Foi hoje para as bancas o terceiro volume da colecção com dois episódios da série Dylan Dog.
A Saga de Johnny Freak assinala assim o regresso de Dylan Dog à edição nacional. Dylan Dog é um dos fumetti (nome dado à BD italiana) de maior sucesso na Itália. Criado por Tiziano Sclavi em Outubro de 1986 para a Sergio Bonelli Editore, chega a vender cerca de um milhão de cópias por mês. Na colecção Novelas Gráficas 2017 a Levoir editou Dylan Dog – Mater Morbi, da autoria de Massimo Carnevale e Roberto Recchioni. Johnny Freak é uma história típica de Dylan Dog, e é considerada uma das melhores de sempre. Publicada originalmente em 1993, no #81 da revista mensal do “detective do pesadelo”, surgem nela todos os seus principais personagens. Além de Dylan, conhecemos também Groucho. Ambos são companheiros de quarto em Londres, cenário principal da série. Juntos, investigam fenómenos fantásticos que chegam ao seu conhecimento. Dylan conhece Johnny e fica intrigado: qual o mistério que se esconde por trás daquele estranho indivíduo surdo-mudo encontrado escondido num parque, sem pernas e sem diversos órgãos do corpo? Apesar de aparentemente inapto para viver em sociedade, Johnny começa a demonstrar lampejos de genialidade para as artes, algo que pode ajudar a desvendar seu passado. Inspirada num artigo sobre tráfico de órgãos humanos no Brasil, que Marcheselli tinha lido numa revista, esta história de ficção viria a ter confirmação na realidade em 2005, com o célebre caso de James Whittaker, que foi gerado e nasceu expressamente com o objectivo de ser dador de medula para o seu irmão Charlie, afectado por uma doença degenerativa mortal. Este caso insólito aproxima-se ainda mais da segunda história deste volume, “O Coração de Johnny”, que encerra a saga completa, num dos volumes mais complexos e famosos de Dylan Dog.
Colecção Bonelli #3: Dylan Dog – A Saga de Johnny Freak, Mauro Marcheselli, Tiziano Sclavi, Andrea Venturi e Giampiero Casertano, Levoir, 200 pp., p&b, capa dura, 11,90€ com o jornal Público
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