Vai hoje para as bancas o décimo volume da colecção Novelas Gráficas da parceria Levoir com o jornal Público.
Felipe Hernandéz Cava autor de As Serpentes Cegas é considerado como um dos autores de banda desanhada mais importantes da sua geração pela sua contribuição para a renovação espanhola.
O brilhante trabalho do desenhador Bartolomé Seguí já os leitores conhecem de Histórias do Bairro, editado pela Levoir e o Público em 2017 e da adaptação do romance Tatuagem, de Manuel Vázquez Montalbán, em 2018. Em As Serpentes Cegas, Seguí, que habitualmente usa o preto e branco, usa uma paleta de cores, em especial o vermelho, que dá à história uma grande expressividade.
Entre as várias histórias contadas em As Serpentes Cegas, podemos ver o início do Partido Comunista Americano e a perseguição a que os seus membros foram submetidos.
Um enigmático personagem, vestido de vermelho, chega a Nova York em 1939 e instala-se num pequeno hotel à procura de um tal Ben Koch, um espanhol que não respeitou um pacto. O dono da pensão, Red, diz que não tem notícias de Ben, o que o homem não acredita. Decide esperar por ele, acabando por descobrir que Koch foi visto a destruir um túmulo com um martelo. Qual o motivo da fúria de Koch? Também ele procura desesperadamente um indivíduo chamado Curtis Rusciano.
Pouco a pouco vamos assistindo à evolução deste personagem, descobrindo que Ben participou nas Brigadas Internacionais que combateram o fascismo durante a guerra civil espanhola. É com ele, que viajamos até à Barcelona de Maio de 1937, com os confrontos entre anarquistas e comunistas, e posteriormente, em 1938 a um dos cenários mais decisivos da guerra civil: A Batalha do Ebro.
Uma história de vingança com a Guerra Civil espanhola e a Grande Depressão em Nova Iorque como pano de fundo.
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