26 de abril de 2014

Capas e capas - 2

Hoje, apresentamos as capas de Hergé, para o episódio "A ilha negra" da série Tintin, da publicação belga Le Petit Vingtiéme nº 28 de 15 de Julho de 1937 e na adaptação portuguesa  da revista O Papagaio nº 311 de 27 de Março de 1941.



25 de abril de 2014

Às Quintas Falamos de BD

Este ano comemoram-se os 40 Anos da Revolução de Abril e, por esse motivo, o Encontro Às Quintas Falamos de BD não se realiza na quinta-feira dia 24, mas no dia 29 de Abril, como sempre, às 21h00.

Assim, no dia 29 assinala-se a passagem dos 40 anos da revolução dos cravos com um (re)encontro dos artistas que colaboraram na Visão, revista de banda desenhada nascida em 1975, e que encetaria um novo capítulo na BD nacional.

Neste serão haverá a participação musical de Francisco Fanhais, conhecida voz de Abril, ex-sacerdote católico, condecorado com Ordem da Liberdade, em 1995, e que será, certamente, uma excelente forma de comemorar Abril na casa da banda desenhada.






24 de abril de 2014

Michel Vaillant - O circuito do medo


De título original "Le circuit de la peur", história com 62 pranchas, esta é a terceira aventura de Michel Vaillant, publicada, originalmente, na revista Tintin entre 7 de Janeiro e 5 de Agosto de 1959  e a escolhida para o 4º volume da colecção Michel Vaillant da parceira Público/ASA.

Henri Vaillant quer demonstrar que as escudarias da Europa Ocidental são melhores que as do leste europeus e norte-americanas. E para que não hajam dúvidas, é acordado um mini-campeonato com três provas (um circuito com as 12 horas de Sebring, um rally em Espanha e uma prova de Fórmula 1 em Varsóvia, na Polónia). Cada equipa será constituída por cinco pilotos e a da Europa Ocidental será preenchida com o francês Michel Vaillant, o belga Art Berckmans, o inglês Bill Rix, o alemão ocidental Von Richter e o italiano Dino Falconetti.

O episódio será posteriormente publicado em álbum pela Lombard em 1961. Esta edição do Público marca a estreia portuguesa deste episódio em álbum, já que a aventura só se publicara em continuação nos 31 números do suplemento da revista Cavaleiro Andante, o Bip-Bip (patrocinado pela BP), a partir de 5 de Abril de 1961. A aventura foi traduzida para "O circuito fantástico".









23 de abril de 2014

Os 70 anos do "Castelo Medieval" de Hal Foster

Foi em 23 de Abril de 1944 que se publicou a primeira tira em formato de banda complementar de uma história que contaria o quotidiano da vida dos escudeiros da Idade Média.

A história, publicada semanalmente numa tira de três vinhetas debaixo da prancha dominical de Príncipe Valente foi totalmente concebida por Hal Foster e distribuída pela King Features Syndicate até 25 de Novembro de 1945.

Em Portugal, O Castelo Medieval (The Medieval Castle)  foi integralmente publicado nos álbuns, restaurados por Manuel Caldas, da editora Livros de Papel e, parcialmente, na revista Enciclopédia O Mosquito da Portugal Press.


Ferry festeja o seu 70º aniversário

Ferry, aliás Fernand Van Vosselen, nasceu em 23 de Abril de 1944 na cidade belga de Beveren.

A sua estreia na banda desenhada dá-se em 1970 no suplemento juvenil do jornal Le Soir. Tem uma passagem efémera na revista Pilote em 1973 e entra na equipa da revista Tintin um ano depois. Aqui cria Cédric, um série histórica de histórias curtas publicadas também no suplemento trimestral Tintin Pocket. Em Portugal, encontramos dois episódios nas revistas Almanaque Tintin.

Apaixonado por história, desenha para a Tintin várias histórias curtas documentais ou biográficas escritas por Yves Duval, recolhidas, posteriormente, num álbum intitulado "Grandes Catástrofes", editado em Portugal pela ASA.

Em 1976, em parceria com o argumentista Jean-Luc Vernal, inicia as aventuras do nobre russo da primeira década do século passado Ian Kalédine. A partir de 1993, concebe Les Chroniques de Panchrysia, versando o mundo da alquimia no cenário das montanhas escocesas.

Em Portugal, encontramos a obra de Ferry nas séries Ian Kalédine e Cédric, além de histórias curtas nas revistas Tintin e Selecções BD (2a série).

No site Bedeteca Portugal podemos encontrar a bibliografia de Ferry em Portugal.



21 de abril de 2014

Wash Tubbs faz 90 anos

A série, inicialmente intitulada por Washington Tubbs II, começou por um gag diário versando o dia a dia de George Washington Tubbs, aliás Wash Tubbs, um merceeiro de fraca estatura e trapalhão. Mas rapidamente o seu autor, o americano Roy Crane (criador de Buz Saywer), transforma a série em aventuras em continuação, com o protagonista a abandonar as suas tarefas de mercearia em prol de causas mais épicas, como a busca de tesouros escondidos nos mares do Sul.

Wash Tubbs iniciou-se em vários jornais norte-americanos em 21 de Abril de 1924, distribuído pelo sindicato Newspaper Enterprise Association. Teve um longo percurso com a última tira a ser publicada 66 anos depois, em 10 de Janeiro de 1988, apesar de em 1949 a série ter sido rebaptizada para Captain Easy. Entretanto, Wash Tubbs casa-se com uma bela jovem loura, fazendo justiça ao seu estilo de "engatatão".

Em Maio de 1929, Crane decide arranjar a Tubbs um parceiro, a que dá o nome de Captain Easy. Atlético e alto, Easy rapidamente se transforma na vedeta da série, relegando Tubbs para um segundo plano. O sucesso de Easy garante-lhe, no ano de 1933, uma página dominical a cores e independente a que dão o título de Captain Easy, Soldier of Fortune

Em 1937, Roy Crane faz-se assistir por Leslie Turner, que assume a série em 1949. Turner, por sua vez, cede o lugar, em 1969, a Bill Crooks e Mick Casale

Em Portugal, a série foi publicada na quinta série do Mundo de Aventuras, onde conhecemos duas aventuras:

  • A mão do destino (04/01/1971 a 27/02/1971), Bill Crooks e Jim Lawrence, Mundo de Aventuras (2a fase) #503
  • O homem da Amazónia (01/11/1971 a 25/12/1971), Bill Crooks e Jim LawrenceMundo de Aventuras (2a fase)  #519

19 de abril de 2014

Capas e capas - 1

Algumas das capas das revistas portuguesas, desenhadas por autores portugueses, eram baseadas em originais de autores estrangeiros. Outras eram a adaptação das capas originais às características técnicas e editoriais das publicações lusas. 

Contudo, e, surpreendentemente, a capa de Hergé para o número 13 do 8º ano de 1 de Abril de 1953 da revista belga Tintin parece baseada no desenho de Fernando Bento realizado para a capa do número 807 do Diabrete de 24 de Março de 1951. Desconhecemos se o autor de Tintin tenha tido acesso ao número do Diabrete,  mas a ideia pertence ao mestre português. 

Aproveito para desejar a todos os leitores uma FELIZ PÁSCOA



18 de abril de 2014

Britannia - O novo álbum de Alix

É já no próximo dia 14 de Maio que surgirá a trigésima terceira aventura de Alix, o herói criado por Jacques Martin.

Após o sucesso de "La derniére conquête", os novos autores de Alix, Marc Jailloux e Mathieu Bréda, recriam a conquista da Britannia (actual Grã-Bretanha). O ponto de partida da aventura é o norte da Gália, no porto Itius, onde Júlio César se prepara para navegar pelo Mare Britanicum até à ilha de Britannia.

Após a pacificação da Gália, Júlio César pretende aumentar os seus feitos militares, tentando subjugar os povos britânicos para o vasto império romano. Para isso, conta com Mâncios, um jovem príncipe britânico, despojado das suas terras por um senhor da guerra da Britannia, que se oferece para guiar as tropas romanas em troca da recuperação do trono perdido. Contudo, entre as forças romanas existe um general romano, Viridoros, aliado das forças britânicas.

Infelizmente, a ASA, detentora dos direitos em Portugal da série Alix, não tem editado os últimos álbuns da série, já que o último foi em 2011(o tomo 26 - "O ibero"). 

Façamos votos para que a editora reconsidere a sua linha editorial e coloque Alix na sua lista de edições para 2014.

16 de abril de 2014

Michel Vaillant - "O piloto sem rosto"

Após a publicação dos dois primeiros volumes da nova série de Michel Vaillant, aí está o terceiro volume desta colecção do Público consagrada ao herói de Jean Graton.

"O piloto sem rosto" ("Le pilote sans visage"), segunda aventura da série, estreou-se na revista belga Tintin em Setembro de 1959. A intriga centra-se no mistério de um condutor incógnito que treina em Francorchamps numa viatura extremamente rápida que irá ser adversária de Michel Vaillant no Grande Prémio do Mónaco.

Como curiosidade, nesta aventura de 62 pranchas surgem os jogadores de ténis, Jari e Jimmy Torrent, heróis criados por Raymond Reding. Mais tarde, o episódio é adaptado para a edição em vinil, num disco de 33 rotações.

Esta aventura estreou-se em Portugal em 2 de Janeiro de 1960 no número 418 da revista Cavaleiro Andante que a editou em continuação até ao número 462, com uma interrupção no 431. Contudo, esta edição do Público marca a estreia da aventura em álbum.





13 de abril de 2014

As vendas do blogue

Por falta de espaço, estou a libertar-me de algum material de BD, que vou colocando aqui para venda. O material, salvo indicação em contrário, encontra-se em bom estado. Os portes serão da responsabilidade do comprador. Quem desejar adquirir algum material, basta enviar-me um mail para tintinofilo@gmail.com.

Iniciamos esta secção com lotes de revistas dos finais dos anos 90 da Devir. Cada uma tem o preço de 2 € e caso adquira 10, o preço cairá para 1,5 € e 20 para 1 €.

Os espantosos X-Men (#1 a #29)
O sensacional Homem-Aranha (#1 a #20)
Os vingadores (#1 a #6)
Quarteto Fantástico (#1 a #5)
Homem--Aranha (#1 a #21, #23, #24, #26)
Marvel Especial (#1 a #5)
Marvel Comics (#1 a #4)
Wolverine (#1a #15, #21 a #27, #29)
Marvel Especial - X-Men, o filme
Tomb Raider + Witchblade (2 revistas)
O incrível Hulk (#1)

10 de abril de 2014

Top de vendas em França - Abril 2014

Os três campeões de vendas de álbuns de BD em terras gaulesas durante o mês de Março são os seguintes


Walking Dead - volume 19 - Ezechiel - Delcourt


Astérix - volume 35 - Astérix chez les pictes - Editions Albert René


La Jeunesse de Thorgal - volume 2 - L'oeil d'Odin - Le Lombard

8 de abril de 2014

A colecção de Michel Vaillant do jornal Público

Iniciou-se na passada quarta-feira uma colecção dedicada a Michel Vaillant, série criada por Jean Graton em 1957 para a revista Tintin.

Jean Graton, após alguns anos na revista Spirou, onde desenha vários episódios de As Histórias do Tio Paulo, ingressa na revista Tintin, onde publica a primeira história, "La premiére ronde"' em 1953. Nesta publicação, Graton desenha inúmeras histórias curtas (vide bibliografia portuguesa no site Bedeteca Portugal), grande parte de cariz desportivo. 

Amante do desporto automobilístico, Graton convence a redacção de Tintin a publicar uma série que se movimente na alta competição do mundo motorizado. Assim, em 7 de Fevereiro de 1957, dá-se início à primeira aventura de Michel Vaillant, "Le Grand Défi". 

Michel Vaillant é um condutor de automóveis, filho de Henri Vaillant, proprietário das fábricas de automóveis Vaillant, que se decide lançar no mundo da Fórmula 1. Michel será o piloto e o seu irmão Jean-Pierre um brilhante engenheiro que potencia os protótipos da marca. 

Além deste trio familiar, junta-se Françoise, jornalista e futura esposa de Michel Vaillant, Steve Warson, fiel piloto ex-adversário da escudaria e a campeã de motociclos, Julie Wood, que futuramente terá direito a uma série independente. 

Michel Vaillant irá ao longo da série contracenar com pilotos verídicos, como Prost, Senna e Lauda, conseguindo até ser campeão do mundo de Fórmula 1

O sucesso da série é garantido e Graton dedica-se de alma ao seu herói e constrói o seu estúdio, que lhe garante uma fluidez editorial com 70 álbuns em 48 anos. 

Em 1967, a série é adaptada a um folhetim televisivo de 13 episódios e em 1990 a uma série de animação. Em 2003, uma grande metragem de Louis-Pascal Couvelaire coloca Michel Vaillant no grande ecrã.

A idade de Jean Graton obriga a afastá-lo da série, primeiro no argumento, cedendo-o ao seu filho Philippe Graton e, posteriormente, no desenho, com jovens autores do seu estúdio a assumirem o grafismo. Assim, em 2012, surge uma Nouvelle Saison de Michel Vaillant já sem o "pai" Graton, de que já foram publicados duas aventuras. São estes dois álbuns que dão início à colecção do jornal Público.

Em Portugal, a série é publicada em larga escala na revista Tintin e em álbum pela Livraria Bertrand, Meribérica e pelo jornal Auto Sport. Pode consultar a bibliografia portuguesa no site Bedeteca Portugal.




7 de abril de 2014

Uma nova colecção de Tif e Tondu

A Hachette começou a publicar uma colecção de 45 álbuns, recuperando cronologicamente toda a obra de Tif e Tondu. A série iniciou-se em 1938 na revista Spirou com textos e desenhos de Fernand Dineur. Durante dez anos, Dineur desenha a série que é publicada a preto e branco com um desenho tosco e pouco atraente.

Em 1949, a redacção da revista decide rejuvenescer a série e confia o desenho ao jovem Will para substituir Dineur no desenho. Tif e Tondu passa a ser colorida e surge o primeiro álbum que dá início à colecção da Hachette. Desiludido, Dineur abandona os argumentos em 1952 e inicia uma série paralela na publicação Heroic-Albums.

Na nova versão da série, o talentoso Will conta com a ajuda dos argumentistas Luc Bermar (1952-1954) e Maurice Rosy (1955-1968), mas com uma interrupção entre 1962 e 1964 em que a série é assumida por Marcel Denis.

Em 1969, o argumento passa a ser assegurado por Maurice Tillieux, que confere à série um tom mais fantástico. Com a morte de Tillieux em 1978, é a Stephen Desberg que cabe a responsabilidade de escrever as aventuras de Tif e Tondu, politizando-os, quebrando mesmo alguns tabus sobre temas vedados à imprensa jovem.

Em 1991 é a vez de Will ceder o seu lugar e a escolha recai em Alain Sikorski com argumentos de Denis Lapiére.

Em 1997 é publicado o 45º álbum de Tif e Tondu que marcaria o final desta série mítica. Contudo, em 2013, a revista Spirou inicia o regresso da série com desenhos de Éric Maltaite, filho de Will Maltaite.

Uma boa oportunidade para redescobrir as aventuras do "careca" e do "barbudo". Infelizmente, esta colecção não chega a Portugal.

6 de abril de 2014

Um número consagrado a Blake e Mortimer da revista Historia

Tal como aconteceu com Tintin e Lucky Luke, a revista francesa Historia publicará em Julho próximo um número especial dedicado a Blake e Mortimer, onde se investigará os acontecimentos que influenciaram a obra de Edgar Pierre Jacobs.

Aguardemos ansiosamente...


5 de abril de 2014

dBD #82

Como habitualmente, faço aqui referência à aquisição mensal da revista francesa dBD sobre actualidade da banda desenhada. Já estás nas bancas portuguesas o número de Abril, das quais destaco um excelente dossiê sobre Philippe Delaby, recentemente falecido. Este dossiê é constituído pelo testemunho de vários autores e amigos do autor de Mureña, assim como um recheado portfólio de desenhos de Delaby.

A série de culto retratada este mês por Henri Filippini é Tif e Tondu, criação de Fernand Dineur para o semanário Spirou.

dBD #82, avril 2014, 98 pp, 9,80 €

1 de abril de 2014

Há 60 anos era publicado o primeiro número do Álbum do Cavaleiro Andante

Foi em Abril de 1954 que a Empresa Nacional de Publicidade, aproveitando o estrondoso sucesso da revista Cavaleiro Andante, lançada dois anos antes, edita o primeiro número de uma nova revista de banda desenhada a que dá o título de Álbum do Cavaleiro Andante. Apesar de baptizado de "álbum", tratava-se de uma revista numerada a preto e branco e com capa a cores, com paginação variável entre as 36 e as 100 páginas, publicando unicamente histórias completas. Adolfo Simões Muller era o seu director, mantendo o cargo durante os 107 números mensais da revista, com o último a ser publicado em Abril de 1963, nove anos depois.

O Álbum do Cavaleiro Andante centrou-se bastante em autores italianos (Caprioli, Albertarelli, Attanasio, Bellavitis, Caesar, Chiletto, De Luca, Giovanini, Pescador, Polese, Tosi e Zeccara) com histórias do semanário católico italiano Il Vittorioso.

É nesta revista que se estreiam em Portugal algumas séries míticas da banda desenhada franco-belga como Barba Ruiva (Hubinon e Charlier), Flama de Prata (Cuvelier e Greg), Johan et Pirlouit (Peyo) e Prudence Petiptas (Maréchal e Goscinny), assim como vários episódios de As Histórias do Tio Paulo, Bessy e Zorro. A revista publica também inúmeras histórias curtas documentais ou biográficas publicadas na revista franco-belga Tintin de autores como Graton, Aidans, Fédor, Mitacq, Cheneval e Funcken

Relativamente a participações portuguesas, identificámos apenas a de Vítor Péon com "Jornadas nos mares da China".