo precocemente branco; Kenji, que tem uma relação controversa com o pai bêbedo; Megumu, que tem medo de morrer abandonada; Kiiko, que gosta de Haruo; Junsuke e Sei, entre outros.
As estações sucedem-se e mais um pouco da vida de cada um dos residentes da casa Hoshinoko vai sendo desvendada, numa narrativa suportada por páginas densas, outras arejadas e poéticas ou com um desenho mais pormenorizado.
A arte de Matsumoto é única e a forma como a linha da ilustração se combina com a cor, é ao mesmo tempo delicada e rude, directa, depurada. As ilustrações são realistas, com ambientes urbanos, casas e salas desenhadas ao pormenor mas também quase abstractas – apontamentos de cor, manchas pretas, claros e escuros que definem as figuras ou os locais onde decorre a acção. As suas páginas têm uma serenidade muito especial, convidando o leitor a deter-se nos pormenores, a “saborear” com calma a história, a emocionar-se com os imprevistos da vida dos seus protagonistas.
Sunny #2, Taiyo Matsumoto, Devir, cor, capa mole, 20€
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