Em O Diário do meu Pai, Taniguchi conta-nos uma história de regresso às raízes, que o leva a evocar a infância e a perceber finalmente o verdadeiro motivo por que o pai abandonou a família. Taniguchi queria contar uma história que tivesse a sua terra natal, Tottori, como cenário, mas, como refere numa entrevista a Benoit Peeters: “quando me pus a reflectir na história, apercebi-me que, de facto, não sabia quase nada sobre o meu pai. Imaginei então uma personagem que regressa à sua terra natal para descobrir quem era verdadeiramente o seu pai. (…) A história é inventada, mas os sentimentos e o espírito da história resultam da minha experiência pessoal. Tinha em relação ao meu pai o mesmo tipo de sentimentos que estão descritos no livro. No fundo, durante a minha juventude, tinha a ideia que não queria ser como ele. Achava que a vida do meu pai não era uma vida interessante. Mas depois descobri que afinal não era bem assim, e é isso mesmo que tento transmitir neste livro”.
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