29 de junho de 2014

Michel Vaillant - Fora da pista do inferno

Mais uma aventura inédita de Michel Vaillant no mercado português. "Fora da pista do inferno" ("Hors-piste en enfer") é o 69º volume da colecção do consagrado piloto de automóveis da BD. Editado em Julho de 2006, ainda tem o desenho do pai Graton com argumentos do filho Philippe.

Corre-se o Rali do Oriente e Michel Vaillant disputa a vitória com Jean-Louis Schlesser, da Ford. O desafio é enorme, já que o vencedor será sagrado Campeão do Mundo de Todo-o-Terreno. Durante uma etapa turca da prova, Michel Vaillant e o seu co-piloto, Steve Warson, quase atropelam uma criança que parece ter-se propositadamente colocado na frente do carro.

Que diabo estaria a fazer uma criança sozinha no meio da estrada? Apesar do que está em jogo, Michel e Steve decidem desvendar este mistério custe o que custar!

"Fora da pista do inferno" é o penúltimo volume (de uma colecção de 15) da colecção Michel Vaillant editada pela parceria Público/ASA.


25 de junho de 2014

Michel Vaillant - Uma aventura na China

"China Moon" é a 68º aventura de Michel Vaillant. Pela primeira vez na história, a China vai organizar um Grande Prémio de Fórmula 1. A prova terá lugar em Xangai e a equipa da Vaillante prepara-se para participar. Jean-Pierre, irmão de Michel Vaillant, por seu turno, decide aproveitar a ocasião para apresentar o modelo Vaillante que pode salvar a China do flagelo da poluição: o XING-QIU, o primeiro carro movido a hidrogénio.

Michel deverá apresentar o inovador modelo frente às câmaras de todo o mundo logo após o Grande Prémio. Mas, na véspera da competição, o protótipo é roubado…

O argumento é de Philippe Graton, filho de Jean Graton que é assistido no desenho por Christian Papazoglakis, Robert Paquet e Nedzad Kamenica.

Esse aventura, inédita em Portugal e datada de Agosto de 2005, é lançada esta quarta-feira pelo jornal Público e a editora ASA.



22 de junho de 2014

Exposição sobre o centenário do nascimento de Jijé

A partir da próxima terça-feira, na cidade alentejana de Moura e até 21 de Julho, podemos encontrar uma exposição dedicada ao centenário do nascimento do autor belga Jijé. Posteriormente, a exposição estará presente em Viseu.

O leitor pode encontrar neste blogue uma pequena biografia do autor, assim como toda a bibliografia publicada em Portugal.

18 de junho de 2014

Michel Vaillant - Em memória de David

Pour David, 67ª aventura de Michel Vaillant, é uma adaptação a banda desenhada do filme de Luc Besson de 2003, com realização de Louis-Pascal Couvelaire.

Esta aventura já fora publicada em Portugal num álbum do jornal Auto Sport no ano de 2006.

Em memória de David é o 12º tomo das aventuras de Michel Vaillant da parceria Público/ASA, hoje colocado à venda.










14 de junho de 2014

Dick, o avançado de centro

A BD tem dedicado muitos trabalhos ao futebol, um verdadeiro fenómeno desportivo, social, económico e cultural.

Neste blogue, já dedicámos um post aos 50 anos do jogador do Milan, Vincent Larcher, uma criação do belga Raymond Reding.

Um outro futebolista da BD que nos anos 70 do século passado nos deliciou foi Dick, o avançado de centro (Dick, el artillero ou Dick, the Gunner). Esta efémera série (durou pouco mais que um ano) foi uma criação dos argentinos, nascidos em Buenos Aires, o desenhador José Luis Salinas e o escritor Alfredo Julio Grassi.

Salinas, que havia terminado para a King Features Syndicate o western Cisco Kid em 5 de Agosto de 1968, inicia, no mesmo ano, uma colaboração com a revista inglesa Tell Me Why. Contudo, regressa à King em 1973 para iniciar as aventuras de Dick, the Gunner. Dick é um jovem jogador de futebol com 20 anos e dois bons amigos, Jeff e Polidoro. Os três serão admitidos nos Espartanos, clube do empresário Niculino Pucci. Estão reunidas as condições para grandes aventuras onde o futebol é o tema central, mas recheado de intrigas policiais.

José Luis Salinas, já cansado dos comics, retira-se e o desenho passa para a responsabilidade de outro argentino, Lucho Olivera.

A série teve o seu início nos jornais americanos em 8 de Janeiro de 1973. Contudo, os leitores não lhe deram o mesmo sucesso que a Cisco Kid (nos jornais durante 17 anos) e a série terminou no ano seguinte com a última tira a ser publicada em 3 de Maio de 1975. Foram somente oito os episódios de Dick, o avançado de centro, todos eles publicados em Portugal na revista Mundo de Aventuras. A Editorial Futura também publicou em álbum os dois primeiros episódios na sua colecção Aventuras. Eis a bibliografia portuguesa da série:


  • 1973/01/08-1973/05/19, Mundo de Aventuras (2ª fase) #58, 31-10-1974; Álbum Editorial Futura, Colecção Aventuras #6, 1985
  • 1973/05/21-1975/11/10, Mundo de Aventuras (2ª fase) #91, 26-06-1975; Álbum Editorial Futura, Colecção Aventuras #6, 1985
  • 1973/11/12-1975/02/16, Mundo de Aventuras (2ª fase) #130, 25-03-1975
  • 1974/02/18-1974/05/25, Mundo de Aventuras (2ª fase) #171, 06-01-1977
  • 1974/05/27-1974/08/24, Mundo de Aventuras (2ª fase) #213, 27-10-1977
  • 1974/08/26-1974/11/30, Mundo de Aventuras (2ª fase) #244, 01-06-1978
  • 1974/12/02-1975/03/01, Mundo de Aventuras (2ª fase) #272, 14-12-1978
  • 1975/03/03-1975/05/03, Mundo de Aventuras (2ª fase) #294, 24-05-1979



Top das vendas em França - Maio 2014

1º lugar
One Piece #70 - Doflamingo sort de l'ombre
Eiichiro
Editions Glenat

2º lugar
Les Mondes de Thorgal (Louve) #4 - Crow
Yann e Surzhenko
Le Lombard

3º lugar
Naruto #62 - Fissure
Masashi
Kana


13 de junho de 2014

dBD #84

Chegou às bancas portuguesas mais um número da revista francesa de informação bedéfila. A edição de Junho dá destaque aos trinta anos da série As cidades obscuras da dupla Schuiten e Peeters, apresentando-nos uma entrevista com os autores.

A rubrica Portfolio deste número é dedicada a Matteo, autor da série Marina. Uma outra entrevista a não perder é a com Romain Hugault, o destacado desenhador de aventuras com aviões, já com dois álbuns publicados em Portugal. 

A habitual crónica de Henri Filippini sobre as séries de culto é dedicada a uma desconhecida entre nós, Les Petits Hommes dos autores Marcel Remacle, Deliége, Mazel e Pierre Seron.

dBD #84, Juin 2014, 98 pp, 9,80 € 

12 de junho de 2014

Michel Vaillant - Rali em Portugal

"A equipa Vaillante aposta a fundo no Rali Internacional TAP e inscreve na prova três equipas mistas, que incluem Michel Vaillant e Steve Warson. É uma prova dura, ao longo de 2438 quilómetros de estradas em mau estado, dividida em oito qualificativas. Numa primeira deslocação ao país, os pilotos fazem o reconhecimento exaustivo das várias secções decisivas do rali, anotando cada pormenor do traçado. Mas, para além das dificuldades próprias da prova, as tripulações vão ter de aguentar os destemperos e os maus modos de uma equipa americana, composta pela terrível Betty e pelo seu primo Bobby Kid, decididaa ganhar a corrida a qualquer preço e com uma atitude muito próxima da histeria."

Esta é a súmula do episódio "5 filles dans la course", décima nona aventura de Michel Vaillant, estreada na revista belga Tintin em Julho de 1969. O álbum seria editado dois anos mais tarde pela editora Lombard. Aproveitando o cenário português desta aventura, os editores portugueses obtiveram autorização para que o título entre nós fosse "Rali em Portugal".

A estreia da aventura em Portugal deu-se Setembro de 1969 com a sua publicação na extinta revista Tintin (#16 a #36 do 2º ano). Mais tarde, a Livraria Bertrand lançou a única edição, até ontem, do episódio em álbum.

"Rali em Portugal" de Jean Graton é o 11º volume da colecção Michel Vaillant da parceria ASA/Público, nas bancas na passada quarta-feira.



11 de junho de 2014

Os 80 anos de Mandrake

A personagem de Mandrake materializou-se quando Lee Falk, jovem universitário de 19 anos, a idealizou, desenhando algumas tiras do célebre mágico. Contudo, só dez anos depois propôs a série à King Features Syndicate, que, de imediato, a aceitou.

Após alguma reflexão, Falk decide entregar o grafismo a um desenhador profissional, recaindo a escolha em Phil Davis. Assim, em 11 de Junho de 1934 nasce a primeira aventura do mágico Mandrake. O sucesso é imediato, tendo a King adjudicado uma prancha semanal colorida em Fevereiro do ano seguinte.

Em 1939, Mandrake é adaptado à televisão (ver o post Mandrake no cinema) e também se inicia a publicação em comics-books. Nos anos quarente, a série é transportada para folhetins radiofónicos. 

Mandrake é um mágico dotado de poderes hipnóticos, trajando um fato Belle Époque com chapéu alto, um cuidado bigode e um penteado abrilhantado. Os seus poderes misteriosos são utilizados na luta contra o crime. O seu inimigo implacável é o Cobra, chefe de uma seita secreta e os seus parceiros são Lothar, um gigante negro, antigo rei africano, e Narda, a sua eterna noiva de raízes balcânicas.

Após a morte de Phil Davis em 1964, o grafismo é assegurado por Fred Fredericks. Lee Falk tem a responsabilidade do argumento até à sua morte em 1999, passando Fredericks a assegurar a responsabilidade total da série.

Mandrake é uma das daily-strips com maior longevidade dos comics norte-americanos. Com efeito, Fred Fredericks, com 84 anos, só deu por terminada a tira diária da série após 79 anos ininterruptos de aventuras. A prancha dominical já havia terminado no último domingo de 2012. Contudo, a King Features Syndicate continua a reeditar, diariamente, a partir de Julho de 2013, no seu sítio da internet, as aventuras do famoso mágico.

Em Portugal, é vasta a bibliografia de Mandrake nas revistas portuguesas. A estreia em terras lusas foi no Mundo de Aventuras nº 62 de 19 de Outubro de 1950. Também foram editados vários álbuns da série pelas editoras Portugal Press, Agência Portuguesa de Revistas, Editorial Futura e Correio da Manhã




7 de junho de 2014

Os 30 anos de XIII

Em 1976, Greg propõe a Jean Van Hamme para ressuscitar a série Bruno Brazil, que seria desenhada por William Vance. Por razões diversas o projecto é abortado. Contudo, Van Hamme, entusiasta da Brigada Caimão, esquematiza um argumento, onde a aventura e a intriga política seriam os ingredientes de uma nova série seguidora de Bruno Brazil.

Inspirado para as sequências iniciais num romance de Robert Lunlum, XIII conta-nos o longo percurso de um homem amnésico em busca da sua verdadeira identidade. A única pista que possuí é um XIII tatuado acima da clavícula esquerda. Por outro lado, rapidamente descobre que uma rede criminosa liderada pelo assassino Mangusto o persegue, assim como os serviços secretos dos EUA que suspeitam do seu envolvimento no assassinato de William Sheridan, o presidente da República.

O primeiro ciclo da série, iniciado na revista Spirou em 7 de Junho de 1984, teve 19 episódios, todos escritos por Van Hamme e desenhados por Vance, à excepção do décimo e oitavo, que teve a autoria do desenhador de Blueberry, Jean Giraud.

O segundo ciclo inicia-se em 2011 com argumento de Yves Sente e desenhos de Yuri Jigounov, tendo, à data, cinco álbuns publicados.

Paralelamente, existe a série spin-off XIII-Mystery onde vários autores vão biografando os vários protagonistas da série principal. A série iniciou-se em 2008 com o episódio dedicado a Mangusto e, neste momento, existem sete álbuns editados.

O sucesso de XIII leva o herói ao cinema com duas séries de episódios: a primeira de 2008, com realização de Duane Clark, com dois episódios e a segunda, ainda em exibição, com inicio em 2011 e já contando com 26 episódios, com a realização do mesmo Duane Clark. Esta série de episódios tem vindo a ser transmitida na TV portuguesa, através dos canais por cabo.

Além do cinema, XIII tem vindo a ser explorado em jogos de tabuleiro e video-jogos, assim com vasto material de merchandising (XIII já foi a estrela das «raspadinhas» francesas), atestando o sucesso da série, uma das mais vendidas actualmente no mercado francófono.

Em Portugal, além da transmissão da série televisiva, foram publicados em álbum os dez primeiros episódios do primeiro ciclo da série, além dos dois primeiros de XIII Mystery. A bibliografia portuguesa da série pode ser consultada na Bedeteca Portugal.

 


5 de junho de 2014

Jubebêdê nº 56

Chegou-me hoje, via Juvemédia, que agradeço, o último número do fanzine de informação de BD, Juvebêdê, dedicado ao Festival de BD da Amadora de 2013. Realço a publicação de um desenho autografado de Jean Giraud e uma história de duas pranchas do artista português Baptista Mendes.


Os 70 anos de Johnny Hazard

Em 1943, Frank Robbins recebe um convite dos responsáveis da King Features Syndicate para desenhar a série Agente Secreto X-9. Apesar das boas condições financeiras, Robbins recusa a proposta por ter um objectivo de criar a sua própria série. A King aceita o projecto de Robbins e em 5 de Junho de 1944 (na véspera do dia em que os aliados desembarcam na Normandia) é publicada a primeira tira de Johnny Hazard. A página colorida de domingo inicia-se um mês depois, a 2 de Julho.

Johnny é um militar americano de grande porte atlético que escapa aos seus captores nazis pilotando um avião alemão. Regressa aos EUA e reencontra o seu amigo Snap, um simpático jornalista, e a navegadora Gabby Gillepsie, ingressando na pilotagem aérea ao serviço de uma companhia privada.

Durante a Guerra da Coreia, Hazard volta ao serviço militar, actuando contra as actividades inimigas de espionagem, corporizadas nas personagens femininas de Ginny, Maria, Gloria e Lady Jaguar.

Próximo do grafismo de Milton Canniff (ver a série Terry e os piratas), Johnny Hazard é considerada uma das melhores séries realistas sobre a aviação militar.

Frank Robbins encerra a série em 20 de Agosto de 1977 e retira-se para o México, onde se dedica à pintura. As 934 tiras e as 156 pranchas dominicais são doadas à Universidade de Siracusa de Nova Iorque.

Em Portugal, a série teve bastante sucesso com a publicação de dezenas de episódios, nomeadamente, nas revistas da Agência Portuguesa de Revistas. A estreia deu-se logo no primeiro número da revista Mundo de Aventuras em 18 de Agosto de 1949. A Editorial Futura editou o único álbum português da série, incluindo-o na colecção Antologia da BD Clássica.

Como era habitual no período pré-25 de Abril, os censores reclamavam que os heróis da banda desenhada deveriam ter nomes portugueses, num pseudo-enaltecimento do orgulho luso. Johnny Hazard não escapa a essa fúria patriótica, sendo baptizado em João Tempestade.

A bibliografia portuguesa da série pode ser consultada na Bedeteca Portugal.





4 de junho de 2014

Michel Vaillant - Os cavaleiros de Königsfeld

Os cavaleiros de Königsfeld (Les chevalliers de Königsfeld) é a décima segunda aventura das aventuras de Michel Vaillant do autor belga Jean Graton. Este episódio teve a sua estreia na revista belga Tintin em 1965 com edição posterior em álbum em 1967.

O palco desta aventura é na Alemanha, onde Michel vai disputar o Grande Prémio de Fórmula 1 daquele país no famoso circuito de Nürburgring. Os pilotos ficam hospedados no castelo de Königsfeld a convite do seu proprietário, Herr Doctor Spangenberg, fervoroso adepto do desporto automóvel.

Misteriosamente, alguns pilotos vão desaparecendo sem deixarem qualquer rasto. Então, Michel e Steve Warson lançam-se numa investigação desta intriga... 

Esta aventura, a décima da colecção do jornal Público, teve a sua estreia em Portugal num álbum da extinta Livraria Bertrand em 1973.





1 de junho de 2014

Jonathan Cartland faz 40 anos

Jonathan Cartland merece estar presente entre os melhores westerns da banda desenhada. Apesar de ser um herói frágil, Cartland é um homem que luta pela justiça e pela protecção dos índios norte-americanos. Casado com uma bela squaw, Cartland, um caçador de origem irlandesa, assiste ao assassinato da jovem e do filho recém-nascido.

Amargurado com a morte da família, oferece-se como explorador no exército norte-americano e parte à conquista do Oeste.

A série foi criada por Michel Blanc-Dumont, com notórias influências de Jean Giraud, o desenhador de Blueberry, e pelo argumentista Laurence Harlé, que no primeiro episódio assina Kikapoo. A primeira aventura tem a a estreia no efémero mensário Lucky Luke de Junho de 1974, passando, posteriormente, pelas revistas Pilote e Charlie. São editadas dez aventuras, encerrando-se a série em 1995. O álbum Les survivants de l'ombre ganha o prémio de Melhor Álbum do Festival de Angoulême de 1987.

Em Portugal, são publicados pela Meribérica os primeiros cinco álbuns. A revista Jornal da BD e o suplemento do Diário Popular, Flecha 2000, publicam um episódio da série. A bibliografia portuguesa da série pode ser consultada no site Bedeteca Portugal.