Chega hoje às bancas o segundo volume de Torpedo 1936 de Enrique Sánchez Abulí e Jordi Bernet, uma edição da Levoir em parceria com o jornal Público. O presente volume contém doze histórias publicadas originalmente nas revistas Creepy e Comix Internacional.
Eis a sinopse da editora:
Uma das chaves do sucesso desta série foi o seu senso de humor negro, articulado especialmente nos comentários e diálogos de Luca Torelli. A falta de conhecimento da língua – lembremos, ele é um imigrante italiano – faz com que cometa erros de gramática, erros em provérbios e citações, dando origem a resultados divertidos. Muitas vezes não sabemos se está a cometer um erro ou deliberadamente a fazer piada. Os textos, seja na forma de diálogos directos e corrosivos ou como narrações na primeira pessoa, ajudam a aliviar o conteúdo escabroso das cenas e a digerir a violência, mas enfatizam ainda mais o carácter amoral do personagem. Além do humor, a natureza politicamente incorrecta do personagem foi outro factor que contribuiu para destacar esta série.
Macho convicto, Luca usa as mulheres como meros empreendimentos sexuais e não tem dúvidas em violar ou chantagear para atingir os seus objectivos. Bernet focaliza visualmente esses assuntos sórdidos de forma impecável.
Este volume recheado de excelentes histórias abre com Rascal, história que relata o primeiro encontro entre Luca Torelli e o seu lacaio. Tem ainda "Um Salário de Medo", aquela que foi a primeira aventura longa de Torpedo, e também a primeira história a ser publicada a cores e ainda "A Dama dos Camelos", uma aventura em que Torpedo volta a encontrar Susan, a única mulher que o traiu e viveu para contar.
Torpedo 1936 #2, Enrique Sánchez Abulí & Jordi Bernet, Levoir, 152 pp., p&b, capa dura, 11,99€
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