31 de agosto de 2021

Entradas na minha Biblioteca de BD em Agosto de 2021

      

Álbuns

  • A vida de Franklin D. Roosevelt [194?]
  • Stumptown #4, G. Floy [2021]
  • Drácula, A Seita [2021]
  • Clássicos da Literatura em BD #11: Os Maias, Levoir/RTP [2021]
  • Os olhos do gato, A Seita [2021]
  • Wildwest #1, Ala dos Livros [2021]
  • O Império de Jesus a uma Igreja Universal #1, Gradiva [2021]
  • Verões Felizes #3, Arte de Autor [2021]

Revistas

  • Le Collctionneur de Bandes Dessinées, HS, Les origines de la Bande Dessinée
  • Les Cahiers de la BD # 15, Juil-Sept 21
  • Les Amis de Jacobs #29, juin 2029
  • dBD #156, septembre 2021

Livros

  • Chronologie de la Bande Dessinée, Flammarion [1996]
  • Les 100 personnages cultes de la BD, Le Figaro [2021] 

Para-BD


30 de agosto de 2021

dBD #156

O número de Setembro da revista francesa de informação bedéfila dBD já se encontra disponível. Eis o seu sumário:

SYLVAIN VALLÉE / À LA UNE
Alors qu’il était parti pour raconter une histoire en tant qu’auteur complet, son éditeur lui remet un scénario de Mark Eacersall intitulé Tananarive. Conquis par sa qualité, il lâche tout et décide de l’adapter en BD pour notre plus grand bonheur.
CAMILLE JOURDY/ INTÉGRALES    
Le travail élégant et précieux de Camille Jourdy est aujourd’hui réédité en intégrale avec jaquette. Une bonne occasion de le redécouvrir.
MANGA/ ACTUALITÉS    
Pour la rentrée, Géant Vert s’intéresse de près à un format de littérature graphique qui peut se glisser dans n’importe quel cartable.
ACTUALITÉS/ QUOI DE NEUF ?  
 La sélection du mois
DOMINIQUE BERTAIL / PORTRAIT
Après avoir travaillé sur un scénario de Zep, c’est le scénario de JD Morvan sur le destin de Madeleine Riffaud, une résistante et poétesse française, qui le décide à reprendre les crayons.
DUFAUX & TERPANT / ADAPTATION
Il est important, quand on travaille à deux, d’avoir un beau terrain de jeu. Celui de Jean Dufaux et Jacques Terpant, c’est le texte de Jean Giono, Un Roi sans divertissement.
MARC LEVY / PAROLE D'ÉCRIVAIN
Si quelques-uns de ses romans ont été adaptés en bandes dessinées, notamment par Corbeyran, L’Agence des invisibles est son premier scénario inédit de bande dessinée. Champagne !
CRITIQUES / Chroniques & Journal des sorties
Par nos journalistes
GAÉTAN NOCQ / COUP DE COEUR DU MOIS
Après avoir décrit l’horreur des camps d’Auschwitz, Gaétan Nocq se fait plus léger en allant observer les nouveaux rois de la forêt, les grands cerfs.
NINN / JEUNESSE
Cette série réalisée par Jean-Michel Darlot et Johan Pilet poursuit son petit bonhomme de chemin pour notre plus grand plaisir.
JEUNESSE / Chroniques
Par Philippe Peter

dBD #156, septembre 2021, 100 pp., 9,80€ 


27 de agosto de 2021

"O Império. De Jesus a uma Igreja Imperial" - A primeira BD sobre a história do catolicismo

A primeira história do catolicismo em banda desenhada, “O Império. De Jesus a uma Igreja Imperial”, é publicada este mês, de autoria de Olivier Bobineau e ilustrações de Pascal Magnat, com uma nota à edição portuguesa do padre Anselmo Borges.

O ponto de partida desta BD é o conclave que elegeu o atual Papa Francisco, em Março de 2013. A primeira personagem é o autor, o sociólogo Olivier Bobineau, questionado por vários jornalistas desde o significado do fumo branco, saindo da capela Sistina, no Vaticano, num sinal que já foi encontrado o novo líder da Igreja Católica, até aos escândalos que a Igreja enfrentou como a pedofilia, e qual a influência da Igreja na atual sociedade “individualista e sempre em movimento”.

O autor coloca os seus dois filhos na narrativa, que também o questionam e a quem explica que a Igreja Católica é “uma instituição política e religiosa” que “deseja guiar cada homem e cada mulher até à salvação e pretende fazê-lo seguindo os passos de Jesus”, lê-se num dos quadradinhos iniciais desta banda desenhada (BD), editada pela Gradiva, com tradução para português de Tiago Marques.

Noutro quadradinho e dirigindo-se aos leitores a personagem/autor explica o propósito deste álbum: “Nesta banda desenhada vai descobrir o que sempre quis saber sobre o catolicismo e o papado e nunca teve coragem de perguntar”.

No prefácio à obra, Bobineau, professor no  Instituto de Estudos Políticos de Paris, no Instituto Católico de Paris e na Escola Superior de Ciências Económicas e director do Institut du Sens Politique, afirma que mobilizou “uma soma de conhecimentos em história, ciência política, sociologia, exegese, filosofia e teologia” a que se juntam os “desenhos acessíveis e legíveis para todos”, de Pascal Magnat.

Para o sociólogo francês, a ideia é fazer compreender ao leitor de hoje, a história do papado com “humor e rigor, malícia e precisão científica”. “Trata-se de cultura geral desenhada”, conclui Bobineau.

Na nota à edição portuguesa, o padre Anselmo Borges afirma que “no centro do cristianismo está precisamente a revolução na concepção de Deus”.

Deus é omnipresente, “mas o seu poder não é o poder de dominar, mas o poder infinito de criar, de dar, de salvar”, e recorda que Jesus Cristo disse quer tinha vindo ao mundo não para ser servido mas para servir, para dar testemunho da verdade e do amor de Deus, tendo “sido condenado à cruz pelos interesses do Templo [de adoração hebraica] e pelos interesse do Império [Romano]”.

Anselmo Borges refere em seguida a ação dos apóstolos que divulgaram a nova mensagem, a de Cristo, pelos territórios então conhecidos, dando testemunho de Jesus Cristo e do seu Evangelho.

Mas, como escreve o padre português, “lentamente, o Evangelho pareceu esquecido e foi surgindo um Império, uma Igreja imperial com todas as suas consequências, por vezes brutais e utilizando inclusivamente o Evangelho como meio”.

Para o sacerdote Anselmo Borges “é este processo” que a obra “O Império – de Jesus a uma Igreja Imperial” traz, “fundamentada num sólido saber científico, histórico e sociológico, e por vezes, até com humor”.

Anselmo Borges afirma que este é o primeiro volume, terminando a narrativa no papado de Gregório VII (entre 1073 a 1085) e a sua reforma “que não é ‘mudança na Igreja, mas uma mudança de Igreja'”.

O sacerdote português refere ainda a ligação do actual Papa à espiritualidade de São Francisco de Assis, que lhe inspirou o nome pontifício.

Há na Igreja uma tensão insuportável entre o Evangelho e a instituição, mas impõe-se a revolução que Francisco quer levar a cabo: O Evangelho não pode estar subjugado ao serviço da instituição, é a instituição que tem de estar ao serviço do Evangelho”, defende Anselmo Borges.

in Observador

26 de agosto de 2021

O Homem-Grilo e Sideralman

Homem-Grilo e o Sideralman voltaram, e mais do que isso, agora no mesmo universo. Isso mesmo, o defensor de Osasco City e o paladino cósmico de Nova Luz habitam neste mesmo espaço fictício. E nada mais apropriado para coroar essa união do que um crossover entre os personagens, juntando ainda o Cricket Raider, uma versão alternativa do Homem-Grilo.

Disponível em edição física ou digital em várias plataforma e lojas online (pontos de venda em fabd.weon.pt).

O Homem-Grilo e Sideralman, Cadú Simões, Will, Vini, Jeff Batista, Santtos, Mário Cau, Juliano Kaapora, Omar Viñole, Enio Silva e Alexandre Coelho, FA, 52, P&B, capa flexível, 9,90€

25 de agosto de 2021

Les Amis de Jacobs #29

Com algum atraso, chegou-me o número de Junho deste ano da revista Les Amis de Jacobs, dedicada ao estudo e divulgação da obra do criador de Blake e Mortimer

Neste número encontramos a quarta parte do estudo das fontes de "O enigma da Atlântida", assim como duas entrevistas, uma a Jean Van Hamme e a segunda a Yves Sente, ambos autores de episódios de Blake e Mortimer.

Les Amis de Jacobs #29, juin 2021, 46 pp., cor, reservado aos associados

24 de agosto de 2021

Wild West #1 - Calamity Jane

Mais uma surpreendente edição no mercado editorial português. A Ala dos Livros lançou o primeiro volume da série Wild West dedicado a Calamity Jane. A série já tem dois volumes lançados no mercado francófono, ficando a aguardar o lançamento do segundo volume no mercado nacional. 

Após a Guerra Civil, o movimento em direcção ao Oeste era imparável. Para alguns, o vasto território era sinónimo de riqueza e novas oportunidades. A linha férrea, em construção, significava novas oportunidades e enriquecia muitos. Mas nem todos os que se aventuravam na travessia do vasto continente americano conseguiam chegar ao seu destino.

Num bordel em Omaha, Martha tem 16 anos e está suficientemente desesperada para se tornar prostituta. É então que conhece o caçador de recompensas Wild Bill Hickok, que lhe revela uma verdade simples: o Velho Oeste não é lugar para quem tem um coração mole. Mas em contrapartida, a liberdade está ao alcance de todos. Basta um colt, alguns cartuchos e vontade de usá-los. Com isso, até uma donzela aparentemente frágil se pode libertar das garras de um proxeneta corpulento. 

E assim começa a incrível história de Martha Cannary, que viria a ficar conhecida como Calamity Jane, uma das grandes lendas do Velho Oeste.

Wild West #1 - Calamity Jane, Thierry Gloris e Jacques Lamontagne, Ala dos Livros, 56 pp., capa dura, cor, 14,90€

Clássicos da Literatura em BD #11: Os Maias

Em 1884 são publicados no Correio da Manhã e no Jornal do Comércio os primeiros excertos do grande romance, Os Maias. Esta obra, que já foi adaptada para o cinema, para séries televisivas, em Portugal e no Brasil, vai sair hoje em banca e nas livrarias com a chancela da Levoir e da RTP, que a apresentam em Banda Desenhada, incluída na colecção Clássicos da Literatura em BD. Do livro fazem parte um dossiê pedagógico com a biografia do autor, o percurso da obra e o contexto histórico.

As imagens do dossiê foram gentilmente cedidas pela Fundação Eça de Queiroz e pelo Museu Rafael Bordalo Pinheiro.

José Maria de Eça de Queirós nasceu na Póvoa do Varzim no dia 25 de Novembro de 1845. Escritor, diplomata, advogado e jornalista, Eça de Queirós é um dos romancistas mais importantes da literatura de língua portuguesa do século XIX e de todos os tempos, sendo um modernizador do fazer literário e autor de um estilo único.

Nos finais do séc. XIX, Afonso da Maia regressa a Lisboa com o seu neto, Carlos. Médico, herdeiro e descendente de uma família da nobreza beirã, o jovem Carlos vive num mundo de luxo e fausto. Conhece a jovem Maria Eduarda por quem se apaixona, mas este é um amor impossível.

Os Maias é um drama familiar intenso, absorvente e apaixonado. Revelando-se como uma profunda crítica à sociedade da época, sendo para tal efeito utilizadas personagens tipo que representam a mentalidade e comportamentos vigentes na sociedade lisboeta da segunda metade do século XIX. Ao longo da obra são criticados os vícios da sociedade, a corrupção, a traição, as relações incestuosas, a futilidade, entre outros aspectos.

Eça de Queirós apresenta-nos uma obra de envergadura monumental que nos desvenda como nenhuma outra as suas ideias, os seus sentimentos, e a sua revolta contra a tolice, o ridículo e a vaidade humana.

Clássicos da Literatura em BD #11: Os Maias, Canizales e José de Freitas, Levoir/RTP, 64 pp., cor, capa dura, 10,90€

Clássicos da Literatura em BD #10: Os Três Mosqueteiros

Os Três Mosqueteiros, a famosa obra de Alexandre Dumas, é o volume 11 da coleção Clássicos da Literatura em BD, apresentado pela Levoir e a RTP, em banca e livrarias a partir de hoje, 24 de Agosto.

A história decorre em França no século XVII, na fase final do reinado de Luís XIII. No centro da narrativa está um jovem gascão chamado d`Artagnan, que chega a Paris depois de perder a carta de recomendação escrita pelo seu pai, que tinha por fim pedir a ajuda do Senhor de Tréville para que o filho se juntasse aos Mosqueteiros do rei.

A entrada em Paris do jovem d`Artagnan não corre lá muito bem, arranjando um duelo triplo e à vez com os três mais reputados mosqueteiros do rei: Athos, Porthos e Aramis. Mas, o aparecimento dos soldados do Cardeal de Richelieu depressa vira o duelo e os quatro envolvem-se na luta contra os soldados do mais poderoso ministro do rei Luís XIII, que governa a França a seu bel-prazer.

A rainha Ana de Áustria confia-lhe uma missão secreta que o levará a Londres – juntamente com o trio de mosqueteiros. D’Artagnan salva a honra da rainha de um imbróglio amoroso em que a haviam envolvido com o Duque de Buckingham, braço direito do rei Carlos I de Inglaterra. A França vive dias de guerra civil, opondo católicos a huguenotes. A atmosfera de intrigas palacianas envenena a vida francesa. Os mosqueteiros participam no cerco a La Rochelle (1629) e cobrem-se de glória. Milady, a pérfida agente de Richelieu, recebeu, entretanto, ordens para matar o Duque de Buckingham, aliado dos sitiados de La Rochelle. Os mosqueteiros prendem a agente do cardeal, mas esta consegue fugir, mata o duque e envenena uma das aias da rainha por quem D’Artagnan se havia apaixonado. Perseguida pelos quatro intemeratos, Milady é apanhada nas margens do rio Lys.

Os Três Mosqueteiros é um romance histórico originalmente publicado em folhetins pelo jornal Le Siècle, em 1844. Esta história apresenta uma das amizades mais leais da literatura mundial, na qual quatro amigos não medem esforços para se ajudarem. Um por todos e todos por um, é o lema destes amigos.

Clássicos da Literatura em BD #11: Os Três Mosqueteiros, Andres Mossa e Caterina Mognato, Levoir/RTP, 64 pp., cor, capa dura, 10,90€

Tango #1

Gradiva disponibiliza hoje o primeiro volume da série Tango de Philippe Xavier e Matz (argumentista da série O Assassino). 

Após roubar milhões de dólares a um cartel de drogas, John Tango muda-se para um vilarejo remoto na Bolívia, acreditando ter encontrado o local perfeito para se aposentar. Mas os seus novos vizinhos também parecem estar a fugir de um passado complicado. Quando estes são atacados por três homens armados, Tango toma a sua defesa e mata os atacantes. Contudo, não sabe que acaba de atrair a atenção de dois poderosos grupos armados. O canto mais silencioso dos Andes não vai ficar assim por muito tempo.

Tango #1, Philippe Xavier e Matz, Gradiva, cor, 64 pp., capa dura, 16,50€

23 de agosto de 2021

The Promised Neverland #09


Com o título Desencadear da Guerra, está nas bancas o nono volume da série The Promised Neverland

Seguindo as pistas de Minerva, Emma e as crianças escapam da Casa de Grace Field e sobrevivem ao terreno perigoso do mundo exterior. Mas serão os segredos de Minerva realmente o que Emma esperava?

The Promised Neverland #09: Desencadear da Guerra, Kaiu Shirai e Posuka Demizu, Devir, 192 pp., capa mole, 9,99€ 

All You Need is Kill (volume duplo)

A partir de hoje está disponível o volume integral da série de manga All Tou Need is Kill.

A Terra é invadida pelos Mimics, uma raça alienígena de monstros quase indestrutíveis. Durante a batalha, conseguirão Keiji e Rita Vrataski, a famosa «Pantera Blindada», romper o círculo vicioso da batalha interminável?

All You Need is Kill (volume duplo), Hiroshi Sakurazaka e Takeshi Obata, Devir, 428 pp., p&b, capa mole, 14,99€

21 de agosto de 2021

Concerto para Oito Infantes e Um Bastardo

Em 1982 surgia nas páginas do Se7e o Jaca, uma personagem que rapidamente atingiu estatuto de culto, "um suburbano decidido a vencer na vida através da carreira diplomática" nas palavras do seu criador, Fernando Relvas, um dos nomes grandes da BD portuguesa desde os anos 70 até quase à sua morte recente. Esta espécie de policial "noir" ao estilo Bairro Alto esteve inédito desde então, tirando uma breve passagem de parte da história nas páginas da revista Comix (da Devir) no início dos anos 2000.

Agora, em associação com a Turbina, que já tinham iniciado o trabalho de recuperação das obras de Fernando Relvas, começando com o magnífico "O Espião Acácio" (originalmente publicado nas páginas da revista Tintin portuguesa, e lançada num magnífico álbum há uns anos), A Seita edita este Concerto para Oito Infantes e Um Bastardo, num volume recheado de extras que mostram a riqueza do imaginário visual daquele que foi um dos nossos grandes pioneiros da BD popular.

Obra de culto de Fernando Relvas, Concerto para Oito Infantes e um Bastardo, nasceu a partir de um convite de Jean-Pierre Dionnet para Relvas publicar na revista Métal Hurlant (Aventure), mas acabaria por sair no jornal Se7e, a partir de Dezembro de 1982.  Quase quarenta anos depois é finalmente publicado em livro, juntamente com Niuiork, uma outra aventura protagonizada por Jaca, o futuro diplomata, ribatejano e bastardo. Um clássico incontornável da BD portuguesa, cheia do noir urbano do Bairro Alto e do Cais do Sodré como Relvas gostava dele, que está finalmente disponível para uma nova geração de leitores, num livro que servirá a nossa memória colectiva, a dos fãs de BD portuguesa.

“...O autor nunca se deslocou deste centro: fazer BD, portuguesa, actual como nunca antes fora, acutilante, reconhecível como retrato de uma vivência urbana, mas também ancorada na paixão pela História que sempre acalentou, com um humor corrosivo e ácido face ao mundo em que vivíamos (vivemos). A sua vida adulta foi sempre ancorada nesta ode a uma arte e ao seu poder, desvendando a sua paixão profunda por esta combinação literária de texto e desenhos...”

Júlio Eme, do Prefácio

A edição d’A Seita de Concerto para Oito Infantes e um Bastardo inclui as duas histórias do Jaca publicadas no Se7e em 1982 e 1983, bem como um prefácio que contextualiza a obra e a biografia de Fernando Relvas, e ainda o notável texto que Relvas escreveu sobre a obra em inícios da década de 2000, um extenso caderno de desenhos e esboços inéditos, e uma bibliografia completa de Fernando Relvas.

Concerto para Oito Infantes e Um Bastardo, Fernando Relvas, A Seita/Turbina, 64 pp., capa dura, p&b, 13,50€

20 de agosto de 2021

Os olhos do gato

Está disponível a partir de hoje nas livrarias  a novidade Os Olhos do Gato, que foi a primeira colaboração de banda desenhada entre Moebius e Jodorowsky, uma maravilhosa experiência de narrativa sequencial que se tornou ao longo dos anos um livro de culto, por ter sido muito pouco reeditado até recentemente. Este é o segundo livro co-editado com a Arte de Autor, numa junção de forças que se espera que represente a possibilidade de mais e melhores edições de BD no nosso país.

A presente edição inclui um extenso dossiê sobre o livro e a sua história, ricamente ilustrado, bem como o prefácio original de Alejandro Jodorowsky para a edição dos Humanoïdes Associés. Verdadeiro poema visual, de uma simplicidade e crueldade enganadoras, que mostra uma utilização inovadora dos mecanismos narrativos da banda desenhada e do cinema, Os Olhos do Gato é a primeira e a menos convencional das colaborações entre Moebius e Jodorowsky, dupla responsável por obras incontornáveis com a série O Incal ou A Louca do Sacré Coeur. Uma obra de culto, poética e mística, que, mais de 40 anos após a sua publicação original, mantém intacto todo o seu fascínio.

Os Olhos do Gato é uma obra singular no percurso de dois geniais criadores até na forma como aborda as convenções da BD para as subverter. Uma obra mítica, que, por ter estado indisponível durante muito tempo, foi bastante mais falada do que lida, o que ajudou ao seu estatuto de verdadeiro livro de culto. Um livro imprescindível, que finalmente é editado em Portugal, numa edição num formato ligeiramente maior do que o original, de modo a que o fabuloso trabalho gráfico de Moebius possa ser devidamente apreciado. Além do prefácio original de Jodorowsky, a obra é enriquecida por um dossiê final da autoria de João Miguel Lameiras que traça a história desta obra singular, ilustrado com imagens raras. 

Cada vez que via uma página [de Os Olhos do Gato] o prazer espiritual que sentia era de um nível superior ao de um orgasmo. Diante dos meus olhos, tinha a prova inegável de que a banda desenhada é uma grande arte, merecedora de um respeito semelhante ao dispensado aos quadros expostos nos museus.”

- Alejandro Jodorowsky (do prefácio)

Os olhos do gato, Moebius e Jodorowsky, A Seita/Arte de Autor, 64 pp., capa dura, p&b, 16,50€

One-Punch Man #13

Já pode encontrar nas bancas nacionais o 13º volume da série de manga One-Punch Man com o título Células monstruosas.

Os heróis da classe A não conseguem derrotar um monstro gigantesco chamado Polvo Centenas de Olhos. Qual o objetivo da associação dos monstros que, de repente, vai aumentando a sua força em vários locais?

One-Punch Man #13: Células monstruosas, One e Yusuke Murata, Devir, 212 pp., capa mole, p&b, 9,99€

17 de agosto de 2021

O Corvo V - Inimigos Íntimos

Corvo V – Inimigos Íntimos é o quinto volume das aventuras do fantástico Corvo, criado por Luís Louro em 1994.

Vicente, morador em Alfama e carteiro de profissão, teve uma infância difícil – o pai, polícia, acabou por se enforcar depois de ter morto a mãe por causa de… futebol. Não é por isso de estranhar que, em adulto, Vicente sofra de alguns traumas e apresente um desdobramento de personalidade que faz com que, durante a noite, tenha necessidade de deixar emergir o seu “eu inconsciente” transformando-se no Corvo.

Esperem lá, mas isso já todos sabiam… A “timidez do Vicente”, o “vestir a pele de super-herói”, blá, blá, blá. Mas o que todos querem saber é o que significa isso dos “Inimigos Íntimos.” O que aconteceu afinal a Vicente que ainda não sabemos? Qual a origem dessa dupla e atormentada existência do Vicente como Corvo?

O Corvo V – Inimigos Íntimos é uma viagem intensa e surpreendente pela (sub)consciência de Vicente, que vai revelar como as personagens e os traumas do passado fizeram nascer o herói mais inconsciente de todos os tempos. (Quase) sempre com a noite da sua Lisboa como cenário, o Corvo vai combatendo os seus temíveis inimigos alados e os malfeitores mais inesperados. Mas será o Vicente capaz de encontrar a ajuda ideal para enfrentar os seus próprios demónios? Conseguirá ele escapar à tentação? Vamos finalmente descobrir o segredo das chamuças do Corvo?

O Corvo V - Inimigos Íntimos, Luís Louro, Ala dos Livros, 64 pp., cor, capa dura, 16,95€

15 de agosto de 2021

Corto Maltese: Tango

Arte de Autor continua a reedição a preto e branco das aventuras de Corto Maltese, contendo agradáveis prefácios ilustrados com cor.

Um das propostas deste mês é Tango, cujo cenário é Buenos Aires e as pampas argentinas. Este álbum foi publicado pela primeira vez em Portugal em 1988 pelas Edições 70, reeditados pela Meribérica-Líber em 1998 e Público em 2014.

"É incrível que tenha de carregar sempre o passado!
Igual a si mesmo, Corto não dança no álbum, fica sentado e observa aqueles que dançam. É pelo olhar que ele participa da força erótica do tango. Enquadramento muito apertado, brilho no olhar, movimento de salto alto, a saia que abre na parte de baixo, a nuca de uma mulher que se parece com Louise, a amiga perdida. E é como se tivéssemos visto Corto dançar. 
Corto pode dançar com a morte, mas não dança sobre sepulturas!
Tango!"

Prefácio de Carole Martinez

Corto Maltese: Tango, Hugo Pratt, Arte de Autor, 72 pp. p&b, com prefácio a cores, capa dura, 25€

13 de agosto de 2021

Verões Felizes: A fuga + As giestas

Com o presente álbum duplo a Arte de Autor publica todas as seis aventuras até hoje editadas da série Les Beaux Étés. Congratulamos-nos que começa a ser um feliz hábito das editoras portuguesas não defraudarem os seus leitores ao não interromper a edição dos álbuns das respectivas séries.

O presente álbum da dupla Lafebre/Zidrou contém os dois últimos publicados até hoje: La fugue (2018) e Les Genêts (2021).

A FUGA 

1979 – Os Pink Floyd arrasavam com “The Wall

O fim de 1979 aproxima-se lentamente. Os Faldérault não podem dizer que guardam uma boa recordação: Madeleine odeia tanto o seu trabalho de vendedora de sapatos como a mulher que a contratou, e Garin propôs a Pierre retomar a série «Zagor» a mesma que Pedro decididamente não pode ver nem pintada! De qualquer forma, o ano está a acabar!

Para se distraírem, os Faldérault decidiram celebrar o Natal ao sol! No entanto, não será toda a família a participar, já que a Julie-Jolie fica em casa a preparar-se para os exames.  Louis estava a planear assistir ao concerto dos Pink Floyd em Londres e vê os seus planos alterados no último segundo. E lá vão eles para umas férias que se anunciam agitadas... sobretudo quando o Louis decide fugir durante o caminho...

AS GIESTAS

1970 – ao ritmo de “In the Summertime

São as férias! Adeus, Mons, bom dia, sol!

Como todos os anos, a tribo dos Faldérault toma a direcção do Sul a bordo da Menina Esterel, a 4L familiar. Pierre não terminou o seu álbum? Não faz mal, ele vai finalizar as últimas pranchas à beira do Mediterrâneo.


Aqui estão todos os cinco prontos para não fazer nada. Enfim, cinco e meio mais, já que a Mado está grávida. Mas na estrada um caminhão ultrapassa-os, perde sua carga e lá está o pára-brisas de Esterel que voa em estilhaços. 

Não acontece nada de grave, mas não podem continuar a viagem. Enquanto o mecânico repara a 4L, a família é acolhida por Esther e Estelle, duas mulheres encantadoras que dirigem a quinta «As Giestas».  Enquanto Pedro pensa que é Cézanne e Nossa Senhora vê o bebé crescer, as crianças ajudam no parto das cabras e descobrem os encantos do campo. Mas também aprendem os segredos da vida...

Sexto volume de uma série bem-disposta que nos leva para uma viagem no tempo, à descoberta da felicidade das férias de Verão em família, das pequenas alegrias do quotidiano e dos prazeres simples da vida que vai.

Verões Felizes: A fuga + As giestas, Lafebre e Zidrou, Arte de Autor, 112 pp., cor, capa dura, 23,50€

12 de agosto de 2021

Regresso do FIBDA ao formato original




O Festival Amadora BD celebra 32 anos em 2021 e um regresso há muito esperado. Em 2021, o Amadora BD retomará a sua realização física entre os dias 21 de Outubro e 1 de Novembro, com um núcleo central numa nova morada, o Ski Skate Amadora Park, e dois núcleos paralelos, na Bedeteca da Cidade e na Galeria Municipal Artur Bual. Exposições, lançamentos, sessões de autógrafos, apresentações e palestras fazem parte da programação deste ano, que contará ainda com algumas iniciativas em formato híbrido.

Os Prémios de Banda Desenhada da Amadora marcam presença na edição deste ano e distinguem, pela primeira vez, com um prémio pecuniário de cinco mil euros, a Melhor Banda Desenhada de Autor Português. Os Prémios são uma distinção do Município da Amadora, com a finalidade de consagrar e distinguir os autores de banda desenhada, através do incentivo à produção de obras provenientes destes géneros literários, em contexto nacional e com impacto internacional. Estas distinções promovem o interesse pela leitura, o enriquecimento artístico e cultural, o desenvolvimento social e o pensamento crítico.

Face ao panorama cultural atual, a atribuição de prémios desta tipologia fomenta o reconhecimento do trabalho desenvolvido pelos autores, editores, agentes culturais e demais instituições artístico-culturais.

A organização partilha o link de acesso ao Regulamento dos PBDA: https://www.cm-amadora.pt/municipio/regulamentos/443-cultura-regulamentacao-especial.html. O júri da edição deste ano será constituído pelos seguintes elementos: Pedro Cleto (Presidente do Júri, em representação da CMAmadora), Representante designado pelo Clube Português de Banda Desenhada e o Representante da Escola Ar.Co, o Professor de Banda Desenhada, Daniel Lima. Mais se informa que estão abertas as candidaturas aos Concursos Municipal e de Banda Desenhada da Amadora, cujos regulamentos podem ser consultados, também, no link em epígrafe.

Mediante a análise do presente Regulamento, solicita-se às editoras e demais projectos que pretendam candidatar as suas edições às presentes distinções que remetam à organização uma listagem com as obras candidatas e as respectivas categorias associadas. As obras que constem das listagens deverão ter sido publicadas entre 2 de Agosto de 2020 e 31 de julho de 2021. Cada listagem não deverá ser superior a 30 títulos. A data limite para a entrega das listagens referidas é o dia 15 de Setembro de 2021.

Corto Maltese: A juventude

A Arte de Autor continua a reedição a preto e branco das aventuras de Corto Maltese, contendo agradáveis prefácios ilustrados com cor.

A nova proposta é A Juventude, que como o nome indica descreve-nos os primeiros tempos (1904 e 1905) das aventuras do marinheiro Corto. Este álbum foi publicado pela primeira vez em Portugal em 1988 pelas Edições 70, reeditados pela Meribérica-Líber em 2003 e ASA em 2012.

"A «Niña de Gibraltar» era uma encantadora cigana andaluza.
Do pai, não sei se herdou alguma coisa…
Talvez o seu amor pelo mar…
Há duas aparentes contradições em A Juventude de Corto Maltese, de Hugo Pratt.
A primeira tem que ver com o facto de a série Corto Maltese não ter começado pela narrativa da juventude do herói. É um facto estranho que uma juventude se imiscua a meio do caminho no destino de um homem! A segunda é que Corto Maltese nunca envelheceu e, por isso, não conseguimos acreditar que um herói tão eterno e sempre tão puro precisasse de se sobrecarregar com uma passagem pela tenra idade. De que serve ser jovem quando a idade não passa?"

Prefácio de Sylvain Tesson

Corto Maltese: A juventude, Hugo Pratt, Arte de Autor, 72 pp. p&b, com prefácio a cores, capa dura, 25€

9 de agosto de 2021

A Raposa e o Pequeno Tanuki

Os amantes de mangá têm mais uma opção editorial no mercado português. A Midori Editora lançou mo mercado A Raposa e o Pequeno Tanuki da japonesa Mi Tagawa.

A Raposa e o Pequeno Tanuki é uma viagem encantadora, com toques de mitologia japonesa, que promete encantar e apaixonar.

 Conta a lenda que há muitos anos atrás uma raposa malévola, criadora do caos, foi selada e adormecida por trezentos anos. Para que a sua sentença chegasse ao fim e o seu selo libertado, uma condição foi lhe colocada. Fazer do pequeno Tanuki, que devido ao seu grandioso poder, foi abandonada pelos seus, num mensageiro digno dos deuses.

Os interessados poderão adquirir este livro no sitio da editora na internet.

A Raposa e o Pequeno Tanuki, Mi Tagawa, Midori Editora, 168 pp., p&b, capa mole, 10,00€

6 de agosto de 2021

Stumptown - Ensaio de quadriculografia portuguesa

Ficha técnica:

Polar
(EUA) Oni Press, 4 de Novembro de 2009
Greg Rucka (argumento) e Matthew Southworth (desenho)
Outros autores:
Justin Greewood
Estreia em Portugal: Álbum G. Floy Studio, Agosto de 2020

Dexedrina "Dex" Parios é uma veterana militar que luta para sobreviver e cuidar do seu irmão mais novo, em Portland, Oregon. Luta contra o transtorno de stress pós-traumático de fuzileira naval no Afeganistão, onde trabalhou na inteligência militar até ser ferida numa explosão que matou o seu namorado. Sobrecarregada por grandes dívidas de jogo e incapaz de manter um emprego estável, torna-se detective particular para resolver problemas nos quais a polícia não se pode envolver. 

Quadriculografia portuguesa:

[actualizado em 04.08.2021]


5 de agosto de 2021

Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja

Um total de 13 exposições, quatro delas coletivas, faz parte da programação da edição deste ano do Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja, que vai decorrer de 3 a 19 de Setembro, divulgou hoje a organização.

O evento, promovido pela Câmara de Beja, regressa à Casa da Cultura da cidade alentejana, após ter sido cancelado no ano passado, devido à pandemia de covid-19.

Nesta 16.ª edição, o festival vai incluir exposições, o Mercado do Livro e lançamento de obras, apresentação de projectos, conferências, oficinas e os “famosos concertos desenhados”, entre outros “ingredientes”.

Apesar de ainda não ter divulgado a programação completa, a organização indicou hoje que 13 exposições vão estar patentes durante o certame, das quais nove são individuais e quatro coletivas.

As mostras individuais vão ser “assinadas” por António Jorge Gonçalves, Bárbara Lopes, Luís Louro e Jorge Magalhães, de Portugal, assim como pelos estrangeiros Bartolomé Segui (Espanha), Carlo Ambrosini e Lele Vianello (Itália), e Nicolas Barral e Vicent Vanoli (França).

Ditirambos” é a designação de uma das exposições colectivas, com nove autores portugueses representados: André Caetano, Carlos Drave, Diogo Carvalho, Francisco Ferreira, Joana Afonso, Nuno Filipe Cancelinha, Raquel Costa, Ricardo Baptista e Sofia Neto.

Do Egipto, vai chegar a mostra “Shennawy, Tok Tok & Companhia”, com obras de 14 artistas, indicou a organização.

Novamente com “assinatura” nacional, o público vai poder apreciar “Toupeira – Há Movimento Debaixo da Terra”, com trabalhos de de 29 artistas portugueses, de entre os quais Ana Campaniço, Inês Freitas, João Guerreiro, João Lam, Lacortei, Paulo Monteiro, Pedro Ganchinho, Pyramid Pug, Susa Monteiro, Vete e Zé Pedro.

A outra exposição colectiva designa-se “Umbra” e vai dar a conhecer ao público, ao longo do festival, trabalhos de 16 artistas, oriundos de Portugal, do Brasil e do Canadá.

No primeiro fim de semana do Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja, entre 3 e 5 de Setembro, vão passar por esta cidade alentejana “todos os autores das exposições”, assinalaram os promotores.

A organização revelou ainda que um total de 70 editores vai marcar presença no Mercado do Livro, assim como “algumas lojas, e muitas serigrafias e originais”.

O festival, que arrancou em 2005, procura mostrar, anualmente, diferentes abordagens da Banda Desenhada e dar a conhecer autores desta área artística, uns mais independentes, outros mais conhecidos.

LUSA

A aranha - Uma novidade da Escorpião Azul

Da autoria de Carlos Pais, a Escorpião Azul lançou o romance gráfico A Aranha

Numa floresta sombria esconde-se um ser furtivo: a Aranha. A curiosidade atrai Pigmalião com uma força irresistível que o guia numa viagem de auto-descoberta. Esta história leva-nos no percurso de Pigmalião rumo ao objeto do seu desejo. Neste caminho, as imagens servem de pretexto para conhecermos o seu pensamento.

A aranha, Carlos Pais, Escorpião Azul, 68 pp., p&b, capa mole, 11,50€

4 de agosto de 2021

Stumptown #4 - O Caso da Chávena de Café

"O caso da chávena de café" fecha o ciclo de quatro volumes de Stumptown, série integralmente publicada em Portugal.

A melhor detective privada de Portland - Dex Parios - está de volta, mas desta vez as respostas à altura e um pouco de sorte não são su cientes para resolver outro caso!

Quando Dex aceita garantir a segurança do fornecimento de um tipo extremamente raro de café, não faz ideia de que está a ser seguida pela a Barista e por homens ricos, excêntricos e sem escrúpulos, dispostos a tudo para obter os grãos mais cobiçados do mundo. Mas não é tudo! A irmã de Dex chega à cidade, complicando ainda mais a vida pessoal de uma detective tensa...

As melhores histórias de detectives privados têm sempre duas coisas: um protagonista cativante e memorável e um ambiente vívido, palpitante e vibrante. O local é tão importante quanto a personagem. Por exemplo, Marlowe e a Los Angeles manchada de batom depois da ii Guerra Mundial. Matt Scudder e a Nova iorque violenta e perigosa. Tess Monaghan e as esquinas peculiares da mortífera Baltimore. São mundos por si mesmos, locais que nós, enquanto leitores, queremos explorar através dos olhos de personagens humanas e falíveis com quem nos preocupamos e com quem gritamos. Não é fácil de conseguir. Foi por isso que quase me senti enganado quando abri a minha cópia do primeiro número de Stumptown. Algumas coisas são boas demais para ser verdade, certo?

- Do prefácio, ALEX SEGURA

Stumptown #4 - O Caso da Chávena de Café (reúne os números #6-10 de Stumptown vol. 3), Greg Rucka, Justin Greenwood e Ryan Hill, G. Floy Studio, 152 pp., cor, capa dura, 16€

3 de agosto de 2021

Papa Francisco em banda desenhada

A Verbo lançou a biografia do actual Papa em banda desenhada, obra editada originalmente em 2018 com desenho de Laurent Bidot e argumentos de Arnaud Delalande e Yvon Bertorello.

Jorge Bergoglio começa por ser um rapaz como os outros, que gosta de futebol, da companhia dos amigos, que se apaixona, aprecia tango e que hesita em optar por um curso de medicina.

Um dia, em 1954, sente-se chamado a ser padre. Na Argentina dos anos 70, entre a repressão militar e a violência de libertação marxista, promove uma teologia do povo, em nome de Cristo. Percorre as favelas, defende os pobres, as vítimas da ditadura…

Uma vez eleito, o Papa Francisco luta em todas as frentes. Toma posição a favor da ecologia, da biodiversidade ou do acolhimento aos refugiados.

Critica os excessos da mundialização, e interpela, sempre que se justifica, os poderosos do mundo, sem esquecer a sua própria administração que entende reformar.

Francisco, Arnaud Delalande, Yvon Bertorello e Laurent Bidot, Verbo, 96 pp., capa dura, 17,50€