Jack London nasceu em São Francisco, Califórnia, no dia 12 de Fevereiro de 1876. Com nove anos começou a desenvolver o gosto pela leitura e a frequentar a biblioteca da sua cidade. Teve uma vida breve e agitada, reflexo de uma América em plena mudança no início do século XX. Uma infância miserável e uma juventude conturbada. As aventuras extremas narradas nos seus livros foram, em grande parte, vividas por ele. London foi pirata nos rios da Califórnia e percorreu os Estados Unidos e o Canadá à boleia como um vagabundo. Foi preso. Foi operário, mineiro, marinheiro e caçador de focas no Oceano Pacífico.
Aos 22 anos decidiu tornar-se escritor. Narrador prolífico, em 1906 lançou um dos livros mais famosos da história da literatura americana. A narrativa tem como pano de fundo a corrida ao ouro no final do século XIX a expansão do homem branco em territórios nativos indígenas. E a história de Presa Branca um cão-lobo selvagem. É uma história que através de metáforas bem construídas e bem introduzidas na narrativa, nos permite reflectir sobre a condição do ser humano em relação aos animais, sobre a solidão, sobrevivência, medo, poder, sobre amor.
A leitura deste clássico é indispensável. É um livro que tem o poder de nos despertar muitas emoções e mostrar a vida pela perspectiva de um animal, que, sobretudo, é o personagem central desta trama, e que tem muito a nos ensinar.
O dossiê tem a colaboração de Sylvie Girard-Lagorce e o desenho de Walter Venturi, com adaptação de Caterina Mognato. Este álbum (Croc-blanc) teve a primeira edição em Abril deste ano.
Clássicos da Literatura em BD #22: Presa Branca, Walter Venturi e Caterina Mognato, Levoir/RTP, 64 pp., cor, capa dura, 13,90€
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