Em Portugal, a série estreou-se com o episódio em epígrafe na revista Tintin em 2 de Outubro de 1976 no número 20 do 9º ano, em continuação até ao 42 do mesmo ano.
Eis a sinopse do episódio:
Algures no coração dos Himalaias, nos confins do Nepal e do Tibete, Jonathan deambula em busca da sua memória. Fugido de uma clínica psiquiátrica onde esteve internado três meses, não tem qualquer recordação do seu passado. Sente apenas uma força interior que o impele rumo ao Tibete e que, à medida que Jonathan se vai aproximando dos Himalaias, lhe vai dando cada vez mais a certeza de que o seu destino está intimamente ligado ao dos seus habitantes. Mas o caminho é ainda longo e as recordações, por vezes dolorosas…
Colecção Jonathan #1 - Lembra-te Jonathan..., Cosey, ASA, 2016, 48 pp., 5,90 €
Biografia do autor:
Cosey publica as suas primeiras bandas desenhadas em 1971, no diário belga Le Soir – três episódios da série Monfreid et Tilbury, com argumentos de A. P. Duchâteau. Entre 1971 e 1972 assina ainda o desenho das aventuras do repórter Paul Aroïd no jornal diário suíço 24 Heures, depois editadas em álbum com o título Le Retour de la Bête (1972).
Mas é sem dúvida em 1975 que o talento e a originalidade de Cosey irrompem definitivamente, com a publicação na revista Tintin da primeira aventura de Jonathan, intitulada Souviens-toi, Jonathan. Leitor apaixonado de Jung e dos pensadores orientais, Cosey explorará nos anos seguintes, com grande sucesso, o universo deste seu herói singular, que tem tanto de sonhador e contemplativo como de destemido e aventureiro.
Em 1984 publica o primeiro álbum do díptico À la Recherche de Peter Pan, obra que assinala uma nova e fundamental viragem na sua carreira criativa, tendo-se dedicado ao longo da década seguinte a criar sobretudo histórias longas – Viagem a Itália (1988-1989), Orchidéa (1990), Saïgon-Hanoï (1992), Joyeux Noël, May (1995), Zeke Raconte des Histoires (1999), Une Maison de Frank L. Wright et Autres Histoires d’Amour (2003) ou O Buda de Azur (2005).
Entretanto, em 1997, após um hiato de 11 anos, o autor regressa a Jonathan, série que continua a alimentar até aos dias de hoje.
Galardoado com inúmeros prémios, entre os quais o Prémio para o Melhor Álbum de 1982 (Kate, da série Jonathan) e o Prémio para o Melhor Argumento de 1991 (álbum Saïgon-Hanoï) no Festival Internacional de BD de Angoulême, Cosey, argumentista, desenhador e colorista, tornou-se conhecido pelo estilo original das suas bandas desenhadas, que narram aventuras em torno de personagens sempre cativantes. Apaixonado pela Ásia, o autor percorreu exaustivamente as remotas regiões de Ladakh, Amdo e Kham, bem como o Nepal, o Tibete central e a China, em busca de inspiração para as suas personagens.
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