26 de julho de 2019

David B. - Ensaio de quadriculografia portuguesa

Desenhador, argumentista
David Beauchard
(França) Nimes, 9 de Fevereiro de 1959

David Beauchard escolhe como seu pseudónimo a inicial do seu apelido para torná-lo mais curto. Escolhe seguir as aulas de publicidade da Escola de Artes Aplicadas de Duperré, em Paris, porque Georges Pichard lá lecionou. A sua técnica de preto e branco será influenciada pela do seu mestre, assim como pelos seus autores favoritos (Tardi, Pratt, Munoz). Os seus primeiros ensaios de banda desenhada são realizados como argumentista de Olivier Legan ("Pas de samba pour capitaine Tonnerre", Glénat, 1985) e desenhador de "Timbre maudit" para a revista Okapi, publicada em álbum pela Bayard em 1986. Paralelamente, realiza pequenas colaborações na efémera revista Chic, assim como Zebra, uma breve série de cinco episódios para a revista À Suivre. Em 1989,  colabora no também efémero Tintin Reporter, com muitas ilustrações e narrativas didáticas completas. É membro fundador da editora L'Association em 1990, onde será capaz de se envolver numa pesquisa gráfica pura em colecções de formatos incomuns lançados por esta cooperativa de autores parisienses. O movimento espalha-se e encontra um terreno favorável entre os editores independentes. A sua bibliografia expande-se rapidamente: "Les Leçons du nourrisson savant" (Le Seuil, 1990, seguido de "Le Nourrisson savant et ses parents"), "La Bombe familiale" (L'Association, 1991), "Le Cheval blême" (L'Association, 1992, obra onde começa a transportar para desenho os seus pesadelos), "Le Cercueil de course" (L'Association, 1993), "Le Nain jaune" (cinco fascículos trimestrais para a Cornélius, 1993-1994), "Le Livre somnanbule" (Éditions Automne 67, 1994), "Le Messie discret"  (Éditions Autrement, 1994), "Les 4 savants" ( série de fascículos para a Cornélius desde 1996), "Les Incidents de la nuit" (L'Association, 1999), etc. A metafísica, o mundo dos sonhos e um gosto pelo fantástico animam as suas características expressivas tratadas por um rigoroso preto e branco. Essa busca pela evocação de elementos dos sonhos muito pessoais ou biográficos encontra o seu ponto culminante na "L'Ascension du Haut-Mal", ciclo de cinco álbuns propostos pela L'Association desde 1996 e onde evoca a vida do seu irmão epiléptico. David B. colabora com muitas publicações: Circus, Chic, Okapi, À Suivre, L'Echo des Savanes, Viper, Rare e Dear, Lab, Rabbit, Strappazin (Suíça), Kaiser (Alemanha), Nosostros las Muertas (Espanha), El Edifício, Baraka, Rocket, Fripounet, Perlin, Info-Junior. Em 1997, para a colecção "Roman B.D." de Dargaud, propõe "Tengû carré", enquanto escreve para Christophe Blain as aventuras singulares de Hiram Lowatt e Placido em The Ogres. De seguida, descobrimos outras facetas do seu talento na colecção Aire Libre das edições Dupuis

Séries publicadas em Portugal:
Cidade dos Maus Sonhos (A)

[actualizado em 26.07.2019]

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