Schuiten e Peeters já nos tinham maravilhado com o seu trabalho em A Febre de Urbicanda, publicado na colecção Novela Gráfica de 2019.
A história de Rever Paris transporta-nos para um futuro longínquo, o ano 2156. Kârinh a jovem protagonista desta história, vive na Arca, onde nasceu, uma colónia espacial fundada por antigos terráqueos, que fugiram do seu planeta devorados pela poluição e pelo aquecimento global. Várias décadas após este êxodo, é enviada uma expedição à Terra para determinar se o planeta voltou a ser habitável. Kârinh, é a escolhida, o seu sonho vai tornar-se realidade e toma o comando do Tube, um velho recipiente que transporta cerca de quinze pessoas em hibernação. No final de uma viagem difícil, a jovem parte, sozinha, para descobrir a sua Paris fantasiosa e as suas origens.
O seu pai era um terráqueo, que ela nunca conheceu. A sua mãe Fumiko deixou este mundo no seu regresso de uma missão de sete meses à Terra 40 anos antes. Kârinh sempre foi uma solitária, ao chegar a Paris mergulha numa Paris antiga, uma cidade de outro tempo bem diferente da que conhece dos livros de autores visionários como Júlio Verne e Albert Robida.
A cidade imaginada pelos seus autores com desenhos magníficos em azul e laranja é uma grande homenagem aos ilustradores do século XIX, Robida, Doré e Grandville.
Colecção Novela Gráfica (VI série) #4: Rever Paris, François Schuiten e Benoît Peeters, Levoir/Público, 144 pp., capa dura, cor, 10,90€
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