Adquiri hoje um volume já de 2003 da série Índia Dreams. Infelizmente, a Book Tree ficou-se pelo primeiro (usual em Portugal) de uma série que já vai no sexto volume (o último editado em 2010).
«Índia colonial... ínicio do século passado... o destino movimentado de uma mulher apaixonada em terra de marajás e estranhos costumes...
Londres, Dezembro de 1944. Os horrores da guerra e os bombardeamentos alemães fazem-se sentir pesadamente sobre a capital britânica. A jovem Emily Gilmore recebe inesperadamente um pacote que a força a mergulhar num passado que ela há cerca de quinze anos se esforça por esquecer!
Ao abrir o pacote, Emy depara-se com o diário íntimo de sua mãe, escrito em 1930, pouco antes da sua trágica morte, em companhia do marido, num acidente de aviação, em pleno coração da Índia. Ao debruçar-se avidamente sobre aquelas páginas escritas pelo punho da mãe, Emy acaba por descobrir o percurso apaixonante de uma jovem mulher, senhora de uma típica educação britânica, que subitamente se vê confrontada com uma série de acontecimentos avassaladores numa Índia dita impúdica, na qual a ocupação inglesa começa a conhecer o seu derradeiro declínio. O destino dessa jovem e bela mulher parece estar traçado, tendo como cenário de fundo o misterioso encanto de uma Índia do ínicio do século passado, terra de Marajás, plena de magnificência, mas ao mesmo tempo desconcertante nos seus costumes e tradições, marcada pelo ambiente de calor sufocante nos meses que precedem as monções.
Registo soberbo nascido da longa e duradoura cumplicidade entre Jean-François Charles e Maryse Charles, recorrendo ao uso de cores directas, de elegância rara bem patente num estilo gráfico pleno de delicadeza e poesia que resultam em sublimes composições de traço e cor. Um estilo “retro” que se coaduna perfeitamente com um argumento romântico e apaixonante ao estilo das grandes sagas britânicas, naquela que foi considerada a sua “Jóia da Coroa”. »
Índia Dreams #1, Os caminhos da Bruma, Maryse e J.F.Charles, Book Tree, 2003, 46 pp, 12,50 €
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