Um mero acaso (a sua mãe acompanhava o marido, pianista,
numa digressão) leva a que o grande artista humorista, Jean Tabary, tenha
nascido na Suécia, mais precisamente, em Estocolmo, em 5 de março de 1930.
Em criança, Tabary adorava contar histórias aos seus oito irmãos, o que denotava já uma fertilidade imaginativa que iria continuar na sua carreira artística. Com a convicção de que desejava seguir a carreira de artista da BD, Tabary tenta, sem sucesso, aos dezasseis anos, entrar na redação da revista Vaillant. Frustrado, o seu pai aconselha-o a aprender a arte de estucador, ofício que o seu irmão já exercia. Mas logo após o serviço militar, Tabary lança-se no desenho humorístico. Contudo, os rendimentos são parcos e decide voltar ao seu emprego de estucador.
Em criança, Tabary adorava contar histórias aos seus oito irmãos, o que denotava já uma fertilidade imaginativa que iria continuar na sua carreira artística. Com a convicção de que desejava seguir a carreira de artista da BD, Tabary tenta, sem sucesso, aos dezasseis anos, entrar na redação da revista Vaillant. Frustrado, o seu pai aconselha-o a aprender a arte de estucador, ofício que o seu irmão já exercia. Mas logo após o serviço militar, Tabary lança-se no desenho humorístico. Contudo, os rendimentos são parcos e decide voltar ao seu emprego de estucador.
No ano de 1956, volta a tentar entrar na revista francesa
Vaillant. Desta vez, tem sucesso e Roger
Lécureux confia-lhe os desenhos da série «Richard et Charlie», permitindo-lhe
extravasar a sua veia humorística, multiplicando numerosos gags que deliciam os
leitores da revista. «Richard et Charlie» ver-se-á ensombrada por um novo
sucesso de Tabary, a série «Totoche», criada em 1959 e terminada em 1977.
Conhece René Goscinny e, em 1962, lançam a série «Valentin le
Vagabond» para a revista Pilote. Mas o seu maior sucesso estava prestes a nascer: as
aventuras do ignóbil Iznogoud que queria substituír o califa Haroun el Poussah,
numas divertidas aventuras no mundo das mil e uma noites. A série tem início no
periódico Record, passando para a revista Pilote. Os argumentos são de René
Goscinny, mas após a morte deste em 1977, Tabary assume os textos e continua a
série até 2004, ano em que sofre um acidente cardiovascular que paralisa o braço,
impedindo-o de continuar a desenhar.
Em Portugal, encontramos obra de Jean Tabary nas revistas
Pisca-Pisca, Flecha 2000 e Jornal da BD, assim como em álbuns das editoras
Meribérica, Público e ASA.
Foram publicadas em Portugal os seguintes episódios de Iznogoud:
A
caça ao tigre (La chasse au tigre)
|
1963
|
HC
|
Tabary,
Goscinny
|
Pisca-Pisca #10
|
O
sósia (Un sosie)
|
1963
|
HC
|
Tabary,
Goscinny
|
Pisca-Pisca #5
|
A
flauta mágica (La flute à toutou)
|
1963
|
HC
|
Tabary,
Goscinny
|
Pisca-Pisca #29
|
O
labirinto (Le labyrinthe)
|
1964
|
HC
|
Tabary,
Goscinny
|
Pisca-Pisca #23
|
A
viagem oficial (Voyage officiel)
|
1964
|
HC
|
Tabary,
Goscinny
|
Pisca-Pisca #9
|
O
génio (Le génie)
|
1964
|
HC
|
Tabary,
Goscinny
|
Pisca-Pisca #6
|
O
vendedor de esquecimento (Le marchand d’oubli)
|
1964
|
HC
|
Tabary,
Goscinny
|
Pisca-Pisca #24
|
A
ilha dos gigantes (L’île des géants)
|
1965
|
HC
|
Tabary,
Goscinny
|
Pisca-Pisca #8
|
Há
rã no califado (Ca grenouille dans le califat)
|
1965
|
AS
|
Tabary,
Goscinny
|
Jornal da BD #1 a #2
|
O
terrível dourador (Le terrible doreur)
|
1965
|
HC
|
Tabary,
Goscinny
|
Pisca-Pisca #20
|
O
filtro ocidental (Le philtre occidental)
|
1965
|
AS
|
Tabary,
Goscinny
|
Pisca-Pisca #7; Jornal da BD #5 a #6
|
A
desforra do grão-vizir (Les retours d’Iznogoud)
|
1965
|
HC
|
Tabary,
Goscinny
|
Pisca-Pisca #25
|
Olhos
dilatados (Les yeux gros)
|
1966
|
AS
|
Tabary,
Goscinny
|
Jornal da BD #3 a #4
|
As
conspirações do grão-vizir Iznogoud (Les complots du grand vizir Iznogoud)
|
1967
|
INT
|
Tabary,
Goscinny
|
Álbum
Meribérica
|
As
férias do califa (Les vacances du calife)
|
1968
|
INT
|
Tabary,
Goscinny
|
Álbum
Meribérica
|
O
ceptro (Le sceptre du calife)
|
1968
|
HC
|
Tabary,
Goscinny
|
Pisca-Pisca #22
|
A
pedra que dava azar (Le diamant de malheur)
|
1968
|
HC
|
Tabary,
Goscinny
|
Pisca-Pisca #12
|
O
dissolvente maléfico (Le dissolvant malfaisant)
|
1968
|
HC
|
Tabary,
Goscinny
|
Pisca-Pisca #21
|
O
talismã do tártaro (Le talisman du tartare)
|
1968
|
HC
|
Tabary,
Goscinny
|
Pisca-Pisca #11
|
O
discípulo do grão-vizir (L'élève d'Iznogoud)
|
1969
|
HC
|
Tabary,
Goscinny
|
Pisca-Pisca #16
|
O
ignóbil (Iznogoud l'infâme)
|
1969
|
INT
|
Tabary,
Goscinny
|
Álbum
ASA
|
Iznogoud
vê estrelas (Des astres pour Iznogoud)
|
1969
|
INT
|
Tabary,
Goscinny
|
Álbum
ASA
|
O
grão-vizir em órbita (Des astres pour Iznogoud)
|
1969
|
HC
|
Tabary,
Goscinny
|
Pisca-Pisca #19
|
Crime
gelado (Crime glacé)
|
1969
|
HC
|
Tabary,
Goscinny
|
Pisca-Pisca #28
|
O
elixir do xeque (La potion du cheik)
|
1969
|
HC
|
Tabary,
Goscinny
|
Pisca-Pisca #4
|
Férias
de verão ou montes de atentados (?)
|
?
|
HC
|
Tabary,
Goscinny
|
Pisca-Pisca #31; Jornal da BD #57
|
Desportos
no califado (?)
|
?
|
HC
|
Tabary,
Goscinny
|
Pisca-Pisca #13; Jornal da BD #58
|
O
cruzeiro do califa (?)
|
?
|
HC
|
Tabary,
Goscinny
|
Pisca-Pisca #15; Jornal da BD #59
|
A
garrafa de Gazbutahno (?)
|
?
|
HC
|
Tabary,
Goscinny
|
Pisca-Pisca 33; Jornal da BD #60
|
O
califa e o grão-vizir (?)
|
?
|
HC
|
Tabary,
Goscinny
|
Pisca-Pisca #3
|
Férias
de sonho (?)
|
?
|
HC
|
Tabary,
Goscinny
|
Pisca-Pisca #18
|
O
lápis mágico (?)
|
?
|
HC
|
Tabary,
Goscinny
|
Pisca-Pisca #26
|
O
elixir misterioso (L'onguent mystérieux)
|
1970
|
HC
|
Tabary,
Goscinny
|
Pisca-Pisca #30
|
O
computador mágico (Iznogoud et l'ordinateur magique)
|
1970
|
INT
|
Tabary,
Goscinny
|
Álbum
ASA
|
Uma
cenoura para Iznogoud (Une carotte pour Iznogoud)
|
1971
|
INT
|
Tabary,
Goscinny
|
Álbum
ASA
|
O
dia de loucos (Le jour des fous)
|
1972
|
INT
|
Tabary,
Goscinny
|
Álbum
ASA
|
O
conto de fadas d'Iznogoud (Le conte de fées d'Iznogoud)
|
1976
|
INT
|
Tabary,
Goscinny
|
Álbum
Meribérica
|
Os
minaretes mágicos (Le calendrier magique)
|
1975
|
AS
|
Tabary,
Goscinny
|
Flecha 2000 #17 a #20; Jornal da BD #36 a #40
|
A cama escamoteadora (Le lit escamoteur)
|
1976
|
AS
|
Tabary,
Goscinny
|
Flecha 2000 #11 a #13; Jornal da BD #29 a #32
|
O
espelho das maravilhas (Le miroir aux zalouett)
|
1976
|
AS
|
Tabary,
Goscinny
|
Flecha 2000 #9 a #10; Jornal da BD #33 a #35
|
O
conto de fadas (Conte de fées)
|
1976
|
HC
|
Tabary,
Goscinny
|
Flecha 2000 #5
|
A revista Pisca-Pisca (do #25 a #30) publicou histórias da série
«Valentin le vagabond».
Jean Tabary faleceu em 18 de agosto de 2011 com 81 anos.
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