30 de setembro de 2021

Entradas na minha biblioteca de BD no mês de Setembro de 2021

       

Álbuns

  • Clássicos Literatura em BD #10: Os Três Mosqueteiros, Levoir/RTP [2021]
  • Concerto para 8 Infantes e 1 Bastardo, A Seita [2021]
  • Francisco, Editorial Verbo [2021]
  • John Law Detective, Gradiva [2006]
  • Tango #1, Gradiva [2021]
  • Zorro #1, Edinter [1982]
  • 1984 - Novela Gráfica, Cavalo de Ferro [2021]
  • Criminal #5, G. Floy [2021]
  • Comer Beber, Companhia das Letras [2021]
  • Amélia - Uma história do Congo, Mudnag/Ego Editora [2021]
  • O combate quotidiano #1, A Seita/Arte de Autor [2021]
  • Apocalipse - A revelação de São João, A Seita [2021]
  • Umbigo do Mundo #1, A Seita [2021]
  • Long John Silver #1, Público/ASA
  • Clássicos Literatura em BD #12: O último dos moicanos, Levoir/RTP [2021]
  • Arno #2: O olho de Kéops, Edinter, 1981

Revistas

  • Tintin c'est l'aventure #9, septembre [2021]
  • dBD #7, juin 2000
  • dBD #14, mars 2002
  • dBD #157, octobre 2021

Livros

  • Edgar. P. Jacobs: Un pacte avec Blake e Mortimer, Les  Impressions Nouvelles [2021]
  • Tintin aujourd'hui, Georg Éditeur [2021]
  • Entre los bastidores de las aventuras de Tintín, Larrad Ediciones [2021]
  • Les premiers pas sur la la Lune, Moulinsart, 2019
  • Hergé - Catálogo da Exposição.; Moulinsart/Fundação Calouste Gulbenkian [2021]

Para-BD

  • Puzzle Tintin
  • Helicóptero Tintin 

Tango #2: Areia vermelha

Areia Vermelha é o título do segundo volume da série franco-belga Tango, mais uma edição da Gradiva no campo da banda desenhada.

Desta vez Mário sentira bem o golpe…

Tango visita o avô num pequeno paraíso das Caraíbas. Mas nem tudo é cor-de-rosa sob o sol.

Não há como os dias correrem tranquilos num local cobiçado por traficantes dispostos a tudo. Para onde quer que vá, a violência persegue Tango.

E, aparentemente, a coisa é de família.

Tango #2: Areia vermelha, Philippe Xavier, Matz, Gradiva, 72 pp., cor, capa dura, 16,50€

29 de setembro de 2021

Descender - Ensaio de quadriculografia portuguesa

Romance gráfico, Ficção científica
(EUA) Image Comics, 4 de Março de 2015 - 25 de Julho de 2018
Dustin Nguyen (desenho) e Jeff Lemire (argumento)

Descender foi originalmente concebida como uma série completa e finita, uma space opera épica num universo em que os andróides foram proibidos e a galáxia está dividida entre humanos e tecnologia. Mas como os seus criadores afirmaram, “Não queríamos que ela acabasse, porque fomos ficando apaixonados pelo universo de Descender. A combinação do sucesso que teve, do facto na nossa parceria ser quase perfeita e de adorarmos trabalhar um com o outro, fez surgir a ideia de terminar a série, mas de maneira a que ela pudesse ressuscitar de novo, diferente”, declarou Jeff Lemire ao Hollywood Reporter.As coisas começaram a mudar no momento em que escrevi aquele número em que o Broca cai num planeta pantanoso perdido, e de repente surge magia. E pensámos os dois, ‘isto é uma verdadeira mina de ouro, é como um universo novo inteiro à nossa disposição’, e a partir daí... tudo mudou!

Quadriculografia portuguesa:

[actualizado em 26.09.2021]

Top das vendas de BD em França de 13 a 19 de Setembro de 2021

 

1º lugar (+2)
Batman Fortnite Point Zero
Reilly Brown, Christos Gage, Donald Mustard
URBAN COMICS

2º lugar (-1)
Undertaker #6: Salvaje
Ralph Meyer, Xavier Dorison
DARGAUD

3º lugar (+1)
Tananarive
Sylvain Vallée, Mark Eacersall
GLÉNAT





Long John Silver - Volume 1: Lady Vivian Hastings

Disponível a partir de hoje em banca, o primeiro volume da colecção inédita em Portugal Long John Silver, numa edição da parceria ASA/Público

A série tem com base os acontecimentos depois do final da história A Ilha do Tesouro. O que realmente aconteceu ao pirata Long John Silver? Os autores Xavier Dorison e Mathieu Lauffray fazem questão de contar a sua história, inspirados pelas grandes narrativas de aventura e de pirataria. Simplesmente magistral!

Abandonada pelo marido, embarcado há vários anos numa expedição que partiu à descoberta do Novo Mundo, lady Vivian Hastings permaneceu nas imediações de Bristol, Inglaterra. Sozinha? Nem por isso! Consciente dos seus atributos, a Vivian não lhe faltam pretendentes… Mas tudo muda no dia em que Vivian recebe finalmente notícias do marido, lord Hastings, que terá descoberto o mítico tesouro de Huayna Capac. Para que o irmão possa ir ter com ele à América do Sul, manda despojar Vivian de todos os bens e pretende que ela ingresse num convento. Mas esta, recusando-se a fazer voto de castidade e de pobreza, decide empreender viagem para assim receber parte do tesouro. E, apesar dos avisos do Doutor Livesey, recorre a um bando de homens de índole duvidosa, cujo chefe é nada mais nada menos do que o temível Long John Silver… Vivian faz um pacto de sangue com este pirata.

Long John Silver - Volume 1: Lady Vivian Hastings, Xavier Dorison e Mathieu Lauffray, Público/ASA, 68 pp., cor, capa dura, 10,90€




28 de setembro de 2021

Apocalipse - A revelação de São João #1

A colecção Nona Literatura continua a trazer adaptações em BD de alguns dos grandes textos universais, e depois de "Drácula", temos uma adaptação absolutamente estonteante do "Apocalipse de São João" em BD.

O Apocalipse, ou Livro das Revelações, é o último e o mais visionário livro do Novo Testamento. Atribuído ao evangelista São João, este capítulo fulcral da Bíblia é adaptado à banda desenhada de forma simultaneamente rigorosa e inovadora por dois mestres dos fumetti italianos, Alfredo Castelli e Corrado Roi, não só traduzindo em imagem o texto alegórico de São João, como analisando a importância deste texto bíblico ao longo dos tempos, através da influência que o Apocalipse teve sobre personalidades tão diversas como Isaac Newton, Aleister Crowley e Jorge Luís Borges.

Uma adaptação espectacular e visionária, que encontra na arte de Corrado Roi a sua representação mais eficaz e surpreendente, e que é o segundo volume da Colecção Nona Literatura, o selo d’A Seita consagrado à adaptação de grandes textos literários à banda desenhada.

Nascido em 1947, Alfredo Castelli é um prolífico escritor, investigador, argumentista e especialista em banda desenhada. A sua estreia no género dá-se aos 19 anos, com a criação de Scheletrino, uma tira humorística publicada como suplemento da revista Diabolik. No ano seguinte, escreve e edita aquele que foi o primeiro fanzine italiano sobre BD, Comics Club 104. À sua actividade como argumentista para diversas editoras e publicações, junta também a escrita de guiões para séries televisivas da RAI e para desenhos animados.

Para a revista Il Corriere dei Ragazzi cria inúmeras histórias e personagens, como Gli Aristocratici e Allan Quatermain, que irá servir de modelo para a criação de Martin Mystère, e em que já é bem evidente o gosto de Castelli por histórias muito bem documentadas que misturam o género fantástico, e as teorias da conspiração, com a aventura e a História. Para a Bonelli, Castelli escreve argumentos para Zagor, Ken Parker e Mister No, mas é a criação em 1982 de Martin Mystère, o detective do impossível, que o tornou num dos mais importantes argumentistas italianos em actividade.

Um dos mais populares, talentosos e activos desenhadores italianos de fumetti, Corrado Roi encontrou nas aventuras de Dylan Dog o palco de eleição para o seu estilo sombrio e estilizado. A sua estreia na Bonelli faz-se em meados da década de 80 nas séries Mister No e Martin Mystère, antes de se afirmar na série Dylan Dog, de que desenhou dezenas de histórias, incluindo a história em três partes Os Inquilinos Arcanos, e Trevas Profundas, duas das suas histórias do detective do pesadelo que tiveram direito a edição nacional. Para além da sua colaboração na série Dylan Dog, que inclui as capas da colecção Grande Ristampa, Roi ilustrou também um volume anual de Tex, e diversas histórias de Nathan Never, Julia, Mágico Vento e Dampyr, para além da mini-série UT, o seu projecto mais pessoal, escrito a meias com Paola Barbato, argumentista com quem já colaborou por diversas vezes na série Dylan Dog

Apocalipse volta a reunir Roi com Castelli num volume que inclui também um prefácio inicial que dá pistas para a leitura e interpretação da obra bíblica, e um dossier final que analisa e documenta o Apocalipse do ponto de vista iconográfico, e das várias adaptações de todos os tipo de que foi alvo.

Desta obra foram produzidas duas capas alternativas, uma das quais exclusiva da Wook.

Apocalipse, Corrado Roi e Alfred Castelli, A Seita, 112 páginas, p&b (16 a cores), capa dura, 20€

Filipe Melo - Ensaio de quadriculografia

Argumentista
(Portugal) Lisboa, 13 de Novembro de 1977

Filipe Melo é músico, realizador de cinema e autor de banda desenhada. Desenvolveu desde cedo uma paixão pelo piano e pela improvisação. Estudou no Hot Clube de Portugal e, mais tarde, no Berklee College of Music, em Boston. Depois de muitos anos como pianista, tornou-se também compositor e orquestrador. Actualmente, ensina na Escola Superior de Música, em Lisboa. Na área do cinema, foi o criador de vários projectos de culto: I’ll See You in My Dreams, curta-metragem vencedora do Fantasporto, Um Mundo Catita e Sleepwalk, curta vencedora do Prémio Sophia da Academia Portuguesa de Cinema.

Nos EUA, escreve para a lendária antologia Dark Horse Presents, ao lado de nomes como Frank Miller e Mike Mignola. Em 2019, recebeu o troféu de honra do festival Amadora BD.

Colabora com Juan Cavia há mais de uma década, e a dupla tem já vários livros publicados, em Portugal e no estrangeiro.

Séries publicadas em Portugal:
Dog Mendoça e Pizzaboy

One-shots publicados em Portugal:

  • Os vampiros, Cavia e Filipe Melo, Edições Tinta da China [2016]; Companhia das Letras Portugal [2021]
  • Comer beber, Cavia e Filipe Melo, Edições Tinta da China [2017]; Companhia das Letras Portugal [2021]
  • Balada para Sophie, Cavia e Filipe Melo, Edições Tinta da China [2020]; Companhia das Letras Portugal [2021]

[actualizado em 26.09.2021]

Clássicos da Literatura em BD #12: O último dos moicanos

Disponível, a partir de hoje, com a edição da Levoir e da RTP O Último dos Moicanos, na colecção Clássicos da Literatura em BD.

Romance considerado a obra máxima do escritor norte-americano James Fenimore Cooper é um misto de aventura, poesia, violência, imaginação e história, que permitiu que Cooper ganhasse fama internacional.

Com tradução em várias línguas, o romance influenciou fortemente a literatura do século XIX, tornando-se um clássico da literatura mundial.

O Último dos Moicanos destaca-se pelo seu conteúdo histórico, ajudando a perceber a colonização norte-americana. Tem uma caracterização minuciosa de personagens e lugares, misturando ficção e realidade. De uma forma subtil, o autor introduz o leitor no mundo vivido pelos homens das fronteiras e no conflito destes com os índios e franceses. Como se não bastasse, há ainda a luta pelo poder e pela sobrevivência.

A narrativa passa-se no verão de 1857 e relata a histórias das filhas do coronel Munro, Alice e Cora, que tentam juntar-se ao seu pai no forte William-Henry.

Olhos-de-Águia, um caçador branco criado pelos índios, vela pelo grupo, mas um traidor esconde-se entre eles…

O texto pedagógico do dossier deste volume tem a participação de Agrippine Virgoulon.

Clássicos da Literatura em BD #12: O último dos moicanos, Marc Bourgne e Marcel Uderzo, Levoir/RTP, 64 pp., cor, capa dura, 10,90€

27 de setembro de 2021

Programação do AmadoraBD 2021

A organização do Festival Internacional de Banda Desenhada - Amadora BD apresentou a sua programação ao nível das exposições e workshops que estarão patentes no certame, naquela que será a 32ª edição e que decorre entre os dias 21 de Outubro e 1 de Novembro.

Para além disso, revelou que a edição deste ano será marcada por uma forte aposta em exposições com uma base curatorial, uma área comercial consolidada e especializada, sessões de autógrafos, lançamentos de livros, encontros com autores nacionais e internacionais e uma programação paralela de oficinas e ateliers temáticos.

A principal novidade, para já, é que o evento mudará de lugar, conforme já aqui foi revelado. Em vez de ocorrer no Fórum Camões, como já era tradição nos últimos anos, o Amadora BD contará com um espaço renovado, com um núcleo central no Ski Skate Amadora Park, e dois núcleos paralelos, na Bedeteca da Cidade e na Galeria Municipal Artur Bual.

EXPOSIÇÕES

NÚCLEO CENTRAL | SKI SKATE AMADORA PARK

80 Anos de Diana, a Mulher-Maravilha: Guerreira e Pacifista

Oito décadas depois da sua criação pela imaginação do psicólogo norte-americano, William Moulton Marston, a Princesa Diana da Ilha de Themyscira, mais conhecida como Mulher-Maravilha, continua tão ou mais relevante do era quando apareceu, em 1941, durante a Segunda Guerra Mundial. Desde cedo, o aspeto conflitante e paradoxal da sua origem tornou-se numa marca indelével de difícil escrutínio. Diana (uma das maiores guerreiras do universo fictício da DC Comics) era uma Amazona incumbida, pelos deuses da mitologia grega e pelas suas irmãs, de trazer a paz e fraternidade ao Mundo Patriarcal e de defender os princípios democráticos e pacifistas da cultura helenística e da sociedade feminista da sua terra-natal. Esta natureza dicotómica, que serviu de inspiração a muitos artistas de banda desenhada para explorar a sua personalidade ambivalente e determinação na sua missão utópica, foi essencial para preservar a personagem ao longo de oito décadas. Graças à matriz criada por Marston, vários autores foram (com diferentes graus de sucesso e respeito pela matriz) adicionando camadas à mitologia e à personalidade de Diana. O que era uma estranha mistura de Guerra e de Paz, transformou a Mulher-Maravilha num dos mais poderosos arquétipos do Universo DC, ao lado do SuperHomem e do Batman, perfazendo a Santíssima Trindade da editora de BD dos EUA. A acompanhar esta exposição retrospectiva, marcam presença no Amadora BD 2021 alguns dos mais conceituados ilustradores da DC Comics que se destacam pelo trabalho desenvolvido com a personagem: o catalão Álvaro Martínez Bueno e os portugueses Miguel Mendonça e Daniel Henriques.

75 Anos de Lucky Luke. Os Herdeiros de Morris

No ano em que comemora o seu 75º aniversário, o cowboy mais popular da história da banda desenhada regressa ao Amadora BD com uma exposição que homenageia os autores que tiveram a “ingrata” missão de suceder ao criador do personagem. Após o falecimento de Morris em 2001, Achdé deu continuidade ao desenho da série clássica e outros criadores (como Matthieu Bonhomme, Bouzard e Mawil) desenvolveram abordagens mais pessoais do cowboy que dispara mais rápido do que a sua própria sombra. São estas diferentes visões do icónico personagem que irão estar em destaque nesta exposição que trás ao Amadora BD 2021 Achdé e Mawil.


A História do Mangá

Originalmente Japonês, o termo “mangá ” refere-se a todo o universo da banda desenhada. No entanto, no Ocidente, a designação é utilizada para identificar uma categoria de banda desenhada de características muito próprias: a banda desenhada criada ao estilo japonês. De facto, as primeiras histórias desenhadas em sequência foram criadas no Japão, no século VIII, utilizando rolos de pintura que se iam desenrolando para contar histórias com textos e imagens. Mais tarde, ainda no Japão mas já no século XVIII, a essência da Banda Desenhada ganha forma com o aparecimento dos kibyoshis (livros ilustrados – com o tradicional estilo de pintura e estamparia japoneses – com narrativas cómicas / satíricas ou românticas que misturavam-se desenhos em sequência com palavras para contar histórias). Em meados do século XIX, Charles Wirgman (inglês residente no Japão), cria o jornal satírico The Japan Punch e introduz pela primeira vez balões de fala nas suas histórias em sequência. Influenciados pelas publicações do The Japan Punch, dois artistas japoneses (Kanagaki Robun e Kawanabe Kyosai) criam a primeira revista de mangá em 1874: a Eshinbun Nipponchi. A partir desta data, a presença de artistas europeus no Japão (e a consequente difusão da banda desenhada de origem europeia e estadunidense) contribuiu decisivamente para a formação de uma série de autores nipónicos e “nasce” a banda desenhada japonesa, criada na tradição ocidental, mas sem esquecer as suas características tradicionais: o ocidental e tradicionalmente denominado, “mangá”.


Michel Vaillant: o (próximo) desafio

Michel Vaillant é, desde 1957, um nome incontornável no universo da banda desenhada europeia e no mundo do automobilismo. O seu criador, Jean Graton, concebeu um universo verosímil em torno de uma grande família de construtores automóveis, de que Michel é o seu mais destacado elemento, por ser também o principal piloto da escuderia com o mesmo nome. Por isso, o percurso de Michel Vaillant e de Jean Graton confundem-se e são, muito justamente, inseparáveis. Mas Michel Vaillant é também motivo de grande interesse dos seus novos autores, como Benjamin Beneteau e Marc Bourgne, que este ano marcam presença no Amadora BD. A presente exposição dá-nos ainda a conhecer as particularidades que justificam a designação, por Miguel Gusmão, do “aportuguesamento” da série durante algum tempo no Estado Novo (de que Major Alvega é o exemplo mais paradigmático). As aventuras de Michel Vaillant passadas no nosso país, como Rally em Portugal, O Homem de Lisboa ou Encontro em Macau (território chinês então sob administração portuguesa), bem como as publicações e as editoras que deram à estampa as suas aventuras (Editorial Ibis, Livraria Bertrand, Distri Editora, Meribérica-Liber, AutoSport e Edições ASA) fazem parte desta exposição que marca o regresso do Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora ao modo presencial.

Corvo V: Inimigos Íntimos

Luis Louro – vencedor do Prémio de Melhor Obra de BD de Autor Português, na edição de 2020 do Prémios de Banda Desenhada da Amadora – apresenta-nos nesta exposição o quinto volume das aventuras do seu mais icónico personagem, criado em 1994: o Corvo. O Corvo V – Inimigos Íntimos é uma viagem (intensa e surpreendente) pela (sub)consciência de Vicente e que nos conta como personagens e traumas do passado fizeram nascer o herói mais inconsciente de todos os tempos. (Quase) sempre com a noite da sua Lisboa como cenário, o Corvo combate os seus temíveis inimigos alados e os malfeitores mais inesperados. Será Vicente capaz de encontrar ajuda para enfrentar os seus próprios demónios? Conseguirá ele escapar à tentação? Vamos finalmente descobrir o segredo das chamuças do Corvo?

Verões Felizes

Todos os anos o mesmo ritual: Pierre (o pai), a sua esposa e as 4 crianças põem-se a caminho do sul… para um verão feliz. Durante este mês, é para esquecer o quotidiano, no entanto, o casal passa por uma crise conjugal e a doença da tia Lili também não ajuda… Momentos preciosos que tornam a vida desta família mais bonita. Rumo ao sul!

André Diniz e Marcello Quintanilha: visões brasileiras


Exposição retrospectiva do autor e ilustrador brasileiro, André Diniz (Rio de Janeiro, 1975), e do autor Marcello Quintanilha (Niterói, 1971). Argumentista e desenhador de Banda Desenhada e autor e ilustrador de livros infanto-juvenis, André Diniz já viu o seu trabalho ser alvo de mais de uma dezena de prémios, de entre os quais se destaca o de Melhor Argumentista, Melhor Graphic Novel, Melhor Edição de Quadrinhos, Melhor Site de Quadradinhos, entre outros. Em 2012, conquistou o conceituado prémio HQ MIX, na categoria Melhor Roteirista Nacional, com o álbum Morro da Favela, editado em Portugal pela Polvo, em 2013. Nesse mesmo ano e em exclusivo para Portugal, editou (também pela Polvo), Duas Luas, com desenhos de Pablo Mayer. Marcello Quintanilha é um autodidata, que se tornou autor de banda desenhada ainda adolescente, nos anos 80, ao desenhar personagens e pequenas histórias de terror e de artes marciais para a editora Bloch. Nos anos 1990, passou a publicar as suas BD em revistas como a General, General Visão, Nervos de Aço, Metal Pesado, Zé Pereira e a Heavy Metal. Em 1991, foi premiado no Salão do Humor de Ribeirão Preto. Ainda nesse ano foi premiado na 1ª Bienal de Quadrinhos do Rio de Janeiro. E voltou a ser premiado na segunda edição da Bienal, em 1993. Em 1999, pela editora Conrad, lançou o seu primeiro livro de BD: Fealdade de Fabiano Gorila

Hoje não, de Ana Margarida Matos

Vencedor do concurso Toma Lá 500 Paus e Faz Uma BD (2021) promovido pela Associação Chili Com Carne, “Hoje Não” é um projeto autobiográfico que acompanha o registo diário desde o dia 16 de Janeiro de 2021 até ao dia 26 de Junho de 2021. Com o aumento dos números e um novo confinamento a chegar, o livro começa com a premissa de não se voltar a perder a noção do tempo, documentando tudo e qualquer coisa que aconteça no dia e resumindo o mais importante em apenas cinco linhas. Cada página corresponde a um dia onde se capturam os limites da identidade pessoal num momento tão atípico na história da nossa existência, através das rotinas diárias, das recorrentes crises existenciais, do que se vê passar-se na sociedade, e de tudo aquilo que torna uma pessoa quem é. A realidade que conhecíamos era apenas uma ilusão, muito persistente. Entretanto, existimos.

Drácula de Bram Stoker, de Georges Bess

Veterano desenhador francês, conhecido sobretudo em Portugal pelas suas colaborações com Jodorowsky, Georges Bess atira-se à espinhosa missão de dar a sua visão em Banda Desenhada de um clássico da literatura que já tinha sido objecto das mais diversas interpretações, o Drácula de Bram Stoker. Recorrendo a um notável jogo de sombras e a uma assombrosa técnica de preto e branco, Bess cria uma versão que é simultaneamente extremamente fiel ao texto original e profundamente pessoal. Uma adaptação singular que transcende o Drácula de Stoker, transformando-o no Drácula de Georges Bess.







Comic Heart. Uma coletiva de autores portugueses.

O selo editorial Comic Heart nasceu do encontro de duas visões que criaram esta que é uma das marcas mais vitais da BD nacional. Bruno Caetano, editor de fanzines e comics, e com anos de experiência e trabalho com os maiores nomes da BD portuguesa (na sua actividade na área da animação) e José de Freitas, um dos mais experientes editores do mercado nacional da BD, que juntaram forças em 2017. Projecto generalista, capaz de editar primeiras obras ou livros de autores consagrados, obras comerciais ou mais alternativas, a Comic Heart já venceu cinco Prémios PNBD e cinco Galardões Comicon.

GALERIA MUNICIPAL ARTUR BUAL

O bom filho à casa torna. Retrospetiva de Jorge Miguel.

Nascido na Amadora, Jorge Miguel construiu a sua carreira na banda desenhada e ilustração. Desde 2012 – fruto da sua colaboração com a editora Humanöides Associés – o trabalho do desenhador é mais conhecido em França e nos E.U.A. do que no seu próprio país pelo que esta primeira exposição retrospectiva, na terra que o viu nascer, vem corrigir essa lacuna. Apresentar as diferentes facetas do trabalho de Jorge Miguel em artes gráficas, banda desenhada, ilustração e pintura é o objectivo desta mostra bem representativa da quantidade e qualidade da obra de Jorge Miguel. Na exposição, destaque para os seus dois últimos trabalhos para o mercado francês: Shanghai Dream (editado em Portugal em 2020) e Sapiens Imperium (a lançar no decorrer do Festival).

Marcello Quintanilha: Chão de Estrelas.

Marcello Quintanilha nasceu no Rio de Janeiro (Brasil) e iniciou a sua carreira em 1988 assinando, desde então, bandas desenhadas em publicações como O Estado de São Paulo, Le Monde, Heavy Metal, Internazionale, entre outras. Director de animação, colabora regularmente como ilustrador em jornais e revistas (como La Vanguardia, El País ou Playboy) e assina igualmente desenhos da série Sept Balles pour Oxford. É autor dos álbuns Fealdade de Fabiano Gorila, Tungstênio (obra também adaptada ao cinema), Talco de Vidro, O ateneu, Hinário Nacional, Luzes de Niterói, Folia de Reis lançados em Portugal pela editora Polvo Em 2021 lança Escuta, Formosa Márcia (Polvo Editora) e marcará também presença na atual edição do Festival Amadora BD.

BEDETECA DA AMADORA | BIBLIOTECA MUNICIPAL FERNANDO PITEIRA SANTOS

Desvio, de Bernardo P. Carvalho e Ana Pessoa

Obra vencedora do Prémio para Melhor Ilustrador Português, da edição de 2020 dos Prémios de Banda Desenhada da Amadora, promovidos pelo Amadora BD.

É verão. Os pais foram de férias e os seus amigos também… A namorada pediu-lhe um tempo e Miguel tem a casa só para si. Vê televisão, joga computador, lê o livro de código e o mundo parece suspenso no meio do calor. “Tudo o que quero é que nada aconteça. Que tudo permaneça como está. O planeta muito quieto. Com a sua lei da gravidade, as suas regras de trânsito.” Onde irá dar este desvio?

SINOPSES | WORKSHOPS

- Workshop de Papier Mâché, pela artista plástica Ana Sofia Gonçalves

Neste workshop, vamos criar uma forma em três dimensões através da técnica de papier mâché, com jornal e fita cola. Um workshop para dar uso à imaginação e descobrir uma técnica diferente de construção e modelação de volumes tridimensionais.

- Workshop de Ilustração 3D, pela artista plástica Ana Sofia Gonçalves.

Este workshop procura simular a tridimensionalidade através da ilustração e de técnicas de ilusão de ótica, com recurso a colagens de materiais e suportes diversificados.

- Workshop “O teu fanzine”, pela ilustradora Patrícia Guimarães 

O fanzine, enquanto publicação não profissional, (livre de restrições criativas ou editoriais), foi sempre objecto de experimentação. Um veículo para abordar vários temas, comunicar ideias, contar histórias, resultando em exemplares muito diferentes e inventivos. Nesta oficina vamos criar um fanzine e explorar um pouco essa liberdade criativa quer em termos de formato, quer em termos de conteúdo.

- Workshop “Que Monstro é esse?”, pela ilustradora Patrícia Guimarães

A Banda Desenhada é a arte de contar histórias através da imagem e da palavra. Na véspera do “Dia das Bruxas / Halloween” vamos descobrir a vida secreta das figuras fantásticas que assombram o nosso imaginário. Como será a bruxa quando ninguém a está a ver? Será que gosta de ouvir heavy metal ou bossa nova? E o zombie? Será que passa os dias sem fazer nada, ou entretém-se a jardinar? Vamos imaginar um outro lado destes monstros? Partindo de um conjunto de personagens e objectos, vamos dar asas à imaginação e criar a nossa banda desenhada!

- Workshop I – MANGÁ: uma introdução à banda desenhada japonesa, pela ilustradora Daniela Viçoso

A banda desenhada japonesa (ou mangá) tem vindo a ficar cada vez mais conhecida fora do Japão, e aqui não é exceção. A BD japonesa corresponde a um mercado variadissimo e contém em si múltiplos estilos, públicos alvo, linguagens visuais e narrativas. Neste workshop será dada uma pequena introdução à mesma, passando pela sua história e culminando num exercício prático.

- Workshop II – O festival dos youkai, pela ilustradora Daniela Viçoso

Youkai são criaturas sobrenaturais do folclore japonês, semelhantes a espíritos, fantasmas, monstrinhos e demónios. Tomam muitas formas e assumem muitas caras, sendo alguns muito assustadores! Neste workshop vamos aprender um pouco sobre alguns youkai mais famosos e aprender a desenhá-los.

- Oficina It’s a Book" ABC de Máscaras", pela ilustradora Carolina Celas 

Assustadoras, Brilhantes, Caricatas, Descomunais, Enfadonhas, Felizes, Grandes, Hipnóticas, Improváveis, Janotas, Lingrinhas, Monstruosas, Narigudas, Obscuras, Populares, Queridas, Radiantes, Sábias, Tradicionais, Únicas, Versáteis, Xistosas, Zelosas Assim é o ABC das máscaras e assim vamos criar máscaras nesta oficina, através de recortes coloridos e geométricos.

Juan Cavia - Ensaio de quadriculografia portuguesa

Desenhador
(Argentina) Buenos Aires, 14 de Janeiro de 1984

Juan Cavia trabalha como director de arte e ilustrador desde 2004. Estudou cinema e, em paralelo, desenvolveu conhecimentos de ilustração e pintura, disciplinas que treinou desde tenra idade com o seu mentor, o ilustrador argentino Carlos Pedrazzini. Aos 21 anos iniciou uma carreira como director de arte. Desde então, fez publicidade, TV, videoclipes, teatro e nove longas-metragens, entre as quais se destaca O Segredo dos Seus Olhos, de J. Campanella (vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, em 2010). Colabora com Filipe Melo há mais de uma década, e a dupla tem já vários livros publicados, em Portugal e no estrangeiro.

Séries publicadas em Portugal:
Dog Mendoça e Pizzaboy

One-shots publicados em Portugal:

  • Os vampiros, Cavia e Filipe Melo, Edições Tinta da China [2016]; Companhia das Letras Portugal [2021]
  • Comer beber, Cavia e Filipe Melo, Edições Tinta da China [2017]; Companhia das Letras Portugal [2021]
  • Balada para Sophie, Cavia e Filipe Melo, Edições Tinta da China [2020]; Companhia das Letras Portugal [2021]

[actualizado em 26.09.2021]

26 de setembro de 2021

Marcel Uderzo - Ensaio de quadriculografia portuguesa

Desenhador, argumentista
(França) Clichy-sous-Bois, 23 de Dezembro de 1933 - 24 de Janeiro de 2021

Um dos irmãos mais novos de Albert Uderzo, co-criador de Astérix, pertencente a uma família de emigrantes italianos, deveria suceder ao seu pai no negócio familiar de restauração de instrumentos de cordas, mas uma desavença com o progenitor, fez com que se tornasse assistente do irmão Albert, passando a tinta e colorindo as suas pranchas, primeiro na série Tanguy et Laverdure, e depois em alguns álbuns de Astérix. O último em que colaborou foi "Astérix entre os belgas", sendo de sua autoria a paródia ao quadro de Bruegel, o Velho, que surge nas páginas finais. Segundo a lenda, foi nele que Albert Uderzo se inspirou para desenhar o druida Panoramix.

Na década de 1970, Marcel Uderzo é responsável pelo desenho de diverso material publicitário e de produtos derivados de Astérix, para as edições Dargaud. Foi nesse período que adaptou em BD o filme de animação "Os doze trabalhos de Astérix" (1976), para o jornal Sud Ouest. Como a obra não teve qualquer intervenção do desenhador oficial da série, nunca foi integrada na cronologia principal, mas chegou a ser traduzida em vários países, incluindo Portugal, onde surgiu nas páginas da revista Flecha 2000.

Em 1979, quando Albert Uderzo criou o seu estúdio, após a morte de Goscinny, os dois irmãos desentenderam-se e Marcel decidiu investir numa carreira a solo.

Entre 1981 e 1986 desenhou os três volumes da série As Memórias de Matias, a partir de um argumento de Moloch, pseudónimo do escritor Michel Clatigny, o primeiro dos quais, "O tambor mágico", foi editado em português pelas Publicações Dom Quixote. Entre o humor e a aventura, num estilo semi-caricatural, são ambientados no século XVIII e têm por protagonista um caçador franco-canadiano.

Séries publicadas em Portugal:

One-shots publicados em Portugal:
  • O último dos moicanos (Le Dernier des Mohicans), 2010, Marcel Uderzo e Marc Bourgne, Levoir/RTP, Colecção Clássicos da Literatura em BD #12 [2021]
[actualizado em 25.09.2021]

25 de setembro de 2021

Ensaio de quadriculografia de "O Mosquito" (1ª série)


Ficha técnica:

Datas de publicação: #1 (14 de Janeiro de 1936) a #1412 (24 de Fevereiro de 1953)
Dimensões aproximadas:
Fase 1: [#1-#331] => [215*295 mm]
Fase 2: [#332-#690] => [150*215 mm]
Fase 3: [#691-#1200] => [215*295 mm]
Fase 4: [#1201-#1385] => [150*215 mm]
Fase 5: [#1386-#1412] => [215*295 mm]
Cor: P/B, 2 cores (fases 1 a 3). 4 cores, 2 cores, P/B (fase 3). P/B (fase 4).
Periodicidade: Semanal
Director: António Cardoso Lopes e Artur Correia
Propriedade: Edições O Mosquito, Lda. 

Séries publicadas:

Belinda Blue Eyes, Bob Mallard, Buck Ryan, Capitão Meia-Noite, Cavaleiro Braço de Ferro (O), Cuto, Dinamite, Falcão Negro, Fred Bartholomew (Fred, o Vagabundo), Garth, Hélio Nike, Jack Tim, Jed Cooper American Scout, Jovens Heróis, Lesley Shane, Lynx, Little Annie Rooney, Mick Mock e Muck, Pepe Carter & Coco, Príncipe Valente, Rex Morgan, Rob the Rover, Sam Billie Bill, Serafim & Malacueco, Steam Man (The), Strongheart (Bob, o cão), Swift Shaw (James Donald), Ted Kirk, Terry e os Piratas, Texas Kid, Tim McCoy, Tommy o Rapaz do Circo, Top, Valentim (As aventuras de)

One-shots publicados:
















Exposição Hergé na Gulbenkian

Pela primeira vez, Portugal vai receber uma grande retrospectiva sobre Georges Remi, o artista conhecido como Hergé, que é mais conhecido por ser o autor da banda desenhada de “Tintin”. A exposição vai ser inaugurada a 1 de Outubro no Museu Calouste Gulbenkian, em Lisboa, e por lá fica até 10 de Janeiro de 2022.

A mostra é organizada em colaboração com o Museu Hergé de Louvain-la-Neuve e reúne uma seleção de documentos, desenhos originais e várias obras, que podem ir da BD à publicidade, passando pelo desenho de moda, artes plásticas ou trabalhos para a imprensa.

O que torna a arte de Hergé única e a distingue da de muitos outros autores de banda desenhada é a sua extraordinária capacidade de representar a realidade por um lado, de uma forma inventiva, mas por outro, tão familiar que o leitor pode facilmente projetar-se neste universo criado a partir do zero. Com linhas simples de uma impressionante precisão, sob o estandarte da inimitável ‘linha clara’, Hergé dá origem a personagens emblemáticas que encarnam os grandes valores da sociedade”, descreve a Gulbenkian sobre o foco da exposição.

Vai poder ser visitada segunda-feira, quarta-feira, quinta-feira, sábado e domingo, das 10 às 18 horas. À sexta o museu fica aberto até mais tarde, por volta das 21 horas, e à terça-feira encerra mesmo. Os bilhetes vão custar 5€, sendo que os portadores de cartão de estudante terão entrada gratuita às sextas-feiras, entre as 18 e as 21 horas. No site oficial de “Tintin”, é relatada a história da ligação da saga a Portugal.

23 de setembro de 2021

Os Crimes do ABC, um dos grandes clássicos de Agatha Christie, em BD

Um dos grandes clássicos de Agatha Christie, um romance sombrio e maquiavélico, adaptado pela primeira vez para banda desenhada.

Uma corrida contra o tempo e um guia de transportes como única pista. Aqui encontramos Hercule Poirot às voltas com um adversário desconcertante, que o avisados seus crimes e o desafia a detê-lo. Um desafio considerável para quem afirma ser o maior detective do mundo. Enquanto toda a Inglaterra observa com paixão e suspicácia, será Hercule Poirot capaz de pôr fim a esta série de assassinatos por ordem alfabética?

Os crimes do ABC, Frédéric Brémaud e Alberto Zanon, Arte de Autor, 64 pp., cor, capa dura, 16,50€

Long John Silver - Uma nova colecção Público/ASA

A colecção escolhida para esta nova edição da parceria entre o jornal Público e a editora ASA é a série Long Jonh Silver, quatro tomos editados em França entre 2007 e 2013. 

Se todos conhecemos a Ilha do Tesouro, quem realmente sabe o que aconteceu com o pirata Long John Silver? Xavier Dorison e Mathieu Lauffray decidiram simplesmente contar a sua história, alimentada por contos de grandes aventuras e pirataria. Abandonada pelo seu marido ter ido descobrir o Novo Mundo, Lady Vivian Hastings permaneceu em Bristol, na Inglaterra. Solteira? Não exactamente: Vivian, ciente de seu charme, não tem falta de cortesãos. Contudo, não conhecem a sua preocupante situação financeira: arruinada, embora ainda proprietária da sua habitação e, acima de tudo, grávida ... Tudo muda no dia em que Vivian finalmente recebe notícias do seu marido, que lhe pede para se juntar a ele na América do Sul, onde Lord Hastings estava prestes a descobrir o tesouro mítico de Guayanacapac! Encurralada, Lady Hastings decide partir e apela, apesar das advertências do Doutor Livesey, a um bando de homens sem fé nem lei, cujo líder não é outro senão o temido Long John Silver. Vivian faz um pacto de sangue com este pirata que se oferece para levá-la ao Novo Mundo em troca de parte do tesouro. A viagem acontecerá por países mais remotos, ao longo da Amazônia, em plena floresta.

Esta fantástica história sobre Long John Silver terá uma colecção inédita em Portugal, apresentada em quatro volumes de capa dura, com o preço de € 10,90 cada, quinzenalmente nas bancas, todas as quartas-feiras, a partir de 29 de Setembro. 

Os títulos da colecção são os seguintes:

1- Lady Vivian Hastings

2- Neptuno

3- O labirinto de Esmeralda

4- Huyana Capac


22 de setembro de 2021

Top das vendas de BD em França de 6 a 12 de Setembro de 2021

  

1º lugar (=)
Undertaker #6: Salvaje
Ralph Meyer, Xavier Dorison
DARGAUD

2º lugar (=)
Corto Maltese HS1: Océan noir
Bastien Vivès, Martin Quenehen
CASTERMAN

3º lugar (+1)
Batman Fortnite Point zero
Reilly Brown, Christos Gage, Donald Mustard
URBAN COMICS

Festival AmadoraBD 2021

Exposições sobre as personagens Mulher-Maravilha e Lucky Luke, uma história da BD japonesa e alguma da recente banda desenhada portuguesa compõem a programação do festival AmadoraBD, a partir de 21 de Outubro, revelou hoje a organização.

Este ano, o festival volta a ser presencial, com a novidade de que o núcleo central passa do Fórum Luís Camões para o Ski Skate Amadora Park, contando ainda com a Bedeteca da Amadora e a Galeria Municipal Artur Boal como espaços complementares.

Segundo a organização, o festival este ano contará com pelo menos nove exposições, nomeadamente uma retrospectiva dedicada à Mulher-Maravilha, personagem do universo da DC Comics criada há 80 anos, e outra que celebrará os 75 anos da criação de Lucky Luke, o 'cowboy' solitário da BD franco-belga, criado por Morris em 1946.

A propósito destas duas exposições, pelo AmadoraBD vão passar os autores portugueses Miguel Mendonça e Daniel Henriques e o catalão Álvaro Martínez Bueno, que trabalham na DC Comics, e também estarão presentes Aché e Mawil, dois dos autores que deram continuidade às histórias de Lucky Luke depois da morte de Morris.

Da programação hoje anunciada, está prevista também uma exposição sobre a banda desenhada japonesa, também designada mangá, e que recuará até ao século VIII.

Haverá ainda retrospectivas dedicadas ao autor brasileiro Marcelo Quintanilha e ao português Jorge Miguel, que tem construído carreira sobretudo no mercado internacional, e uma mostra sobre a personagem Michel Vaillant, cujo autor, Jean Graton, morreu em Janeiro deste ano.

Dois dos autores premiados em 2020 no festival - Luís Louro e Bernardo P. Carvalho -, assim como Georges Bess, que adaptou para BD a obra "Drácula", de Bram Stoker, também terão exposições e participarão no festival.

Há outros convidados anunciados para o AmadoraBD, nomeadamente Guarnido e Alain Ayroles - que criaram o livro "O burlão das Índias" - ou Frank Pé, autor da nova adaptação de banda desenhada da personagem Marsupilami.

O festival voltará a ter prémios para a melhor produção de BD ao longo do último ano e, pela primeira vez, atribuirá um prémio monetário de 5.000 euros à melhor obra de banda desenhada de um autor português.

O festival AmadoraBD decorrerá até 01 de Novembro.

in Lusa


21 de setembro de 2021

Manu Larcenet - Ensaio de quadriculografia portuguesa

Argumentista, Desenhador
(França) Issy-les-Moulineaux, 6 de Maio de 1959

Nascido em 1969, Emmanuel "Manu" Larcenet estuda artes gráficas no liceu em Sèvres, frequentando depois um curso de Artes aplicadas, numa Escola de Arte. Vocalista de uma banda Punk na adolescência, pública as suas primeiras ilustrações e bandas desenhadas em fanzines de música. Em 1994 inicia a sua carreira profissional na BD com uma colaboração regular com a revista Fluide Glacial. A par com a sua produção para a Fluide Glacial, Larcenet colabora também com a revista Spirou, onde assina a série Pedro le Coati, com desenhos de Michel Gaudelette.

Em 2000, Manu é convidado pelo editor Guy Vidal para integrar o selo Poisson Pilote, da Dargaud, onde se junta a Joann Sfar e a Lewis Trondheim, para quem desenha a série Les Cosmonautes du Futur, e ao seu irmão Patrice, com quem faz as séries Les Entremondes e Une aventure rocambolesque de... Com Sfar e Trondheim, Larcenet colabora também na série Donjon, para a editora Delcourt, ilustrando cinco álbuns para o ciclo Donjon Parade.

Depois do Combate Quotidiano, e na sequência da sua mudança para o campo, Larcenet tem alternado projetos mais pessoais, publicados pela sua editora Les Rêveurs, com obras de maior fôlego, para a Dargaud, como o tour de force gráfico e narrativo que é a série Blast, ou a magnífica e perturbadora adaptação do romance de Philippe ClaudelLe Rapport de Brodeck.

Séries publicadas em Portugal:
Combate quotidiano (O), Cosmonautas do Futuro (Os)

actualizado em 21.09.2021

18 de setembro de 2021

My Hero Academia #11: O fim do princípio, o princípio do fim

Neste novo volume, o rapto de Bakugou é cuidadosamente calculado pela Liga dos Vilões, para atrair os heróis – All Might em particular – e destruí-los. O cérebro da trama é All for One, o único suficientemente poderoso para enfrentar All Might e possivelmente vencê-lo!

My Hero Academia #11: O fim do princípio, o princípio do fim, Kohei Horikoshi, 192 pp., p&b, capa flexivel, 9,99€

Kenshin, o Samurai Errante #16: A providência

Mais um volume desta série de mangá, onde a família de Soujirou foi castigada quando este se aliou a Shishio Makoto. Kenshin protege os desamparados acima de tudo, mas numa luta de forças tão desequilibrada, chegará a tempo de socorrer os injustiçados?

Kenshin, o Samurai Errante #16: A providência, Nobuhiro Watsuki, Devir, 192 pp., p&b, capa flexível, 9,99€

17 de setembro de 2021

Demon Slayer #4: A lâmina mais poderosa

O quarto volume desta série já se encontra disponível nas livrarias. 

Neste tomo, depois da batalha feroz com um demónio, dentro de quartos em constante mudança, Tanjirou tenta descobrir quem é o espadachim com a máscara de cabeça de javali e o que pretende ele.

Demon Slayer #4: A lâmina mais poderosa, Koyoharu Gotouge, Devir, 192 pp., p&b, capa flexível, 9,99€




16 de setembro de 2021

Ana dos cabelos ruivos - Novela Gráfica

Chegou às livrarias a adaptação a novela gráfica do clássico Ana dos Cabelos Ruivos, da escritora canadiana L.M. Montgomery, publicado originalmente em 1908. A presente adaptação mantém-se fiel ao espírito da obra, que foi pensada e escrita para todas as idades.

O clássico de Lucy Maud Montgomery encontra uma nova expressão nesta novela gráfica a cores, muito apelativa para as novas gerações de leitores.

Quando Matthew e Marilla Cuthbert decidem adotar um órfão para os ajudar na sua quinta, não fazem ideia das boas surpresas e inesperados problemas que os aguardam. Com cabelos ruivos e uma imaginação imparável, Ana Shirley, de 11 anos, vai agitar a quinta Green Gables. A vida dos dois irmãos nunca mais será a mesma, nem a dos habitantes da pequena vila de Avonlea. Ninguém esquecerá a magia e a beleza de Green Gables, e muito menos esta personagem alegre, corajosa, inteligente e bondosa.

 «Uma adaptação encantadora e feliz deste clássico tão apreciado.»

— Kirkus Review

«Os recém-chegados ao universo de Ana e os fãs devotos vão devorar esta vibrante adaptação.»

— Publishers Weekly

Uma edição que torna acessível o clássico de Lucy Maud Montgomery, com beleza e um estilo moderno, e ao mesmo tempo fiel à época em que se desenrola a história. Narrativa cheia de pureza e valores universais e que promove a coragem, a bondade, a alegria, a superação e a resiliência

Ana dos Cabelos Ruivos, Mariah Marsden e Brenna Thummler, Fábula, 232 pp. cor, capa dura

15 de setembro de 2021

Top das vendas de BD em França de 30 de Agosto a 5 de Setembro

 

1º lugar (=)
Undertaker #6: Salvaje
Ralph Meyer, Xavier Dorison
DARGAUD

2º lugar (novo)
Corto Maltese HS1: Océan noir
Bastien Vivès, Martin Quenehen
CASTERMAN

3º lugar (-1)
Game Over #20: Deep Impact
Midam, Adam, Patelin
DUPUIS

Criminal: Livro Cinco - Um Verão Cruel

Os vencedores do prémio Eisner para Melhor Novela Gráfica de 2019 regressam com aquele que pode vir a ser o volume final da CRIMINAL, a partir de hoje em banca.

Este é também, o livro mais ambicioso de toda a saga até à data, com pais e filhos, amor, ódio, crime e... homicídio.

No Verão de 1988, Teeg Lawless regressa a casa para começar a planear o maior assalto da sua carreira. Mas o filho de Teeg e os seus amigos estão também a aventurar-se no mesmo percurso negro e desastroso que os seus pais estão a trilhar, e este Verão irá transformar-se no pior de todas as suas vidas.

Este volume de CRIMINAL é mais uma banda desenhada actual, um conto de tragédias que passam de geração em geração, neste espantoso universo ficcional.

CRIMINAL é a obra maior de dois dos grandes criadores dos comics modernos, Ed Brubaker (The Fade Out, Capitão América: E o Soldado do Inverno) e Sean Phillips (Fatale, The Fade Out, Marvel Zombies).

"Um drama emocional e psicologicamente complexo.”
- Library Journal

Criminal: Livro Cinco - Um Verão Cruel, Ed Brubaker e Sean Phillips, G. Floy Studio, 288 pp., cor, capa dura, 30€