4 de novembro de 2016

Harrow County: Assombrações sem Fim

Na pequena vila de Harrow County, no Sul dos Estados Unidos, a jovem Emmy sempre soube que a floresta à volta da sua casa estava cheia de fantasmas e monstros. Mas, na véspera do seu décimo oitavo aniversário, ela descobre que está profundamente ligada a essas criaturas - e à própria terra que pisa - de uma maneira que nunca poderia ter imaginado. Aos poucos, sentirá nascer dentro dela os estranhos poderes que a ligam ao passado de Harrow County... estará ela pronta para enfrentar todos os seus mistérios?

Considerada pelo lendário Mike Mignola como a melhor série do ano de 2015, Harrow County conta-nos a viagem iniciática de uma jovem rapariga numa terra imbuída de sobrenatural. Uma história terrível e onírica ao estilo “southern gothic”, criada pelo escritor Cullen Bunn e assombrosamente desenhada e pintada pelo artista Tyler Crook.

“Brilhantemente escrito, belíssimamente ilustrado, criado por uma imaginação fabulosa, Harrow County parece já ser um clássico do terror.”
Michael Chabon

Harrow County foi originalmente escrito como um romance por Cullen Bunn, que nunca o concluiu em prosa. Transformado em série de BD, esgotou a primeira tiragem do #1 da série, venceu já um Ghastly Award (para os melhores comics de horror) e foi nomeado para o prémio Eisner da Melhor Série em Continuação em 2016. 

Cullen Bunn é um autor de comics americanos, bem conhecido pelas histórias que escreveu para a Marvel, em particular para Uncanny X-Men e várias mini-séries de Deadpool, bem como pelas suas próprias séries, The Damned e The Sixth Gun (publicadas pela Oni Press). Romancista  Cullen Bunn já foi nomeado para o Bram Stoker Award (que distingue a melhor ficção de terror) e para dois Eisners, um dos quais por Harrow County. Tyler Crook trabalhou durante anos na indústria de vídeojogos, até ao lançamento, em 2011, de Petrograd, uma novela gráfica escrita por Phillip Gelatt, e publicada pela Oni Press, que marcou a sua estreia na BD. Desde então, tem trabalhado em projectos independentes, incluindo em B.P.R.D. (no universo de Hellboy), Witchfinder, Badblood, etc... Crook venceu também um Russ Manning Award, um prémio atribuído durante os Eisners, e que premeia o trabalho de um estreante no mundo da BD.

O primeiro volume inclui também uma extensa galeria de esboços e estudos preliminares, anotada e comentada pelos autores, e uma galeria de pinups desenhados por uma variedade de artistas de comics célebres, como Jason laTour, Jeff Lemire, etc...

Reúne os #1 a 4 de Harrow County. Série prevista para um total de seis volumes.

Harrow County volume 1: Assombrações sem Fim, Cullen Bunn e Tyler Crook, 136 pp., cor, capa dura, 9,99€

José Ruy lança novo álbum de banda desenhada no Festival Internacional de Banda Desenhada - Amadora BD


Carolina Beatriz Ângelo – Pioneira na Cirurgia e no Voto” será apresentada pelo historiador Dr. João Esteves, consultor científico da obra, e pelo Dr. Jaime Teixeira Mendes, presidente do Conselho Regional da Secção Sul da Ordem dos Médicos.

A sessão terá lugar no dia 5 de Novembro, sábado, às 16:00 horas, no auditório do Fórum Luís de Camões, Brandoa, Amadora.

A quadricolografia em álbum pode ser consultada aqui e sobre a recente obra neste post.

Hinário Nacional

"Hinário Nacional" é o terceiro título de Marcello Quintanilha, depois de "Talco de vidro" e "Tungsténio", a ser editado em Portugal, todos com a edição da Polvo.

"Hinário Nacional" é um curto e delicado épico onde as histórias de diversos personagens se entrelaçam subtilmente. São relatos de pequenas tristezas e grandes dramas, todos vividos silenciosamente. É a história de alguém que se resigna com o facto de ter sido vítima de abuso sexual, e a de outro que oculta um dilacerante sentimento de culpa por ter abusado sexualmente. É a tristeza de um homem com a velhice e o desbotamento das histórias de amor. É o desejo de esquecer o sofrimento, o que se fez, de ser o que não é. E é um relato brutalmente honesto – e muitas vezes gentil – do brasileiro.

O autor Marcello Quintanilha estará presente no Auditório do Amadora BD (Fórum Luis de Camões, Brandoa, Amadora) no próximo dia 5 de Novembro, sábado, pelas 15h30, para uma apresentação da respectiva obra, seguindo-se sessões de autógrafos. Dia 6 repetem-se os autógrafos, a partir das 16h.

Hinário nacional, Marcello Quintanilha, 128 pp., preto e branco, capa a 4 cores, 11,90€

3 de novembro de 2016

Lucky Luke – A Terra Prometida: lançamento mundial a 4 de novembro de 2016


O lançamento em Portugal realiza-se no dia 4 de novembro (sexta-feira), às 18h30, no Amadora BD. O livro será apresentado por António José Simões e João Miguel Lameiras. A apresentação será seguida de uma recepção oferecida pelo Sr. Embaixador da Bélgica.

Quem haveria de imaginar um encontro entre Lucky Luke e as tradições judaicas? Para o regresso, muito esperado, de uma das séries míticas da banda desenhada mundial, os autores Jul e Achdé atribuíram ao eterno justiceiro uma missão algo rocambolesca: escoltar toda uma família judia proveniente da Europa de Leste e acabada de sair de uma travessia marítima, até ao Oeste selvagem!

O cowboy que dispara mais rápido do que a sua própria sombra já se tinha cruzado com várias personagens singulares: um príncipe russo em O Grão-Duque, um aristocrata inglês em O Tenrinho, um psicólogo vienense em Os Dalton e o Psicólogo... Por isso, quando o seu amigo Jack Malapata lhe pede para ele acompanhar a sua família (a quem não tinha tido coragem de confessar que era um cowboy e que o julgam, portanto, um advogado em Nova Iorque), Lucky Luke não hesita.

Com um avô religioso obcecado pelo shabat, uma mãe decidida a empanturrar Lucky Luke de carpa recheada, uma jovem púdica e virtuosa que procura o marido ideal (advogado ou médico, de preferência, mas se for cowboy também serve!), e um garoto traquinas mais interessado no Faroeste do que no seu Bar-Mitzvá, a viagem promete ser longa e agitada…

Salteadores, jogadores de póquer, ataques de índios ferozes (a tribo dos Blackfoot, de péssima reputação), todo o universo de Lucky Luke vai ser confrontado com este choque de culturas. Mas, no final da viagem, será o nosso cowboy solitário e a sua nova família de adoção quem terão aprendido a ultrapassar os obstáculos e os preconceitos.


Sobre o álbum:
Um tema audacioso, um argumento divertido, generoso e insolente, vários níveis de leitura: por ocasião dos seus 70 anos, Lucky Luke regressa às bases fundamentais estabelecidas por Morris e René Goscinny.

Este aniversário é marcado pela chegada de um novo argumentista, Jul, criador de Silex and the City. Como autor mais ligado à sátira, Jul, que aprendeu a ler com os álbuns de Goscinny, segue aqui os passos do seu mentor. Com A Terra Prometida – uma obra cheia de aventura, humor, inteligência e alegria – Jul fez por se mostrar digno do seu mestre.

Os cocheiros das diligências da Wells Fargo sabem bem que é importante a escolha da atrelagem. Juntando Achdé, no desenho, e Jul, no argumento, os editores conseguiram gerar uma química à altura do desafio: dar um novo élan a Lucky Luke. Ilustrado por um Achdé cuja genialidade gráfica prolonga o génio de Morris, o cowboy reencontra o gosto pela acção e pelos grandes espaços.


As aventuras de Lucky Luke segundo Morris:  A Terra Prometida, Achdé & Jul, ASA, 48 pp., capa cartonada, cor, 10,90€

O Festival de BD da Amadora termina no próximo domingo

A 27ª edição do Festival Internacional de Banda Desenhada - Amadora BD 2016 termina já no próximo domingo. Mas até lá, há ainda um programa cheio de atividades a não perder.

Os autores internacionais presentes no próximo fim-de-semana são Manuel Marsol, vencedor do prémio de melhor desenhador estrangeiros de livro de ilustração de 2015, e Carmen Chica, os brasileiros Marcello Quintanilha e José Aguiar, convidados no âmbito da exposição central e com lançamentos de novos trabalhos, e Tom Kemp, convidado no âmbito da exposição central.

Como é habitual, para além das visitas guiadas e oficinas criativas para toda a família, há muitos lançamentos e conferências para entreter os mais crescidos, e ainda muitos autógrafos para colecionar.

No dia 4 às 18h30 celebram-se os 70 anos do Lucky Luke com a apresentação do livro “Lucky Luke – A Terra Prometida” (ed. Leya).  No dia 5. às 11h00, os comissários da exposição central, Susana Oliveira e Eduardo Côrte-Real, fazem uma visita guiada à exposição a não perder. Para o público infantil, destacamos o lançamento do álbum de Manuel Marsol “Ahab e a Baleia Branca”, (ed. Orfeu Negro) às 16h30. Dia 6, dupla apresentação: às 15h30 apresentação da revista “BD H-alt nº 4”, com o editor Sérgio Santos e do livro “Infância do Brasil", com José Aguiar.

Coisas de adornar paredes

"Coisas de adornar paredes" é a primeira obra publicada do português José Aguiar, numa edição com a chancela Polvo.

Sinopse da editora:
Qualquer cidade está viva, respira e expressa-se. Podemos entendê-la através dos elementos decorativos, raros ou corriqueiros, que se encontram nas suas paredes. Tudo aquilo que é possível pendurar, riscar, colar ou criar sobre elas, fala não só do nosso ambiente, mas de nós mesmos. A relação que as pessoas constroem com os seus objectos quotidianos, atribuindo-lhes valores emocionais, sociais ou até surreais é alvo de estudo de um aspirante a escritor, cujas narrativas ninguém quer publicar. Esta é a sua história.

O autor José Aguiar estará presente no Auditório do Amadora BD (Fórum Luis de Camões, Brandoa, Amadora) no próximo dia 5 de Novembro, sábado, pelas 15h30, para uma apresentação da respectiva obra, seguindo-se sessões de autógrafos. Dia 6 repetem-se os autógrafos, a partir das 16h.

Coisas de adornar paredes, José Aguiar, Polvo, 120 pp., preto e branco, capa a 4 cores, 11,90€

Colecção Túnicas Azuis


O jornal Público e a editora ASA vão editar a BD humorística assinada pela dupla Cauvin/Lambil, que tem como pano de fundo a Guerra da Secessão.

São 15 títulos para colecionar com alguns álbuns inéditos e outros há muito esgotados.
Uma edição em capa dura, 48 páginas, com um desenho no conjunto de lombadas que todos vão querer colecionar.

Será já a partir do dia 9 de Novembro que os leitores do jornal Público poderão adquirir estes livros, todas as quartas-feiras, por mais 6,95€. 



Em Portugal, a série foi parcialmente publicada em álbuns pela Edinter e, mais tarde, pela ASA. A revista Jornal da BD também publicou alguns episódios da série.

Eis a bibliografia portuguesa:
  • Os fora-da-lei (Outlaw), 1973, Salvérius/Lambil e Cauvin, Álbum Edinter [1986]; Jornal da BD #235
  • Os azuis da marinha (Les bleus de la marine), 1975, Lambil e Cauvin, Álbum Edinter [1984]; Jornal da BD #137 a #145
  • Os cavaleiros do céu (Les cavaliers du ciel), 1976, Lambil e Cauvin, Álbum Edinter [1984]; Jornal da BD #135
  • A grande patrulha (La grand patrouille), 1976, Lambil e Cauvin, Álbum Edinter [1986]
  • Os Azuis a preto e branco (Des bleus en noir et blanc), 1977, Lambil e Cauvin, Álbum Edinter [1986]
  • Os Azuis tornam-se cossacos (Les Bleus tournent cosaques), 1977, Lambil e Cauvin, Álbum Edinter [1985]
  • Os Azuis na lama (Les bleus dans la gadoue), 1977, Lambil e Cauvin, Álbum Edinter [1986]; Jornal da BD #219
  • O frade (El Padre), 1981, Lambil e Cauvin, Álbum Edinter [1986]; Jornal da BD #227
  • A recruta dos azuis (Blue Retro), 1981, Lambil e Cauvin, Álbum Edinter [1986]
  • O submarino David (Le David), 1982, Lambil e Cauvin, Álbum Edinter [1985]
  • Réquiem por um azul (Requiem pour un Bleu), 2003, Lambil e Cauvin, Álbum ASA [2003]