31 de outubro de 2019

dBD #138

Mais um número da revista francesa de divulgação de BD, a dBD. Eis o número de Novembro:

FÉLIX & GASTINE / À la une
Le western Jusqu’au dernier est un véritable petit bijou d’originalité scénaristique et de qualité de dessin. Il n’en fallait pas plus pour le mettre en une de ce numéro.
Actualités / Quoi de neuf ?
Pour ne rien manquer des à-côtés de la bande dessinée.
MATHIEU KASSOVITZ / Personnalité
À l’occasion du dernier Festival de l’étrange au Forum des Halles, le réalisateur de La Haine et acteur principal du Bureau des légendes a accordé quelques interviews, dont la nôtre. Nous en sommes encore flattés...
MATZ / État des lieux
Peu de temps après avoir signé le prequel du Transperceneige avec Jean-Marc Rochette, Matz continue la saga Tango avec Xavier. Une mise au point s’imposait.
MAZEL / Parcours
Présent sur Paris pour une rétrospective à la galerie Daniel Maghen, l’auteur des Jungles perdues et des Mousquetaires s’est prêté au jeu de nos questions.
CARRIÈRE & MICHAUD / Adaptation
Après la pièce de théâtre, le livre, le film puis la série télé, voici la bande dessinée de cette immense épopée indienne qu’est Le Mahâbhârata.
RIFF REB'S / Atypique
Poursuivant son amour pour la littérature du siècle dernier, Riff Reb’s s’attaque à l’adaptation du Vagabond des étoiles, de Jack London.
ANTOINE OZANAM / Jeunesse
Pour la sortie du 11e tome de Klaw, son scénariste revient sur cette belle aventure vécue en compagnie de Joël Jurion.
FLIX / Mythe
Un auteur allemand qui ose s’approprier l’univers de Spirou. Sacrilège ? Non, ouverture d’esprit...
CRITIQUES / Chroniques & Journal des sorties
Par nos journalistes
FESTIVAL DE MONTREUIL / Événement 
Depuis trente-cinq ans, le Salon du livre, de la presse et de la jeunesse invite petits et grands à célébrer l’image sous toutes ses formes.
JEUNESSE / Chroniques
Par Philippe Peter
LE BULLE-TROTTEUR / People
La vie des auteurs de BD, par Frédéric Bosser

dBD #138, novembre 2019, 100 pp., 8,90€

Entradas na minha biblioteca de BD no mês de Outubro de 2019

Álbuns

  • Criminal - Livro 1, G. Floy, 2019
  • Édipo, Gradiva, 2019
  • O Escorpião #2: O segredo do Papa, ASA, 2003
  • O Escorpião #3: A Cruz de Pedro, ASA, 2003
  • O Escorpião #4: O Demónio do Vaticano, ASA, 2004
  • O Escorpião #6: O segredo do Papa, ASA, 2003
  • A máquina de prever o futuro de José Frotz, Polvo, 2003
  • A cidade que não existia, Meribérica, 1982
  • Valérian: Armas vivas, Meribérica-Líber, 1991
  • Túnicas Azuis #8: A recruta dos azuis, Edinter, 1986
  • Máscara Vermelha #3, Edinter, 1988
  • Clarim e Fantásio: O feiticeiro de Vila Nova de Mil Fungos, Camarada, 1962
  • Eu, louco, Arte de Autor, 2019
  • Os cavaleiros de Heliópolis #1+#2, Arte de Autor, 2019
  • Michel Vaillant [2ª série] #8: 13 dias, ASA, 2019
  • Astérix #38: A filha de Vercigétorix, ASA, 2019

Revistas

  • dBD #137, octobre 2019
  • Boletim do Clube Português de Banda Desenhada #145, Dezembro de 2017
  • Boletim do Clube Português de Banda Desenhada #149, Maio de 2019
  • Juvebêbê #76, Julho de 2019
  • Geo Histoire: Blake et Mortimer, octobre-novembre 2019
  • O Falcão (1ª série) #74, 12 de Maio de 1960
  • Flecha #4, 18 de Novembro de 1954
  • Flecha #6, 2 de Dezembro de 1954
  • Flecha #8, 16 de Dezembro de 1954
  • Flecha #13, 3 de Fevereiro de 1955
  • Flecha #14, 10 de Fevereiro de 1955
  • Flecha #15, 17 de Fevereiro de 1955
  • Flecha #18, 3 de Abril de 1955
  • Colecção Titã #2, Junho de 1973
  • Colecção Titã #3, Julho de 1973
  • Pluto #2, 7 de Dezembro de 1945
  • Pluto #4, 21 de Dezembro de 1945
  • Pluto #5, 25 de Dezembro de 1945
  • Pluto #6, 4 de Janeiro de 1946
  • Pluto #8, 18 de Janeiro de 1946
  • Pluto #10, 1 de Fevereiro de 1946
  • Pluto #11, 8 de Fevereiro de 1946
  • Pluto #13, 22 de Fevereiro de 1946

Livros


Outros

Y O Último Homem #10 – Os Porquês e os Portantos


Tudo o que é bom acaba! E com a publicação do décimo volume de Y, O Último Homem, chega-se ao fim desta série de culto de Brian K. Vaughan e de Pia Guerra.

Yorick Brown, o último homem da Terra, partiu em busca de resposta sobre a praga que dizimou todos os mamíferos portadores do cromossoma Y menos ele e o seu macaco capuchinho Ampersand.
Os Porquês e os Portantos, volume 10 da série Y O Último Homem sai hoje em banca com o jornal Público.
Os destinos das principais personagens da série convergiram para Paris. E aqui acontecerão os encontros e desencontros definitivos da vida de Yorick Brown.
Os Porquês e os Portantos apresenta o clímax que se tem vindo a  construir já há diversos episódios. Yorick, a Agente 355, Hero, Beth 1, Beth 2, Alter, a agente russa Natalya, a astronauta Ciba Weber e as crianças, encontram-se todos  em Paris. Conflitos, encontros e desencontros têm desfechos definitivos.
Vaughan, o melhor argumentista da sua geração, apresenta uma história que, pela perspectiva de Yorick, aborda temas como amadurecimento, a decepção e a perda.
Os namorados reencontram-se, mas Beth não é mais a mesma mulher que Yorick namorava, e ele apercebe-se de que também não é mais o mesmo homem. É no reencontro com Beth que se pode perceber como o protagonista se foi transformando subtilmente ao longo da série.
Acontecem outros encontros definitivos em Os Porquês e os Portantos. Um deles com Alter, a soldado israelita. Se antes Vaughan havia mostrado com certa imparcialidade as razões das atitudes belicosas da personagem, é Yorick que revelará a estupidez e insignificância do objetivo final da militar. O embate final entre os dois mostra mais do tipo de homem em que Yorick se tornou e também que tipo de velhas ideologias esse homem deixou para trás.

Excelente série, bem representativa da grande qualidade do catálogo da Vertigo, que a Levoir e o Público têm ajudado a divulgar em Portugal, Y O Último Homem vai deixar saudades junto dos leitores. Saudades que, tudo indica, vão poder ser mitigadas já em 2020, quando se estrear a série televisiva que está a ser produzida para o canal FX a partir da BD de Brian K. Vaughan e Pia Guerra.

Y O Último Homem #10 – Os Porquês e os Portantos, Brian K. Vaughan e Pia Guerra, Levoir/Público, 168 pp., cor, capa dura, 12,90€

Folia de reis - Uma novidade da Polvo do autor Marcello Quintanilha

As histórias de Marcello Quintanilha ajudam a recuperar, a fixar no tempo, as vivências e a postura da gente simples e banal, utilizando os acontecimentos e peripécias para abordar aspectos concretos da psicologia humana, respeitando sempre as personagens, os seus medos, defeitos e fraquezas. Mas Quintanilha tem também a intenção de partilhar com o leitor essa dimensão íntima daquelas pessoas, cuja existência em folhas de papel mais não será do que extensão da memória, dos receios, dos anseios, dos mitos, dos valores.
As narrativas que compõem este volume remetem pois para um outro tempo, para um Brasil longe da imagem turística e hedonista que consolidou o país nos cartazes e no imaginário internacional durante anos. Um Brasil real, num encontro perfeito entre o desenho e a crónica.

"Folia de reis" terá apresentação no Auditório do Amadora BD, a 2 de Novembro, pelas 16h00, com a participação do autor brasileiro Marcello Quintanilha, do editor Rui Brito e do jornalista João Morales.

A distribuição comercial ocorrerá durante o mês de Novembro.

Folia de reis, Marcello Quintanilha, Polvo, Colecção “Romance Gráfico Brasileiro” #28, 84 pp., cor e p&b, capa flexível com badanas, 13,99€


30 de outubro de 2019

Top das vendas de BD em França de 14 a 20 de Outubro de 2019

1º lugar (novo)
Walking Dead #32: La Fin du voyage
Charlie Adlard, Stefano Gaudiano, Robert Kirkman
DELCOURT

2º lugar (-1) [2ª semana]
Les Légendaires #22: World Without : Les Éveillés
Patrick Sobral
DELCOURT

3º lugar (novo)
Mortelle Adèle HS: Au pays des contes défaits
Diane Le Feyer, Mr Tan
TOURBILLON

Casemate #130

Já está disponível nas bancas portuguesas o número de novembro da revista francesa Casemate. Eis o sumário deste número:

P.4-6 Nouvel Astérix ? Nouveau raz de marée en librairie !
P.10-12 La crise de la cinquantaine vue par Davodeau, Joub et Hermenier
P.14-16 Lambda raconte sa lutte contre un petit-ami manipulateur
P.18-20 Meurisse en liberté avec Delacroix
P.22-23 Prêtre, résistant, déporté… la vie du père Jacques retracée en BD
P.24-25 Journorama, revue de presse de l’actu BD
P.26-31 Jusqu’au dernier : du crépuscule des cow-boys à l’aube du rail (+4 planches)
P.32-37 Miles et Juliette, l’accord sans fausse note de Davis et Gréco (+4 planches)
P.38-43 Swolfs passe le flambeau Légende à Ange et Collignon (+4 planches)
P.44-49 Angela poursuit sa guerre du Pacifique dans Angel Wings (+4 planches)
P.50-63 Les Védrine père et fils réhabilitent Olrik dans une bio non autorisée, tandis que l’ennemi de Blake et Mortimer file incognito dans La Vallée des Immortels (+4 planches)
P.64-74 Une sélection de 38 BD à découvrir en novembre
P.76-79 Agenda : les 329 sorties de novembre, les festivals et les expos
P.80-85 Après Okko, Hub enquête chez les sanguinaires Aztèques (+4 planches)
P.86-91 Morice fait chanter l’accent de Pagnol avec Marius (+4 planches)
P.92-95 Ogier éclaire les zones d’ombre de Chaland, héraut de la ligne claire
P.96-97 Revel, la tête dans les nuages de Thomson
P.89 Le courrier du mois à la loupe

Casemate #130, novembre 2019, 100 pp., 8,90€

Xavier Dorison - Ensaio de quadriculografia portuguesa

Argumentista
(França) Paris, 8 de Outubro de 1972

Depois de três anos numa escola profissional, durante os quais lança um Festival de BD, começa a escrever o argumento para o primeiro volume de O Terceiro Testamento,  série desenhada por Alex Alice e publicada pela Glénat.  Segue-se o trabalho com Mathieu Lauffray no primeiro volume da série Prophet, e depois com Christophe Bec na série Sanctuaire. Xavier Dorison estabelece, em muito pouco tempo, um estatuto firme no mundo da banda desenhada franco-belga, um estatuto confirmado com W.E.S.T., que escreve em parceria com Fabien Nury para um dos maiores nomes actuais do realismo, o desenhador Christian Rossi.

Mas Dorison não se limita ao universo da BD. Em 2006, é lançado o filme Les Brigades du Tigre, uma adaptação da série de TV com o mesmo nome, que Dorison volta a escrever em parceria com Nury. Em 2007, trabalha uma vez mais com Mathieu Lauffray em Long John Silver, granjeando de novo um enorme sucesso.

Em 2008, a Dargaud convida Xavier Dorison para escrever o argumento do primeiro volume de XIII Mystery, uma sequela da famosa série XIII. O desenho foi confiado a Ralph Meyer, o que dá início a uma outra colaboração prolífica. Foi então que o par cria a épica história viking Asgard.

E em 2014, com Thomas Allart, Dorison produziu H.S.E., um enredo de suspense sobre a possível queda em espiral de uma sociedade ultraliberal.

Trabalhador incansável, Dorison dedica-se simultaneamente a várias séries, para além de continuar a escrever argumentos para a TV e o cinema. Passando com facilidade do argumento para as séries já mencionadas, e ainda para Le Chant du Cygne (2014), Red Skin (2014) e o seu último e enorme sucesso Undertaker (2015), Dorison provou a sua habilidade para trabalhar em diferentes géneros, que vão do western ao drama histórico, sem nunca perder a força do argumento e a solidez estrutural que caracteriza o seu trabalho. Não é por isso de admirar que tenha sido chamado a continuar a série Thorgal, um dos maiores ícones da BD franco belga de todos os tempos.

Séries publicadas em Portugal:
Terceiro Testamento (O), Undertaker, WEST, XIII Mystery

[actualizada em 14.10.2019]

29 de outubro de 2019

Moonshine #2: Comboio do Tormento

Já está em banca o segundo volume da série Moonshine, de Brian Azzarello e Eduardo Risso: Comboio do Tormento. A dupla que criou 100 Balas conclui aqui o primeiro arco de história desta saga de terror e suspense ambientada nos anos 1920 no Sul dos EUA, com mafiosos, hillbillies, lobisomens e mais sarilhos do que qualquer um podem imaginar!

Lou Pirlo, o “Torpedo”, pensava que os seus problemas tinham acabado quando ele e Delia, a sua nova miúda, conseguiram fugir num comboio de carga para Sul – para o mais longe que conseguissem fugir dos mafiosos de Nova Iorque e dos hillbillies das montanhas Apalaches que os queriam matar.

Mas problemas e sarilhos são coisas a que Lou nunca escapou, e em vez de chegar à salvação, acaba a caminho da Nova Orleães e de mais sarilhos do que alguma vez viu. Porque Lou foi mordido por um lobisomem, e o mais letal dos caçadores de monstros do mundo decidiu que não ia parar até o caçar.

A conclusão do primeiro arco de história da nova série de sucesso da dupla Brian Azzarello e Eduardo Risso, uma saga de terror e lobisomens nos anos 1920 na América profunda. Este volume inclui arte de capas alternativas de nomes famosos como Gabriel Bá, Fábio Moon, Rafael Albuquerque, Grampa e Paul Pope

Moonshine #2: Comboio do Tormento [reúne os números #7-12], Brian Azzarello e Eduardo Risso, G. Floy, 152 pp., cor, capa dear, 14€

O Caminho do Oriente – 2.º Volume

A saga de O Caminho do Oriente, magistralmente desenhada por Eduardo Teixeira Coelho com textos de Raul Correia, tem uma nova versão, colorida por José Pires, sendo agora publicado o segundo volume num ano em que se comemora o centenário de ETC.

Os interessados poderão solicitar o seu exemplar a gussy.pires@sapo.pt.



28 de outubro de 2019

Congo #2 - No caminho das trevas

Após dois anos de ausência, é editado o segundo volume de Congo da autoria de Duarte e Henrique Gandum.

Após um começo de jornada aterrorizante, a expedição liderada por Afonso Ferreira atinge o seu ponto mais crítico. O desaparecimento e morte de alguns membros culmina num imenso conflito, revelando a verdadeira ambição por detrás desta fatídica viagem. 
Ferreira e os restantes têm agora pela frente a intrincada tarefa de sobreviver na mais tenebrosa e inóspita região de África, à mercê de criaturas lendárias e primitivas. 

Congo #2: No Caminho das Trevas, Duarte & Henrique Gandum, Mudnag, cor, 15,00€

27 de outubro de 2019

Gentleman #2 (de #4)

Após a publicação do primeiro volume em 2005, Gentleman está de volta, agora com o desenho de Fábio Veras.

Aos primeiros quilómetros, a road trip de Turner sofre um pequeno desvio. Na companhia do seu fiel Barnes (um elefante marinho falante com fome de sangue e medo) e do jovem Lloyd, acaba por descer a um inferno que pouco tem a ver com o de Dante. Porque o tempo está a chegar ao fim, não parece haver limites para cortar o mal pela rainha… E Turner continua a ser um gentleman ao fazer “aquilo que precisa de ser feito”. Perdem-se amigos, conhecem-se outros. No fim, há um trilho vermelho vivo que indica o sentido de volta à estrada. Ninguém gosta verdadeiramente de desvios. Porém, alguns valem a pena.

Gentleman #2 (de #4), André Oliveira e Fábio Veras, Ave Rara, 1 cor, 16 pp., brochura, 2,90€

26 de outubro de 2019

João Amaral - Ensaio de quadriculografia portuguesa

Desenhador, argumentista
(Portugal) Lisboa, 14 de Novembro de 1966

João Amaral estreia-se em 1994, com Rui Carlos Cunha, pelas Edições ASA, numa adaptação para banda desenhada de A Voz dos Deuses, de João Aguiar. Colabora nas Selecções BD – 2ª Série, entre 1999 e 2000, com O Que Há de Novo no Império? O Fim da Linha, um remake de O Comboio Apitou Três Vezes, de Fred Zinneman, passado numa aldeia portuguesa durante a viragem do milénio. Ganha uma menção no Festival da Sobreda, em 2002, na categoria de Novos Valores, com Game Over. Em 2003, é um dos autores que participa no álbum Vasco Granja: Uma Vida, Mil Imagens, com Missão Quase Impossível, elaborada com o argumentista Jorge Magalhães. A mesma dupla fará Ok Corral, uma história de quatro páginas (assinando com os pseudónimos de Jhion e Zhion). Nos anos seguintes, publica História de Manteigas, Bernardo Santareno: Fragmentos de uma Vida Breve e História de Fornos de Algodres, pela Âncora Editora. Durante dois anos, colabora no jornal Cruz Alta, com Isabel Afonso, em O Gui, a Nô... e Os Outros, sob o pseudónimo de Joca. Em 2012, novamente pelas edições ASA, assinando como Jhion, lança com Miguel Peres o álbum Cinzas da Revolta, passado em Angola nos primeiros anos da guerra colonial. Em 2014, publica pela Porto Editora a adaptação para banda desenhada do romance homónimo de José Saramago A Viagem do Elefante. Já em 2017 lança, sob a chancela das Edições EsgotadasMuseu Nacional Grão Vasco: 1916-2016 – Em Busca da Arte Perdida, um livro que narra os vários episódios que formam a história do museu ao longo de cem anos. Em 2019, a propósito dos 25 anos do lançamento de A Voz dos Deuses, publicou uma nova edição desta obra pela editora Arcádia, desta vez mais consentânea com o original, ou seja a preto e branco. Pelo meio, colaborou também em ações publicitárias, com a revista A Rua Sésamo, fez postais de felicitações e ilustrações para livros, desde romances a manuais escolares. No seu blogue, entre inéditos que mostra, assinou desde 2010 (e durante vários anos), como Joca, a tira Fred & Companhia. Por fim, em 2013 ganhou, no Festival Internacional de Banda Desenhada de Viseu, o troféu Animarte pelo conjunto da sua obra.

One-shots publicados em Portugal:
  • O que há de novo no império?, Selecções BD (2ª série) #10 e #20
  • O fim da linha, Selecções BD (2ª série) #26 a #28
  • A voz dos deuses - Memórias de um companheiro de Viriato, Amaral e Rui Cunha, Álbum ASA [1994]; Álbum Arcádia [2019]
  • História de Manteigas - No coração da Estrela, Álbum Âncora [2000]
  • Missão Quase Impossível, Amaral e Jorge Magalhães, Álbum  Vasco Granja-Uma Vida, Mil Imagens, Álbum ASA [2003]
  • De António Martinho do Rosário a... Bernardo Santareno - Fragmentos de uma Vida Breve, Álbum Âncora [2006]
  • A espada desaparecida, Álbum Âncora [2008]
  • História de Fornos de Algodres - Da Memória das Pedras ao Coração dos Homens, Álbum Âncora [2008]
  • Cinzas de revolta, Amaral e Miguel Peres, Álbum ASA [2012]
  • A viagem do elefante - Baseado no romance de José Saramago, Álbum Porto Editora [2014]
  • Museu Nacional Grão Vasco - 1916-2016/Em busca da arte perdida, Álbum Edições Esgotadas [2017]
  • Rosa, minha irmã Rosa, Álbum ASA [2020]
  • Rattlesnake, Álbum Escorpião Azul [2022]
[actualizado em 05.05.2022]

25 de outubro de 2019

Hugo Pratt, os caminhos do sonho

Publicado graças à colaboração de Patrizia Zanotti, viúva de Pratt, este é o primeiro livro a explorar a insondável paisagem onírica do artista. 
Criador dos livros de banda desenhada de Corto Maltese, reconhecido por autores e artistas como Tim Burton, Frank Miller, Woody Allen, Umberto Eco e Paolo Conte, Hugo Pratt é conhecido por combinar uma narrativa forte com uma extensa pesquisa histórica, mas o seu mundo é também alimentado por fábulas, histórias e lendas enraizadas nos mitos da humanidade. Com regularidade, as suas personagens adormecem e caem literalmente no sonho que abre as portas de um mundo lúdico e fascinante. 
Este livro, através de uma sensível e meticulosa selecção de aguarelas e pranchas originais, comentadas por dois excelentes conhecedores da sua obra, convida o leitor a explorar o labirinto de sonhos, memórias, conhecimentos e ilusões do grande artista.

Hugo Pratt, os caminhos do sonho, direcção de Patrizia Zanotti e textos de Francesco Boille & Giulo Giorello, Arte de Autor, capa dura, 120 pp. com 80 ilustrações, 28,00€


Lançamento Dampyr e sessões de autógrafos no FIBDA

A Seita vai lançar este fim de semana no Festival da Amadora BD o livro Dampyr: O Suicídio de Aleister Crowley, com a presença do desenhador Michele Cropera nos dias 26 e 27! As sessões de autógrafos serão no sábado, dia 26 das 16 às 18 horas e no domingo das 16 às 19 horas.

Depois de Dylan Dog, A Seita traz-nos mais uma aventura dos fumetti italianos, desta vez protagonizada por Harlan Draka, o Dampyr, criado por Mauro Boselli e Maurizio Colombo. Nascido da união de um vampiro com uma mulher mortal, Harlan está entre dois mundos, e percorre o globo em busca de todas as criaturas sobrenaturais do mal. 

O que une o poeta Fernando Pessoa, o mago Aleister Crowley, Ofélia Queiroz, as criaturas saídas dos contos de H. P. Lovercraft e o terramoto de 1755, que praticamente destruiu a cidade de Lisboa? Para responder a esta questão, Dampyr regressa a Portugal para investigar o aparente suicídio de Crowley ocorrido em 1930, na Boca do Inferno, perto de Cascais. 

Depois de Aventuras em Portugal, que a Levoir publicou numa colecção dedicada às personagens da Sergio Bonelli Editore, Dampyr está de regresso a terras lusitanas, desta vez para investigar o aparente suicídio de Aleister Crowley, ocorrido em 1930 na Boca do Inferno, perto de Cascais. Uma aventura fantástica saída da pena de Mauro Boselli e ilustrada por Michele Cropera, que recupera o encontro histórico entre duas figuras cujo saber esotérico estava em pólos opostos, Pessoa, profundo conhecedor de astrologia e das novas tradições neo-herméticas de finais do século XIX, e Crowley, mágico e cultor de variados rituais e conhecedor das práticas e filosofias orientais. 

O que uniu então estes dois homens? Este é o fio condutor de uma história que aproveita os acontecimentos para evocar a atmosfera de Lisboa da época, unindo habilmente a passagem de Crowley por Lisboa, o terramoto de 1755 e todo o universo lovecraftiano, sublinhando a capacidade de uma série como Dampyr poder desenvolver-se em várias épocas e estender-se a diferentes cenários, ambientes e influências. 

Nascido em 1978, Michele Cropera vai dedicar-se à banda desenhada a partir de 2000, colaborando com Ade Capone na mini série Erinni II e em Lazarus Ledd. Nesta série da Star Comics, Cropera desenha oito aventuras e torna-se no capista a partir do #121. Colabora com a editora Narwain, realizando ilustrações e um projecto para o mercado norte-americano. A sua entrada na Sergio Bonelli Editore ocorre em 2005, estreando-se no ano seguinte em Dampyr, série onde já desenhou cerca de uma dezena de aventuras com um estilo que destaca as cenas onde emerge o lado fantástico.

Mauro Boselli nasceu em Milão em 1953 e, para além dos seus múltiplos trabalhos na Sergio Bonelli Editore, teve diversas experiências como tradutor e realizador na TV. Na SBE vai ser redactor nas revistas Pilot e Orient Express. A primeira história que escreve é para Tex, com La Minaccia Invisibile, com Gianluigi Bonelli. Entra na equipa de Zagor com a aventura La Fiamma Nera, em 1991, passando a ser o editor da série. Com Il Passato di Carson, entra oficialmente em Tex, série onde é hoje o grande responsável e editor. Em 2000, com Maurizio Colombo cria Dampyr, a sua primeira personagem original e que nasce da paixão do autor pelo mito do vampiro.

Dampyr: O Suicídio de Aleister Crowley, Michele Cropera e Mauro Boselli, A Seita, 104 pp., preto e branco, capa dura, 12,50€


Reedição de "A voz dos deuses"

A Voz dos Deuses, a banda desenhada de João Amaral e Rui Carlos Cunha, adaptada do romance homónimo de João Aguiar, irá ser reeditada a preto e branco com lançamento no próximo Amadora BD.

Comemora-se, em 2019, um duplo aniversário: o dos 35 anos do lançamento da primeira edição do romance A Voz dos Deuses (Memórias de um companheiro de Viriato), de João Aguiar e os 25 anos da primeira edição da adaptação desta obra para banda desenhada. Estando este romance gráfico há vários anos esgotado no nosso mercado, impunha-se a sua reedição, fazendo todo o sentido, que isso acontecesse este ano. A acção desenrola-se entre 147 e 139 e relata-nos a vida de Viriato, esse grande chefe militar que, levando diversos povos ibéricos à rebelião, desafiou o poder de Roma.

A voz dos deuses, João Amaral e Rui Cunha [Baseado na obra homónima de João Aguiar]. Arcádia, 116 pp., p&b, capa dura, 19,89€


24 de outubro de 2019

BD Amadora começa hoje!


Astérix: A Filha de Vercingétorix, de Jean-Yves Ferri e Didier Conrad chega hoje às livrarias!

Finalmente!!! Dois anos após Astérix e a Transitálica, os irredutíveis gauleses marcam de novo presença a partir de hoje em todas as boas livrarias da Gália e de mais uma vintena de países do Mundo Conhecido!!!

Acontecimento editorial do ano, o novo álbum de Astérix, por imposição da tradição de alternância, desenrola-se no coração da célebre aldeia gaulesa. É aí que a filha do célebre chefe gaulês Vercingétorix, perseguida pelos romanos, se refugia, pois esse é o único lugar na Gália ocupada que pode garantir a sua proteção. E o mínimo que se pode dizer, é que a presença desta adolescente especial vai provocar múltiplos distúrbios intergeracionais…

A Filha de Vercingétorix é o fruto da quarta colaboração entre o argumentista Jean-Yves Ferri e o desenhador Didier Conrad, uma dupla que continua a imaginar novas aventuras, sempre inscritas no fabuloso universo criado por René Goscinny e Albert Uderzo.

Por Tutatis! O 38.º álbum das aventuras de Astérix revela-nos uma incrível descoberta: o ilustre Vercingétorix tinha uma filha! A partir de hoje o seu destino irá cruzar-se com o de Astérix e Obélix
num novo álbum que se antevê histórico!

Astérix #36: A Filha de Vercingétorix, Didier Conrad e Jean-Yves Ferri, ASA, 48 pp., cor, capa dura, 10,90€





A Loja - Uma novidade de Derradé

A editora Polvo vai apresentar no Auditório do Amadora BD, a 26 de Outubro, pelas 16h30, com a participação do autor e do editor Rui Brito "A loja", o novo projecto do artista português Derradé

Esta nova obra retrata um Bernardo Duarte que resolve abandonar um emprego estável que detesta, no ramo da informática, para dar asas ao seu sonho de adolescência: ser o proprietário de uma loja de Banda Desenhada. Mas a vida no sector livreiro não é fácil e as peripécias sucedem-se. Baseada em acontecimentos reais, mais ou menos ficcionados, esta é a história de alguém que não hesitou em sacrificar as finanças pessoais, e não só, em prol da nona arte e da realização pessoal.

A distribuição comercial ocorrerá durante o mês de Novembro.

A loja, Derradé, Polvo, Colecção “De Bom Humor” #10, 64 pp., p&b, capa flexível com badanas, 8,99€



Manuel Caldas edita os volumes 5 e 6 das pranchas dominicais de Tarzan por Russ Manning




23 de outubro de 2019

Top das vendas de BD em França de 7 a 13 de Outubro de 2017

1º lugar (novo)
Les Légendaires #22: World Without : Les Éveillés
Patrick Sobral
DELCOURT

2º lugar (+1) [2ª semana]
Le Spirou d’Émile Bravo #3: L’Espoir malgré tout, deuxième partie : Un peu plus loin vers l’horreur Émile Bravo
DUPUIS

3º lugar (-2) [7ª semana]
Les Indes fourbes
Juanjo Guarnido, Alain Ayroles
DELCOURT


Y, o último homem #9: Mãe Terra

Y, O Último Homem, a série que a Levoir e o Público têm publicado desde Outubro de 2017 está prestes a chegar ao fim. Vencedora do Prémio Eisner, a tão aclamada série escrita por Brian K. Vaughan e desenhada por Pia Guerra, foi publicada pela editora Vertigo em sessenta edições, sobre o único homem sobrevivente de uma súbita, espontânea e simultânea morte de todos os animais do planeta com o cromossoma Y, incluindo humanos. A 24 de Outubro sai em banca o penúltimo volume Mãe Terra (Motherland, 2007).
Juntos uma vez mais, os dois últimos mamíferos do sexo masculino na Terra – Yorick Brown e seu macaco de estimação, Ampersand – rumam lentamente à China, de onde O Último Homem partirá para o reencontro com sua noiva Beth em Paris. Mas, enquanto ambos se preparam para atravessar mais dois continentes com a ajuda da agente 355, as suas outras companheiras de jornada estão quase no fim de uma busca muito diferente: encontrar o que causou a extinção em massa dos mamíferos machos há quatro anos.
Algo inesperado as aguarda num laboratório secreto em Hong Kong, podendo mesmo significar  não apenas o fim do Último Homem, como também o fim da espécie humana.
Recheado de acção, romance, guerra, mistério e amizade, Y é leitura indispensável para todos os amantes de histórias de BD.

Y, O Último Homem #9: Mãe Terra, Brian K. Vaughan e Pia Guerra, Levoir, 144 pp, cor, capa dura, 12,90€

22 de outubro de 2019

Ralph Meyer - Ensaio de quadriculografia portuguesa

Desenhador
(França) Paris, 11 de Agosto de 1971

Desde muito novo que começa a cultivar a sua aptidão e interesse pelo desenho e por histórias. Quando chega a altura de decidir o que fazer da sua vida, parece-lhe natural escolher a banda desenhada. Enquanto insaciável jovem leitor, apreciava o humor de Gaston Lagaffe e as aventuras de Blake e Mortimer, bem como os problemas existenciais dos super-heróis vestidos a rigor e que povoam as edições mensais de Strange. A sua descoberta do trabalho de Giraud (também Moebius) durante a sua adolescência, terá mais tarde uma grande influência no seu próprio trabalho.

Com 20 anos, deixa Paris e muda-se para a Bélgica para seguir o curso de ilustração no Instituto Saint-Luc, em Liege. Após três anos e finalizado o curso, começa a apresentar-se a várias editoras com um número variado de projectos, mas sem sucesso. Em 1996, decide apresentar o seu trabalho ao escritor Philippe Tome. Este deu a Meyer, para trabalhar, um argumento particularmente sinistro. Um ano mais tarde, lançam o primeiro volume de Berceuse Assassine, uma trilogia.

Meyer funda, entretanto, com alguns outros autores, a "Parfois j'ai dur" workshop. Foi aí que realiza Des Lendemains sons Nuages, série que co-ilustra com Bruno Gazzotti, sob argumento de Fabien Vehlmann. A seguir, ainda com Vehlmann, iniciou a série de ficção científica I.A.N., a qual relata as aventuras de um ser de inteligência artificial, completado com pele e nervos humanos. Em 2008, com Xavier Dorison lança o primeiro volume da série X/11-Mystery, uma colecção da Dargaud pela qual recebe, em Bruxelas, o Prémio St. Michel.

O ano de 2010 parece representar para Meyer uma reviravolta gráfica, ao efectuar Page Noire, com argumento de Denis Lapiere e Frank Giroud. Em 2012, ele e Xavier Dorison voltam a trabalhar juntos nas paisagens nórdicas do díptico Asgard, seguindo-se posteriormente a terceira colaboração na série Undertaker, a qual continua a conhecer junto dos leitores de vários países um crescente sucesso.

Séries publicadas em Portugal:
Undertaker, XIII Mystery

One-shots publicados em Portugal:
  • Balada assassina (Berceuse Assassine), 1997, Meyer e Phillipe Tome, Álbum Devir [2002]

21 de outubro de 2019

Deadpool mata Deadpool

Um número infindável de mundos alternativos está em perigo quando um Deadpool fora de controlo e consciente da sua existência como personagem fictícia decide destruir-se a si mesmo e a toda a realidade, acabando com os progenitores do universo – todos os outros Deadpools pelo multiverso fora!

Começou a guerra dos mundos, quando todas as versões do Mercenário Desbocado do universo têm de escolher de que lado vão lutar nesta campanha sangrenta contra a realidade. O nosso mercenário e mutante, violento, malcriado, com mau sentido de humor e factor de cura, vai atalhar caminho pelo universo à pancadaria, explodindo cabeças e destruindo planetas, na companhia dos nossos heróis favoritos: Dogpool, Lady Deadpool, o recém-chegado Pandapool, o Deadpool Dinosauro e muitas mais personagens bizarros e malucos!

O escritor Cullen Bunn regressa ao universo tresloucado de Deadpool, desta vez acompanhado do artista espanhol Salva Espín, para mais uma tentativa homicida de eliminar de uma vez por todas os realidade do universo Marvel, desta vez matando todos os Deadpools existentes no multiverso!

Deadpool Mata Deadpool é o terceiro volume da bizarra e cruelmente sarcástica série de aventuras que Cullen Bunn construiu, uma divertida exploração do universo meta-ficcional que se tornou a especialidade do mutante mercenário, o mestre de romper a “quarta parede”! Depois de se dar conta de que é uma personagem ficcional, e depois de tentar exterminar todos os heróis e vilões de todos os universos da Marvel, e todas as personagens da literatura que poderiam servir de inspiração para as suas aventuras, Deadpool percebe que só lhe resta uma possibilidade de destruir a existência absurda em que vive, de ser continuamente morto e ressuscitado num ciclo contínuo... matar todos os Deadpools do universo, porque talvez seja ele que está a criar esses mundos todos na sua cabeça!

Aviso: Não é para putos sensíveis e queixinhas! Vai haver sangue, pedaços de cérebro e órgãos espalhados pelas páginas deste livro...


Deadpool mata Deadpool [reúne os números #1-4 de Deadpool Kills Deadpool], Salva Espín e Cullen Bunn, G. Floy, 96 pp., cor, capa dura, 12€


As revistas Marvel da Panini de Outubro de 2019 nas bancas portuguesas



As revistas Mauricio de Sousa de Outubro de 2019 nas bancas portuguesas