Com dez anos de idade, em Dezembro de 1960, o jovem Jacques Langlois envia, a conselho do pai, os seus desenhos a Hergé. De trocas de correspondência a encontros por vezes fugazes, os caminhos do jovem admirador e do mestre belga cruzam-se regularmente. Através de um texto aberto a todos, o autor evoca neste pequeno livro o apogeu de Hergé e a sua obra: retratos dos protagonistas, Tchang de Xangai a Tchang de Nogent que conhecia bem, volta ao improvável álbum 24, visita ao ateliê da avenida Louise, a relação tensa entre as edições Hergé e Casterman, de Raymond Guy Leblanc e a revista Tintin, do cinema e Stephen Spielberg, da sua colecção, do futuro de Tintin sem o seu criador e vários outros assuntos.
Jacques Langlois faz muitas perguntas sobre os mistérios que cercam o autor e a sua obra, tenta respondê-las, valendo-se dos seus ricos arquivos e, por vezes, deixa portas abertas à imaginação de seus leitores. Tudo isto é fascinante, nunca enfadonho, apesar das 250 páginas deste livro da colecção Petit Éloge.
Nascido em 1950, Jacques Langlois é um apaixonado por Hergé e Tintin, após ter recebido “O Lótus Azul” de presente. Inicialmente vice-presidente da associação Les Amis d´Hergé, agora director, tornou-se um conhecedor do universo do autor de Tintin e da sua obra.
Petit Éloge de Tintin, Jacques Langlois, Éditions François Bourin, 264 pp., capa flexível, 12 €
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