29 de fevereiro de 2020

Entradas na minha biblioteca de BD em Fevereiro de 2020

Álbuns

  • As aventuras de Zé Leitão e Maria Cavalinho #13, Gailivro [2020]
  • Duke #4: A última vez que rezei, Arte de Autor [2020]
  • A história de uma serva, Bertrand Editora [2020]
  • Bruno Brazil: Black Program - volume 1, Gradiva [2020]
  • O nascimento dos deuses, Gradiva [2020]

Revistas

  • dBD #149, février 2020
  • HistoriaBD #1, octobre-décembre 2019
  • HistoriaBD #2, janvier-mars 2020
  • Les Amis de Jacobs #26, décembre 2019

Livros

  • Uderzo : L'intégrale 1953-1955, Hors Collection [2017]
  • Boule & Bill, l'art de Roba, Dargaud [2019]

Outros

Watchmen: Irmão dos Dragões - vol. 3

O relacionamento de Dan Dreiberg e Laurie Jupiter intensifica-se em Irmão dos Dragões o terceiro volume da colecção Watchmen, em banca a partir de hoje. 

Este volume aproxima a história do seu desenlace, ao mesmo tempo que nos dá a conhecer o passado e o presente daqueles que escolheram envergar um uniforme e uma máscara para combater o crime.

Dreiberg leva Laurie através do seu laboratório secreto onde lhe conta os motivos que o levaram a tornar-se um vigilante mascarado e as razões por que abandonou o capuz. Daniel é um homem quebrado, cujo passado heróico o assombra e também deprime. Ficando evidente na sua primeira tentativa de relação sexual com Laurie e na subsequente escolha em vestir novamente o uniforme de coruja e sair pela cidade a bordo de Archie, a sua nave.

Lentamente, os membros do antigo grupo de super-heróis começam a perceber que a morte do Comediante esconde algo maior, mais devastador, uma conspiração que irá abalar todo o mundo. E a resposta para tudo talvez esteja em Marte, onde o Dr. Manhattan se auto-exilou, e para onde decide levar Laurie, a sua antiga amante, a Espectral. O Relógio do Apocalipse continua a aproximar-se perigosamente da meia-noite no mundo de Watchmen...

Watchmen: Irmão dos Dragões - vol. 3, Dave Gibbons e Alan Moore, Levoir, 120 pp., cor, capa dura, 9,90€

28 de fevereiro de 2020

Comanche: Obra completa de Greg e Hermann - Volume 3

Em 1969, o Journal Tintin enceta a publicação do western Comanche desenhado por Hermann, sob argumento de Greg. Sente-se, logo nas primeiras pranchas, que esta novidade será um marco na História da BD. O primeiro capítulo desvenda o argumento e apresenta os protagonistas. Com a ajuda de um velho empregado, uma jovem e bonita fazendeira de nome Comanche, herdeira do rancho "Triple Six", esforça-se como pode para evitar o pior. A coragem desta mulher de carácter firme não parece, todavia, suficiente para salvar a propriedade de uma falência anunciada.

Até que certo dia, vindo não se sabe de onde, surge no rancho um certo Red Dust. Rendida à força tranquila deste desconhecido, Comanche confia-lhe o posto de capataz... Para enfrentar a adversidade e a cobiça, este recruta alguns companheiros. As suas verdadeiras personalidades revelar-se-ão ao longo dos movimentados episódios desta magnífica narrativa que se situa no Wyoming no século XIX.

Para assinalar os 50 anos desta série, a Ala dos Livros optou por uma edição comemorativa a preto e branco, que retoma o trabalho de Hermann.

Para além dos dois episódios “longos” - E o Diabo Gritou de Alegria; O Corpo de Algernon Brow - este terceiro volume contem ainda as 5 histórias curtas (Lembra-te, Kentucky… . O Palomino, Falta de Respeito, Casamento Cor-de-Rosa) que nos finais dos anos 90 foram reunidas num álbum com o título “Le Prisonnier”, e duas histórias de uma prancha, até aqui inéditas em Portugal.

Comanche: Obra completa de Greg e Hermann - Volume 3, Ala dos Livros, 160 pp., p&b, capa dura, 160 pp., 32,90€

27 de fevereiro de 2020

Top das vendas de BD em França de 10 a 16 de Fevereiro de 2020

1º lugar (+1) [17ª semana]
Astérix #38: La Fille de Vercingétorix
Didier Conrad, Jean-Yves Ferri
ALBERT RENE

2º lugar (+1) [3ª semana]
Sacrées Sorcières
Pénélope Bagieu (d’après Roald Dahl)
GALLIMARD

3º lugar (-2) [3ª semana]
La Quête de l’oiseau du temps : avant la quête #6: Kryll
David Etien, Régis Loisel, Serge Le Tendre
DARGAUD



Watchmen: Temível Simetria vol. 2

Temível simetria é o segundo volume da reedição de Watchmen, editado pela Levoir e o jornal Público e já nas bancas, compila as revistas #4 a #6 da série original.

Quando Alan Moore teve a ideia de criar mais uma mini-série com os personagens da Charlton Comics, intitulada Who Killed the Peacemaker, ele não sabia que estava a criar a mais revolucionária banda desenhada da história. Ao entregar a Dick Giordano, o editor da DC, o embrião do que seria Watchmen, Dick tomou uma decisão que seria fundamental para o real sucesso de Watchmen: pôs de lado o argumento que tinha em mãos dos personagens da Charlton, dando liberdade a Moore para criar algo totalmente novo, mesmo que inspirado neles. A ambição de Moore foi ainda mais longe. Ele não ficou satisfeito em criar apenas mais uma revista, mais uma mini-série; ele tratou logo de abalar todos os alicerces sobre a qual estava fundamentada toda a indústria da banda desenhada, com heróis endeusados, tidos como infalíveis. A partir de Watchmen – e de O Cavaleiro das Trevas, de Frank Miller, lançado em 1986 (já editado pela Levoir) – tudo isso mudou. Tanto que Moore foi acusado de ser o assassino dos super-heróis, que nunca mais obtiveram o status que tinham tido outrora.

Neste segundo volume da colecção, a teoria do assassino de mascarados confirma-se quando Adrian Veidt sofre uma tentativa de assassínio no seu edifício. Rorschach, o temível vigilante que assumiu a tarefa de desvendar o homicídio do Comediante e expor as contradições e hipocrisias dos super-heróis da sua América natal, é capturado numa armadilha no apartamento de Moloch e levado para a prisão. 

Moore usou um recurso interessante, o espelhamento dos quadros das páginas, as da primeira com a última e assim por diante, culminando no miolo, onde Veidt desarma o assassino. A elaboração das páginas desse capítulo demonstra o controle que o personagem tem sobre a trama de Watchmen.

Watchmen: Temível Simetria [Watchmen #4 a #6], Alan Moore e Dave Gibbons, Levoir, 120 pp., capa dura, cor, 9,90€


25 de fevereiro de 2020

Oficina do Livro - Ensaio de quadriculografia

Estado: Activa
1999
Alfragide, Portugal
www.oficinadolivro.pt

Fundada em 1999 e desde cedo se destacou pela inovação e competitividade editorial e comercial. Ao longo dos anos, a editora acumulou vários sucessos de vendas na edição de obras de ficção e não-ficção, maioritariamente de autores portugueses. Do seu catálogo constam diversos nomes conhecidos do grande público. A Oficina do Livro aposta igualmente nos géneros infantil e juvenil, onde conta com vários livros e colecções integrados no Plano Nacional de Leitura.

O Grupo Oficina do Livro (GOL), grupo de empresas recém-adquirido pelo Grupo LeYa, possui um conjunto de actividades diversificadas no sector editorial. Para além da edição, actividade mais conhecida e dominante, o GOL tem uma distribuição alargada a títulos de terceiros (edições "Cavalo de Ferro" e "Público", revistas "Egoísta", etc.) e uma actividade de retalho com 4 livrarias (Rossio 11, Rossio 23, Aveiro Glicínias e Alcochete Freeport) e uma presença constante em feiras fora do sector (Stockmarket, Mercado das Oportunidades, Feira Alternativa ou Feira da Criança).

Séries publicadas:

One-shots publicados:
[actualizado em 22.02.2020]

24 de fevereiro de 2020

O regresso do Clube dos Cinco

O Clube dos Cinco, uma criação da escritora inglesa Enid Blyton, está de regresso à banda desenhada com uma colecção de pequenos álbuns desenhados por Béja com argumentos de Nataël. O Clube dos Cinco já teve editada em Portugal uma outra colecção em BD na década de 80 do século passado com a chancela da Editorial Notícias. Foram publicados os seis álbuns da colecção com argumento de Serge Rosenzweig e desenhos Bernard Dufossé e Raphael Carlo Marcello

A presente colecção da Oficina do Livro, com quatro álbuns já publicados no mercado francófono, inicia-se em Portugal com a edição simultânea de dois volumes:

Os Cinco e a Ilha do Tesouro
Pela primeira vez, o Júlio, o David e a Ana vão passar férias a casa da tia Clara, onde conhecem a prima , uma verdadeira maria-rapaz. Acompanhados pelo fiel cão Tim, partem à descoberta de um tesouro indicado num velho mapa que encontraram na ilha Kirrin. Mas têm de ser rápidos, pois Os Cinco não são os únicos na caça ao tesouro...

Os Cinco e a Passagem Secreta
As férias do casal Kirrin não parecem boas para Os Cinco. A e os primos estão presos em casa: tiveram más notas e o Sr. Roland, o preceptor, está lá para fazê-los trabalhar. Mas os quatro jovens detectives e o seu cão, Tim, estão alerta. Acabam de descobrir uma passagem secreta sob a casa...

Os Cinco e a Ilha do Tesouro/Os Cinco e a Passagem Secreta, Béja e Nataël, Oficina do Livro, 32 pp., cor, capa dura, 10,90€ cada volume

23 de fevereiro de 2020

Wilson McCoy - Ensaio de quadriculografia portuguesa

Robert Wilson McCoy 
Desenhador
(EUA) Troy, Missouri, 6 de Abril de 1902 - Barrington, Illinois, 20 de Julho de 1961) 

Wilson McCoy é um desenhador e pintor americano conhecido como o segundo artista da série O Fantasma. Nascido em Troy, Missouri, numa família de sete filhos, desenvolve um estilo único e ingénuo de desenho. Chama a atenção para os detalhes e usa referências fotográficas para todos os desenhos, fazendo com que a sua família e amigos representassem para ele e representassem as diferentes situações que aconteciam nas histórias em ele trabalha. Como o criador de O Fantasma, Lee Falk, McCoy era um viajante do mundo com um espírito aventureiro, viajando para selvas, onde visita tribos nativas, incluindo a tribo de pigmeus Ituri, bem como a tribo Bandar. A sua esposa Dorothy, também artista, desenhas as letras e painéis nas histórias de Wilson. McCoy cessa a colaboração na série depois que fica doente no início de 1961. Segundo Sy Barry, "Antes de tudo, quando Wilson McCoy fica doente e entra no hospital, já estava muito doente. Tem um tipo de infecção que se repete, que se desenvolveu quando esteve em África. De alguma forma, forma-se um coágulo sanguíneo que atinge o seu coração, falecendo no hospital. "Após a morte de McCoy em 1961, é Bill Lignante que o substitui po algum tempo e depois Sy Barry.

Séries publicadas em Portugal:
Fantasma

[actualizado em 20.02.2020]

22 de fevereiro de 2020

Watchmen: Quem guarda os Guardiões?

Watchmen, a obra-prima escrita por Alan Moore e desenhada por Dave Gibbons em 1985, e que a Levoir edita de 15 de Fevereiro a 18 de Abril, em pareceria com o jornal Público, é considerada a melhor história de banda desenhada editada até hoje, tendo sido galardoada com vários Prémios Kirby e Eisner, incluindo o de "Melhor Mini-série". É a única história de banda desenhada presente na lista dos 100 Melhores Livros de Todos os Tempos eleitos pela revista Time desde 1923.

Alan Moore é uma lenda viva da BD, até pela excentricidade da imagem que cultiva e pelo afastamento total das grandes manifestações públicas, como os Festivais de BD, trocados pelo exílio voluntário da sua casa de Northampton no interior de Inglaterra. A sua longa carreira, recheada de prémios e sucessos comerciais, iniciou-se em Inglaterra, nas páginas das revistas 2000 AD e Warrior (onde começou a ser publicado o notável V de Vingança publicado pela Levoir) mas seria em 1984, ao passar a trabalhar para o mercado americano, que o mundo pode finalmente apreciar todo o talento de Moore e a sua capacidade de insuflar uma nova vida a personagens cansados, provando que a BD também pode ser literatura.
Em Watchmen o que leva o Relógio do Apocalipse a aproximar-se perigosamente da meia- noite é a forma como a presença do Dr. Manhattan, que tinha permitido aos americanos vencer a guerra do Vietname, vem perturbar o equilíbrio estratégico entre as duas superpotências, levando o bloco de Leste a uma reacção desesperada, invadindo o Afeganistão (algo que aconteceria anos depois no mundo real) e o Paquistão. É precisamente para evitar que o relógio chegue à meia-noite que Adrian Veidt, o Ozymandias, criou um elaborado plano. É esse mesmo Relógio do Apocalipse que dá título a Doomsday Clock (um título cujas iniciais são as mesmas da editora DC, numa aliteração óbvia que inevitavelmente se perderia na tradução) e que no passado dia 23 de Janeiro foi acertado para os 100 segundos para a meia-noite, assinalando o momento em que a humanidade se aproximou mais da destruição total desde que o Relógio foi criado, em 1947; um avançar para o abismo ditado pelas alterações climáticas e pelo risco de um conflito nuclear. Em Doomsday Clock tanto a dimensão onde estão os Watchmen como a Terra onde vivem o Batman e os outros super-heróis da DC estão à beira de um conflito nuclear. E se em Doomsday Clock o plano de Ozymandias e as contribuições do Dr. Manhattan e do Super-Homem chegaram para evitar o Apocalipse, no nosso mundo pode ser bem mais complicado.

A colecção para além da série clássica e de um volume de ligação, inclui a série Doomsday Clock, que une o universo de Moore e Gibbons com o restante universo DC, numa história notável de Geoff Johns e Gary Frank, que homenageia a saga original e a própria história da DC.



Plano das edições:
15-02-2020
Watchmen: Quem guarda os Guardiões?
Alan Moore e Dave Gibbons
22-02-2020
Watchmen: Temível Simetria
Alan Moore e Dave Gibbons
29-02-2020
Watchmen: Irmão dos Dragões
Alan Moore e Dave Gibbons
07-03-2020
Watchmen: Um Mundo Mais Forte
Alan Moore e Dave Gibbons
14-03-2020
Renascimento
Johns, King, Williamson, Frank, Prado, Fabok, Van Sciver, Reis, Jimenez e Porter (contém Renascimento e The Buttom parte 1 e 2)
21-03-2020
Doomsday Clock: O Início
Geoff Johns e Gary Frank (contém The Buttom parte 3 e 4)
28-03-2020
Doomsday Clock: Todos Estamos Loucos
Geoff Johns e Gary Frank
04-04-2020
Doomsday Clock: Não há Deus
Geoff Johns e Gary Frank
11-04-2020
Doomsday Clock: Crise
Geoff Johns e Gary Frank
18-04-2020
Doomsday Clock: O Final - A Hora Final
Geoff Johns e Gary Frank

No volume 1 Quem Guarda os Guardiões? vamos conhecer algumas das personagens de Watchmen. A personagem principal é Rorschach, um anti-herói procurado pela polícia, que vive marginalizado, por exercer ilegalmente a profissão de super-herói. A Lei Keen de 1977 proíbe os cidadãos de agirem como super-heróis mascarados.

A história passa-se nos Estados Unidos nos anos 80. Edward Blake, o Comediante, um dos mais famosos super-heróis do mundo e um dos raros vigilantes ainda no activo, foi encontrado morto. Rorschach, um vigilante mascarado, decide iniciar uma investigação para descobrir quem o matou. Supõe que haja um assassino de mascarados na cidade e meio paranóico, vai ao encontro dos amigos para os avisar do perigo que os ronda.
Assim começa uma viagem perturbadora que vai levar os protagonistas cada vez mais fundo, para o coração secreto deste mundo de super-heróis, e para a descoberta de que nem tudo é o que parece ser.

Watchmen: Quem guarda os Guardiões?, Alan Moore e Dave Gibbons, Levoir, 120 pp., capa dura, cor, 9,90€

21 de fevereiro de 2020

Harleen - 2º volume

A Levoir apresenta o  segundo volume de Harleen, em banca a partir de hoje.

O primeiro encontro de Harleen Quintzel, a jovem psiquiatra, com o Príncipe Palhaço do Crime não foi nos corredores do Asilo Arkahm onde trabalha, mas sim nas ruas de Gotham, onde Joker lhe apontou uma arma à cabeça, decidindo logo de seguida deixá-la ir. Harleen torna-se assim, um dos poucos cidadãos da cidade a sobreviver a um confronto com o maior psicopata de Gotham. Este momento passa a assombrar a jovem que, vive apavorada com aquele sorriso.

Nesta segunda edição, Šejić apresenta uma visão humana e mais atraente da personagem – ela é uma médica bem-intencionada, mas que não está ainda preparada para enfrentar uma das mentes mais perversas de Gotham.

Harleen tem grandes falhas de cáracter. O mais flagrante deles é a sua tendência para comportamentos autodestrutivos. No Harleen 1, manifestam-se numa série de relacionamentos tóxicos com homens mais velhos. Em Harleen 2 ela precisa de álcool para dormir e para trabalhar.

Joker sabe tudo da vida da médica, manipulando um dos seguranças, consegue que ele lhe passe informações do arquivo para o seu telefone. Usando as suas artes de manipulação após algumas sessões consegue fazer com que Harleen se apaixone por ele. Ele alimenta-lhe o ego física e profissionalmente, levando-a a baixar a guarda nas “entrevistas”. Ela é a única médica em quem Joker confia o suficiente para lhe contar os seus segredos e ideias, conseguindo que ela morda a isca que ele tão sabiamente lhe estende.

Morre Harleen, nasce Harley Quinn.

Harleen Vol. 2, Stjepan Šejić, Levoir, cor, 112 pp., capa dura, 15,90€


Júpiter Integral

A editora Escorpião Azul lançou o integral de Júpiter de Ricardo Lopes, juntando num único volume os quatro lançados nos últimos anos.

E se todas as lendas que ouvimos desde crianças fossem verdadeiras? E se todas as histórias sobre deuses e heróis não fossem mais que uma tentativa de explicar algo que se julgava impossível?… Algo mágico? E todos os mitos acumulados pelo Homem ao longo da história não fossem mais que o relato de pessoas normais que vislumbraram magia, e tentaram explicá-la em lendas que deixaram às gerações futuras?

As lendas são reais! A magia existe! Desde há séculos que toda uma sociedade mágica existe escondida à vista de todos, oculta por um véu de fábulas e mitologia. Governando esse mundo estão os deuses do Olympus, os magos mais poderosos de todos, cuja existência inspirou a mitologia greco-romana.

É neste mundo que mergulha Miguel, um jovem rapaz que descobre a existência dos magos e da magia, e que desperta dentro de si um poder raro: Fulgur, a lendária magia dos relâmpagos. Contudo, o aparecimento de mais um mago de Fulgur destabiliza a paz do mundo mágico, e coloca em movimento um plano perigoso. Se aqueles que se movem nas sombras não forem travados, toda a sociedade mágica pode cair nas mãos da tirania.

Júpiter Integral, Ricardo Lopes, Escorpião Azul, 486 pp., preto e branco, capa flexível, 22€

20 de fevereiro de 2020

O penteador

"O penteador" de Paulo Mendes é a recente novidade da editora Escorpião Azul.

Candidato a um emprego numa velha loja de miudezas, o jovem Mafaldo Limparrim desloca-se a Poço Redondo, vila suburbana de montanha conhecida pelos seus maus ares, para conhecer o seu idoso e irrequieto patrão.
Contaminado desde o primeiro minuto, acabará por retirar-se à socapa após uma vigorosa familiarização com algumas especialidades e personagens locais.
Diversas circunstâncias, contudo, ditarão o sucessivo regresso do jovem à peculiar vila, sempre acompanhado por um crescendo de personagens cada vez mais ilustres.

Paulo J. Mendes nasceu no Porto em 1965, tendo desenvolvido desde cedo o gosto pelo desenho. Frequentou a Escola de Artes Decorativas Soares dos Reis, sendo dessa altura os primeiros e toscos esforços em BD, que publica no fanzine Comicarte, com cuja estrutura associativa colaboraria na organização das primeiras edições do Salão de Banda Desenhada do Porto. Participaria em algumas publicações de efémera duração, como o Jornal de Ramalde ou o descabelado fanzine “Düdü”, que cria com dois amigos.
A vida profissional e outros interesses irão afastá-lo por algumas décadas do universo da BD, como desenhador e leitor.
Trabalhou como desenhador publicitário em listas telefónicas e como pintor de azulejaria, tendo de permeio experiências diversas como a ilustração de temática ferroviária, desenho de medalha e de ex-líbris e ainda a pintura em aguarela.
Em 2014, começou a praticar “urban sketching”, não tendo parado desde então e ao qual se dedica actualmente quase em exclusivo. O reencontro com a BD, desencadeado pela leitura de romances gráficos, foi como o acordar de um longo coma, reavivando o interesse, encantamento e a vontade de tornar a meter as mãos na massa – juntando uma série de ideias soltas, leva a efeito um exercício de retoma ao longo de ano e meio. O resultado é O Penteador, espécie de “desnovela gráfica”, conforme gosta de lhe chamar.

O Penteador, Paulo J. Mendes, Escorpião Azul, 160 pp., P/B, capa flexível, 15€


19 de fevereiro de 2020

Top das vendas de BD em França de 3 a 9 de Fevereiro de 2020

1º lugar (+1) [2ª semana]
La Quête de l’oiseau du temps : avant la quête #6: Kryll
David Etien, Régis Loisel, Serge Le Tendre
DARGAUD

2ª lugar (-1) [16ª semana]
Astérix #38: La Fille de Vercingétorix
Didier Conrad, Jean-Yves Ferri
ALBERT RENE

3º lugar (-1) [2ª semana]
Sacrées Sorcières
Pénélope Bagieu (d’après Roald Dahl)
GALLIMARD



Colecção Integral Astérix #4: Astérix, o gaulês

O quarto volume desta colecção é o primeiro da série de Uderzo e Goscinny, originalmente publicado na revista Pilote de  29 de Outubro de 1959 a 14 de Julho de 1960 (#1 ao #38) e republicado no formato álbum em Outubro de 1961.

Estamos no ano 50 a.C.. Toda a Gália está ocupada pelos Romanos… Toda? Não! Uma aldeia povoada por irredutíveis gauleses resiste agora e sempre ao invasor. Como é possível que uma minúscula aldeia perdida algures na Gália consiga resistir a tão poderoso exército? O que a torna invencível? Parte da resposta está na receita da poção mágica, preparada por Panoramix, o druida. Ambicionando depor Caio César, Caius Bonus e o seu decurião Sacapulgus decidem raptar Panoramix para lhe ser extorquida a célebre receita. Inicia-se assim esta aventura de Astérix e do seu inseparável companheiro Obélix, que têm por missão resgatar Panoramix das mãos dos romanos e trazê-lo de volta à Gália.

Em Portugal, Astérix, o gaulês (Astérix, le gaulois) estreou-se em 1961 na efémera revista Foguetão (#1 a #13), continuando no Cavaleiro Andante (#510 a #525). O primeiro álbum português foi editado em 1967 pela Editorial Íbis, reeditado pela Livraria Bertrand [1973], Meribérica [1996] e ASA [2004]. Em 1982, o Jornal da BD também publicou o episódio (#9 a #26). Existe uma edição da ASA em mirandês, Asterix L goulês

Colecção Integral Astérix #4: Astérix, o gaulês, Albert Uderzo e René Goscinny, Salvat, 48 pp.+16 pp. de extras, cor, cartonado, 10,99€

18 de fevereiro de 2020

Les Amis de Jacobs #26

Com ligeiro atraso, está em distribuição pelos associados o número de Dezembro de 2019 da revista homónima da Associação Les Amis de Jacobs. A presente edição dedica o grosso das suas 42 páginas à segunda parte da divulgação das fontes do episódio "O enigma da Atlântida".

Les Amis de Jacobs #26, décembre 2019, 42 pp., cor, reservado aos associados

17 de fevereiro de 2020

Pack Assassination Classroom


Pack Assassination Classroom
Oferta do número 3 da colecção na compra dos volumes 1 e 2
Disponível a partir de dia 17 de fevereiro.

16 de fevereiro de 2020

Historia BD n° 2 : le Far West du crime et de la justice…

Suplemento trimestral da revista Historia, recebi o segundo número da HistoriaBD, desta vez, dedicada a Lucky Luke. A presente edição relembra a conquista do Oeste Selvagem, quando as cidades estavam crescendo como cogumelos. Personagens históricos e lendários nascidos do lápis mágico de Morris estão lá para evocar seriedade e humor.

HistoriaBD #2, janvier-mars 2020, 132 pp. cor, 7,90€

14 de fevereiro de 2020

Polvo - NOVIDADE - "Morro da favela" (2ª edição, aumentada)

Originalmente publicado no Brasil em 2011 e em Portugal pela Polvo em 2013, este livro retrata as memórias do fotógrafo Maurício Hora, gerado e criado no Morro da Providência (Rio de Janeiro), também conhecido como Morro da Favela, a primeira favela brasileira, nascida em 1897. 

É uma narrativa necessária para se entender o dia a dia das favelas do Rio através do ponto de vista de um morador, que procurou na fotografia a sua identidade e acabou por fazer um registo que entrou para a história da cultura carioca.

André Diniz usa o contraste seco do preto e do branco para mostrar os tons de cinza do quotidiano de Maurício, a sua relação com a vida e a morte, com a polícia e os bandidos, com a prisão e a liberdade e com o morro e o asfalto.

Em 2017, André Diniz regressa ao Morro da Providência e, mais uma vez guiado por Maurício Hora, complementa em 12 novas páginas, que muito enriquecem esta 2ª edição, as enormes mudanças sofridas no Morro e a criação da “Casa Amarela”, um centro cultural comunitário reconhecido internacionalmente, fundado por Maurício e pelo artista plástico francês JR (Jean René). 

O livro inclui ainda 14 páginas com fotos de Maurício Hora.

Morro da Favela” é um dos melhores exemplos do trabalho de André Diniz enquanto argumentista e desenhador.

Conquistou o PRÉMIO HQMIX 2012 (Brasil) nas categorias “Melhor Edição Especial Nacional” e “Melhor Roteirista Nacional”.

Aproveita-se para informar que inaugura dia 14 de Fevereiro, sexta-feira, pelas 18h00, a Exposição “Morro da Favela”, de André Diniz e fotografias de Maurício Hora, na casa Pau-Brasil Lisboa (Rua da Escola Politécnica, nº 42) com a presença dos dois autores. O livro será lançado no evento. Haverá uma conversa com o jornalista João Morales a que se seguirá uma sessão de autógrafos. A exposição, que se prolonga até 31 de Março, é promovida pela Embaixada do Brasil em Lisboa, tem produção da Bienal de Quadrinhos de Curitiba, numa parceria com a Livraria da Travessa e a Casa Pau-Brasil e conta com o apoio da Polvo.

A distribuição em livraria ocorrerá durante a segunda quinzena de Fevereiro.

Assista ao vídeo promocional em:  https://www.youtube.com/watch?v=kLWgI_hAQxY


OS AUTORES

ANDRÉ DINIZ
Prolífico argumentista e ilustrador brasileiro de Banda Desenhada, André Diniz publicou mais de 30 títulos por diversas editoras do seu país, tendo sido também editado em França, Reino Unido, Polónia e Portugal, onde vive actualmente.
Desde 2000 já foi galardoado por cerca de uma vintena de vezes com os principais prémios brasileiros de BD. Na Polvo tem editado alguns dos seus trabalhos mais emblemáticos, como “7 Vidas – Diário de vidas passadas”, “Morro da Favela”, “Duas Luas”, “Que Deus Te Abandone”, “Olimpo tropical”, “Malditos amigos” ou “Entre cegos e invisíveis”.


MAURÍCIO HORA
Fotógrafo autodidacta. Nascido e criado no Morro da Providência (Rio de Janeiro, 1968), já expôs o seu trabalho no Centro Cultural José Bonifácio e no FotoRio. Em 2005, foi director de fotografia do projecto Favelité, que levou o cenário da favela para o Metropolitano de Paris e em 2009 foi convidado pelo artista plástico francês JR (Jean René) para exporem juntos as suas fotografias sobre a Providência na Casa França Brasil, por onde passariam 35 mil pessoas. Ainda com JR, e também em 2009, cria a Casa Amarela, localizada no Morro da Providência. Trata-se de um centro cultural comunitário, que agrega música, dança, ioga, exposições e outras formas de cultura, como política de inserção e combate à discriminação.

Morro da favela (2.ª edição, aumentada), André Diniz com fotografias de Maurício Hora, 140 pp.,preto e branco e cores, capa cartonada

13 de fevereiro de 2020

Harleen - Volume 1

Harleen é um novo título com o selo da DC Black Label. Escrita e ilustrada pelo aclamado Stjepan Šejić, autor de Aquaman e Esquadrão Suicida, apresenta a Drª Harley Quinn como uma jovem brilhante psiquiatra, cuja teoria revolucionária pode encerrar a cura para a loucura que assola Gotham City.

Harley Quinn foi criada por Paul Dini e Bruce Timm para a DC Comics em 1993, na história Batman: The Animated Series, onde esta personagem nasceu, e cuja história – e aspecto – são contados no volume Amor Louco, já editado pela Levoir. A jovem era então uma estrela da ginástica que conseguiu uma bolsa na Universidade de Gotham e tinha como ambição “ser uma psicóloga famosa”.

A Harleen de Stjepan Šejić mostra a jovem Harley Quintzel como sendo uma estudante brilhante por mérito próprio, que seguiu a carreira “porque gostava de ouvir os problemas dos amigos”.

Através dos seus estudos com os criminosos e sociopatas, no Asilo de Arkahm onde trabalha, ela vai mergulhar nas mentes perturbadas dos mais letais pacientes internados no Asilo e iniciar uma viagem que a vai levar ao mais profundo do seu ser, e das suas obsessões!

Harleen é uma pessoa imperfeita que começa a trabalhar fazendo o bem até que se apaixona pelo Joker, um perigoso doente psiquiátrico, instável, que se encontra internado em Arkahm. O Sr. J, o seu “pudinzinho” é um manipulador que tanto corresponde aos afectos de Harley, como a repudia e trata com desdém, ele não sabe amar, ele usa as pessoas  para conseguir o que quer e depois despreza-as porque já não lhe são úteis e ele não está disposto a manter qualquer tipo de relacionamento. Harley Quinn torna-se então  a sua maior carta na manga, alguém que ele pode usar a qualquer momento, jogar fora, e usar de novo, porque ela vai sempre voltar para ele devido ao seu amor, extremamente cego (por acreditar que ele também a ama), o que a impossibilita de ver a verdade.

Esta é uma narrativa de corrupção, de desespero e de amor, que apresenta uma personagem que não nasceu no mundo do crime, mas que é atraída para ele.

A Levoir edita em 2 volumes este livro com datas de saída a 14 e 21 de Fevereiro.

Harleen - Volume 1, Stjepan Šejić, Levoir, 112 pp., cor, capa dura, 15,90€

Revistas da Maurício de Sousa nas bancas portuguesas em Fevereiro de 2020






9 de fevereiro de 2020

Top das vendas de BD em França de 27 de Janeiro a 2 de Fevereiro de 2020

1º lugar (=) [15ª semana]
Astérix #38: La Fille de Vercingétorix
Didier Conrad, Jean-Yves Ferri
ALBERT RENÉ

2º lugar (novo)
La Quête de l’oiseau du temps #6: Kryll
David Etien, Régis Loisel, Serge Le Tendre
DARGAUD

3º lugar (novo)
Sacrées sorcières
Pénélope Bagieu (d’après Roald Dahl)
GALLIMARD



Juvebêdê #77

Mais um número do Juvebêdê disponível e com tanto para contar, principalmente sobre as exposições que foram decorrendo. Fala-se de mais uma edição da Cartoon Xira e também de duas outras exposições no Museu Bordalo Pinheiro: “Semana Ilustrada” e Benjamin Rabier – Ilustrações para o Romance da Raposa”.

Destaque a mais uma edição do World Press Cartoon e aos 50 anos de Tintin na Lua.

Como sempre, publicação dá conta das várias novidades editoriais que têm vindo a ser publicadas e outras notícias sobre o universo da banda desenhada.

8 de fevereiro de 2020

A história de uma serva

Baseada na obra homónima da canadiana Margaret Atwood, a Bertrand Editora lança hoje "A história de uma serva" ("Handmaid's tale"), uma novela gráfica Renée Nault, também ela canadiana.   

Defred é uma Serva na República de Gileade, onde o trabalho, a leitura e a formação de amizades estão vedados às mulheres. Está ao serviço do Comandante e da sua mulher e, na nova ordem social, tem um único propósito: uma vez por mês, tem de se deitar de costas e rezar para que o Comandante a engravide, porque, numa era de nascimentos em declínio, Defred e as outras Servas são valorizadas apenas se forem férteis. Mas Defred lembra-se dos anos antes de Gileade, em que era uma mulher independente, com um emprego, uma família e um nome seu. Agora, as suas memórias e a sua vontade são atos de rebelião.

Provocador, chocante, profético, A História de Uma Serva transformou-se há muito num fenómeno global. Com esta adaptação do clássico contemporâneo de Margaret Atwood, executada pela artista Renée Nault, o mundo aterrador de Gileade ganha vida como nunca antes.

A visão marcante da sociedade radicalmente transformada por uma revolução teocrática tornou A História de Uma Serva num dos livros mais influentes e lidos em todo o mundo. Com memórias do passado e ideias perigosas de rebelião e amor do presente, aliado à incógnita sobre o futuro, este livro tornou-se um fenómeno mundial.

A História de Uma Serva foi adaptado a série televisiva, contando já com três temporadas e tendo recebido o prémio de Programa do Ano e Série Dramática no Television Critics Association e oito Prémios Emmy do Primetime, incluindo Melhor Série Dramática.

A sequela de A História de Uma Serva será publicada a 20 de Março em português pela Bertrand Editora

A História de Uma Serva - Novela Gráfica, Margaret Atwood e Renee Nault, Bertrand Editora, 240 pp., cor, capa dura, 19,90€


Exposição José Ruy em Beja