3 de novembro de 2017

Arabelle - Ensaio de quadriculografia portuguesa

Ficha técnica:
Juvenil
(França) France Soir #1790, 3 de Maio de 1950 - Nouveau Tintin #84, 19 de Abril de 1977
Jean Ache (argumento e desenhos)
Estreia em Portugal: Tintin #32/8º ano: 27 de Dezembro de 1975

A pequena sereia, Arabelle, é a última representante da espécie na Terra. O seu único desejo é viver com os humanos, algo que lhe é possibilitado pelo cirurgião H. G. V. Bimbleton, transplantando-lhe um par de bonitas pernas. Já humana, Arabelle, em companhia do seu eterno amor Fleur-Bleue e o pequeno macaco Kouki, vive ternas e poéticas aventuras. Jean Ache iniciou esta série no jornal France Soir, onde publicou 3.500 tiras diárias. 

Quadruculografia portuguesa:
  • Cuidado com as sereias! (Méfiez-vous des sirènes !), 1972, Tintin #20 a 41/9º ano 
  • As sereias estão entre nós (Les sirènes sont parmi nous), 1972, Tintin #32 a 47/8º ano
[actualizado a 1-2-2015]

A editora Goody faz uma pausa temporária na edição das revistas Tio Patinhas, Donald e Mickey


Após a despedida, no passado mês de Agosto, da revista Comix, com a edição número 200, chegaram às bancas, pela mão da editora Goody, três novas revistas de banda desenhada Disney: Tio Patinhas, Donald e Mickey.

O primeiro ciclo de onze números, com uma tiragem total de 110.000 exemplares, ficou completo com as edições Tio Patinhas #1 a #4, Donald #1 a #4 e Mickey #1 a #3.

Fruto da necessidade de ser feita uma avaliação da resposta que o mercado tem dado a esta mudança de paradigma, foi decidido interromper temporariamente a edição destas três publicações.

Se, por um lado, as revistas foram bem recebidas pelos leitores, por outro, detectou-se a existência de aspectos na configuração do produto que deverão ser repensados sem colocar em causa a natureza deste tipo de publicação.

É compromisso da editora Goody completar a sua avaliação com a recolha e análise atenta de todas as reacções da comunidade de leitores, sempre com o intuito de assegurar a qualidade e pertinência dos produtos que disponibiliza.

O objectivo será garantir que, no primeiro trimestre de 2018, as publicações voltem reconfiguradas e preparadas para um novo ciclo de banda desenhada Disney em Portugal.

A sequência da numeração será salvaguardada de modo a assegurar que as novas revistas continuem a colecção iniciada em 2017.

A editora mantém-se a ambição de, não só continuar a contar com o entusiasmo dos leitores habituais, mas também de cativar novos leitores dos 8 aos 80 anos!

Qualquer questão, sugestão ou observação deverá ser remetida para a equipa de marketing da editora Goody que estará sempre disponível para responder a todas as mensagens:

Sofia Macedo | Gestora de Marketing
sofia.macedo@goody.pt | M. +(351) 938 011 152

Fernando Vasconcelos | Diretor Comercial e de Marketing
fernando.vasconcelos@goody.pt | M. +(351) 96 200 41 05

2 de novembro de 2017

Bob e Bobette - Ensaio de quadriculografia portuguesa

Ficha técnica:
Aventura
De Nieuwe Standaard, 30 de Maio de 1945
Willy Vandersteen (texto e desenho)
Outros autores: Estúdios Vandersteen
Estreia em PortugalDiabrete #730, 25 de Junho de 1950
Outras publicações: Mundo de Aventuras (1ª fase)Nau Catrineta, Álbum Bonecos Rebeldes

A gentil Bobette vive com a sua tia Sidonie e com a sua boneca Franfeluche, mais tarde, rebaptizada de Fanchon. Um dia, Bobette Sidonie recolhem um rapaz naufragado chamado Bob. A partir de então, Bob e Bobette vivem dezenas de aventuras, viajando no mundo e no tempo através da Télétemps, uma máquina inventada pelo professor Barabas. Este trio é acompanhado pelos vizinhos Lambic e Gerónimo, um homem com uma força hercúlea e uma forma de falar peculiar.

A partir de 1951, a série passa a ser concebida através dos Estúdios Vandersteen, concebido por Willy Vandersteen para produzir as várias séries que havia criado.

Quadriculografia portuguesa:
  • O mistério do quadro flamengo (Le fantôme espagnol), 1948, Diabrete #730 a #866
  • A corneta mágica (Le trompette magique), 1952, Mundo de Aventuras (1ª fase) #240 a #292
  • O paraíso dos cães (Le paradis des chiens), 1962, Bonecos Rebeldes [2007]
  • A dama de ouros (La dame de carreau), 1962, Bonecos Rebeldes [2007]
  • Pepita, a égua doirada (Le cheval d'or), 1969, Nau Catrineta #1 a #61
  • O mistério dos discos voadores (Les Martiens sont-lá!), 1972, Nau Catrineta #62 a #123
[actualizado em 5-1-2015]

1 de novembro de 2017

Robert e Bertrand - Ensaio de quadriculografia portuguesa

Ficha técnica:
Aventura
(Bélgica) De Standaard, 30 de Novembro de 1972
Willy Vandersteen (argumento e desenho)
Estreia em Portugal: Boy #1, 1979


Robert Macaire e o seu amigo Bertrand são dois vagabundos que percorrem as estradas, confrontando-se com as vicissitudes da vida, mas sempre com bom humor.


Quadriculografia portuguesa:
  • O diabo do vale das rosas (Le diable du val aux roses), 1975, Boy #1
[actualizado em 5-1-2015]

Top das vendas de BD em França de 16 a 22 de Outubro de 2017

1º lugar (novo)
Astérix #37: Astérix et la Transitalique
Didier Conrad, Jean-Yves Ferri
Éditions Albert René

2º lugar (-1) [3ª semana]
Largo Winch #21: L’Étoile du matin (version classique)
Philippe Francq, Éric Giacometti
Dupuis

3º lugar (-1) [3ª semana]
Les Légendaires #20: World Without : Le Royaume des larmes
Patrick Sobral
Delcourt


Artur, o Fantasma Justiceiro - Ensaio de quadriculografia portuguesa


Ficha técnica:
Arthur, le fantôme justicier
Humorístico
(França) Vaillant #449, de 20 de Dezembro de 1953 – Pif #980, de 5 de Janeiro de 1988.
Jean Cézard
Estreia em Portugal: O Falcão (1.ª série) #1, 28 de Dezembro 1958
Outras publicações: Mundo de Aventuras (1.ª fase)

Artur, o pequeno fantasma justiceiro, tem uma origem bem diferente do habitual dos seres da sua espécie, pois “nasce” já como pequeno ente fantasmagórico, com pai e mãe fantasmas, na torre mais alta do seu castelo medieval.
As suas primeiras aventuras têm justamente a Idade Média como pano de fundo, mas depois será visto um pouco por todo o lado, desde as grandes cidades ao Velho Oeste e mesmo a Pré-História, já que tem a capacidade de viajar pelo tempo e pelo espaço.
O pequeno ser branco, parcialmente antropomorfizado – tem dois braços e distinguem-se dois buracos no lugar dos olhos -, é de natureza afável e não prescinde de um elevado sentido de justiça, pelo que com facilidade faz amigos e está sempre pronto a defender os mais fracos, na melhor tradição dos heróis.
De entre as inúmeras pessoas que conhece, destaca-se o Pére Passe-Passe, um mágico diplomado que durante vários episódios será companheiro de aventuras do fantasminha e até terá direito a vários episódios como protagonista.
Das páginas de Artur para série própria saltam também os extraterrestres Rigolus Tristus, dois povos rivais encontrados aquando de uma viagem a um distante planeta verde e vermelho.
Artur, o fantasma justiceiro foi uma das âncoras da revista Vaillant e depois do Pif-Gadget, que lhe sucedeu, permitindo a Cézard a consagração que antes não tinha conseguido, quando apostava em ser desenhador realista.
O seu traço humorístico, elegante e detalhado, é de grande nível logo no início da série, em 1953, e não vai perder qualidade até 1977, ano da sua morte precoce, com 53 anos apenas.
A nível de argumento, Cezard é competente, especialmente nos primeiros episódios, mais longos e com enredos elaborados. Numa segunda fase, o espartilho das histórias curtas limita de forma clara.
Depois de Cézard, ainda houve uma continuação, já nos anos 80, por iniciativa do desenhador romeno Mircea Arapu, ajudado por dois históricos argumentistas “da casa”, Jacques Kamb e Maric.
Em Portugal, a série ocupa toda a primeira série de O Falcão (em 1958), com excepção de um número apenas. Num formato condigno, vemos as primeiras deambulações de Artur, desde o seu nascimento. Depois, o simpático fantasma só regressa em 1964, para uma história curta, nas páginas do Mundo de Aventuras, na sua fase pequena. É no #868 da primeira série da revista e “Em cheio no alvo” tem a curiosidade de ser a primeira história curta.

Filipe Bravo

Quadriculografia portuguesa:
  • Artur, o fantasma (Arthur, le fantôme justicier), 1954, O Falcão (1.ª série) #1 a 82, com excepção do 17
  • Em cheio no alvo (En plein dans le mille), 1964, Mundo de Aventuras (1.ª série) #868
[actualizado a 2-1-2015]

O ateneu, uma novidade em português de Marcello Quintanilha

A obra em epígrafe encontra-se já disponível no 28º Amadora BD, que decorre de 27 de Outubro a 12 de Novembro, e onde a Polvo marca presença com stand próprio.

No auditório do núcleo central do Festival, no Fórum Luís de Camões, está prevista uma apresentação do livro a 4 de Novembro, pelas 15h, com a presença de Marcello Quintanilha e do editor, Rui Brito.

Às 16 horas, o autor fará uma visita guiada à sua exposição, "O cronista Quintanilha", que inclui pranchas originais dos seus livros "Tungsténio", "Talco de vidro", "Fealdade de Fabiano Gorila" e "O ateneu".

As sessões de autógrafos estão agendadas, na zona comercial do evento, para o dia 4 de Novembro das 17h às 18:30h e para o dia seguinte, das 15h às 18h.

O LIVRO

Sérgio, de 11 anos, tem de largar os brinquedos, o conforto caseiro e o carinho dos pais, para iniciar uma nova fase da sua vida: o internato. É por isso matriculado no renomado Ateneu, comandado pelo ilustre director Aristarco, uma figura ostensiva e luxuosa. Se a princípio se deslumbra com a aura de excelência que envolve o colégio, depressa se vê sozinho num ambiente que lhe é estranho. Um sistema repressor que fomenta a hostilidade entre estudantes faz com que as suas ilusões rapidamente se esfumem. Sérgio tem de ser forte o bastante e aprender a lutar para se impor e sobreviver.
Não deixando de lado o texto original de Raul Pompeia, Marcello Quintanilha cria uma obra-prima em banda desenhada, adaptando com mestria o realismo crítico e o tom impressionista presentes no clássico da literatura brasileira.


O AUTOR

Marcello Quintanilha nasceu em Niterói, Brasil, em 1971. Começou, ainda adolescente, por desenhar histórias sobre artes marciais com o pseudónimo de Marcello Gáu. Mais tarde, em 2003, envolve-se na série “Sept balles pour Oxford”, para uma editora belga, com argumento do argentino Jorge Zentner e do espanhol Montecarlo. Estabelece-se, a partir de 2002, em Barcelona. Ilustrações suas surgem desde então nos jornais espanhóis “El País” e “Vanguardia”. Ao mesmo tempo, continua a produzir álbuns para o público brasileiro. Em 2005, foi dado à estampa “Salvador”. Seguiram-se “Sábado dos meus amores” (2009), “Almas públicas” (2011) e “O ateneu” (2012). “Tungstênio” (2014), “Talco de vidro” (2015) e “Hinário nacional” (2016) são os seus mais recentes trabalhos.
A edição francesa de “Tungsténio” foi premiada no Festival Internacional de Banda Desenhada de Angoulême (França) de 2016. Ainda em 2016 vence, no Brasil, um HQMix (categoria “Destaque Internacional”) pelas edições portuguesas de “Tungsténio” e “Talco de vidro”. Dose repetida em 2017. “Tungsténio” dará um filme.

O ateneu, Marcello Quintanilha, Polvo, 84 pp., cores e p&b, capa a 4 cores com badanas, 13,99€