31 de julho de 2020

Entradas na minha biblioteca de BD no mês de Julho

Álbuns

  • O castelo dos animais #1, Arte de Autor [2020]
  • Lenine, Gradiva [2020]
  • O Guardião, agente secreto do Vaticano #2, Gradiva [2020]
  • Os Filhos de El Topo #2, Arte de Autor [2020]
  • Lucky Luke: O justiceiro, Meribérica [1980]
  • Maré baixa, Meribérica [1999]
  • Operação Overlord #1, ASA [2020]
  • Operação Overlord #2, ASA [2020]
  • Astérix: O filho de Astérix, Salvat [2020]
  • Astérix: Astérix legionário, Salvat [2020]
  • Astérix: Astérix entre os belgas, Salvat [2020]
  • Operação Overlord #3, ASA [2020]

Revistas

  • Tintin c'est l'aventure #5, juin-nov 2020
  • dBD #5, septembre 2006
  • Casemate #136, juillet-août 2020
  • Les Cahiers de la BD #11, juin-sept 2020
  • HistoriaBD #3, juin-août 2020

Livros

  • GeoBook Tintin: 110 pays, 7000 idées, Moulinsart [2017]
  • Sur les les traces de Tintin à Baker Street - Étude, Mac Guffin Éditions [2012]

Outros


Colecção Integral Astérix #13: Astérix entre os belgas

"Astérix entre os belgas" ("Astérix chez les Belges") é o último da série escrita por René Goscinny, falecendo durante a produção do episódio. As oito últimas páginas foram escritas por Albert Uderzo, que desenhou na última vinheta um coelhinho chorando. Trata-se de um afecto ao facto de Goscinny costumava chamar a esposa de "mon lapin". O episódio foi originalmente publicado no jornal Le Monde em 1979.

Os romanos do campo entrincheirado de Laudanum regressam traumatizados de uma campanha na Bélgica. O próprio Júlio César descreveu os belgas como os mais valentes de todos os povos da Gália. Abraracourcix, indignado, decide ir e ver por si mesmo para defender a reputação dos gauleses. Astérix, Obelix e Dogmatix escoltam-no com pouco entusiasmo. Chegados à Bélgica, os gauleses encontram uma tribo belga e decidem organizar uma competição arbitrada pelo próprio César: qual dos três gauleses e a tribo belga destruirão mais campos romanos da região. César, criticado pelo Senado em Roma pela sua campanha, vai ganhando terreno, viajando para a Bélgica, onde aprende mais sobre a competição entre gauleses e belgas. Irritado, planeia um ataque à planície para derrotar os belgas de uma vez por todas. Durante a batalha, de facto, o exército de César ganhou a ascensão sobre os seus adversários que se retiram, mas a intervenção dos três gauleses muda o curso da batalha. Antes de regressar a Roma, César entrega o seu veredicto sobre a competição: os gauleses e os belgas são tão loucos quanto os outros. Assim, os banquetes belgas e gálicos finais acontecem para comemorar isso.

A aventura estreia-se em Portugal num álbum da Livraria Bertrand em 1979. O episódio será reeditado em  álbum pela Meribérica [1989], ASA [2008] e Público/ASA [2013]. Também é publicado em continuação pelo Jornal da BD nos seus oito primeiros números. 

Esta edição da Salvat possui os seguintes extras: "Astérix na terra da banda desenhada", "As viagens de Astérix" e "Era uma vez dois belgas".

Colecção Integral Astérix #13: Astérix entre os belgas, Albert Uderzo e René Goscinny, Salvat, 64 pp., cor, capa dura, 10,90€

30 de julho de 2020

Operação Overlord #3: A bateria de Merville

A ASA, em parceria com o  jornal Público, continua com a edição da série sobre a Segunda Guerra Mundial, Operação Overlord. Este volume intitula-se "A Bateria de Merville" ("La batterie de Merville", 2014).

1944, Campo de Bulford, Inglaterra. Adrien Bellefontaine, voluntário canadiano e artista nos tempos livres, faz esboços dos seus camaradas, durante o treino para a Operação Overlord. No coração do countryside inglês, foi reconstituída com todo o rigor a bateria de Merville, um objectivo estratégico crucial. Esta peça de artilharia alemã que ameaça Sword Beach tem de ser desmantelada a todo o custo para facilitar o desembarque das forças aliadas nas praias da Normandia. A unidade de pára-quedistas de Adrien tem como missão proteger o flanco esquerdo do batalhão encarregado de se apoderar da bateria. Embora não fosse essa a sua missão inicial, o jovem canadiano irá participar no ataque contra a sua vontade.


Operação Overlord #3: A bateria de Merville, Davide Fabbri e Bruno Falba, ASA, 48 pp., cor, capa dura, 9,90€


Colecção Integral Astérix #12: Astérix legionário

"Asterix, o Legionário" ("Astérix, le Légionnaire") é a décima aventura da série, publicada originalmente na revista Pilote (#368 ao #389) em 1966 e 1967. 

Astérix e Obelix ao irem para a habitual caça ao javali encontram Panacea, uma ex-residente de infância da aldeia que se mudou para Condatum. Obelix imediatamente se sente apaixonado pela amiga. Algumas horas depois, Panacea recebe a notícia de que o seu noivo Tragicomix foi recrutado pelo exército romano e enviado para o norte da África. Obelix, embora de coração partido, promete trazê-lo de volta. Astérix e Obelix viajam para Condatum, onde descobrem que Tragicomix já partiu para Massilia. Assim, os dois gauleses alistam-se no exército romano para o poderem segui-lo. Após concluir o treino básico, a unidade recém-formada parte como reforço para César contra Cipião, Afranius e o rei Juba I da Numídia. Astérix e Obelix logo descobrem que Tragicomix desapareceu em acção após uma escaramuça e invadem o acampamento de Cipião para o recuperar. Esta acção resulta na Batalha de Thapsus, na qual a confusão sobre o ataque não-ortodoxo dos gauleses e a semelhança dos uniformes de ambos os exércitos dão uma vitória a César. Os gauleses são encurralados por César após o término da batalha, mas são libertados como agradecimento pela ajuda na vitória de César. Regressados a casa, Astérix e Obelix celebram o feito, enquanto Panacea e Tragicomix retornam a Condatum para se casarem.

A aventura estreou-se em Portugal em 1968 através da revista Tintin que a publicou em continuação entre os números #27 e #48 do 1º ano. Mais tarde, é publicada em álbum pela Livraria Bertrand [1974], Meribérica [1987], ASA [2007] e Público/ASA [2013]. Em 1986, a revista Jornal da BD também publicou o episódio em continuação (#201 a #208). 

Nesta edição da Salvat, podemos encontrar os seguintes extras: "Um estranho par de legionários", "Legionários apaixonados" e "O exército na banda desenhada". 

Colecção Integral Astérix #12: Astérix legionário, Albert Uderzo e René Goscinny, Salvat, 64 pp., cor, capa dura, 10,90€

29 de julho de 2020

Colecção Integral Astérix #8: O filho de Astérix

"O filho de Astérix" ("Le fils d'Astérix") é o 27º álbum da série, publicado originalmente em 1983 com uma tiragem inicial de  um milhão e setecentos mil exemplares. O desenho e argumento foi de Albert Uderzo.

Astérix descobre um berço com um bebé loiro à sua porta. Os gauleses entendem que a criança lhes foi confiada para garantir a sua segurança. Brutus, à frente de uma guarnição num acampamento entrincheirado, pede ao legionário Taxensus e ao prefeito Epinedecactus (disfarçado de enfermeira gaulesa) para recuperarem o bebé, não o conseguindo. Posteriormente, Brutus envia o prefeito para incendiar a aldeia gaulesa, enquanto sequestra a criança e foge a bordo da galera pirata do Barba Vermelha, rumando a Brivates Portus. Mas Astérix e Obélix partem em busca da criança, voltando à aldeia com o bebé, enquanto os piratas decidem nadar até ao seu destino para evitar cruzá-los. Neste momento, César e Cleópatra chegam à aldeia. Ficamos a saber então que foi César quem enviou o seu bebé, Cesarião (o futuro Ptolomeu XVI), para impedir que fosse morto por Brutus, cioso de ser o herdeiro do trono do seu pai adoptivo. Os gauleses são convidados por César e Cleópatra para o banquete final, enquanto as suas casas são reconstruídas pelas legiões de César e Brutus. Este é punido pelo seu pai adotivo, sendo enviado para a Germânia.

"O filho de Astérix" foi publicado no ano da sua estreia pela Livraria Bertrand. Mais tarde, foi reeditado pela Difusão Verbo [1987], Meribérica [1991] e ASA [2004].

A presente edição da Editorial Salvat tem os seguintes extras: "Uns pais muito engraçados", "Quem é este anjinho" e "Quando a criança parecia".

Colecção Integral Astérix #8: O filho de Astérix, Albert Uderzo, Salvat, 64 pp., cor, capa dura, 10,90€

Tropicária #1

A outra novidade da Midori é o primeiro volume da série Tropicária de Edson Masakiro.

Tropicária é o nome da ilha onde vive o jovem Hokui, conhecido por todos como O Rasgador de Baleias. Filho adoptado de pescador, desconhece as suas origens, mas reconhece a sua força e poder, graças aos seus treinos com Gatz, tornando-se um jovem aventureiro e destemido. Porém, uma organização criminosa chamada "Ordem Abrahadabra" ameaça a paz da ilha devido aos seus misteriosos e valiosos segredos. Hokui tentará detê-los ao mesmo tempo que tenta desvendar o enigma da sua própria existência.

Tropicária #1, Edson Masakiro, Midori Editora, 198 pp., capa dura, p&b, 10€

28 de julho de 2020

Spectrus - A paralisia do sono

Midori é uma nova editora nacional no campo da banda desenhada. Spectrus: A paralisia do sono de  Thiapa Spyked é uma das suas primeiras novidades, destinada a um público juvenil.

Conta a história de uma jovem rapariga, dotada de criatividade e inteligência, que tem a sua consciência roubada após sofrer uma paralisia do sono.

O responsável do roubo é Gloor, uma entidade do mundo dos sonhos e o Rei da Criatividade que deseja ter em sua posse as essências criativas mais poderosas do mundo, sendo a jovem o alvo perfeito. Presa neste mundo, Lila tem a missão de recuperar a sua consciência, quebrada em três fragmentos: a razão, a sanidade e a criatividade, para conseguir voltar a acordar.

Trata-se de uma aventura recheada de amizade, amor e companheirismo, com uma mensagem inesquecível para todos os seus leitores.

Spectrus - A paralisia do sono, Thiapa Spyked, Midori Editora, 144 pp., capa dura, p&b, 15€

25 de julho de 2020

Baby Blues #37: Vá para Fora cá Dentro

A Bizâncio, editora especializada na edição de tiras cómicas norte-americanas, lançou o 37º volume de Baby Blues, a tira de Rick Kirkman e Jerry Scott. O volume com as desventuras da família MacPherson intitula-se Vá para fora cá dentro (Surviving the Great Indoors), editado nos EUA em Outubro de 2019. 

Baby Blues #37: Vá para Fora cá Dentro, Rick Kirkman e Jerry Scott, Bizâncio, 164 pp., p&b, capa flexível, 12,60€

23 de julho de 2020

Operação Overlord #2: Omaha Beach

Foi hoje para as bancas com o jornal Público o segundo volume da série Operação Overlord numa edição da ASA.

1944, praias das areias de ouro, Normandia. O General Rommel dá as últimas instruções aos membros das forças de Axe para a defesa da frente normanda. Entre eles quatro jovens soldados alemães. Do outro lado, Robert Capa, fotógrafo de guerra, Hard Gund, alemão naturalizado americano e dois outros G.I. da Easy Company, recebem o briefing sobre a Operação Overlord. Dali a pouco tempo, entre o barulho das balas e das explosões de morteiros, tanto alemães como americanos vão conhecer o medo, as lágrimas e a morte. O seu sangue vai tingir de vermelho a areia daquela que ficou tristemente célebre como "Omaha Beach".

Operação Overlord #2: Omaha Beach, Davide Fabbri, Domenico Neziti e Michaël Le Galli, ASA, 48 pp., cor, capa dura, 9,90€



My Hero Academia #6:

Neste volume da série de My Hero Academia, lançado recentemente pela Devir, conta-no que após o Festival Desportivo, os alunos da classe 1-A começam os seus estágios. Midoriya tem muito a aprender com Gran Torino, que foi antes mentor de All Might. Noutro sítio, a Liga dos Vilões desencadeia um novo ataque aterrorizante!

My Hero Academia #6: Rastejando, Kohei Horikoshi, Devir, 128 pp., p&b, capa flexível, 9,99€

22 de julho de 2020

Paper Girls #4

Mais um volume desta série de Brian K. Vaughan e Cliff Chiang, editado pela Devir

Na maior e mais estranha das aventuras de Paper Girls até ao momento, Tiffany e as suas colegas distribuidoras de jornais são atiradas dos tempos pré-históricos para o ano 2000, onde finalmente conseguem obter algumas respostas para aquilo que se está a passar.

Paper Girls #4, Brian K. Vaughan e Cliff Chiang, Devir, 128 pp., p&b, capa flexível, 14,99€

21 de julho de 2020

Novos X-Men #2

Já está nas bancas desde quarta-feira passada o segundo volume de NOVOS X-MEN, a grande saga de Grant Morrison, uma das mais importantes histórias dos mutantes da Marvel de sempre. Este volume é primariamente ilustrado por Ethan Van Sciver e Igor Kordey, com alguns capítulos por Frank Quitely, John Paul Leon e Phil Jimenez.

Cada vez surgem mais mutantes em todo o mundo, nas cidades, nos desertos, nas selvas. E vão precisar de professores, de mentores, de pessoas que consigam ajudá-los a ultrapassar o seu medo e a sua cólera, e mostrar-lhes como usar os seus estranhos talentos de maneira responsável. Mas o maior mentor dos mutantes, o Professor X, está em coma, a morrer, preso no corpo arruinado da sua irmã gémea maléfica... Cassandra Nova possuiu o corpo de Xavier e fugiu em direcção às estrelas, depois da sua confrontação inicial com os X-Men. E agora, uma das mais poderosas mentes mutantes telepatas de sempre vai regressar à Terra - com o poder inteiro do império Shi’ar a apoiá-la!

Conseguirão os X-Men deter o seu assalto, quando nem um império interestelar o conseguiu?

O segundo volume de Novos X-Men resolve dois grandes arcos de história da saga de Grant Morrison, por um lado o conflito com Cassandra Nova, a irmã gémea do Professor Xavier, com um final surpreendente e que terá importantes consequências para o resto da história dos X-Men, e por outro, inicia uma nova sequência narrativa focada na Corporação X e nas suas actividades pelo mundo em prol dos mutantes, com a introdução de uma das personagens mais inovadoras (e populares) da série, o mutante renegado Fantomex. É, portanto, um volume chave da saga, mas queremos também chamar a atenção para um capítulo intermédio, que serve de transição entre os dois arcos de história, e que é talvez um dos mais belos capítulos soltos dos X-Men de sempre: a história Sobre Viver e Sobre Morrer (correspondente a New X-Men #127). 

Desenhado por John Paul Leon (com arte-final de Bill Sienkiewicz), este interlúdio foca-se em Xorn, o novo mutante introduzido anteriormente, e é uma reflexão profunda sobre os mutantes e a ideia da “alteridade” no meio da vida normal, e uma reflexão “metatextual” sobre este género de super-heróis, na medida em que mergulha fundo e de maneira realística nas desvantagens dos poderes mutantes, sobretudo daqueles poderes sem grande utilidade prática: poderes meio inúteis, ou nojentos, ou simplesmente inexplicáveis... Como é que as pessoas lidam com a existência dessas “diferenças” incompreensíveis no meio da sua sociedade, como evitam “desumanizar” esses mutantes ainda mais? Morrison está aqui no auge da sua escrita, numa pequena história ao mesmo tempo poética e filosófica, que inova conceptualmente em muito do que é a ideia do mutante no universo Marvel. E mais, chamamos a atenção dos leitores para os diálogos entre Xorn e o Prof. Xavier, já que estão cheios de um potencial terrível quanto ao futuro da saga, como veremos mais tarde! Mas por enquanto, realçamos esta história deste volume, um momento de transição com um desenho excelente e distinto do resto, uma pausa de inteligência e imaginação ainda maiores do que aquelas a que Morrison nos habituou na sua escrita.

Novos X-Men #2 [reúne os títulos New X-Men #122 a #133], Grant Morrison, Ethan Van Sciver,  Igor Kordey, Frank Quitely, John Paul Leon e Phil Jimenez, G. Floy, 304 pp., cor, capa dura, 30€

20 de julho de 2020

Les Cahiers de la BD #11

Já está disponível mais um número da revista de estudos de BD, Les Cahiers de la BD. Este número tem como tema central o humor. 

Xavier Fournier dedica um estudo a Matt Kindt, um inovador autor americano que também trabalha no mundo da banda desenhada. Fala-nos sobre as suas colaborações com os principais editores e os seus trabalhos mais pessoais, como "Mind MGMT", que acaba de ser lançado. 

Lucie Servin apresenta-nos um antigo repórter de banda desenhada, Joe Sacco, que após viajar pelo Médio Oriente, fala-nos agora sobre os ameríndios: o assunto de seu novo álbum, "Paying the Earth". 

Separado do seu antigo cúmplice Charles Berberian, Philippe Dupuy embarca em trabalhos que parecem distantes dos quadradinhos tradicionais. desenhando "Que nenni". 

Um retorno emocionante às origens do mangá em França com a história de Shouting Kill: a primeira revista dedicada aos quadradinhos japoneses no mercado francófono, lançada em 1978 por Atem Takemoto. Maël Rannou e Dominique Véret retornam a esta incrível aventura editorial e evocam um distante Festival de Angoulême, onde o grande Osamu Tezuka passou quase despercebido. 

"Smurfs of Smurfs": um pequeno artigo de Christian Marmonnier que evoca a vida quotidiana no Estúdios Peyo

Nicolas Tellop apresenta-nos vários álbuns de BD onde o argumento passa pela epidemiologia. A oportunidade de ver que os autores não esperaram o Covid-19 para imaginar situações muito piores.

O tema central dedicado ao humor totaliza cerca de quarenta páginas: breve história do humor das histórias em quadradinhos, humor e censura e alguns tesouros esquecidos do humor na BD. 

Les Cahiers de la BD #11,  juin-septembre 2020, 180 pp., cor, capa flexível, 12,90€

18 de julho de 2020

Os Passageiros do Vento #8: O sangue das cerejas - Livro 1

"O sangue das cerejas" ("Le Sang des cerises - Livre 1 - Rue de l'Abreuvoir", 2018) marca o regresso da série de François Bourgeon, Os Passageiros do Vento. A série, repartida por edições da Meribérica e da ASA, encontra-se totalmente editada em Portugal.

Para situarmos a narrativa, convém recordar que esta série é actualmente composta por 8 livros divididos por 3 ciclos. No primeiro ciclo (5 tomos), cujo tema central é a escravatura do século XVIII, vemos a jovem e rebelde Isabel de Marnaye embarcar num navio da Maryne Royale e mais tarde num navio negreiro, acabando por chegar a S. Domingo; no segundo, o ciclo A Menina de  Bois-Caïman, composto por dois tomos,  acompanhamos os passos de Zabo, a bisneta de Isa, em plena guerra de Secessão Americana; e neste terceiro ciclo, denominado O Sangue das Cerejas, previsto para dois tomos, Zabo faz-se chamar Clara e vive em Paris, onde a Comuna divide a sociedade.

Neste ciclo, estamos em Paris, 16 Fevereiro de 1885. Jules Vallès, escritor, jornalista e político ligado à Comuna Francesa, fundador, entre outros, do jornal Le Cri du Peuple falecera em Paris dois dias antes. A amnistia aos antigos elementos da Comuna verificara-se cinco anos antes, em 1880, e os Communards estão de regresso à capital francesa onde o ambiente é conturbado. Zabo, que há vinte anos se encontrava no Louisiana, está, também ela, no meio da imensa multidão que assiste ao funeral de Vallès, respondendo agora pelo nome de Clara. E quando Zabo vê uma jovem bretã recém-chegada a Paris ser maltratada, intervém…

Traduzida em 20 línguas e com mais de 6 milhões de exemplares vendidos desde o início da sua publicação, a série Os Passageiros do Vento, de François Bourgeon, é uma das grandes séries de culto da banda desenhada franco-belga.

"Uma das grandes sagas da banda desenhada histórica.” Le Figaro

Os Passageiros dos Ventos #8: O Sangue das Cerejas - Livro 1, François Bourgeon, Ala dos Livros, 96 pp., cor, capa dura, 22€ 

16 de julho de 2020

Operação Overlord #1: Sainte-Mére-Église

Iniciou-se hoje a publicação dos seis álbuns que compõem a série Operação Overlord que acompanha a maior operação de forças pára-quedistas da História. O primeiro volume, uma edição da parceria da editora ASA e do jornal Público, tem o desenho de Davide Fabbri e o argumento de Michael Le Galli. Tem o título de Sainte-Mére-Église, nome da cidade francesa que os Aliados terão de tomar, antes do glorioso Dia D. O álbum teve edição original em 2014.

Londres, Maio de 1944: aproxima-se o dia do desembarque na Normandia. A 82.ª companhia aerotransportada tem como missão garantir a segurança das estradas, pontes e zonas de aterragem no norte da península do Contentin. Para tal, deve tomar de assalto a cidade de Sainte-Mère-Église e mantê-la a todo o custo até à chegada dos reforços, que deverão desembarcar em Utah Beach. No comando, cinco militares vindos dos quatro cantos dos Estados Unidos. Cada um tem a sua história, os seus sonhos, as suas motivações. Cada um viverá o horror da guerra à sua maneira...

Operação Overlord #1 1 (de 6): Saunte-Mére-Église, ASA, Davide Fabbri e Michaël Le Galli, capa dura, cor, 48 pp., 9,99€ com o jornal



José Garcês (1928-2020)

O autor português de banda desenhada José Garcês, com mais de 70 anos de carreira, morreu na quarta-feira, aos 91 anos, disse à Lusa fonte próxima da família.

O nome de José Garcês está associado sobretudo à criação de BD documental com figuras e acontecimentos da História de Portugal, com um traço realista e detalhado, feito integralmente à mão, com tinta-da-china e aguarela.

A estreia na banda desenhada deu-se em 12 de Outubro de 1946, quando a revista O Mosquito publicou a história "Inferno verde". José Garcês, um jovem lisboeta então com 18 anos, tinha saído da escola António Arroio, com jeito para o desenho e vontade de fazer histórias em quadradinhos.

Depois de O Mosquito, para o qual fez quatro histórias, desenhou, entre outros, para a Cavaleiro Andante, Modas e Bordados, Mundo de Aventuras e também para as revistas Camarada e Fagulha, estas da Mocidade Portuguesa, organizações juvenis da ditadura de Oliveira Salazar.

A lista de revistas de BD com as quais colaborou é bastante extensa, à qual se junta uma ligação de duas décadas com a editora ASA, pela qual fez manuais escolares e percorreu o país em visitas a escolas e a partilhar esse entusiasmo pela banda desenhada e pela História.

Foi também pela ASA que saíram vários volumes da obra “A História de Portugal em BD”, coassinada com António do Carmo Reis, possivelmente uma das mais conhecidas de José Garcês.

Desenhou ainda outras obras biográficas sobre figuras históricas, como Bartolomeu Dias, Cristóvão Colombo e o rei João V, e publicou a história, em BD, de várias localidades, como Porto, Guarda, Faro e Pinhel.

Nascido em Lisboa, em 23 de Julho de 1928 – completaria em breve 92 anos –, José Garcês viveu e tinha atelier na Amadora, tendo doado parte do acervo ao município.

Em 1991 a autarquia a atribuiu-lhe a medalha municipal de mérito e o festival AmadoraBD distinguiu-o com o troféu de honra.

Em 2016, quando assinalava 70 anos de carreira, José Garcês contou, em entrevista à agência Lusa, debruçado sobre o estirador no atelier na Amadora, que tinha prestado "um serviço público ao país", mas que queria continuar a desenhar".

"Eu entendi que a minha carreira devia ser dirigida mais ao ensino. Acho que a banda desenhada foi uma boa opção para ensinar, porque tinha imagens", afirmou.

Na altura, admitiu que 70 anos era uma carreira muito longa. Nela coube ainda um interesse profundo por desenho de temas militares e a criação de construções de montar em papel, em particular sobre castelos portugueses.

A par da banda desenhada José Garcês trabalhou durante 40 anos no antigo Serviço Nacional de Meteorologia, onde desenhou as cartas de previsão meteorológica e chefiou o departamento de desenho.

in LUSA

Ensaio de bibliografia de José Garcês aqui.

Revistas das Mauricio de Sousa nas bancas portuguesas neste mês de Julho








15 de julho de 2020

Batman: Cavaleiro das Trevas III: Raça Suprema - Vol. 2

Foi hoje para as bancas a segunda parte (de duas) de Raça Suprema, uma aventura do Batman, numa edição da Levoir  e distribuída com o Público. O primeiro volume foi para as bancas na semana passada.

Este terceiro capítulo da saga do Cavaleiro das Trevas é uma história de mulheres, que têm aqui um protagonismo pouco comum no tradicionalmente machista universo dos super-heróis. Algo que não é de estranhar tendo em conta a experiência que tanto Miller como Azzarello têm de escrever personagens femininas fortes. Basta pensar em Elektra, Carrey Kelley, ou Martha Washington no caso de Frank Miller, ou na Dizzy Cordoba de 100 Balas (editado pela Levoir na Colecção 25 Anos Vertigo em 2018), e na sua passagem pela revista mensal da Mulher-Maravilha, no caso de Brian Azzarello. Desta vez, o protagonismo vai claramente para Carrey Kelley, a Robin, que foi Catwoman em O Cavaleiro das Trevas Volta a Atacar e agora vai assumir temporariamente o manto do Batman; mas também para a comissária de polícia Ellen Yindel; Diana, a Mulher-Maravilha, mãe e guerreira, que ganha muito destaque nesta história. Sábia e forte, a personagem tenta a todo o momento guiar Lara, a sua filha e do Super-Homem mostrando-lhe que a força bruta não é tudo.

O volume anterior terminou com o Batman e o Super-Homem novamente reunidos para enfrentar um perigo comum, neste caso, a ameaça de Quar e dos outros kryptonianos. Um combate difícil, que irá necessitar da união dos heróis sobreviventes e provocar baixas de ambos os lados, mas que no final dará lugar a uma nova era para o Batman de Miller.

Batman: Cavaleiro das Trevas III: Raça Suprema - Vol. 2, Frank Miller, Brian Azzarello, Andy Kubert, Klaus Janson e Eduardo Risso, Levoir, 208 pp., cor, capa dura, 24,90€


Top das vendas de BD em França de 29 de Junho a 5 de Julho de 2020


1º lugar (=) [4ª semana]
Mortelle Adèle #17: Karmastrophique
Diane Le Feyer, Mr Tan
TOURBILLON

2º lugar (=) [4ª semana]
Les Cahiers d’Esther #5: Histoires de mes 14 ans
Riad Sattouf
ALLARY

3º lugar (=) [2ª semana]
Kaamelott #9: Les Renforts maléfiques
Steven Dupré, Alexandre Astier
CASTERMAN

Gideon Falls #3: Via Sacra

Já chegou às bancas o terceiro volume de Gideon Falls, "Via Sacra", em que a série chega a meio. A outra boa notícia é que a série está a recomeçar a ser lançada nos EUA, depois do desconfinamento, e que o ritmo será o esperado depois de um par de meses de interregno.

Um pesadelo surreal... que se vai intensificar quando a equipa vencedora do Eisner para Melhor Série, Jeff Lemire (Descender, Roughneck: Um Tipo Duro) e Andrea Sorrentino (Velho Logan) levam a sua série de terror através do espelho da realidade em direcção a uma paisagem terrível...

O padre Burke persegue um assassino cruel e perverso até a Gideon Falls, mas no ano de 1886... Um assassino que consegue viajar através do tempo e do espaço. Um assassino chamado... Norton Sinclair? As peças deste terrível e imenso puzzle cósmico começam a cair nos seus lugares, e a desenhar um labirinto de mundos, de futuros e passados, onde se vai jogar o destino dos protagonistas

Jeff Lemire é um autor best-seller do New York Times, com uma carreira como escritor e artista de romances gráficos de sucesso. Venceu em 2008 e 2013 o Shuster Award for Best Canadian Cartoonist, e venceu por duas vezes o prémio Eisner para Melhor Nova Série, em 2017 com Black Hammer, e em 2019 com este Gideon Falls. Uma das suas mais recentes obras foi o romance gráfico Roughneck, já editado pela G. Floy no nosso país e que a Publishers Weekly descreveu como um livro “poderoso”. 

Andrea Sorrentino é um autor italiano com uma longa carreira na DC Comics e na Marvel. Foi nas páginas da revista Green Arrow que colaborou pela primeira vez com Lemire, com grande sucesso. Os dois voltariam a reunir-se nas páginas de Old Man Logan, já depois de Sorrentino ter assinado em exclusivo pela Marvel, uma colaboração que abriria caminho para a criação de Gideon Falls, na qual se concentra desde 2018.

“Totalmente impregnado com uma sensação horrível de ansiedade.”
- Entertainment Weekly

Gideon Falls #3: Via Sacra [reúne os números #12 a #16 da série Gideon Falls], Jeff Lemire e Andrea Sorrentino, G. Floy, 136 pp., cor, capa dura, 14€

14 de julho de 2020

Super-Homem em emissão filatélica dos CTT

Os CTT lançaram em fevereiro deste ano uma coleção filatélica dos filmes da DC Comics, uma das maiores editoras norte-americanas e que conta com algumas das personagens mais famosas do mundo que inclui selos personalizados das personagens: Harley Quinn, The Joker, The Flash, Super-homem, Supermulher e Batman.

Este mês de Julho, os CTT apresentam a quarta personagem de seis, dedicada a esta colecção filatélica, o Super-Homem, um dos mais importantes personagens da cultura pop ocidental, sendo o primeiro herói da BD a ter uma revista intitulada com o seu nome.

A partir do lançamento deste herói na compra das 4 folhas de colecionador os clientes usufruem de um desconto direto de 15%, ou numa Loja CTT ou na loja online dos CTT.

A colecção está materializada numa Folha do Colecionador no formato 30x40cm (que inclui meu selo Super-Homem) com tiragens limitadas, num carimbo comemorativo e ainda, num Booklet com 4 selos para envio nacional até 20g.

Desde há muito que são reconhecidas as virtudes do selo como fonte de informação sobre os mais diversos temas, desde os patrimónios natural e cultural do País às questões fundamentais do domínio internacional. Ainda assim, a Filatelia tem dado relevância a novas temáticas, nomeadamente aquelas direcionadas a um público mais jovem, permitindo que os mais novos tenham contacto com o mundo dos selos e do coleccionismo.

Esta não é a primeira coleção dedicada a estes temas, os CTT lançaram em Novembro do ano passado uma emissão dedicada ao universo Harry Potter em parceria com a Warner Bros. Consumer Products e em 2017, em parceria com a The Walt Disney Company Portugal, os CTT lançaram uma colecção de selos dedicada à saga Star Wars.

Os booklets terão o custo de 2,12€ e as folhas de colecionador 7,50€.

O Guardião, Agente Secreto do Vaticano #2: Fim de semana em Davos

A Gradiva já lançou o segundo volume da série O Guardião, Agente Secreto do Vaticano (Janitor no original francês). 

"Fim de semana em Davos" ("Week-end à Davos") data de 2007 e tem como cenário os bastidores do Fórum Económico Mundial de Davos que se realiza periodicamente naquela comuna da Suíça. 

A série tem à data cinco álbuns publicados, o último em 2017.

O Guardião, Agente Secreto do Vaticano #2: Fim de semana em Davos, Yves Sente e François Boucq, Gradiva, 56 pp., cor, capa dura, 15€

13 de julho de 2020

Big Nate: Alto e bom som

"Big Nate: Alto e bom som" ("Out loud") é o segundo álbum de BD pela Nuvem de Letras desta série de tiras de Lincoln Peirce. "Out loud" tem a edição original em 2011 e recolhe as tiras publicadas nos jornais entre 2 de Abril e 4 de Novembro de 2007. 

Neste segundo livro, Nate continua a enfurecer o seu professor, tenta impressionar a eleita do seu coração e inicia uma banda de rock com os seus amigos, em situações tão cómicas quanto embaraçosas. Acompanha mais esta aventura do Big Nate, o rebelde sem causa que conquista inúmeros castigos, bem como a nota máxima… em gargalhadas!

Big Nate: Alto e bom som, Lincoln Peirce, Nuvem de Letras, 192 pp., capa flexível, cor, 13,90€

12 de julho de 2020

Tintin c'est l'aventure #5

Numa parceria da revista GEO e da Moulinsart chegou-me o 5º número da revista Tintin c'est l'aventure referente aos meses de Junho a Novembro de 2020. 

O tema principal deste número é dedicado à procura de Tchang, o amigo de Hergé que o assessorou na elaboração do álbum "O lótus azul". 

Entre outros artigos, destaco um carnet de viagens do desenhador Lorenzo Mattotti e a epopeia do Nautilus, invenção que inspirou o submarino de Tournesol

Tintin c'est l'aventure #5, juin-nov 2020, 154 pp., cor, 14,90€

9 de julho de 2020

Mil Rayos #21

Já me chegou o número de Junho de 2020 da revista tintinófila espanhola Mil Rayos.




8 de julho de 2020

Batman: Cavaleiro das Trevas III: Raça Suprema - Vol. 1

Batman: Cavaleiro das Trevas III: Raça Suprema chegou hoje às bancas e regressa dia 15 de Julho.  Batman volta aos leitores portugueses com a primeira parte (de duas) do terceiro capítulo da trilogia do Cavaleiro das Trevas. Iniciada em 1986 com O Regresso do Cavaleiro das Trevas e prosseguida em 2000/2001 com O Cavaleiro das Trevas Volta a Atacar, editada na colecção Batman 80 anos. A série que explora a versão do universo que Frank Miller criou para o seu Batman envelhecido, prossegue com este Raça Suprema, publicado originalmente em nove edições, entre 2015 e 2017, marcando assim o espaçamento de mais ou menos 15 anos entre a publicação de cada capítulo.

Esta edição repleta de estrelas da BD, Frank Miller e Brian Azzarello, argumentistas, Andy Kubert, desenhador, Klaus Janson arte finalista e Eduardo Risso, que no segundo volume desenha Mulher-Maravilha com a sua habitual mestria, tem a parceria da Levoir e do jornal Público.

Na origem da intriga está um elemento fundamental da mitologia do Super-Homem e do universo DC, a cidade engarrafada de Kandor, último vestígio do planeta Krypton capturada pelo vilão Brainiac, miniaturizada e colocada dentro de uma cúpula de vidro, o que permitiu aos seus habitantes escapar à destruição de Krypton, o planeta natal do Homem de Aço. Depois de derrotar Brainiac, o Super-Homem levou a cidade engarrafada para a sua Fortaleza da Solidão, no meio do Ártico, tentando desde então restaurar os habitantes de Kandor ao seu tamanho original, sem qualquer sucesso, num claro aviso aos leitores de que, apesar dos seus imensos poderes, o Super-Homem não é um deus.

Em Raça Suprema, Ray Palmer, o Átomo, descobre uma maneira de reverter a miniaturização dos habitantes de Kandor, mas a ocasião é aproveitada por um grupo de fanáticos religiosos, chefiados por Quar, para tomarem conta da cidade destruindo todos os que se lhes opõem. Tal como aconteceu com o jovem Kal-El ao chegar à Terra, também estes kryptonianos em contacto com a atmosfera terrestre adquirem superpoderes, graças à radiação solar amarela que banha o nosso planeta. É este exército de seres superpoderosos, essa raça suprema, que vai procurar impor a sua lei e as suas crenças ao planeta Terra, não hesitando em aniquilar quem se lhes opõe. Além do mais, estes fanáticos religiosos contam com um aliado de peso: Lara, a filha do Super-Homem e da Mulher-Maravilha, que opta por abraçar a sua herança kryptoniana e enfrentar os próprios pais.

Mais uma edição DC Black Label a não perder.

Batman: Cavaleiro das Trevas III: Raça Suprema - Vol. 1, Frank Miller, Brian Azzarello, Andy Kubert, Klaus Janson e Eduardo Risso, Levoir, 208 pp., cor, capa dura, 24,90€

7 de julho de 2020

Top das vendas de BD em França de 22 a 28 de Junho de 2020


1º lugar (=) [3ª semana]
Mortelle Adèle #17: Karmastrophique
Diane Le Feyer, Mr Tan
TOURBILLON

2º lugar (=) [3ª semana]
Les Cahiers d’Esther #5: Histoires de mes 14 ans
Riad Sattouf
ALLARY

3º lugar (novo)
Kaamelott #9: Les Renforts maléfiques
Steven Dupré, Alexandre Astier
CASTERMAN

Edições da Marvel/Panini nas bancas portuguesas neste mês de Julho