Um dos irmãos mais novos de Albert Uderzo, co-criador de Astérix, pertencente a uma família de emigrantes italianos, deveria suceder ao seu pai no negócio familiar de restauração de instrumentos de cordas, mas uma desavença com o progenitor, fez com que se tornasse assistente do irmão Albert, passando a tinta e colorindo as suas pranchas, primeiro na série Tanguy et Laverdure, e depois em alguns álbuns de Astérix. O último em que colaborou foi "Astérix entre os belgas", sendo de sua autoria a paródia ao quadro de Bruegel, o Velho, que surge nas páginas finais. Segundo a lenda, foi nele que Albert Uderzo se inspirou para desenhar o druida Panoramix.
Na década de 1970, Marcel Uderzo é responsável pelo desenho de diverso material publicitário e de produtos derivados de Astérix, para as edições Dargaud. Foi nesse período que adaptou em BD o filme de animação "Os doze trabalhos de Astérix" (1976), para o jornal Sud Ouest. Como a obra não teve qualquer intervenção do desenhador oficial da série, nunca foi integrada na cronologia principal, mas chegou a ser traduzida em vários países, incluindo Portugal, onde surgiu nas páginas da revista Flecha 2000.
Em 1979, quando Albert Uderzo criou o seu estúdio, após a morte de Goscinny, os dois irmãos desentenderam-se e Marcel decidiu investir numa carreira a solo.
Entre 1981 e 1986 desenhou os três volumes da série As Memórias de Matias, a partir de um argumento de Moloch, pseudónimo do escritor Michel Clatigny, o primeiro dos quais, "O tambor mágico", foi editado em português pelas Publicações Dom Quixote. Entre o humor e a aventura, num estilo semi-caricatural, são ambientados no século XVIII e têm por protagonista um caçador franco-canadiano.
- O último dos moicanos (Le Dernier des Mohicans), 2010, Marcel Uderzo e Marc Bourgne, Levoir/RTP, Colecção Clássicos da Literatura em BD #12 [2021]
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