31 de dezembro de 2013

Kim Devil - Ensaio de quadriculografia portuguesa

Ficha técnica:
Aventura
(Bélgica) Spirou #820, 31 de Dezembro de 1953 - Spirou #947, 7 de Junho de 1956
Jean-Michel Charlier (argumento) e Gérald Forton (desenhos)
Estreia em Portugal: Cavaleiro Andante #210, 7 de Janeiro de 1956
Outras publicações: Álbum do Cavaleiro Andante

Em 31 de Dezembro de 1953, a revista Spirou #820 estreia mais uma série de Jean-Michel Charlier, com desenhos de Gérald Forton. O herói chama-se Kim Devil e é um explorador de cidades e tesouros perdidos, um antecessor do actual Indiana Jones. As aventuras deste aventureiro decorrem na Amazónia, numa zona imprecisa, com a maior parte dos locais com nome castelhano, levando o leitor a pensar que se encontra no Peru, Equador ou Colômbia.

Charlier já havia produzido uma série de aventuras exóticas em 1950, Tiger Joe, com desenhos de Hubinon. Contudo, o cenário é africano, mais precisamente na zona de Oubangui-Chari. Kim Devil será a continuação daquela saga, mas centrando-se na Amazónia, num território impreciso, de forma a minimizar os erros históricos e cénicos que encontramos em Tiger Joe.

Kim Devil surge numa época em que os filmes de aventuras enchem os ecrãs dos cinemas, como "As minas do rei Salomão" ou "O vale dos reis".

A série termina no número 947 da Spirou em 7 de Junho de 1956 com quatro histórias em continuação e duas aventuras de quatro pranchas que são publicadas no Risque-Tout. Contudo, mal-grado a brevidade da série, Kim Devil é considerada uma das melhores séries belgas realistas após guerra.

Quadriculografia portuguesa:
  • A cidade perdida (La cité perdue), 1953, Cavaleiro Andante #255 a #302
  • O inferno verde (Le peuple en dehors du temps), 1954, Cavaleiro Andante #210 a #254
  • O explorador perdido (Le monde disparu), 1955, Cavaleiro Andante #315 a #339
  • A fera desconhecida (Le fauve inconnu), 1956, Álbum do Cavaleiro Andante #79

UM BOM ANO DE 2014


26 de dezembro de 2013

Le char lunaire da aventura Explorando a Lua

Sou um apaixonado pelas miniaturas ligadas ao mundo do Tintin. Após ter lançado a colecção de Os carros do Tintin, as edições Atlas começou  a comercializar hors-serie da referida colecção. Hoje recebi o veículo lunar do episódio Explorando a Lua de 1954. O veículo pode ser encontrado entre as pranchas 32 e 43.
Infelizmente, a Atlas não comercializa directamente para Portugal.
E está para breve o lançamento de Os aviões do Tintin.





21 de dezembro de 2013

20 de dezembro de 2013

O pequeno fantasma Artur faz 60 anos

20 de Dezembro de 1953. A Vaillant, revista ligada ao Partido Comunista Francês, apresentava aos seus leitores Arthur, um pequeno e simpático fantasma, que vivia num castelo medieval. Além de, como fantasma que é, poder atravessar quaisquer paredes do seu castelo, também tinha a faculdade de poder viajar através dos tempos. Assim, podemos encontrá-lo em plena Revolução Francesa ou nos primórdios da Idade da Pedra.

A estreia foi tímida num número de Natal da Vaillant (#449), mas o sucesso possibilitou a Jean Cézard, desenhador francês da revista desde 1951, continuar a série em pranchas consecutivas sem separação por episódios que serão publicadas entre 3 de Janeiro de 1954 e 27 de Novembro de 1960. Numa segunda fase, Arthur le fantôme justicier aparecerá a partir de 1969 em histórias independentes na sucessora da Vaillant, a Pif Gadget.

Jean Cézard desenhará a série até ao ano da sua morte em 1977. Contudo, cinco anos mais tarde, haverá uma tentativa pouco convincente de retoma da série da responsabilidade de Roumain Marc Arapu.


Em Portugal, tenho conhecimento da publicação de Artur, o fantasma justiceiro na primeira série da revista O Falcão em todos os números (82) da sua existência, no final da década de 50 do século passado. 


17 de dezembro de 2013

Juvebêdê #55

Graças à amabilidade da Juvemédia, recebi o número de Outubro deste revista de informação de banda desenhada. É de salientar que esta revista já vai no seu décimo sétimo ano de existência, o que por si, já é um marco.

A edição de Outubro apresenta-nos, além do movimento editorial de BD, quer em Portugal, quer no estrangeiro, uma reportagem sobre os 50 anos da Turma da Mónica e três bandas desenhadas de Baptista Mendes: "Pedro Hispano", "A vida de Camões" e " Diogo Cão". Na contra-capa da revista, uma pequena reportagem sobre o lançamento do último álbum de Astérix, com uma pequena entrevista a Jean-Yves Ferry, aquando da sua vinda a Lisboa.

Juvebêdê #55, Outubro de 2013, 24 pp

15 de dezembro de 2013

Catálogo do Festival Amadora BD de 2013

Todos os anos adquiro um exemplar do catálogo do Festival de BD da Amadora. Este ano, por motivos diversos, só agora me chegou às mãos o exemplar da edição de 2013. Como sempre, excelentes textos recheiam esta obra. Com uma reduzida tiragem (500 exemplares), este ano há particularidade de 200 desses exemplares serem em inglês.

Realço os seguintes artigos:

  • Ricardo Cabral - O olhar constrói o mundo
  • 75 anos com o Super-Homem
  • Spirou - 75 anos de grandes aventuras
Catálogo do 24º Amadora BD 2013, direcção de Nelson Dona, Outubro 2013, 192 pp, 8,50 €

13 de dezembro de 2013

Colecção Público/ASA Astérix VIII - Astérix entre os Pictos

O último álbum de Astérix, recentemente editado, já sem a intervenção de Albert Uderzo, «Astérix entre os Pictos» é o 8º volume da colecção Público/ASA dedicada ao gaulês mais célebre da BD.

Nesta aventura, Astérix e Obélix visitam pela segunda vez a ilha britânica, depois de lá estarem na aventura «Astérix entre os bretões». Os pictos são um povo que viviam na Escócia e que se pintavam. Nesta aventura, um picto congelado dá à costa da aldeia gaulesa e depois de recuperada a memória, Astérix e Obélix acompanham-no de volta até à sua terra natal. Como curiosidade, a aventura faz alusão ao célebre monstro do Loch Ness, lago situado em terras escocesas.


10 de dezembro de 2013

dBD #79

Já se encontra nas bancas portuguesas o número duplo da dBD de Dezembro-Janeiro 2013/2014 da revista francesa de informações sobre banda desenhada.

Neste número de fim de ano, destaco o dossiê dedicado a Blake e Mortimer, aproveitando o lançamento do último álbum «A onda Septimus», com entrevistas aos autores Jean Dufaux e Étienne Schréder. Uma outra entrevista a reter é a François Schuiten, com realce para o lançamento da obra «François Schuiten, l'horloger du rêve» de Thierry Bellefroid.

Destaco, como tintinófilo, o balanço sobre os quatro anos do Museu Hergé, com entrevistas aos gestores da obra do autor de Tintin, Fanny e Nick Rodwell.

A ler, igualmente, com bastante interesse uma extensa entrevista ao argumentista chileno Alejandro Jodorowsky, algumas horas após a estreia do seu filme «La Danza de la Realidad», assim como uma biografia de Alberto Breccia, vinte anos após a sua morte.

Finalmente, o habitual artigo de Henri Filippini recai sobre a célebre série de histórias curtas As mais belas histórias do Tio Paulo.

dBD #79, Décembre-Janvier 2013/14, 130 pp, 10,70 € 

8 de dezembro de 2013

Les Trésors de Tintin


A bibliografia tintinófila é abundante e, muitas vezes, redundante. Os temas, as facetas, os ensaios, a análise sobre a obra de Hergé e extensa. Raros são os meses em que não apareça nos escaparates das livrarias mais um livro de análise hergeneana.

Contudo, ainda vão aparecendo obras sobre Tintin ou Hergé que nos surpreendem positivamente. Recentemente, foi colocada à venda mais um livro de Dominique Maricq, um dos historiadores e documentalistas da Fundação Hergé, que tem a novidade de nos apresentar 22 documentos soltos fac-similados extraídos dos arquivos de Hergé, entre os quais o número do Petit Vingtiéme, onde Tintin se estreou.

Além destas belas surpresas, o livro, ricamente ilustrado, retrata-nos a génese das aventuras de Tintin no Petit Vingtiéme e a evolução biográfica do seu criador.

Ao longo dos capítulos, vamos descobrindo, ano após ano, aventura após aventura, alguns bastidores que rodearam a construção de cada episódio.

Les trésors de Tintin, Dominique Maricq, Moulinsart, 2013, 96 pp (contém 22 documentos soltos em envelopes distribuídos ao longo da obra)

7 de dezembro de 2013

Colecção Público/ASA Astérix VII - Astérix na Hispânia

"Astérix na Hispânia" ("Astérix en Hispanie"), décima quarta aventura da série, foi a escolhida para o sétimo volume da colecção Astérix que a parceria Público/ASA editou esta semana.

"Astérix na Hispânia" estreou-se na revista Pilote #498 em 22 de Maio de 1969, sendo editado em álbum nesse ano.

O enredo tem como cenário a actual Espanha, conquistada pelo poderoso Império Romano. Mas mais uma vez, existe uma aldeia (Montilla) que resiste aos invasores. Julio César, enfurecido, rapta Pepe, filho do chefe ibero Caldoverdon y Chouriçon, levando-o para a Gália, onde deverá ter uma educação romana. Cabe aos nossos heróis Astérix e Obélix resgastar a criança e levá-la de volta para a Hispânia.

Ordenalfabetix, o vendedor de peixe, estreia-se na série, dando origem á primeira zaragata. D. Quixote também tem uma aparição nesta aventura.

A estreia em Portugal desta aventura foi num álbum da Editorial Íbis logo em 1969. Em revista, só a Tintin a editou em continuação em 1975, entre os números 52 do sétimo ano e o 21 do oitavo. "Astérix na Hispânia" foi editado em álbum pela Livraria Bertrand, Meribérica e Asa. A colecção Tulicreme também editou um mini-livro com o resumo da aventura.




1 de dezembro de 2013

L'Immanquable nº 35

O interesse da aquisição deste número desta excelente revista francesa dedicada ao pré-lançamento de obras de banda desenhada deve-se à minha tintinofilia. Por um lado, sendo a capa dedicada ao Tintin com uma cena de "Os cigarros do faraó" e, por outro, pela entrevista a Christian de Portzamparc, arquitecto do Museu Hergé, que nos fala sobre o projecto e a ligação à obra de Hergé.

As aventuras em continuação neste número são as seguintes:
Les 7 vies de l'épervier - ciclo 3 #1
Station I6 de Yves e Hermann
Rock & Stone - tomo 1
Barracuda - tomo 4
H.ELL - tomo 1

L'Immanquable #35, 132 pp, 9,80 €

29 de novembro de 2013

Du crabe couge au Crabe aux pinces d'or

Em 15 de Outubro de 1940, Hergé aceita ser chefe de redacção do novo suplemento juvenil do jornal belga Le Soir, Soir-Jeunesse. Foi neste suplemento que Hergé deu continuação às aventuras de Tintin (o jornal Le Vingtiéme havia encerrado) que se iniciam em 17 de Outubro no jornal já ocupado pelas forças invasoras alemãs.

A capa do primeiro número do Soir-Jeunesse anuncia o regresso do Tintin com a aventura «Crabe aux pinces d'or» («O caranguejo das tenazes de ouro») e durante várias semanas, o Soir-Jeunesse publicou duas páginas com as aventuras de Tintin e Milou.

Contudo, Hergé, posteriormente criticado por colaborante com as forças nazis invasoras, não se limita às vinhetas das aventuras de Tintin, executando várias ilustrações para o suplemento.

A guerra escasseia o papel e o Le Soir não tem alternativa em terminar com o seu suplemento juvenil, arrumando as aventuras do Tintin em tiras diárias nas páginas interiores do jornal.

O jornal Le Soir e a Moulinsart editaram em livro, pela primeira vez, a história integral original da aventura, desde a estreia no Soir-Jeunesse à última tira no Le Soir «roubado» (termo usado pelos belgas ao jornal durante o período da ocupação alemã). Ao «Crabe aux pinces d'or», o livro junta as capas do Soir-Jeunesse desenhadas por Hergé, assim como alguns gags de Quick et Flupke e outros desenhos inéditos para o suplemento.


Para os fans de Tintin e da obra de Hergé, uma obra a reter na sua biblioteca.

Du crabe rouge au Crabe aux pinces d'or - La version inédite du Soir-Jeunesse, Hergé, textes de Daniel Convreur, Moulinsart, 2013, 151 páginas, cartonado

Colecção Público/ASA Astérix VI - Astérix nos Jogos Olímpicos

Foi posto hoje nas bancas dos jornais o sexto volume da colecção Astérix da parceria Público/ASA: "Astérix nos Jogos Olímpicos" ("Astérix aux Jeux Olympiques").

"Astérix nos Jogos Olímpicos" é a décima  segunda aventura do herói gaulês e foi publicada originalmente na revista francesa Pilote em Fevereiro de 1968 e editada em álbum nesse ano.

Neste episódio, todos os homens da aldeia gaulesa partem para a Grécia para assistirem aos Jogos Olímpicos e à participação dos seus compatriotas Astérix e Obélix. Os romanos, conhecedores que os nossos heróis têm uma opção mágica, denunciam a situação e impedem Obélix de participar.

Como os atletas gregos ganham todas as provas, a organização promove uma prova só para romanos. Panoramix monta uma armadilha fazendo com que os romanos pensem que beberam a poção mágica. São descobertos e desclassificados, acabando por Astérix vencer a prova.

Em 2008, esta aventura é adaptada ao cinema com os actores Gérard Depardieu (Obélix) e Clovis Cornillac (Astérix), participando igualmente o piloto Michael Schumacher e o futebolista Zinedine Zidane. Alain Delon representa Júlio César.

"Astérix nos Jogos Olímpicos" estreou-se em Portugal em álbum editado pela Editorial Íbis em 1968, sendo reeditado pela Livraria Bertrand, Meribérica e ASA. A aventura foi publicada na revista BDN, suplemento do Diário de Notícias, em 1990. A Agência Portuguesa de Revistas também publicou um mini-livro em 1974 e em 2008, a ASA lançou o álbum do filme.

26 de novembro de 2013

A BD e o cinema (IV) - Red Ryder

Red Ryder fez recentemente 75 anos, tendo direito a um post neste blogue. Na altura, prometi um outro post a filmografia do cowboy de Fred Harman

Nos anos trinta e quarenta do século passado, os produtores exploravam as aventuras dos grandes heróis nos principais veículos de comunicação da época. Assim, os heróis pulavam das tiras dos jornais para a rádio e desta para o cinema e, mais tarde, para a televisão. O percurso nem sempre era o mesmo, havendo séries radiofónicas que deram origem a tiras diárias de quadradinhos nos jornais. Red Ryder iniciou-se na BD com sucesso assegurado para que produtoras cinematográficas adquirissem os direitos que deram origem a mais de trinta filmes. 

A primeira série das aventuras de Ryder teve 12 episódios com Don Barry a interpretar o cowboy e Tommy Cook a de Pequeno Castor. Posteriormente, a partir de 1944, Wild Billy Elliot e Bobby Blake asseguram as personagens de Ryder e do Pequeno Castor.

Os últimos quatro filmes, a cores, já com a produtora Eagle-Lion, foram interpretados por Jim Bannon (Red Ryder) e Don Kay (Little Brown Jug) com Reynolds a interpretar o  Pequeno Castor.

Ainda houve uma série para a TV em 1956, com o actor Jim Bannon a protagonizar o cowboy. O sucesso foi bastante modesto, tendo direito a uma única temporada.

Eis os filmes de Red Ryder, todos inéditos em Portugal

  • ·         Adventures of Red Ryder (Republic Pictures, 1940).
  • ·         Tucson Raiders (Republic, 1944)
  • ·         Marshal Of Reno (Republic, 1944)
  • ·         The San Antonio Kid (Republic, 1944)
  • ·         Cheyenne Wildcat (Republic, 1944)
  • ·         Vigilantes Of Dodge City (Republic, 1944)
  • ·         Sheriff Of Las Vegas (Republic, 1944)
  • ·         Great Stagecoach Robbery (Republic, 1945)
  • ·         Lone Texas Ranger (Republic, 1945)
  • ·         Phantom Of The Plains (Republic, 1945)
  • ·         Marshal Of Laredo (Republic, 1945)
  • ·         Colorado Pioneers (Republic, 1945)
  • ·         Wagon Wheels Westward (Republic, 1945)
  • ·         California Gold Rush (Republic, 1946)
  • ·         Sheriff Of Redwood Valley (Republic, 1946)
  • ·         Sun Valley Cyclone (Republic, 1946)
  • ·         Conquest Of Cheyenne (Republic, 1946)
  • ·         Santa Fe Uprising (Republic, 1946)
  • ·         Stagecoach To Denver (Republic, 1946)
  • ·         Vigilantes Of Boomtown (Republic, 1947)
  • ·         Homesteaders Of Paradise Valley (Republic, 1947)
  • ·         Oregon Trail Scouts (Republic, 1947)
  • ·         Rustlers Of Devil's Canyon (Republic, 1947)
  • ·         Marshal Of Cripple Creek (Republic, 1947)
  • ·         Ride, Ryder, Ride (Eagle-Lion, 1949)
  • ·         Roll, Thunder, Roll (Eagle-Lion, 1949)
  • ·         The Fighting Redhead (Eagle-Lion, 1950)
  • ·         The Cowboy and the Prizefighter (Eagle-Lion, 1950)






23 de novembro de 2013

Colecção Público/ASA Astérix V - Astérix legionário

O quinto volume da colecção Astérix da parceria Público-ASA é a décima aventura do gaulês com o título original Astérix legionaire. O episódio estreou-se na revista francesa Pilote nº 368 (10/11/1966), sendo editado em álbum no ano seguinte.

Obélix apaixona-se por uma rapariga gaulesa, Falbala, mas, infelizmente, a linda gaulesa está noiva de Tragicomix. Contudo, o jovem Tragicomix é forçado a embarcar para África, incorporado no exército de Júlio César.

Apesar do desgosto amoroso de Obélix, este decide juntar-se ao seu amigo Astérix, alistando-se no exército romano, com o objectivo de salvar Tragicomix.

Esta aventura tem a curiosidade de caricaturar o actor francês Jean Marais como Tragicomix.

Astérix legionário estreou-se em Portugal na revista Tintin nº 27 do 1º ano de 30 de Novembro de 1968, sendo reeditado em revista no Jornal da BD em 1986. Em álbum, foi editado pela Livraria Bertrand em 1974 e, mais tarde, pela Meribérica-Líber e ASA.


15 de novembro de 2013

Colecção Público/ASA Astérix IV - Astérix e Cleópatra

É hoje colocado à venda o 4º volume da colecção Astérix da parceria Público/ASA: «Astérix e Cleópatra» («Astérix et Cleopatre»). Trata-se da sexta aventura da dupla Uderzo/Goscinny que teve a primeira prancha publicada na revista francesa Pilote nº 215 de 5 de Dezembro de 1963, com edição em álbum em 1965.

Nesta aventura, a rainha Cleópatra aposta com César, crente que o Egipto é um império em decadência, que consegue construir um palácio em apenas três meses. Para tal, nomeia o arquitecto Numeróbis, que se vê aflito com a provável impossibilidade de tal feito.
Lembrando-se da existência de uma poção mágica que transforma os que a tomam com forças físicas sobrenaturais, Numeróbis viaja à Gália para pedir auxílio ao seu velho amigo Panoramix. Partem então de volta ao Egipto na companhia de Astérix e Obélix.
Além de um prazo nada razoável, a construção do palácio é boicotada por Timetamon (rival de Numeróbis) e pelos romanos. Mas a aventura tem um final feliz e Cleópatra consegue terminar o palácio a tempo.

«Astérix e Cleópatra» foi adaptado a cinema de animação em 1968 e em «live» em 2002 com Astérix e Obélix: Missão Cleópatra

Esta aventura foi estreada em BD em Portugal na revista Tintin nº 1 do 1º ano em 1 de Junho de 1968. Posteriormente, foi publicada no suplemento do Diário Popular «Flecha 2000» e em álbum pelas editoras Íbis, Livraria Bertrand, Meribérica e ASA.

11 de novembro de 2013

Les Amis de Hergé nº 56

Aí está o número 56 da revista tintinófila semestral exclusiva aos associados do clube Les Amis de Hergé. São 60 páginas deliciosas para os amantes da obra de Hergé. Eis o sumário

3 - Jamais fini
5 - Les avions préférés d'Hergé
Les plus fréquemment représentés
8 - Les exploits de Dumont et Dumont
10 - Le mystérieux Schinler
14 - C'est une bonne question...
... Qui mérite une réponse
16 - L'harmonie de Moulinsart et sa bannière
17 - Trente ans que son soleil nous éclaire
20 - Comment Hergé a créé Tintin et Milou
24 - Dix aspects délicieux de la vie quotidienne en 1939
29 - L'âme virile et le front haut
30 - L'âge d'or des éditions en couleur - Le Secret de la Licorne
34 - A l'est de Sumatra
39 - L'Aurore a fini par livrer son secret
47 - Le mystère des origines de Milou
50 - Radioscopie d'un entretien
52 - Les décalcomanies Tintin et Milou
55 - La Dépêche 
60 - Le mur du fond

Les Amis de Hergé nº 56, automme 2013, 60 pp.

9 de novembro de 2013

HOP nº 139

Recebi a HOP, revista francesa de estudos e informações sobre banda desenhada. A edição deste trimestre está incluída na série Nostalgie BD, dando destaque a um grande clássico da BD norte-americana, Scorchy Smith, vedeta da aviação entre 1930 e 1961. Desconheço qualquer publicação em Portugal da série, embora, tendo sido desenhada por grandes autores, como Noel Sickles, Howell Dodd, Frank Robbins e George Tuska, entre outros.

Além de outros artigos interessantes sobre a BD francesa, este número da HOP continua a biografia e quadriculografia de Marijac, que já vai na sua 19º parte.

HOP nº 139, septembre 2013, 64 pp. 7,60 €

8 de novembro de 2013

Colecção Público/ASA Astérix III - Astérix entre os Bretões

Continuando a calendarização desta colecção do Público/ASA, é publicado hoje o 3º volume, «Astérix entre os bretões» («Astériz chez les bretons»).

Esta aventura na Bretanha é a oitava na cronologia da série de Uderzo/Goscinny e estreou-se na revista Pilote #307 de 9 de Setembro de 1965, sendo o álbum editado no ano seguinte.

Júlio César invade e conquista rapidamente a Bretanha. Mas uma pequena aldeia, comandada por Jolitorax, primo de Astérix, continua a resistir ao invasor. Para continuar a resistência, Jolitorax tem de se deslocar à Gália fornecer-se da poção mágica.
Astérix e Obélix acompanham Jolitorax à Bretanha,  mas o barril de poção é apreendido pelos romanos. Segue-se uma sequência de recuperações e roubos do barril. Infelizmente, mesmo antes de chegar à aldeia bretã, o barril é destruído.
Contudo, Astérix consegue moralizar os bretões com uma nova bebida, o chá, vencendo claramente os romanos.
Os autores elogiam os Beatles, recriando um grupo de bardos em Londinium (Londres).

«Astérix entre os bretões» foi adaptado em 1986 a um filme de cinema de animação.

A aventura estreou-se em Portugal em 1967 em álbum pela Editorial Íbis, sendo reeditado pela Livraria Bertrand, Meribérica e ASA. O Jornal da BD foi a única revista que publicou em 1986 o episódio.

7 de novembro de 2013

dBD #78

Já se encontra nas bancas portuguesas a edição de Novembro da revista de informações sobre banda desenhada francófona, a dBD.

O destaque desta edição, como não poderia deixar de ser, vai para o lançamento do novo álbum do Astérix, contando com entrevistas aos novos autores, Didier Conrad e Jean-Yves Ferry.

Destaco, igualmente, uma entrevista a Annie Goetzinger acerca da sua nova obra «Jeune fille en Dior» e o habitual artigo de Henri Filippini dedicado aos anos de ouro da BD, cabendo, desta vez, ao célebre Buck Danny.

dBD #78, novembre 2013, 98 pp, 9,80 €

6 de novembro de 2013

Os 75 anos de Red Ryder


Red Ryder é um vaqueiro norte-americano imaginado pelo empresário Stephen Slesinger e desenhado por Fred Harman (o autor de Bronco Pellos).

A série começou a ser distribuída em 6 de Novembro de 1938, logo em prancha dominical,  pela Newspaper Enterprise Association e, dez anos depois, era publicada em mais de 750 jornais para uma audiência de 14 milhões de leitores. A 27 de Março de 1939 inicia-se a tira diária, começando Harman a necessitar da ajuda de outros artistas, não creditados, como Jim Gary (o autor do Rei da Polícia Montada), John Wade Hampton, Edmond Good e Robert MacLeod. Este último assume a responsabilidade da série quando Harman se retira em 1963 para se dedicar à pintura e à sua recente associação Cowboys Artists of America.

Red era um rude vaqueiro que trabalha na fazenda Painted Valley em Blanco Basin, na Cordilheira de San Juan com sua tia, a Duquesa (Duchess) e o seu companheiro, Little Beaver (Pequeno Castor). Os restantes personagens são o capataz Buckskin Blodgett, a namorada de Red, Beth, e o bandido Ace Hanlon. O cavalo de Red é o Thunder e Papoose o de Little Beaver. As aventuras de Red Ryder versam o combate à criminalidade, nomeadamente, o combate a ladrões de cavalos e outros vigaristas profissionais. Red Ryder tinha a particularidade de nunca matar os criminosos, tentando sempre desarmá-los.


O sucesso da série desperta a venda de licenças para novelas, programas de rádio, rodeios e bonecos como o célebre kit Red Ryder. Entre 1940 e 1957, a série é publicada em formato comic-book. Na televisão e no cinema, Red Ryder é adaptado, na década de 40 do século passado, em mais de 35 filmes e séries. Em tempo oportuno, dedicarei um post à carreira de Red Ryder no cinema.

Em Portugal, a série esteve presente em várias revistas da Agência Portuguesa de Revistas e, com menor regularidade, nas da Portugal Press. As edições Pirâmide editaram um álbum.A truncagem e os cortes das tiras impossibilitam, muitas vezes, conhecer as datas das tiras ou pranchas, pelo que o ensaio de bibliografia que vos apresento se encontra, lamentavelmente, com bastantes lacunas.
  • Vizinhos perigosos, Mundo de Aventuras (1ª fase) #612
  • Perdidos no subterrâneo, Mundo de Aventuras (1ª fase) #620
  • A fotografia delatora, Mundo de Aventuras (1ª fase) #622
  • ?, Mundo de Aventuras (1ª fase) #627
  • Perdidos no subterrâneo, Mundo de Aventuras (1ª fase) #628
  • Missão arriscada, Mundo de Aventuras (1ª fase) #634
  • Aventura em Londres, Tigre (1ª série) #83
  • O rapto do chinesinho, Mundo de Aventuras (1ª fase) #648
  • O tesouro do subterrâneo, Mundo de Aventuras (1ª fase) #653
  • ?, Mundo de Aventuras (1ª fase) #660
  • A lei dos bravos, Mundo de Aventuras (1ª fase) #669
  • Vaidade abatida, Mundo de Aventuras (1ª fase) #675
  • Peripécias no Oeste, Mundo de Aventuras (1ª fase) #679
  • O último recurso, Mundo de Aventuras (1ª fase) #681
  • ?, Mundo de Aventuras (1ª fase) #684
  • Os traficantes, Mundo de Aventuras (1ª fase) #686
  • Gigantes do Oeste, Tigre (1ª série) #96
  • O roubo do banco, Mundo de Aventuras (1ª fase) #752
  • Armas perigosas, Selecções (Mundo de Aventuras) #40
  • A mina de ouro, Selecções (Mundo de Aventuras) #46
  • O assalto ao banco, Selecções (Mundo de Aventuras) #51
  • 1950/03/20-1950/07/01 - Luta desigual, Enciclopédia «O Mosquito» #2
  • 1949/12/26-1950/03/14 - Os assaltos misteriosos, Jornal do Cuto #98
  • ?, Álbum Edições Pirâmide