A primeira publicação da série “Fora da Lei” retrata "o ambiente parlamentar no início da era do Cabralismo”, na sessão de 19 de Agosto de 1842, em que os deputados José Estêvão e Almeida Garrett se queixam de não lhe ser dada a palavra, segundo uma nota do gabinete de comunicação da Assembleia da República.
No parlamento falava Costa Cabral, ministro do Reino, a apresentar a proposta de delegação para “felicitar a Rainha D. Maria II pelo nascimento do seu filho, o Infante D. João”, e que ia ser votada sem discussão.
Até que vários deputados, entre eles José Estêvão de Magalhães (jornalista, deputado e político liberal, 1809-1862) e Almeida Garrett (escritor, deputado e político liberal, 1799-1854), representados, ainda hoje, em pinturas na sala dos Passos Perdidos, protestaram e queixaram-se de “não lhes ser dada a palavra”.
José Estêvão levantou-se da sua cadeira em protesto por não poder falar, ouviu dois avisos do presidente da Assembleia e ironizou que à terceira advertência seria posto fora do hemiciclo.
“Assim será, mas hei de ir amarrado…”, atirou Estêvão, há 179 anos, segundo o relato do diário da Assembleia de 19 de Agosto de 1842, reunidos, em ‘fac-simile’, na página da Internet do parlamento – um arquivo a que o “Fora da Lei” recorrerá.
Ao longo dos próximos dias, semanas e meses, outras personalidades políticas do parlamentarismo português serão caricaturados e vão surgir nas “pranchas” digitais, desde os tempos da I República à democracia, tanto no “site” como nas redes sociais do parlamento (Facebook, Instagram e Linkedin).
O objectivo, segundo a nota do gabinete de comunicação da Assembleia da República, é “dar a conhecer a dinâmica das intervenções parlamentares, incluindo os apartes e as especificidades características de cada época, tais como a forma de os deputados se dirigirem à câmara ou de se interpelarem”.
Nos últimos anos, o parlamento tem vindo a produzir conteúdos mais elaborados para a sua página na Internet, por exemplo, com recurso a vídeos e gráficos e já explicaram temas como os Orçamentos do Estado ou dossiês como a lei da eutanásia.
in Lusa
Uma sátira mordaz sobre uma sociedade oprimida que caminha para o totalitarismo.
Recordamos que esta obra já havia sido editada em Portugal em BD numa adaptação de Marc Bati com desenhos de Jean Giraud.
A Quinta dos Animais, Odyr, Relógio d'Água, 160 pp., cor, capa mole, 16,50€
Neste episódio, Jonas Crow, o cangalheiro, Rose, a governanta inglesa, e Lin, a criada chinesa, dirigem-se à mina de “Red Chance” para aí sepultar um antigo milionário que decidiu ser enterrado com o seu ouro. Têm, diante de si, três longos dias de viagem e cinquenta milhas percorridas na carroça fúnebre através dos abrasadores e poeirentos desfiladeiros do deserto. E, atrás de si, há toda uma multidão de mineiros exaltados que os persegue, apostados em não lhes facilitar a vida.
A derrota parece eminente, até Hiko Seijuro, o ex-mestre de Kenshin que conhece o segredo de Hiten Mitsurugi, entrar em campo.
Kenshin, o Samurai Errante#15: O gigante contra o super-humano, Nobuhiro Watsuki, Devir, 188 pp., p&b, capa flexível, 9,99€
Neste oitavo volume, os alunos da U.A. iniciam a parte prática do exame final… onde têm que vencer os próprios professores para passar! Midoriya faz equipa com o seu arquirrival Bakugou e juntos enfrentam nem mais nem menos do que All Might.
Aproveitando a distração da U.A., um novo adversário prepara um ataque sinistro.
My Hero Academia#08: A Ascenção de Yaoyorozu, Kohei Horikoshi, Devir, 192 pp., p&b, capa mole, 9,99€
Escrito pelo escocês Robert Louis Stevenson em 1883, autor bem conhecido sobretudo pelos seus romances. A adaptação da obra é da autoria de Christophe Lemoine, com desenhos de Jean-Marie Wohehrel e cores de Patrice Duplan.
A Ilha do Tesouro é um dos clássicos da literatura infanto-juvenil e é a mais popular história de piratas de todos os tempos e uma das mais fantásticas.
Numa noite de dezembro hospeda-se na estalagem um velho marinheiro que passa a vida a beber rum e a cantarolar canções do mar. Mas, um dia o Capitão Billy Bones, morre inesperadamente. Jim encontra dentro do velho baú, que este transportava, um mapa que marcava com um X o tesouro do temível Capitão Flint, enterrado numa ilha deserta no meio do Oceano.
Jim conta a sua descoberta ao Doutor Livesey, médico e autoridade da localidade e também ao Conde Trelawney e logo é organizada uma incrível viagem em busca do tesouro. Mas, para a surpresa e horror de Jim, quando ele se vê dentro da escuna que o levará para essa aventura descobre que a tripulação é formada por piratas e que o cozinheiro é na verdade o famoso Capitão Long John Silver que tinha uma perna de pau, homem que tanto apavorava o pirata hospedado na estalagem de seu pai.
Livro marcado pela perda da inocência, é contado a partir do ponto de vista do jovem Jim Hawkins. História de aventura e amadurecimento de um garoto que deixa a casa dos seus pais e que o leitor vai vendo amadurecer ao longo da narrativa.
No final de cada livro há um dossiê onde se apresenta o percurso e a obra do autor em questão, numa cronologia cheia de curiosidades e histórias.
Clássicos da Literatura em Banda Desenhada #6: A Ilha do Tesouro, Christophe Lemoine e Jean-Marie Woherel, Levoir, 64 pp., cor, capa dura, 10,90€
Maël Rannou discute o papel dos negros na BD e apresenta dez vinhetas comprometidas publicadas desde 2000 e três perguntas são feitas a cinco autores comprometidos: Seth, Derf Backderf, Judith Vanistendael, Alex W. Inker e Peter Bagge. Saboreemos o artigo e a entrevista com Chris Ware ("o desemhador mais inteligente do planeta"). Igualmente fascinante é o encontro de Yves Frémion com Carlos Gimenez, um brilhante octogenário espanhol, autor dos essenciais "Paracuellos" e de tantos outros álbuns de culto. Mais curiosa, a entrevista de Marius Jouanny com Jérémie Moreau: desenhadora naturalista, que passou da animação à história em BD. Surpreendente também Mathieu Bablet, que consegue produzir duas páginas por dia graças a uma técnica muito pessoal que exibe através de desenho e texto a Vincent Bernière.
