31 de maio de 2021

Entradas na minha biblioteca de BD em Maio de 2021

   

Álbuns

  • Gus #1: Nathalie, Gradiva [2021]
  • Colecção Integral Astérix #30, Salvat [2021]
  • Colecção Integral Astérix #31, Salvat [2021]
  • Colecção Integral Astérix #32, Salvat [2021]
  • Os Escorpiões do Deserto: Obra Completa #3, Ala dos Livros [2021]
  • Peter Pan #3: Tempestade, Público/ASA [2021]
  • Murena #10: O banquete, ASA [2021]
  • Lena: Edição integral, Arte de Autor [2021]
  • Peter Pan #4: Mãos vermelhas. Público/ASA [2021]
  • Notre Dame de Paris, Levoir/RTP [2021]
  • Fahrenheit 451, Relógio D'Água [2021]

Revistas

  • Les Cahiers de la BD #14, avril-juin 21
  • dBD #153, mai 2021
  • Casemate #146, mai 2021
  • Les Amis de Hergé #71, printemps 2021
  • Tintin c'est l'aventure #8, juin-août 2021

Livros

  • Le mystére Edgar P. Jacobs, Éditions Maia [2021]

Para-BD

  • Suporte para livros Astérix, Salvat [2021]

30 de maio de 2021

Alix Senator #1: Águias de sangue

A Gradiva obteve os direitos para Portugal de Alix Senator, um spin-off de Alix, personagem criado em 1948 por Jacques Martin, o jovem gaulês feito patrício romano, tem agora uma nova vida já como senador. Criado em 1948 para se juntar à galeria de heróis da revista Tintin, Alix não só colocou o nome de Jacques Martin no mapa dos nomes de referência da banda desenhada franco-belga como abriu caminho para várias outras representações de figuras e lugares dos tempos da Roma antiga.

Até 1985 Jacques Martin criou um corpo inicial de álbuns que deram vida a Alix, desenvolvendo não apenas a personalidade do jovem gaulês adoptado por um patrício romano, mas com ele viajando a vários destinos possíveis no quadro do mundo conhecido de então (no ponto de vista ocidental, claro).

A morte do seu criador, em 2010, não o afastou dos livros. E desde então, apenas pela mão de novas equipas de argumentistas e desenhadores, Alix continuou a conhecer novas aventuras em álbum e a viajar a novos destinos nessa outra série paralela. A maior das novidades póstumas da vida desta figura criada por Jacques Martin chegou em 2012 com a criação de uma outra série de aventuras que, sob a designação Alix Senator, nos transportam para uma época posterior à das narrativas da série “clássica”, com o protagonista agora um adulto, na casa dos 50 anos, habitualmente acompanhado pelo seu filho Titus e por Kephren, filho de Enak, o seu velho parceiro egípcio entretanto dado como desaparecido.

Roma, ano XII aC. O imperador Augusto é um homem poderoso. Alix tem mais de 50 anos. É um senador. Enquanto a paz parece finalmente reinar no Império, Agripa, genro de Augusto, é morto selvaticamente por uma águia, o pássaro de Júpiter. Ataque político ou maldição divina? Caberá a Alix descobrir o que se esconde por detrás dessa morte misteriosa. Com a ajuda de Tito, o seu filho, e Khephren, filho do seu companheiro desaparecido Enak, ele descobrirá que um terrível inimigo se instalou no coração de Roma. Um novo fôlego narrativo que se abre para a famosa personagem criada por Jacques Martin: tendo-se tornado um senador de Roma ao entrar na meia-idade, Alix vive novas e agitadas aventuras imaginadas por Valérie Mangin e sumptuosamente ilustradas por Thierry Démarez.

Alix Senator #1: Águias de sangue, Thierry Démarez e Valérie Mangin, Gradiva, 56 pp., cor, capa dura, 16,50€

27 de maio de 2021

Exposição José Ruy e os Quadrinhos

 


Colecção Clássicos da Literatura em BD #9: Notre-Dame de Paris

O célebre romance de Victor Hugo Notre-Dame de Paris é o nono volume da colecção Clássicos da Literatura em BD apresentada pela Levoir e a RTP, em banca e livrarias a partir de hoje.

Poeta, romancista e dramaturgo, Victor Hugo  é considerado o mais notável escritor romântico francês, entre as suas obras destaca-se Os Miseráveis.

A história tem como centro a tragédia do corcunda Quasímodo, que ainda criança foi abandonado pela família por ser todo deformado e da cigana Esmeralda também ela com uma história de vida trágica. Notre-Dame de Paris é uma história admirável e ao mesmo tempo triste, com amores platónicos e até impossíveis.

O enredo agitado da narrativa dá-se diante da paixão arrebatadora do Arquidiácono Claude Frollo pela cigana Esmeralda. Um sentimento patológico disposto a qualquer tipo de insanidade, inclusive infringir leis e cometer crimes.

A obra acontece em Paris no ano de 1482, e pretendia ser um retrato da sociedade e da cultura francesa do século XV, funcionando enquanto representação histórica desse período.

Victor Hugo pretendia chamar a atenção dos franceses para a riqueza estética e histórica da catedral, para que esta começasse a ser restaurada, pois o seu estado estava muito degradado.

O livro, com o seu enorme sucesso, cumpriu a missão: começou a atrair cada vez mais turistas para o local, o que levou a França a parar de negligenciar a catedral, tornando-a assim um dos monumentos mais visitados de Paris. A Catedral sofreu em 2019 um incêndio que foi retransmitido por todos os media e ao qual o Mundo assistiu com consternação pela destruição de um símbolo histórico e de um património cultural de referência, encontra-se actualmente em restauração estando a sua reabertura prevista para 2024.

Colecção Clássicos da Literatura em BD #9: Notre-Dame de Paris, Jean-Marie Michaud Claude Carré, Levoir/RTP, 64 pp., cor, capa dura, 10,90€

Peter Pan #4: Mãos Vermelhas

Vai hoje para as bancas o quarto volume da colecção Peter Pan, de Loisel, uma edição da parceria ASA/Público.

No país imaginário, Peter tem as mãos sujas de sangue. O seu amigo Pan está gravemente ferido e Peter opera-o, na esperança de o salvar. Infelizmente o jovem sucumbe pouco depois, para grande desespero de Peter.

Após um longo período de distúrbios psicológicos, Peter conclui que o capitão é o único culpado da situação e decide vingar-se. Peter torna-se Peter Pan

De regresso a Londres, Peter procura os seus companheiros e propõe-lhes que o acompanhem até ao país imaginário. Narigudo, Rose, Meia-Leca, Porcalhote, Criqui… todos aceitam.

Mas quem é esse vulto que, a coberto da noite e do nevoeiro, vagueia pelas ruas de Londres deixando atrás de si um rasto de vítimas degoladas? Será Jack, um sujeito no mínimo misterioso?

A primeira vítima chama-se Mary Ann Nichols

Peter Pan #4: Mãos Vermelhas, Regis Loisel, ASA/Público, 64 pp., cor, capa dura, 10,90€

24 de maio de 2021

O fim da saga Novos X-Men: Volume 4: Planeta X

A partir de hoje, 24 de Maio sai para as bancas o novo livro: NOVOS X-MEN: PLANETA X. O título também estará disponível em lojas especializadas seleccionadas de todo o país.

O enfant terrible escocês, argumentista de obras como Batman: Asilo Arkham, Animal Man, We3 - ArNIMAIS ou All Star Superman, revolucionou os Filhos do Átomo no século XXI, arrancando com um ataque devastador a Genosha, a ilha destinada aos mutantes, mero ponto de partida para um épico vertiginoso e arrebatador. 

A G. Floy Studio tem o prazer de apresentar o quarto e último volume da saga nomeada para os Prémios Eisner, incluindo a conclusão inédita em Portugal, ilustrada pelos bem conhecidos Phil Jimenez (Mulher-Maravilha, The Invisibles) e Marc Silvestri (Uncanny X-Men, Darkness).

A história dos X-Men mistura-se com a do seu arqui-inimigo, o terrorista mutante conhecido como Magneto, o Mestre do Magnetismo, feroz opositor do ideal de coexistência pacífica entre mutantes e humanos preconizado pelo Professor Xavier. Quando tudo parecia indicar que Magneto tinha finalmente encontrado o seu fim, eis que este regressa das sombras com o plano definitivo de extermínio da raça humana, e caberá mais uma vez aos X-Men contrariar os desígnios da sua eterna Némesis. Porém, num aparente epílogo, 150 anos no futuro, uma ameaça ainda maior faz perigar não só a existência dos mutantes, mas de toda a vida senciente e do próprio Universo.

Qual será o papel da Fénix renascida, e que repercussões se farão sentir no presente dos X-Men e de toda a humanidade?

Este é o quarto e último volume que colecta toda a fase escrita por Grant Morrison, em edições de luxo de capa dura e formato prestige.

Os Novos X-Men, foi uma das sequências mais inovadoras na história dos X-Men de uma forma que nunca mais foi replicada. A série renovou quase tudo sobre a equipa dos super-heróis mutantes mais famosos da Marvel, desde os seus uniformes até seu status público, e introduziu uma série de novas ideias que a franquia explorou a partir de então.

Originalmente publicado em formato comic como New X-Men #146-154 (2003-4)

Novos X-Men Volume 4 - Planeta X, Grant Morrison, Phil Jimenez e Marc Silvestri, G. Floy Studio Portugal, Formato deluxe, capa dura, 256 pp., cor, €28

22 de maio de 2021

Fahrenheit 451 — O Romance Gráfico

A editora Relógio d'Água continua a apostar na edição de clássicos da literatura em novelas gráficas. Desta vez é a a adaptação autorizada, com introdução do autor, Ray Bradbury. de Fahrenheit 451.

Fahrenheit 451 é um livro recomendado para o Ensino Secundário como sugestão de leitura.

O sistema era simples. Toda a gente compreendia. Os livros deviam ser queimados, juntamente com as casas onde estavam escondidos...

Guy Montag era um bombeiro cuja tarefa consistia em atear fogos, e gostava do seu trabalho. Era bombeiro há dez anos e nunca questionara o prazer das corridas à meia-noite nem a alegria de ver páginas consumidas pelas chamas... Nunca questionara nada até conhecer uma rapariga de dezassete anos que lhe falou de um passado em que as pessoas não tinham medo. E depois conheceu um professor que lhe falou de um futuro em que as pessoas podiam pensar. E Guy Montag apercebeu-se subitamente daquilo que tinha de fazer... 

De implicações assustadoras, a forma como reconhecemos o nosso mundo naquele que é retratado em Fahrenheit 451 é impressionante.

«Na versão definitiva do romance, que é a aqui ilustrada, tornei a chamar ao palco todas as minhas personagens e a passá-las pela máquina de escrever, deixando que os meus dedos contassem as histórias e trouxessem à luz os fantasmas de outros contos e de outros tempos.» [Do Prefácio do Autor]

SOBRE OS AUTORES:

Ray Douglas Bradbury nasceu a 22 de Agosto de 1920, em Waukegan, no Ilinóis, nos EUA, tendo falecido em Junho de 2012, em Los Angeles. Bradbury começou a escrever muito novo, passando, na adolescência, muito tempo a ler na biblioteca da sua cidade natal. Aos dezassete anos, publicou a sua primeira narrativa de ficção científica na revista Imagination!. Após concluir os estudos secundários em Los Angeles, decidiu não frequentar a universidade. Em vez disso, vendeu jornais nas ruas, continuando a ler nas bibliotecas e a publicar contos de ficção científica. Em novembro de 1941, publicou Pêndulo, o primeiro trabalho que lhe foi pago. Em 1942, era já escritor a tempo inteiro, tendo o seu primeiro livro, Dark Carnival, uma antologia de contos, sido publicado em 1947. Ray Bradbury tornou-se particularmente conhecido por Crónicas Marcianas, escrito em 1950, e sobretudo por Fahrenheit 451, um romance distópico saído em 1953. Além de ficção científica, frequentou ainda outros géneros, escrevendo vários argumentos televisivos e cinematográficos. O The New York Times considerou que Bradbury foi “o escritor que mais contribuiu para levar a moderna ficção científica ao mainstream literário”.

Tim Hamilton tem colaborado artisticamente com a New York Times Book Review, a Cicada, a King Features, a Boom! Studios, a Mad, a DC Comics, a Dark Horse Comics, a Toybiz e a Nickelodeon Magazine. É também membro fundador do colectivo de banda desenhada online activatecomix.com, onde serializou as suas histórias Pet Sitter e Adventures of the Floating Elephant. Adaptou recentemente A Ilha do Tesouro de Robert Louis Stevenson a romance gráfico.

Fahrenheit 451 — O Romance Gráfico, Tim Hamilton, Relógio d'água, 168 pp., cor, capa mole, 17€