Tudo começa quando é descoberta uma mão humana abandonada numa latrina em Saint-Lazare. No mesmo dia, Adèle escapa por pouco a uma tentativa de assassinato. Uma sucessão de acontecimentos estranhos leva-a a investigar o sinistro doutor Chou, envolvido em experiências de clonagem humana que desafiam a razão. Pelo caminho, reaparecem figuras conhecidas da série, como Lucien Brindavoine e o conspirador Chalazion, entre outros excêntricos habitantes deste Paris tão vivo quanto grotesco.
Visualmente, Tardi mantém o seu traço inconfundível — um Paris meticulosamente desenhado, cheio de atmosferas sombrias, ironia e personagens deformadas pela loucura e pela hipocrisia social. O Labirinto Infernal é, como o próprio título sugere, uma viagem caótica e intrigante pelos becos da mente humana e pelos excessos da ciência moderna.
A crítica recebeu o álbum com opiniões divididas: uns elogiaram o regresso da heroína e a riqueza visual, outros acharam o enredo confuso e menos inspirado do que os primeiros volumes. Ainda assim, este livro continua a ser uma peça essencial para quem acompanha a saga de Adèle Blanc-Sec — uma das personagens femininas mais fascinantes e irreverentes da BD europeia.
Adéle Blanc-Sec #9 – O Labirinto Infernal, Jacques Tardi, Levoir, 56 pp., cor, capa dura, 16,95€


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