Nas histórias de banda desenhada protagonizadas pela personagem Astérix foram identificados mais de 700 casos de traumatismos e lesões cerebrais, segundo um estudo conduzido por investigadores da Universidade Heinrich Heine, na Alemanha.
O estudo, citado pelo jornal britânico "The Guardian", foi revelado numa publicação europeia de neurocirurgia, a Acta Neurochirurgica. Os investigadores analisaram em detalhe os álbuns de banda desenhada criados por René Goscinny e Albert Uderzo e identificaram 704 vítimas de lesões cerebrais, fruto das lutas entre os habitantes de uma irredutível aldeia gaulesa e os soldados do império romano. Das 704 vítimas, 63,9 por cento são romanos e não houve armadura militar que os defendesse da força dos gauleses, encabeçados por Astérix e o grande amigo Obélix, ajudados por uma poção mágica feita pelo druida Panoramix. Entre os feridos estão ainda 59 bandidos e piratas, oito vikings e quatro extra-terrestres.
De acordo com o estudo, os romanos apenas feriram 32 gauleses no conjunto das histórias de Astérix. Os investigadores vão mais longe nesta análise à banda desenhada e referem que a poção mágica de Panoramix, feita com visco - e que dá super-poderes aos gauleses - poderá ter efeitos nos tumores cerebrais, embora não tenham acrescentado mais informações. Apesar de todos os traumatismos, retratados nas histórias com valentes cenas de pancadaria, com militares romanos a voarem vários metros com um simples soco de Astérix e Obelix, ou a serem atingidos por menires, não há registo de mortes e danos irreversíveis na saúde das personagens, Por Toutatis!
Lusa
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