31 de outubro de 2021

Entradas na minha biblioteca de BD no mês de Outubro de 2021

       

Álbuns

  • Blacksad: Então tudo cai (primeira parte), Ala dos Livros [2021]
  • Long John Silver #2, ASA/Público [2021]
  • Clássicos da Literatura em BD #13, Levoir/RTP [2021]
  • Tango #2, Gradiva [2021]
  • Giant: edição integral, Ala dos Livros [2021]
  • Murena #11: Lemúria, ASA [2021]
  • Astérix #39: Astérix e o Grifo, ASA [2021]
  • Os crimes do ABC, Arte de Autor [2021]
  • Long John Silver #3, ASA/Público [2021]
  • Um invulgar anjo da guarda #1, Witloof [2003]
  • O cruzeiro dos esquecidos, Meribérica [1993]
  • A filha do professor, Witloof [2003]

Revistas

  • Casemate #150, octobre 2021
  • Le Monde HS: Blake et Mortimer de A a Z, octobre 2021
  • Ouest France HS: Astérix et le mer, octobre 2021
  • Tintin 3º ano - 2º volume, 1970/1971
  • Tintin c'est l'aventure #HS, Le musée imaginaire, octobre 2021
  • Boletim do Clube Português de Banda Desenhada #155, Agosto 2021
  • Les Cahiers de la BD #16, oct-déc. 2021

Livros

  • Hergé ou le retour de l'indien, Sepia [2021]
  • L'ABCdaire de la Bande Dessinée, Flammarion [2002] 
  • Petit Dictionnaire Énervé de Tintin, Les Editions d l'Opportun [2010]
  • Le Sr Oliveira da Figueira, Chandeigne [2021] 
  • Mille Sabords! Mon beau château! [2021]

Para-BD


30 de outubro de 2021

André Diniz - Ensaio de quadriculografia portuguesa

Desenhador, argumentista
(Brasil) Rio de Janeiro, 5 de Setembro de 1975

Reside desde 2016 em Portugal. Entre 2000 e 2005, publica diversos trabalhos de sua autoria pela Nona Arte, a sua própria editora. A partir de 2005, passa a publicar as suas obras por outras editoras, como Record, LeYa, Conrad, Devir, Jupati e Companhia das Letras, somando mais de 30 títulos de sua autoria, sejam argumentos seus em parceria com outros desenhadores, sejam obras com desenhos e argumentos seus. Entre os seus trabalhos mais conhecidos, estão Fawcett, 7 Vidas, O Quilombo Orum Aiê, Morro da Favela,  Que Deus te Abandone, Matei o Meu Pai e Foi Estranho, Olimpo Tropical e O Idiota. Entre 2012 e 2015, André Diniz é professor de argumentos para BD na Quanta Academia de Artes, em São Paulo. A partir de 2012, passa a ser publicado também na Europa, com a sua BD Morro da Favela, a biografia de Maurício Hora, fotógrafo do Morro da Providência, no Rio de Janeiro, publicada no Brasil, França, Inglaterra, Portugal e Polónia. Em Portugal, tem vários outros títulos já publicados. Para França, faz ainda as ilustrações para edições de obras brasileiras traduzidas para o francês, como O Menino do Engenho e O Quinze, para a editora Anacoana. Em Setembro de 2013, tem uma história de duas páginas publicada no semanário italiano Internationalle. Em Portugal, a sua obra gráfica é tema de exposições em 2013, 2014, 2016 e 2020. Em 2014, a arte de Morro da Favela é tema de exposição no festival Étonnants Voyageurs, em França. Desde 2000, é galardoado com uma vintena de prémios.

One-shots publicados em Portugal:
  • Morro da favela, Polvo [2013]; [2ª edição aumentada], Polvo [2020]
  • Duas luas, Pedro Mayer e André Diniz, Polvo [2013]
  • 7 vidas: Diário de vidas passadas, António Eder e André Diniz, Polvo [2014]
  • Que Deus te abandone, Polvo [2016]
  • O idiotaLevoir [2017]
  • Olimpo Tropical, André Diniz e Laudo Ferreira, Polvo [2017]
  • Malditos amigos, Polvo [2018]
  • Entre cegos e invisíveis, Polvo [2019]
  • The Lisbon Studio Series: Raízes, <Colectivo>, A Seita [2020]
  • A revolta da vacina, Polvo [2021]
  • Matei o meu pai e foi estranho, Polvo [2021]
[actualizado em 30.10.2021]

Quarentugas

A Polvo anuncia o lançamento  da obra de Banda Desenhada "Quarentugas", de André Oliveira (texto) e Pedro Carvalho (desenho).

O livro terá a sua apresentação amanhã, 31/10, pelas 15H00, a cargo de Fernando Alvim, no Amadora BD, à qual se seguirá uma sessão de autógrafos com os autores.

Sinopse: Um dia, estávamos a fintar pessoas no shopping, a pedir mais um copo na esplanada ou a desesperar na fila da bilheteira do cinema. No dia seguinte, ficámos fechados em casa, a tentar que o vírus não deslizasse por debaixo da porta. As opiniões dividiam-se (ainda se dividem) e não houve meio termo: ou vinha o apocalipse ou era tudo uma fantochada. E se há coisa que o “tuga” faz bem, é borrifar-se no meio termo.

Para afastar a angústia e o desgosto, só resta uma alternativa ao ser humano: rir a bom rir. Dançar o samba mesmo na cara daquilo que nos mete medo. E depois juntar tudo num livro.

Quarentugas, André Oliveira e Pedro Carvalho, Polvo, 80 pp., p&b, capa a cores brochada com badanas, 9,90€ 

29 de outubro de 2021

Colecção do museu de BD projectado para Beja já tem mais de mil pranchas originais

Mais de mil pranchas originais de autores portugueses já compõem a colecção do primeiro museu de banda desenhada em Portugal, previsto “nascer" em Beja, disse hoje à agência Lusa o mentor do projecto.
Atualmente, a coleção “conta já com mais de mil pranchas originais de banda desenhada (BD) de autores tão importantes como Carlos Botelho, Eduardo Teixeira Coelho, Fernando Bento, José Ruy, Vitor Péon, Fernando Relvas ou Filipe Abranches”, precisou Paulo Monteiro.
Segundo o também técnico da Câmara e director da Bedeteca e do Festival Internacional de BD de Beja, a colecção é maioritariamente composta por pranchas doadas pelos próprios autores ou pelas suas famílias e por alguns coleccionadores, mas também inclui livros, alguns “raros”, fotografias, cadernos de esboços, apontamentos, guiões e correspondência.
O museu “tem diversos graus de importância”, começando pelo facto de “ser o primeiro de BD em Portugal”, afirmou Paulo Monteiro, que falava à Lusa após ter apresentado hoje o projecto no Irudika - Encontro Profissional Internacional de Ilustração, a decorrer até sábado na cidade de Vitoria-Gasteiz, na comunidade autónoma do País Basco, em Espanha.
A ideia é contar a história da BD portuguesa, desde 1850 até ao início do século XXI”, explicou, referindo que os autores mais jovens, em início de percurso, também estarão presentes no museu, através da mostra dos seus trabalhos numa mesa electrónica ou em exposições temporárias.
De acordo com o responsável, o equipamento vai “ocupar um espaço que é importante preencher” em Portugal, que, “apesar de ter uma história de BD riquíssima”, é “um dos poucos países da Europa Ocidental” que não tem um museu dedicada à nona arte.
Por outro lado, frisou o também autor de BD, o museu vai permitir reunir "uma parte significativa" do acervo português da nona arte, que é “fantástico”.
Basta pensar em nomes como Rafael Bordalo Pinheiro ou Stuart de Carvalhais para perceber que [a criação do museu] é uma lacuna que urge preencher”, defendeu, frisando que Portugal foi “um dos primeiros países do mundo a ter BD”.
Ainda não haver um museu dedicado à BD portuguesa é “uma situação incompreensível, e até injusta, para com a memória dos nossos autores”, vincou.
É um legado maravilhoso que devemos honrar, protegendo-o, em primeiro lugar, e, depois, partilhando-o com o público, dando-o a conhecer”, defendeu.
Segundo Paulo Monteiro, a primeira história de BD publicada em Portugal, de António Nogueira da Silva, data de 1850.
Desde então, têm aparecido em Portugal autores “incríveis, com movimentos muito importantes no contexto da BD europeia e mundial”, os quais “dão corpo a uma história da BD [portuguesa] riquíssima e com pouco paralelo noutros países da Europa”.
Um dos autores pioneiros da BD portuguesa e europeia é Rafael Bordalo Pinheiro, o criador da personagem satírica de crítica social Zé Povinho, que se tornou um símbolo do povo português, lembrou.
O museu também vai “promover” e trazer “visibilidade e estatuto” à BD e aos autores portugueses, o que “é necessário numa arte que durante muito tempo foi secundarizada em relação a outras”.
Não será um museu estático”, já que terá uma "forte componente multimédia", irá acolher a Bedeteca de Beja, a funcionar na Casa da Cultura, e promoverá ateliês, nomeadamente de BD, serigrafia e ilustração.
Será “também um polo de atracção” de artistas de BD, explicou, referindo que "não é um equipamento para servir só o concelho" de Beja, "mas também para servir um bocadinho todo o país".
O museu terá 12 salas - sete para a exposição permanente, três para a Bedeteca de Beja e o acervo bibliográfico e duas para exposições temporárias -, uma loja, um espaço para realização de ateliês e um terraço “com vista privilegiada para a planície alentejana”.
Na cidade de Beja, existe desde 2005 uma das poucas bedetecas em Portugal e decorre, anualmente, um festival internacional de BD, projectos dirigidos por Paulo Monteiro.
Também existe há 25 anos o colectivo Toupeira, composto por mais de 30 autores, que vivem da BD e da ilustração.

in Lusa

28 de outubro de 2021

A revolta da vacina

Outra edição da Polvo deste mês de Outubro é mais uma obra do brasileiro André Diniz com o título "A revolta da vacina", recriando um motim popular ocorrido entre 10 e 16 de Novembro de 1904 na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Brasil. 

Assim, como fizeram tantos outros trabalhadores da sua cidade natal, Fortaleza, Zelito ruma à capital do país em busca de um emprego. Mas não um emprego qualquer. Contrariando a vontade do pai, decide seguir o seu sonho e tornar-se ilustrador num jornal de referência.

Mas o que ele não esperava era vir a encontrar o Rio de Janeiro no meio de um verdadeiro motim popular (a Revolta da Vacina) cujo pretexto foi uma lei que determinava a obrigatoriedade da vacinação contra a varíola e que exigia comprovativos de vacinação para a efectivação de matrículas nas escolas, para a obtenção de empregos, realização de viagens, hospedagens e casamentos. A aplicação de multas a quem resistisse à vacinação estava também prevista. Tudo isto trouxe à tona medo, notícias falsas, autoritarismo e ignorância.

A HISTÓRIA REPETE-SE?

A revolta da vacina, André Diniz, Polvo, 120 pp., p&b, 11,90€




27 de outubro de 2021

Goscinny esteve em Portugal

O jornal Tal&Qual de hoje revela que Goscinny esteve de passagem por Portugal em 1938, quando tinha 11 anos.



Top das vendas de BD em França de 11 a 17 de Outubro

 

1º lugar (novo)
Goldorak
Alexis Santenac, Brice Cossu, Denis Bajram, Xavier Dorison
KANA

2º lugar (-1)
Blacksad #6: Alors, tout tombe T1
Juanjo Guarnido, Juan Diaz Canales
DARGAUD

3º lugar (novo)
Les Légendaires résistance #1
Les Dieux sont amour Jenny, Patrick Sobral
DELCOURT





Long John Silver #3– Labirinto de Esmeralda

Sai hoje em banca o terceiro volume da colecção Long John Silver, «Labirinto de Esmeralda», de Xavier Dorison e Mathieu Lauffra, uma edição da parceria da ASA com o jornal Público.

Com a costa da América do Sul à vista, a tripulação do Neptuno vai finalmente poder respirar de alívio após a aterradora e perigosa travessia do Atlântico. Mas a tranquilidade é sol de pouca dura: Long John Silver, Lady Vivian Hastings, o Índio Moc, o Doutor Livesey e aqueles que restam da tripulação vão ter de penetrar numa imensa floresta, sombria e hostil, em busca da mítica cidade de Huayna Capac e do seu tesouro…

Long John Silver #3– Labirinto de Esmeralda, Xavier Dorison e Mathieu Lauffra, ASA/Público, 64 pp., cor, 10,90€

26 de outubro de 2021

Fome – Novela Gráfica, de Knut Hamsun e Martin Ernstsen

Obra inaugural da grande literatura moderna, Fome (Ed. Cavalo de Ferro, 2021), do prémio Nobel de Literatura Knut Hamsun, foi publicado há mais de um século.

Numa abordagem tão fiel quanto original ao romance de Hamsun, o artista norueguês Martin Ernstsen adapta para novela gráfica esta história protagonizada por um jovem escritor que deambula faminto e delirante pela cidade de Kristiania, oferecendo ao leitor uma experiência estética e literária singular. Um romance marcante, considerado o início da grande literatura do século xx, que antecipou e influenciou a obra de nomes como Franz Kafka, Albert Camus ou John Fante.

***

Knut Hamsun (1859–1952) nasceu em Gudbrandsdalen, com o nome de Knud Pe dersen, e cresceu na pobreza em Hamsund, na ilha de Hamarøy, de onde posteriormente retirou o seu apelido literário. Com Fome (1890) obteve o seu grande êxito literário, e no início do séc. XX consagrou-se como um dos escritores mais influentes de sempre. Recebeu o prémio Nobel de Literatura em 1920.

Martin Ernstsen (1982) possui um mestrado em Contador de histórias pela Faculdade de Belas Artes de Estocolmo. Publicou na editora norueguesa Jippi várias colecções de banda desenhada, tais como Fugløya, Kodok’s Run e Eremitt. A sua adaptação para novela gráfica de Fome foi distinguida com o Prémio Brage, em 2019, e traduzida em diversos países. Escreveu ainda dois livros de contos infantis e tem participado em diversas antologias tanto na Noruega como no estrangeiro.

Fome - Novela Gráfica, Martin Ernstsen, Cavalo de Ferro, 232 pp., cor, capa dura, 24,99€

25 de outubro de 2021

No início eram dez...

A Arte de Autor acaba de lançar mais um volume das adaptações a BD das obras de Agatha Christie, "No início eram dez..." foi publicado originalmente em português com o título "Convite para a morte", em 1948, é o romance mais conhecido e adaptado de Agatha Christie. Uma intriga em ambiente fechado que nos faz suster a respiração até à última página.

Oito convidados para uma ilha, que se juntam a um casal de empregados. Ninguém conhece ninguém. Uma curiosa lengalenga que encadeia  a morte sucessiva de dez soldados… A tempestade rude, a tensão atinge o auge. O que pode esconder este estranho encontro? E quando chegarão os anfitriões, o senhor e a senhora O’Nyme?

No início eram dez..., Pascal Davoz e Callixte, Arte de Autor, 80 pp., cor, capa dura, 17,50€  

Matei o meu Pai e foi estranho, de André Diniz

Com estreia no Brasil em 2017, Matei o meu pai e foi estranho, de André Diniz, é uma das novidades da Polvo na presente edição do Amadora BD.

Zaqueu começa com Z, a última letra do alfabeto. Deslocado por natureza e vocação: Zaqueu nasceu albino, de cabelos e pele mais que brancos, em meio a uma família de gente morena. Nasceu artista, embora a sua família nem imagine o que seja isso. Pobre, mas estuda em escola de rico – o patrão do seu pai é um sujeito generoso. Mesmo numa cidade de 12 milhões de habitantes, Zaqueu procura o seu lugar, talvez em vão, mas procura. Mais: procura beleza numa cidade feia, feiúra que grita aos olhos dos outros, mas não aos dele, não aos olhos vermelhos de Zaqueu. A feiúra fascina Zaqueu, a feiúra o encanta – mas não a ponto de virar beleza, pois beleza não tem graça. Todo o prédio bonito é igual, mas cada prédio feio é feio à sua maneira. O mesmo vale para garotas, por que não? Zaqueu sabe que São Paulo vai devorá-lo vais cedo ou mais tarde. Pois que venha, então.

Matei o meu Pai e foi estranho, André Diniz, Polvo, 120 pp., p&b, capa flexível, 10,90€

24 de outubro de 2021

O Pescador de Memórias

A Kingpin Books apresenta hoje a obra "O pescador de memórias" de Miguel Guedes e Majory Yokomizo

Lethe está preso numa ilha deserta, sem se lembrar de como lá chegou.

A sua única esperança de salvação está na pesca de fragmentos de memória que flutuam pelo mar, peças fulcrais na busca de recuperação da identidade. Um retrato pungente daqueles que sofrem os seus últimos dias com a doença de Alzheimer e uma história sensível sobre o significado das recordações e da família.

“(...) Majory e Miguel são capazes de nos mostrar a complexidade desta imensa perda: a das memórias acumuladas ao longo de uma vida.”; trecho do prefácio de Edmond Baudoin, nome grande na BD franco-belga e mundial, que se predispôs gentilmente a escrever o prefácio do livro, uma honra para os autores e editor.

O Pescador de Memórias, Miguel Guedes e Majory Yokomizo, Kingpin Books, 64 pp., cor, capa dura, 14,99€

Edibar em dose tripla


São hoje apresentados no Festival de BD da Amadora pelo autor Lucio Oliveira mais três volumes da sua série Edibar, após em 2019 terem sido lançados os dois primeiros volumes.

Barrigudo, careca, amoral e cara de pau, Edibar é o típico anti-herói que conquista os leitores pelos defeitos e virtudes (se é que tem alguma) identificáveis naquele tipo de pessoa, familiar a muita gente, que faz da mesa de um qualquer bar um cantinho filosófico da vida e cujo desporto preferido é passar horas a cultivar amizades enquanto demonstra uma incrível capacidade de levantar copos. Acompanhado, entre outros, pela mulher, Edimunda, pelo fiel escudeiro, Zé Manguaça, por Gole, o seu cão e pela terrível sogra, Dona Ana Conda, Edibar desvenda-nos as suas aventuras etílicas através de um humor politicamente incorrecto, saído da cabeça e do traço criativo de Lucio Oliveira, um brasileiro do estado do Paraná que se compara a um vampiro que suga gotas de humor do dia-a-dia e as transforma em tiras de boa disposição!

Edibar #3, #4 e #5, Lucio Oliveira, Polvo, 80 pp cada, cor, 12,90€ cada

22 de outubro de 2021

O Relatório de Brodeck

A obra “O Relatório de Brodeck", da autoria de Philippe Claudel, venceu vários prémios, entre os quais o “Prix Goncourt des Lycéens” e o “The Independent Foregin Fiction Prize”, sendo considerado pela crítica como uma “obra-prima moderna”.

A adaptação desta obra para banda desenhada, assinada por Manu Larcenet, é um livro marcante e imprescindível, que a Ala dos Livros acaba de publicar em Portugal.

O Relatório de Brodeck (Edição integral) [Baseado no romance de Philippe Claudel], Manu Larcenet, Ala dos Livros, p&b, capa dura, 39,99€


21 de outubro de 2021

Inauguração do AmadoraBD


O festival Amadora BD abre hoje ao público, depois de uma edição totalmente ‘online’ no ano passado, com uma programação “muito diversificada e versátil” e uma nova localização do núcleo central, agora situado no Ski Skate Amadora Park.

Adoptámos esta morada com todas as vantagens que esta morada tem, nomeadamente uma relação muito profícua com o exterior, que nos permite criar pela primeira vez um recinto de festival”, afirmou a directora do Amadora BD, Catarina Valente, em declarações à Lusa durante uma visita ao espaço.

No Ski Skate Amadora Park, na freguesia da Damaia, a organização conseguiu criar “uma área de convívio e de estar”, exterior, junto ao núcleo expositivo central, que reúne dez mostras de autores nacionais e internacionais, e a área comercial, onde se realizarão as habituais sessões de autógrafos e estarão presentes as editoras nacionais de BD.

“Este espaço é convidativo no sentido em que a deslocação entre os espaços é extremamente fácil e temos muito bons acessos”, referiu Catarina Valente.

Depois de uma edição ‘online’ em 2020, a directora do Amadora BD destaca a importância do “contacto direto com o público e com a comunidade ‘bedéfila’”, algo “fundamental para que o festival continue” e para que a organização continue “a levar banda desenhada ao público”.

A edição que hoje começa conta com uma programação “muito diversificada e versátil também”. “Vamos ter conteúdos muito distintos que achamos que são oportunidades únicas para os nossos visitantes”, afirmou.

Catarina Valente destacou, por exemplo, a exposição “80 anos de Diana, a Mulher-Maravilha: Guerreira e Pacifista”, que celebra os 80 anos daquela personagem da DC Comics e “que marcará a história do Amadora BD”.

É uma protagonista feminina, que pertence à Liga da Justiça, e tem este impacto hoje em dia, sobretudo com a questão do feminino e da importância do feminino na banda desenhada”, disse.

A mostra, na qual é possível ver-se originais, “de um coleccionador amigo do festival”, traz ao Amadora BD, entre outros, “os portugueses Daniel Henriques e Miguel Mendonça, que ilustram este personagem para a DC Comics”.

Este ano, o festival assinala um outro aniversário, os 75 anos de Lucky Luke, com a mostra “Os Herdeiros de Morris”, que traz à Amadora Achdé e Mawil, dois dos autores que, após a morte do criador do ‘cowboy’ mais popular da banda desenhada, em 2001, contribuem para que “estes personagens não caiam no esquecimento e continuem a fazer parte do imaginário dos leitores”.

Catarina Valente destaca também a mostra “A História do Mangá”, dedicada à banda desenhada japonesa, “às suas características e ao seu impacto na cultura ocidental”.

Estava na hora de nos aproximarmos do público mais jovem, e pensámos esta exposição tendo em conta o público mais jovem que nos visitava e que é leitor de Mangá. Além de apresentar reproduções de originais de séries de culto como ‘Akira’, ‘Lobo Solitário’ ou ‘Astroboy’, [a mostra] apresenta outras coleções um pouco mais populares, também devido ao anime e ao cinema de animação, como ‘Dragon Ball’, ‘Navegantes da Lua’ ou ‘Doraemon’”, acrescentou.

No núcleo central do Amadora BD estarão também patentes, entre outras exposições: “Michel Vaillant: o (próximo) desafio”, onde se pode ver originais de Marc Bourgne e trabalhos em arte digital de Benjamin Beneteau, dois dos autores da série criada por Jean Graton na década de 1950; “Verões Felizes”, dedicada àquela série de banda desenhada francesa; e “Corvo V: Inimigos Íntimos”, na qual Luís Louro, vencedor do Prémio de Melhor Obra de BD e Autor Português em 2020, mostra o quinto volume das aventuras da personagem que criou em 1994.

Além do Ski Skate Amadora Park, nesta edição o Amadora BD tem também exposições na Galeria Municipal Artur Bual, “O bom filho à casa torna. Retrospetiva de Jorge Miguel” e “Marcello Quintanilha. Chão de Estrelas”, e, na Bedeteca da Amadora, “Desvio, de Bernardo P. Carvalho e Ana Pessoa”.

A programação completa do Amadora BD, que decorre até 1 de Novembro e é organizado pela Câmara Municipal da Amadora, pode ser consultada em www.amadorabd.com.

in Lusa

20 de outubro de 2021

Armazém Central - Volume duplo

Estás prestes a terminar a edição desta magnífica série da dupla Loisel/Tripp, ficando a faltar o dois últimos tomos. Este álbum duplo. que a Arte de Autor acaba de editar, reune os sexto e sétimo episódios que foram originalmente publicados em 2010 e 2011.

Eis os resumos de cada episódio:

ERNESTE LATULIPPE

Na ausência de Marie, que ninguém sabe se e quando ela voltará de Montreal, Serge tomou a decisão de cuidar de seus negócios a partir de agora. É necessário abastecer Notre-Dame-des-Lacs, que carece de tudo desde que o seu Armazém Geral caiu em desuso. Infelizmente, não é tão simples. Os fornecedores de Saint-Simon, que só confiavam em Marie, recusam-se a dar crédito a Serge. A tensão aumenta na aldeia, dividida em dois grupos: aqueles que sentem saudades de Marie (especialmente os homens) e aqueles que estão felizes por ela ter partido (especialmente as mulheres), não a perdoando por ter "cometido um erro".

Enquanto isso, Marie diverte-se loucamente em Montreal, sai e multiplica os amantes. Mas ela tem saudades da aldeia ...

CHARLESTON

Nada corre bem em Notre-Dame-des-Lacs! Desde o regresso de Marie e Jacinthe de Montreal, um novo vento sopra na aldeia: as moças da aldeia aproveitam os lindos tecidos trazidos para fazer novos vestidos, os homens ensaiam o Charleston e as velhas, claro, estão escandalizadas. Marie, por sua vez, aproveita mais do que nunca a sua viuvez. É hora de colocar as coisas em ordem! Excepto... quando o padre propõe eleger um novo presidente, ninguém quer concorrer!

Armazém Central #6+#7, Régis Loisel e Jean-Louis Tripp, Arte de Autor, 152 pp., cor, capa dura, 29€

O Fogo Sagrado

Completamos a apresentação das três obras planeadas pela Escorpião Azul para este mês de Outubro.

Uma obra autobiográfica de Derradé em que se integrroga porque gosta de BD, Porque gosto de fazer BD e a Banda desenhada faz falta? 
Num mundo cada vez mais individualista e ignorante por opção, só um cataclismo global poderia mostrar à humanidade a utilidade da cultura e de quem a produz. Ou talvez não. 
Uma autobiografia fictícia pós-apocalíptica viral.

O Fogo Sagrado, Derradé, Escorpião Azul, 72 pp., p&b, capa mole, 12,50€ 

19 de outubro de 2021

Tintin c'est l'aventure #HS: Le musée imaginaire

Este número especial, que me chegou hoje, é uma nova visita à lendária exposição que foi inaugurada em 1979 no Palais des Beaux-Arts de Bruxelas e, que mais tarde, em 1984, chegou à Fundació Miró em Barcelona. E nesta visita literária, poderemos mergulhar nos mistérios dos objetos e obras de arte que Hergé inspirou em tantos detalhes de As Aventuras de Tintin.

A primeira parte é dedicada à obra de Hergé e às obras que observou nos museus de Bruxelas. A parte central é um verdadeiro catálogo de exposição, em que se destacam os objectos que se tornaram ícones de referência do mundo Tintin.A última parte do livro descreve-nos como a obra de Hergé e a BD, em geral, conseguem ser valorizados como Arte. E termina olhando para o lado do coleccionador de arte contemporânea que foi o pai de Tintin.

Tintin c'est l'aventure #HS: Le musée imaginaire, 96 pp., cor, capa dura, 12,99€

18 de outubro de 2021

O Coração na Boca

Aproveitando o AmadoraBD, a Escorpião Azul lanço um conjunto de obras. Desta feita é a de Horácio Gomes, "O coração na boca"-

O tem da obra é um problema conjugal em que um pai que se separa da mãe da sua única filha vê-se perante o problema de iniciar uma vida nova, numa fase laboral precária. Porém, a resolução de um problema maior impõe-se: como ajudar 
a sua filha, que ainda não completou quatro anos de idade, a  compreender que ele não saiu de casa por causa dela? 
Em qualquer caso de separação conjugal, não é o mundo dos  adultos que desaba, mas sim o mundo das crianças, sobretudo quando,  ainda numa idade tão tenra, a sua percepção do mundo está concentrada na vida em comunhão com os pais na casa onde todos habitam.

Horácio Gomes nasceu “no” Maio de 1968, em Lisboa, tendo frequentado o curso técnico - profissional de Imagem e Comunicação Audiovisual na Escola Secundária António Arroio, com especialização na área de Cinema. 
Desde 1989 ilustrou artigos e crónicas em jornais e fanzines; expôs em diversos eventos na área de pintura. Abandonou a pintura em 1997. Até 2006 dedicou-se a escrever argumentos e a ilustrar os seus livros de BD. Fundou também a editora de BD Nova Comix. Nesse período foram publicados os seus livros "Na Pele do Urso” (1999, Edições Polvo); “A Canção do Viajante” que assinou como Jacques Creswell (2001, Nova Comix), e “Carne Viva N.1” (2006, Nova Comix). 
Após um interregno de quatro anos, em 2010 abraçou de novo a nona arte e iniciou a criação de “O Coração na Boca”.

O Coração na Boca, Horácio Gomes, Escorpião Azul, 136 pp. cor, capa mole, 22€

17 de outubro de 2021

O novo álbum de Michel Vaillant

 


Abandonos

Um novidade da Escorpião Azul é  a obra "Abandonos" de Ricardo Santo,

Misturando realidade e ficção, esta história revela-nos a luta de um grupo de pessoas que, após uma tragédia, se uniram na causa comum de preservar o património natural e cultural da Serra da Estrela.
Esta BD fala sobre os dilemas internos de quem cresceu e de quem vive no interior, sendo também uma reflexão sobre as consequências do seu abandono. 
Duas amigas percorrem as zonas da Serra da Estrela afectadas pelos incêndios de 2017  em conjunto com os membros do “Movimento por uma Estrela Viva”, um dos vários movimentos independentes de cidadãos que se formaram na região, após a tragédia e que actuam na regeneração dos terrenos ardidos e abandonados. Assim como na vida e na alma das pessoas que ainda aí resistem.

Ricardo Santo nasceu em Leiria (1976) e foi criado em Pataias, começando a fazer histórias aos quadradinhos desde que aprendeu a escrever. 
Vive em Barcelona, onde exerce a actividade de designer industrial e é também ilustrador, animador e autor de Banda Desenhada no tempo que lhe sobra.
Recebeu diversos prémios pelas suas bandas desenhadas em festivais e certames. 
O seu primeiro prémio foi no Amora BD em 1991 e o mais recente em 2005 no Festival Internacional de Banda desenhada da Amadora.
Estreou-se a publicar, nos anos oitenta, durante a instrução primária no Jornal de Pataias, com a série “Ching Xung”, inspirada nos “Jovens Heróis de Shaolin”.
Teve também uma passagem breve pelo cartoon político, bem como na imprensa regional e contribuiu com várias histórias em fanzines, revistas e colectâneas de BD, tendo sido autor do seu próprio “Fanzine para Machos” e co-autor do pasquim “O Desgraçadinho”.
Publicou em 2017, em edição de autor, o álbum “Livro Sagrado”.
Em 2020, foi publicado pela editora Escorpião Azul com o álbum “Planeta Psicose”.

Abandonos, Ricardo Santo, Escorpião Azul, 40 pp., p&b, capa mole, 10 €

16 de outubro de 2021

O dicionário das aventuras de Blake e Mortimer

O jornal Le Monde lançou um número especial dedicado à série Blake e Mortimer, celebrando os 75 anos da série e intitulado "Blake et Mortimer de A a Z".

Le Monde HS: Blake et Mortimer de A a Z, 96 pp., 7,95€

Boletim do Clube Português de Banda Desenhada #155

Chegou-me o número de Agosto do Boletim do Clube Português de Banda Desenhada totalmente dedicado aos super-heróis no mundo animal dos desenhos animados e da Banda Desenhada, da autoria de Paulo Duarte. A complementar, uma história completa de Mighty Mouse.

Boletim do Clube Português de Banda Desenhada #155, 48 pp., cor, Agosto 2021, reservado aos sócios

15 de outubro de 2021

Exposição Flexágono - Faces da Banda Desenhada Contemporânea Portuguesa

 


Astérix et la Mer

A revista Ouest France habitualmente lança números especiais dedicados à banda desenhada. Desta vez e acompanhado o lançamento de um novo álbum de Astérix dedica um número dedicado ao tema do mar nas aventuras dos dois gauleses.

Fala-se pouco em banda desenhada: Astérix a servir de pretexto para uma viagem à descoberta do mar. Os heróis de René Goscinny e Albert Uderzo tendo navegado muito, o oceano é um excelente tema para desenvolver para Stéphanie Germain e a sua equipa. 

Astérix et le mer, Ouest France HS, 128 pp., 8,90€

13 de outubro de 2021

LANÇAMENTO MUNDIAL do novo livro de Yuval Noah Harari, autor de "Sapiens"

Segundo volume (de cinco previstos) da extraordinária adaptação ilustrada do bestseller internacional Sapiens, História Breve da Humanidade.

E se há 12 mil anos os humanos tivessem voluntariamente caído numa armadilha da qual nunca mais conseguiram sair? Sapiens: Os Pilares da Civilização explica-nos como de caçador-recolector nómada o Homo sapiens aprendeu a domesticar plantas e animais tornando-se sedentário.

Esta é a história de como o trigo tomou conta do planeta, de como um casamento improvável entre um deus e um burocrata criou os primeiros grandes impérios do mundo, e de como a guerra, as epidemias, a fome e a desigualdade social se tornaram para sempre uma parte da condição humana.

Neste segundo volume da adaptação ilustrada de Sapiens: História Breve da Humanidade para novela gráfica, Yuval Noah Harari, em parceria com o escritor David Vandermeulen e o ilustrador Daniel Casanave, faz-nos uma vez mais viajar através dos séculos, investigando, desta feita, uma das maiores transformações da História: a Revolução Agrícola e as suas inesperadas consequências para a sociedade humana.

Recorde-se que no vol. 1, Yuval Noah Harari contou-nos a história de um simples símio que acabaria por se tornar o rei do planeta Terra, capaz de dividir o átomo, voar até à Lua e manipular o código genético da vida. Permitiu-nos assistir ao primeiro encontro entre sapiens e neandertais, à extinção dos mamutes e dos tigres dentes-de-sabre, e às descobertas que acabaram por definir-nos enquanto caso único na Natureza.

Ilustrado a cores, original e cheio de humor, este livro é indicado para quem quer continuar o diálogo iniciado em Sapiens: História Breve da Humanidade e para apresentar o universo e as ideias de Noah Harari a novos leitores, curiosos pela história e pela ciência, e pelo que tem sido o longo e agitado percurso do ser humano até aos dias.

Sapiens: Os Pilares da Civilização, Yuval Noah Harari, David Vandermeulen e Daniel Casanave, Elsinore, cor, 256 pp., capa dura, 29,99€


1984

 

Após as edições da Alfaguara e da Cavalo de Ferro, é a vez da Relógio d'Água editar mais uma adaptação em BD da obra emblemática de George Orwell, "1984". Com a particularidade de o álbum ter o formato quadrado, o grafismo não é indiferente a um estilo orweliano. 

Na Inglaterra ucrónica do rescaldo da Guerra Fria, Winston é um funcionário comum de uma enorme máquina estatal que trabalha para reescrever a História. A todo o momento vigiado por câmaras, colegas, espiões e vizinhos, Winston sente vaga mas persistentemente que há algo de errado no mundo em que vive, um melhor propósito, ainda que não o consiga deslindar. O sistema funciona como um relógio, reprimindo implacavelmente os dissidentes, num mundo onde a verdade não existe e o amor é proibido. 

1984, Xavier Coste, Relógio d'Água, cor, 248 pp., capa dura, 18,50€

Top das vendas de BD em França de 27 de Setembro a 3 de Outubro

 

1º lugar (novo)
Blacksad #6:Alors, tout tombe T1
Juanjo Guarnido, Juan Diaz Canales
DARGAUD

2º lugar
Le Spirou d’Émile Bravo #4: L’Espoir malgré tout, troisième partie : un départ vers la fin
Émile Bravo
DUPUIS

3º lugar (-2)
Dans la tête de Sherlock Holmes #2
L’Affaire du ticket scandaleux T2
Cyril Lieron, Benoït Dahan
ANKAMA

Long John Silver #2: Neptuno

Está hoje nas bancas o segundo volume da colecção Long John Silver, que tem o título "Neptuno". Neste volume, Lady Vivian Hastings e Long John Silver atravessam o Atlântico rumo à mítica cidade de Huayna Capac. É aqui, em plena Amazónia, que Lord Hastings terá descoberto o tesouro escondido do Imperador Inca. Mas as tensões aumentam entre Vivian e Long John, apesar do pacto de sangue que os une. 

Long John Silver #2: Neptuno, Xavier Dorison e Mathieu Lauffray, ASA/Público, 60 pp., cor, capa dura, 10,90€

Nomeados do AmadoraBD

O festival AmadoraBD, cuja 32.ª edição começa no dia 21, revelou hoje as obras nomeadas aos prémios anuais, que reconhecem a produção de banda desenhada portuguesa e editada em Portugal.

Os livros "Shangai Dream", de Jorge Miguel e Philippe Thirault, "Planeta Psicose", de Ricardo Santo, "Corvo V", de Luís Louro, a colectânea "Umbra n.º 2", coassinada por Simon Roy, Pedro Moura, Fernando Relvas, Jorge Coelho e Bárbara Lopes, e "Balada para Sophie", de Filipe Melo e Juan Cavia estão nomeados para o prémio de melhor BD de autor português que, pela primeira vez, tem um valor monetário de cinco mil euros.

Para o prémio Revelação estão também indicados "Vida de Adulta", de Raquel da Silva Fernandes, "A aranha", de Carlos Pais, "Um trovão no caminho e outras histórias", de António Rocha, e "Vazio", de Carlos Páscoa.

O AmadoraBD irá ainda premiar a melhor fanzine ou publicação independente, entre "Bestiário de Isa", de Joana Afonso, "Random", de Miguel Peres e Marcus Aquino, "My best friend Lara", de Joana Mosi, "Crónicas de Enerelis, volume 01 - Prelúdio", de Patrícia Costa, e "Bottoms Up", de Rodolfo Mariano.

Na categoria de melhor obra estrangeira publicada em Portugal estão "Armazém central", "Peter Pan - volumes 1-6", "O burlão nas Índias", "Os olhos do gato" e "1984".

Para o prémio de melhor edição de BD foram nomeados "Balada para Sophie", foram nomeados "Vida de adulta", "O burlão das Índias", "Os olhos do gato" e "Procura-se Lucky Luke".

Os vencedores serão anunciados no dia 24 de Outubro.


12 de outubro de 2021

Novo Super-Homem vai ser bissexual e mais ativista

O novo Super-Homem vai ser bissexual e empenhado em questões sociais e ambientais, como as alterações climáticas, numa banda desenhada que será lançada em Novembro.

O anúncio da DC Comics, que se intitula John Kent (filho de Clark Kent e da jornalista Lois Lane) encontrou a sua identidade (...) O novo Super-Homem parece ser bissexual", surge depois de em Agosto sites especializados de banda desenhada americana avançarem com esse rumor.

Sempre disse que todos precisam de heróis e têm o direito de se verem representados nestes heróis”, justificou o autor da banda desenhada, Tom Taylor, num comunicado citado pela AFP.

O comunicado é ilustrado por uma imagem onde o filho do Super-Homem beija na boca outro jovem, um jornalista chamado Jay Nakamura.

Tom Taylor sublinha que o “símbolo do Super-Homem sempre foi a esperança, a verdade e a justiça” e que “hoje este símbolo é algo mais e que mais pessoas se podem reconhecer no super-herói mais poderoso da banda desenhada”.

Outra das novidades desta nova série do Super-Homem é o facto de John Kent ser um herói muito envolvido contra as injustiças sociais, as alterações climáticas ou a crise dos refugiados.

In Lusa


Clássicos da Literatura em BD #13: Robinson Crusoé

Após a edição de Os Maias, Dom Quixote, Notre-Dame de Paris e Os Três Mosqueteiros, entre outros, está hoje disponível numa edição  da Levoir e da RTP inserido na colecção Clássicos da Literatura em BD, Robinson Crusoé, primeiro romance de Daniel Defoe, publicado originalmente em 1719.

Defoe foi comerciante, empresário, homem de acção, panfletário, jornalista, romancista, aventureiro, tudo isso durante um período particularmente turbulento da história de Inglaterra.

Robinson era um jovem com espírito aventureiro, que se rebela contra a vida pacata, metódica e rotineira da classe média de York, Inglaterra, decide fugir de casa e tornar-se marinheiro. Numa das suas viagens uma tempestade faz o navio onde estava a bordo naufragar. Único sobrevivente da tragédia, Crusoé consegue chegar a uma ilha deserta, nela permanecendo por mais de vinte anos.

Baseado na vida de Alexander Selkirk, Robinson Crusoé é uma obra fascinante pelas suas descrições, pelo modo engenhoso e imaginativo como este criava e usava os utensílios que conseguiu recuperar do navio e que o ajudavam a enfrentar o desamparo e a solidão, e como conhece e se relaciona com Sexta-Feira.

Robinson Crusoé é, como escreveu Defoe, uma narrativa ao mesmo tempo alegórica e histórica, uma abordagem do modo como um homem, que dedicado ao comércio, consegue sobreviver, graças ao engenho, numa altura em que bens e dinheiro de nada lhe servem.

No dossiê o leitor encontra informação sobre o escritor, o romance e o contexto histórico em que foi escrito. O dossiê tem a colaboração de Nicole Gabet.

Clássicos da Literatura em BD #13: Robinson Crusoé, Christophe Lemoine e Jean-Christophe Vergne, Levoir/RTP, 64 pp., cor, capa dura

11 de outubro de 2021

Astérix e o Grifo

O álbum de banda desenhada "Astérix e o grifo", a editar no dia 21, mostrará os gauleses Astérix e Obélix numa viagem ao encontro dos nómadas Sármatas.

"Astérix e o grifo" é assinado pelo argumentista Jean-Yves Ferri e pelo desenhador Didier Conrad, a dupla que tem dado continuidade à série criada há mais de 60 anos por René Goscinny e Albert Uderzo.

Este é o 39.º álbum de BD protagonizado pelos gauleses Astérix e Obélix e terá uma tiragem mundial de cinco milhões de exemplares, com edição simultânea em vários países, incluindo Portugal, onde sairá em língua portuguesa e em mirandês.

Sobre "Astérix e o grifo", a filha do desenhador, Sylvie Uderzo, revelou que esta é a derradeira história que o pai ainda acompanhou, nos primeiros esboços e trabalho de escrita, antes de morrer em Março de 2020.

Na nova banda desenhada, Astérix e Obélix rumam a Leste no encalce do exército romano, que quer capturar um grifo por ordem do imperador Júlio César. É num território desconhecido e gelado, de paisagens brancas na Ásia Central, que os gauleses encontram os Sármatas, povo da antiguidade que é considerado antepassado dos Eslavos.

Além da galeria habitual de personagens, a narrativa conta ainda com um geógrafo romano que tem de partir com a expedição militar, e a quem os autores da BD emprestaram a fisionomia do escritor francês Michel Houellebecq.

"Os romanos representam um pouco a atitude, digamos, ocidental em relação à natureza e à maneira como se servem dela, enquanto os Sármatas são apresentados como respeitadores do ambiente, em particular dos animais. Os gauleses estão ali no meio, entre ambos", afirmou Ferri.

Goscinny e Uderzo





 
Conrad                                                   Ferri




Já é conhecida a capa de Astérix e o Grifo

Foi hoje divulgada em França, em conferência de imprensa, a capa do novo álbum Astérix e o Grifo (volume 39), que será lançado pela ASA, em simultâneo com a edição original, no dia 21 de Outubro de 2021.