31 de maio de 2023

As minhas leituras de BD em Maio de 2023









 


Entradas na minha biblioteca de BD no mês de Maio de 2023

                       

Álbuns

Revistas

Livros

  • Tintin en Roumanie, Editura Revers [2023]

Para-BD

  • Baralho de cartas Tintin, Moulinsart

Team Phoenix #1

Mais uma série de manga em edição portuguesa. Desta feita, trata-se de Team Phoenix, escrita e desenhada pelo espanhol Kenny Ruiz, adaptando uma ficção científica de Osamu Tezuka

A Grande Guerra que grassou entre as espécies vivas e os robôs terminou com a vitória destes últimos. Após décadas de conflito, surgiu a União Robótica, um governo totalitário liderado pelo poderoso Atlas. Sob o seu regime, os que são considerados úteis recebem do governo uma «licença de vida». Para os outros, a morte é uma certeza. Alguns rebeldes, sobreviventes da antiga Aliança Biológica, oferecem resistência. E, neste âmbito, uma nova equipa de campeões é formada: a equipa Phoenix.

O primeiro volume da série já se encontra disponível nas livrarias

Team Phoenix #1, Kenny Ruiz, Gradiva, p&b, 192 pp., capa mole, 12€


Exposição e Cadernos Moura BD dedicados a Baptista Mendes

 



30 de maio de 2023

Bartleby, o escriturário

Depois de "Um conto de Natal", a Arte de Autor lança mais uma obra de José Luis Muñuera. Desta vez, trata-se da adaptação do conto epónimo de Herman Melville, "Bartleby", editado originalmente em França em Fevereiro de 2021.

Estamos em Nova Iorque, distrito de Wall Street.

Um jovem é contratado para um escritório de notário. O seu nome é Bartleby e o seu trabalho consiste em copiar documentos legais.

No início, Bartleby revela-se irrepreensível. Consciente, eficiente, incansável, faz um trabalho colossal, dia e noite, sem nunca se queixar. A sua energia é contagiante. Leva os seus colegas, muitas vezes rebeldes, a darem o seu melhor.

Um dia, tudo se altera. Quando o patrão lhe dá um trabalho, Bartleby recusa-se a fazê-lo. Educadamente, mas com firmeza: “Prefiro não o fazer", responde.

A partir de então, Bartleby deixará de obedecer a ordens, cingindo-se nestas poucas palavras que pronuncia como um mantra. Prefiro não. Não só deixa de trabalhar, como se recusa a abandonar o local...

José Luis Muñuera pega no conto de Herman Melville e adapta-o de forma magistral, lançando um olhar original sobre este texto, uma reflexão estimulante sobre a obediência e a resistência passiva.

Bartleby, o escriturário, José Luis Muñuera, Arte de Autor, 72 pp., cor, 18,50€

Crónicas de Lisboa - Sessão de lançamento


 

26 de maio de 2023

Umbra #4

A antologia Umbra regressa com o seu quarto número. 

O lançamento ocorre amanhã na livrarias Kingpin Books. 

Eis as sinopses das várias histórias desta antologia:

Torre, de Filipe Abranches

Numa narrativa de historiografia alternativa, um elemento das forças de segurança perde-se nas tramas conspirativas que se urdem perto de uma imensa e misteriosa Torre, erguida numa Lisboa dos anos 80 fustigada por uma pandemia e cataclismos climáticos. Sob a vigilância da Torre, o suspense...

A Jóia da República Central, de Simon Roy

Já se passaram décadas desde as batalhas de Altamira, mas um jovem investigador quer descobrir os últimos traços dos pilotos de amplificadores. Um passeio pelas montanhas pode desvendar memórias, destroços e até rivalidades. O tempo sara as feridas?

Nic, de André Oliveira e Rita Alfaiate

Cuidado ao fugir das responsabilidades da vida, e não olhar para os dois lados ao atravessar a estrada, pois o perigo que nos aguarda pode ser o perigo que instigamos.

As brasas e a lenha, de Pedro Moura e Marco Gomes

A guerra é um tempestade que morde tudo em redor.  Uma casa é um pequeno bote que singra nas tumultuosas águas, e em perigo protege uma família isolada. Que pode um pai fazer quando os monstros se aproximam?

Caranguejo Real – O Detective Paranormal Francês, de Réza Benhadj

Imaginemos um mundo em que um argumento de William Peter Blatty acabaria realizado por Jean-Pierre Melville e estamos próximos da chave desta história de um detective muito particular cujos casos não são resolvidos com a ponta de um revólver, mas sim com rituais e associações livres. Mas todos os ingredientes constituem um puzzle dramático.

Lazarus, de James Romberger

Para Hobbes, o estado pré-social da humanidade era o da bellum omnium contra omnes, “a guerra de todos contra todos”. A tecnologia salva ou fecha o ciclo? Joe sabe a resposta, o outro Joe ainda não. Se calhar não convém olhar o inimigo muito de perto, não nos assustemos com o reflexo.

O livro das maravilhas

Em 1235, não longe de Veneza, um homem de alguma idade que afirma chamar-se Marco Polo, dirige-se ao porto de Rimini. No caminho, é interpelado por um jovem que o segue há já algum tempo e que acaba por propor-lhe acompanhá-lo. Juntos, irão tentar chegar ao seu destino e, ao longo do seu percurso, e com as suas confidências de explorador, Marco Polo cativará o jovem e fá-lo-á mergulhar, com os seus extraordinários relatos, na sua incrível epopeia através da China…

Com argumento de Étienne Le Roux e desenho de Vincent Froissard, esta obra tem a particularidade de apresentar alguns desenhos que se assemelham a iluminuras (que surgem quando os personagens passam do presente para o passado que querem contar), as quais, aliadas a um traço leve e luminoso, lhe conferem um toque oriental e literário, fazendo lembrar as velhas obras dos inícios da escrita.

Sobre os autores:

Étienne Le Roux nasceu em 1966 em Madagáscar. Mais tarde, trocou o Liceu pela Escola de Belas Artes, mas ficou desiludido com o conformismo dos professores e o seu desprezo pela Banda Desenhada. Multiplica então o seu trabalho e dedica-se a diversas obras, antes de ser escolhido para substituir Matthieu Lauffray no segundo álbum da série Le Serment de L’Ambre (Delcourt). Para a mesma editora, trabalhou ainda na série Amenophis IV, com argumento de Dieter e pesquisa gráfica de Manchu, seguindo-se “L’Education des assassins”, obra que assina sozinho. Para a editora Futuropolis, desenha “La Mémoire dans les poches” e os primeiros episódios de Après la Guerre. Em 2013, participou nas séries Zodiaque (Delcourt) e WW2.2 (Dargaud) antes de iniciar, em 2014, uma nova série, Le Temple du passé (Ankama).

É influenciado tanto por autores americanos como Corben ou franco-belgas como Jijé e Franquin, nutrindo uma grande admiração por Moebius.

Montou, há alguns anos, um atelier em Tours, local onde reside e onde é também professor.

Vincent Froissard nasceu em 1969 e vive em Touraine. É desenhador, argumentista e colorista e, aquando dos seus estudos numa escola de publicidade, conheceu Freddy Martin. Com Serge Torgnoll e Etienne Le Roux, criam o atelier Zébulon, o qual realiza diversos trabalhos tais como os cenários para o jogo Iznogoud, frescos gigantescos ou ainda capas para a revista Jazz Actuel. Vincent Froissard efectua também magníficas ilustrações para a colecção de ficção científica da editora Denoël. A sua colaboração com a editora Delcourt tem início em 2001, como colorista, no álbum “Serpenters”, de Mosdi e de Martin. Em 2004, assina o seu primeiro álbum enquanto desenhador. Trata-se do tomo 1 da série Felicidad, a qual conta com argumento de Thomas Mosdi. Em 2010, desenha o primeiro tomo de Le Dernier voyage d’Alexandre de Humbolt, com argumento de Le Roux com quem colaborará ainda em “La Mille et unième nuit” ( Soleil, 2017) e “O Livro das Maravilhas” (Soleil, 2021, Ala dos Livros, 2023)

O livro das maravilhas, Vincent Froissard e Étienne Le Roux, Ala dos Livros, 76 pp., cor, 22,90€

25 de maio de 2023

E Agora?

Depois de quatro volumes de "Histórias sem interesse" (Edição de autor, 2015) e "Vida de adulta" (Suma de Letras, 2020), Raquel Sem Interesse lança, agora com a chancela da Iguana, uma nova obra, "E agora?".

O relato de uma jovem com o futuro penhorado, como tantos neste país.

Raquel Sem Interesse cresceu numa vila pequena, de onde acabou por sair, percebeu que tinha um sonho e perseguiu-o. E agora? é um relato sucinto do que aconteceu entre estes dois pontos, desde sair de casa a conseguir o seu primeiro emprego e conseguir publicar o primeiro livro de banda desenhada, Uma vida de adulta.
Nas livrarias a 29 de maio.

Neste livro, dividido por quatro capítulos, cada um num tom de cor diferente, Raquel conta-nos a história da sua vida.

Não é uma vida extraordinária, nem emocionante. É uma vida comum, pontuada pela tristeza e desilusão, que a autora tão bem traduz nas suas ilustrações.

Neste novo livro, Raquel põe de lado o humor que a caracteriza, suaviza os traços da sua personagem, mas não abandona a sua faceta autobiográfica.

Raquel da Silva Fernandes ou Raquel Sem Interesse, como se auto intitula, nasceu em 1989 no Porto, onde reside. O gosto pelo desenho e pela criação de personagens (bonecos, como gosta de dizer) veio a culminar neste estilo que se aliou à comicstrip na sua necessidade de contar histórias. E foi aqui que surgiu o projeto "Histórias Sem Interesse", que começou como um trabalho para a disciplina de Ilustração, avançando para projeto final do mestrado. A Quica, alter ego da autora, protagoniza as histórias ilustradas sempre de forma cómica que chegam ao público através das redes sociais, feiras de ilustração independentes e de uma colaboração com a plataforma digital do Correio Porto, durante o período de 2016 e 2018, com a publicação de tiras quinzenais. E antes que perguntem, não, Raquel não é casada, nem tem filhos. E a Quica também não.

E Agora?, Raquel Sem Interesse, Iguana, 136 pp., cor, capa mole, 17,45€





24 de maio de 2023

One-Punch Man #17

Mais um volume da série em distribuição pela Devir

Neste tomo, Garou está com dificuldades na luta contra os monstros e mesmo com a ajuda de Bang e Bomb, a luta contínua desigual. Até Genos entrar na disputa...

One-Punch Man #17, One e Yusuke Murata, Devir, 212 pp., p&b, capa mole, 9,99€

Elise e os novos partisans

No liceu, em Lyon, Elise é uma aluna como todas as outras. O encontro com uma professora de filosofia vai, no entanto, mudar-lhe a vida pois cada aula é um momento apaixonante onde ouve, pela primeira vez, falar de assuntos que lhe são estranhos: a colonização, a escravatura, a luta de classes, o marxismo…

Quando em 1958 Elise chega a Paris, oriunda de Lyon, para se lançar no mundo da música e do espectáculo, a Guerra pela independência da Argélia dura há já 4 anos.  E ao mesmo tempo que Elise descobre os bairros da lata de Nanterre onde, mantidos à distância, os trabalhadores argelinos (entre outros) permanecem invisíveis, as manifestações contra a guerra e a chegada de De Gaulle ao poder multiplicam-se nas ruas de Paris, antecedendo o movimento de Maio de 1968.

Com desenho de Jacques Tardi - mestre incontestável da reconstrução histórica e da crítica social – e argumento da cantora Dominique Grange – sua companheira de há muitos anos - Elise e os novos partisans -  conta-nos o trajecto de Elise, uma jovem cantora que acaba por virar as costas ao mundo do espectáculo para se juntar aos grupos que, na época, lutam contra a exploração dos trabalhadores, a injustiça social e o racismo. Um percurso pessoal atípico que é, em simultâneo, um relato de uma época de crucial importância para a história de França e da Europa do século XX.

Sobre os autores:

Dominique Grange nasceu em 1940 em Aix-les-Bains, França e, para além de militante política, é autora-compositora-intérprete e tradutora de banda desenhada.

Em 1958, com 18 anos, desloca-se de Lyon para Paris onde prossegue os seus estudos na Escola Superior de Intérpretes da Sorbonne e frequenta cursos de Arte Dramática, iniciando uma carreira como comediante. A sua participação no movimento de Maio de 1968 leva-a no entanto a abandonar a música tradicional e a representação, trocando-as pela canção contestatária. Escreverá canções que se tornarão importantes hinos militantes, como é o caso de « Les Nouveaux Partisans » ou « À bas l’État policier».

Em 2021, Dominique Grange assina o argumento da novela gráfica “Elise e Os Novos Partisans”, desenhada pelo seu esposo Jacques Tardi, na qual conta o percurso de uma jovem “politicamente comprometida” que é, em grande parte, inspirado na sua própria vida.

Elise e os Novos Partisans”, serviu de base ao documentário cinematográfico “Não Apaguem os Nossos Rastos”, que tem a assinatura do português Pedro Fidalgo.

Nascido em Valence, França, em 1946, Jacques Tardi estudou na Academia de Belas Artes de Lyon e na Escola Superior de Artes Decorativas de Paris antes de, em 1969, publicar a sua primeira história de banda desenhada na mítica revista Pilote: trata-se de “Un Cheval en Hiver”, história de seis páginas cujo argumento é assinado por Jean Giraud. Depois de outras colaborações, nomeadamente com Serge de Beketch, a sua primeira história “em continuação” surge em 1971: trata-se de uma história de ficção política, “Rumeur sur le Rouergue”, cujo argumento tem a assinatura de Pierre Christin. No ano seguinte, com argumento próprio, surge “Adieu Brindavoine”, história onde já se denota o estilo que caracterizará a sua obra futura e a sua paixão pela Primeira Guerra Mundial. Em 1974 é publicada, pela editora Dargaud e directamente em álbum, a BD “O Demónio dos Gelos” (novamente com argumento de Christin). No mesmo ano surge ainda, na Futuropolis, “La veritable histoire du Soldad Inconnu” e em 1975, a história “Un épisode banal de la guérre des tranchées”, inicialmente rejeitada pela Dargaud, é publicada como suplemento no jornal Libération.

Em 1976, a editora Casterman publicou o primeiro livro daquela que viria a tornar-se, em França, a sua série mais popular: Adéle Blanc-Sec, uma homenagem aos folhetins do princípio do século XX. Esta série, que tem como particularidade o facto de a protagonista principal ser uma mulher, conta neste momento com um total de 10 álbuns e teve, em 2010, uma adaptação ao cinema efectuada por Luc Besson.

Vencedor do Grande Prémio da cidade de Angoulême em 1985 e do Prémio Saint-Michel, em 1977 e 1979, Tardi recebeu várias outras distinções, incluindo três outros prémios no Festival de BD de Angoulême, dois prémios Max e Moritz (Alemanha), dois Eisner Awards (Estados Unidos) e um Einhard-Preis (Alemanha).

Para além disso, Tardi foi ainda distinguido pelo governo francês com a Ordem de Cavaleiro das Artes e das Letras.

Elise e os novos partisans, Jacques Tardi e Dominique Grange, Ala dos Livros, 176 pp., p&b, capa dura, 29,90€

O Corvo III - Laços de Família

O Corvo é o super-herói de Portugal. Pelo menos de Lisboa, vá! Adorado por todos (excepto pelos pombos…) e até conhecido por alguns, ninguém está à altura deste nosso herói nacional. Mas quando um concurso de TV pretende encontrar um super-herói português, há novos concorrentes que querem roubar-lhe o lugar. E se a este concurso se apresentam novos heróis, surgem também novos (e velhos…) vilões!

Quando, em 2007, Nuno Markl assume pela primeira vez o desafio de criar um argumento de BD, fá-lo em conjunto com Luís Louro, mergulhando juntos no universo de O Corvo, e proporcionando-nos uma aventura cheia de humor e situações inesperadas. Ficamos, assim, a conhecer “O Senhor do Mal”, a malvada, fantástica, soberba, linda, terrível “Viúva Negra”, a verdadeira origem do “Combustão” e “O Pombo” (não há ali algo de familiar?) entre muitos outros aspirantes a herói.

Alheio a tudo e a todos à sua volta, o nosso herói continua a sua luta pela justiça, deambulando pelos telhados da cidade, desgraçando (leia-se, “ajudando”) todos os que dele precisam (mesmo que não soubessem).

O Corvo III – Laços de Família, publicado originalmente em 2007, é o terceiro volume da célebre série portuguesa O Corvo, originalmente criado por Luís Louro em 1994 e surge agora reeditado, numa edição revista e melhorada, com a chancela da Ala do Livros. Com esta publicação, a editora confirma assim a intenção de editar na íntegra esta série incontornável da BD Portuguesa, da qual está previsto, ainda em 2023, um novo álbum.

O Corvo III - Laços de Família, Luís Louro, Ala dos Livros, 64 pp., cor, capa dura, 17,75€

Black Crow - Ensaio de quadriculografia portuguesa

Ficha técnica:

Aventura
(França), Glénat, Maio de 2009 - Setembro de 2015
Jean-Yves Delitte (argumento e desenho)
Estreia em Portugal: Álbum Público/ASA, Abril de 2023

Nova Escócia, dezembro de 1775. No meio da Guerra da Independência Americana, um homem desliza habilmente entre as linhas inglesas. Seu nome: Black Crow, sua missão: relatar os resultados de uma missão de pirataria realizada contra as tropas insurgentes de um certo George Washington… Só que Black Crow também veio para se vingar, porque o seu patrocinador não respeitou exactamente todos os termos de seu estranho contrato. Um empecilho que o Corvo Negro o fará pagar caro... 
Na companhia de Jean-Yves Delitte, pintor oficial da Marinha, e seu sublime talento como contador de histórias históricas, trace o fio da vingança em terras americanas, com os passos discretos de Black Crow, o mais sombrio e fascinante dos mercenários, para um grande fresco pirata com sabores impressionantes da História e de outros lugares.

Quadriculografia portuguesa:
  1. A colina de sangue (La colline de sang), 2009, Álbum Público/ASA [2023]
  2. O tesouro maldito (Le trésor maudit), 2010, Álbum Público/ASA [2023]
  3. A árvore dos holandeses (L'Arbre aux Hollandais), 2011, Álbum Público/ASA [2023]
  4. A conspiração de Satã (La Conspiration de Satan), 2013, Álbum Público/ASA [2023]
  5. Vingança (Vengeance), 2014, Álbum Público/ASA [2023]
  6. O Eldorado (L'Eldorado), 2015, Álbum Público/ASA [2023]
[actualizado em 24.05.2023]

Último volume de Black Crow nas bancas

Está hoje nas bancas o sexto e último volume da série Black Crow, que a parceria ASA/Público tem vindo a editar às quarta-feiras. "O Eldorado" foi editado originalmente m 2015 pela editora francesa Glénat.

Estamos na Amazónia, em Junho de 1778.

Black Crow e a sua tripulação encontram-se agora nas Américas, em busca do ouro dos jesuítas e da cidade lendária de EI Dorado. Mas a seguir aos perigos do oceano, aguardam-nos os do rio Amazonas e da luxuriante selva sul-americana... Depois de se terem desembaraçado dos franceses que os perseguiam, focam-se em arranjar um barco que lhes permita a chegar ao oceano Pacífico, e em seguida, procurarem o tesouro dos jesuítas. Mas os homens estão esgotados e começam a perder a esperança de algum dia voltarem ao seu país e às respectivas famílias!

Black Crow #6: O Eldorado, Jean-Yves Delitte, ASA, 46 pp., cor, capa dura, 10,90€

Spy x Family #7

Neste sétimo tomo, disponível a partir de hoje nas livrarias, Crepúsculo encontra Donovan Desmond pela primeira vez, durante um momento familiar entre este e o filho, Damian.

Será o espião capaz de se insinuar para agradar ao inescrutável Donovan?

Spy x Family #7, Tatsuya Endo, Devir, 196 pp., p&b, capa mole 9,99€

23 de maio de 2023

Banda Desenhada no ISEL

 


O Árabe do Futuro #5

Da série, mundialmente aclamada, de Riad Sattouf, o 5.º volume de O Árabe do Futuro. "Ser Jovem no Médio-Oriente (1992-1994)" está nas livrarias a partir de hoje.

Este quinto volume da série cobre os anos de 1992 a 1994, continuando a contar a história verdadeira de um adolescente (Riad Sattouf) que já não é loiro, da sua família franco-síria e de um fantasma.

De origem franco-síria, Riad Sattouf nasceu em Paris em 1978. Passa a sua infância na Argélia, na Líbia e na Síria, onde recebe uma educação muçulmana. Regressa a França com 12 anos de idade, prosseguindo os seus estudos primeiro em Cap Fréhel e mais tarde em Rennes, onde cursa a Escola de Belas-Artes.

É actualmente um autor de BD de grande sucesso. É igualmente um (re)conhecido cineasta, tendo realizado Les Beaux Gosses, galardoado com um César para o Melhor Primeiro Filme em 2010, e Jacky au Royaume des Filles, que estreou em França nos inícios de 2014.

O Árabe do Futuro #5, Riad Sattouf, Teorema, 176 pp., capa mole, 22,90€



Crónicas de Lisboa chega hoje às livrarias

O livro de banda desenhada Crónicas de Lisboa, dos consagrados Ferreira Fernandes (texto) e Nuno Saraiva (ilustração) chega às livrarias, editado pela ASA.

Este livro que a ASA agora edita e que nasceu durante a pandemia no jornal digital Mensagem de Lisboa é composto por episódios sobre curiosidades históricas da cidade de Lisboa. Com uma linguagem divertida e ilustração rica e elaborada, surpreende os leitores, mesmo os mais conhecedores da cidade.

Ferreira Fernandes e Nuno Saraiva, jornalista e desenhador desta série de BD, uma espécie de almas gémeas no método, mas sobretudo no gosto pela cidade de Lisboa, pelas histórias da cidade, e na vontade de contá-las.

Foi isso que os juntou, no jornal digital Mensagem de Lisboa, em 2020, quando em plena pandemia, iniciaram esta BD. Começaram com o Benfica – numa daquelas tramas que o Ferreira Fernandes andava a contar a toda a gente, surpreendendo mesmo quem achava que conhecia Lisboa. E foram por aí fora, com a Júlia Florista, o Carlos do Carmo, a Madame Brouillard, a Caparica, o Santo António...

Sobre os autores

Ferreira Fernandes, nasceu em 1948, em Luanda, é um dos mais reputados jornalistas portugueses, tendo colaborado, entre outras publicações, com os jornais Público e Diário Popular, ou com as revistas Visão e Sábado. Foi galardoado com diversos prémios de reportagem, sendo dois dos mais emblemáticos, o prémio Bordalo - Jornalista do Ano (Casa da Imprensa) e o prémio Jornalista do Ano (Clube de Jornalistas do Porto).

Nuno Saraiva, nasceu em 1969, na Mouraria de Lisboa, é um ilustrador, autor e professor de banda desenhada e cartoon político no Ar.Co. A sua obra esta intimamente ligada à cidade de Lisboa e aos seus costumes. Desenhou várias Festas de Lisboa, que animaram arraiais desde 2014 e é autor de diversos livros de BD um dos quais foi galardoado com o prémio Melhor Livro de BD 2016 (FIBDA) - “Tudo isto é Fado!"

Crónicas de Lisboa, Nuno Saraiva e Ferreira Fernandes, ASA, 64 pp., cor, 11,50€

19 de maio de 2023

Artista portuguesa Diana Sousa nomeada para prémios de BD Eisner dos EUA

A artista portuguesa Diana Sousa está nomeada para os Eisner, os prémios norte-americanos de banda desenhada, como colorista em duas séries publicadas na editora Dark Horse Comics, revelou a organização dos prémios.

De acordo com a lista de nomeados, divulgada na quarta-feira, Diana Sousa está indicada na categoria de “Melhor Colorista”, ou seja, enquanto responsável por adicionar cor à imagem de uma banda desenhada.

A nomeação da artista e ‘designer’ gráfica portuguesa é pelo trabalho desenvolvido em duas séries de fantasia, editadas pela Dark Horse Comics, intituladas “Critical Role: Vox Machina Origins”, relacionada com o universo do jogo de tabuleiro “Dungeons & Dragons”, e “The Mighty Nein Origins”.

É uma honra simplesmente estar nomeada, e espero que signifique que vá ter mais oportunidades no futuro para mais projetos interessantes, e mais colaborações com os artistas fantásticos que fazem parte desta indústria. E quem sabe, um dia, talvez eu também escreva a minha própria banda desenhada”, afirmou a autora, por escrito, à agência Lusa.

Diana Sousa tem 30 anos e vive em Braga, a partir de onde trabalha, há cerca de dez anos, para mercados fora de Portugal, em particular o norte-americano. Além da Dark Horse Comics, também já trabalhou para a Image Comics e para a Mad Cave Studios, segundo informações disponíveis na sua página oficial.

Em Setembro, sairá a novela gráfica “Mall Goth”, da autora canadiana Kate Leth, colorida por Diana Sousa, pela editora Simon & Schuster.

Trabalhei com escritores e editoras americanas para fazer materiais para livros de ficção, como marcadores de livros, postais, arte das personagens, e mapas para os livros de fantasia. E embora sempre tenha gostado muito de banda desenhada, não sabia como entrar nessa indústria em particular - não conhecia quase ninguém, e estava longe da ação, por assim dizer”, lembrou.

Em 2020, depois de ter preparado um portefólio e ter tido trabalho de mentoria com a colorista Triona Farrell, Diana Sousa decidiu escrever a vários editores de BD de que gostava, tendo recebido uma resposta, ao fim de alguns meses, com uma proposta de trabalho da Dark Horse Comics.

A proposta era colorir novos projetos que a Dark Horse tinha em conjunto com a equipa da ‘websérie’ “Critical Role”, de magia e aventuras, do universo “Dungeons & Dragons”, e que a colocam agora entre os nomeados dos Eisner.

É mesmo um trabalho de sonho”, sublinhou.

A cerimónia de anúncio dos prémios Eisner – batizados com o nome do autor e editor norte-americano Will Eisner (1917-2005) - está marcada para 21 de Julho durante a convenção Comic Con de San Diego, nos Estados Unidos.

LUSA

18 de maio de 2023

Apresentação do programa do Maia BD


Hoje, no Fórum da Maia, haverá a apresentação do programa do festival Maia BD! E mais que isso, será também uma ocasião de celebrar o cinema português, com a passagem de três curtas, todas elas seleccionadas para a short-list dos Óscares: O Homem do Lixo, de Laura Gonçalves, O Lobo Solitário, de Filipe Melo, e claro, Ice Merchants, de João Gonzalez, que acabou por ser nomeado para o Óscar da Melhor Curta de Animação.

Para além da apresentação do programa do evento (que decorrerá de 16 a 18 de Junho), com a presença do Vereador da Cultura da Maia, Mário Nuno Neves, e dos organizadores, os realizadores João Gonzalez e Laura Gonçalves estarão presentes num painel dirigido por Elsa Cerqueira, onde falarão sobre os seus filmes e a animação em Portugal.

Por isso, para todos os que são do Norte e tenham possibilidade de aparecer, venham! A sessão é gratuita e aberta a todos.

17 de maio de 2023

Black Crow #5 - Vingança

Mais um volume da saga de Black Crow disponível nas bancas. "Vingança" ("Vengeance") foi editado originalmente em 2014.

Enquanto os franceses festejam a conquista do sultanato de Port-Saïd graças à traição de Lesseps, Black Crow revela o seu espírito vingador. Foge rumo a Cabo Verde, para se reabastecer, e é aí que encontra um velho amigo, um ex-jesuíta de moral duvidosa. Entretanto, os franceses estão furiosos, pois diversos elementos do seu estado-maior estão mortos e a sua frota está temporariamente fora de acção. Seguindo uma leitura lógica da situação com os dados disponíveis, estimam que os fugitivos se dirigem para uma pequena ilha do arquipélago das Canárias, que é o único local na região onde poderão lançar ferro, recrutar novos tripulantes e reequipar-se com mais peças de artilharia. É um dado adquirido que Black Crow vai ter de continuar a fugir, partindo para muito longe, possivelmente rumo à mítica Terra Australis Incognita...

Black Crow #5: Vingança, Jean-Yves Delitte, ASA, 46 pp., cor, capa dura, 10,90€

Clássicos da Literatura em BD #30: Auto da Barca do Inferno

Depois da adaptação dos clássicos portugueses, Os Maias e Amor de Perdição, o volume 30 da colecção Clássicos da Literatura em BD, Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente (1465-1536), é editado pela Levoir e RTP.

Esta obra tem ilustração de Joana Afonso, adaptação do argumento de João Miguel Lameiras e o dossier tem a colaboração de José Bernardes, professor da Universidade de Coimbra.

A 27 de Maio às 16h, a ilustradora e o argumentista estarão presentes no Auditório Poente da Feira do Livro de Lisboa para falarem sobre a obra e sessão de autógrafos.

Dramaturgo e poeta português, Gil Vivente é o representante maior da literatura renascentista em Portugal. Serviu na corte régia portuguesa, no primeiro terço do século XVI. Concebeu e promoveu o que hoje designamos por espectáculos de teatro. A sua actividade de dramaturgo foi desenvolvida em torno da corte portuguesa, abrangendo os reinados de D. Manuel I e de D. João III, destinava-se sobretudo a assinalar celebrações litúrgicas (Natal e Páscoa) ou acontecimentos que envolviam a família real: nascimentos de príncipes, casamentos, entradas de reis nas cidades, despedidas de infantas que partiam para casar, etc.

O Auto da Barca do Inferno, foi representado no quarto de D. Maria de Aragão, segunda mulher de D. Manuel, que, em Outubro de 1516, havia dado à luz, pela décima vez e se encontrava doente, vindo a falecer, talvez de sequelas do parto, em Março do ano seguinte.

Dois barqueiros, o Anjo e o Diabo recebem as almas dos passageiros que passam para o outro mundo. A cena passa-se num porto e, um dos barcos vai em direcção ao céu, e o outro ao inferno. A maioria dos personagens vão para a barca do inferno. Durante as suas vidas não seguiram o caminho de Deus, foram trapaceiros, avarentos, interesseiros e cometeram diversos pecados. Por outro lado, quem seguia os preceitos de Deus e viveu de maneira simples vai para a barca.

O Auto da Barca do Inferno é um grande clássico da literatura portuguesa, possuindo diversas sátiras envolvendo a moralidade.

Clássicos da Literatura em BD #30: Auto da Barca do Inferno, Joana Afonso e João Miguel Lameiras, Levoir/RTP, 64 pp., cor, 13,90€

Segmentos

A Arte de Autor prepara-se para lançar o integral da série Segmentos, uma ópera espacial filosófica magistral. A edição inclui os três tomos da série: 1-Lexipólis (Lexipolis, 2011), 2-Voluptino (Voluptide, 2012) e 3-Neo-esparta (Neo Sparte, 2014).

A história decorre no século XXVIII da era galáctica. Para erradicar os conflitos, os humanos foram agrupados por tipo de personalidade em planetas monocromáticos dedicados a funções únicas: espiritualidade, intercâmbio, prazer, guerra, trabalho, ordem e criatividade. Mas neste universo perfeito, uma incompreensível epidemia de esterilidade está a alastrar, condenando inexoravelmente a humanidade num futuro próximo. Numa sala de audiências, o indolente Loth e a sensual Jezréel encontram-se para julgamento. Um por se recusar a entregar-se ao sexo desenfreado e às drogas, apesar de ter sido designado para o mundo do prazer, o outro por não se juntar à sua guarnição. Fortemente condenados no final de um julgamento kafkiano, tentarão escapar a esta galáxia neurótica...

Os autores:

Richard Malka, um famoso advogado especializado em direito de imprensa, que esteve envolvido em muitos processos emblemáticos (as caricaturas de Maomé, a creche Baby Loup, Dominique Strauss Kahn, etc.), e que defende grupos de imprensa e editoras, continua a sua carreira original aos 45 anos, dividindo o seu tempo entre as suas duas profissões. Depois do sucesso da saga judiciária L'Ordre de Cicéron, que se tornou um clássico, depois de La Face Karchée de Sarkozy (mais de 200.000 exemplares vendidos) e das suas sequelas, depois da fábula animal La Pire Espèce e da série Section Financière e, recentemente, do renascimento de Les Pieds Nickelés, Richard Malka, leitor ávido de Asimov e Van Vogt, escreveu a sua obra mais ambiciosa com Segments, que é, na verdade, a primeira que escreveu há mais de 15 anos.

Juan Gimenez foi um desenhador argentino nascido em 1943 em Mendoza. Faleceu em Abril de 2020. Iniciou a sua carreira como desenhador para importantes editoras argentinas. Em 1981, a Glénat publicou o seu primeiro álbum em francês: L'Étoile Noire. Nesse mesmo ano, colaborou no filme Heavy Metal, produzido no Canadá, criando o storyboard, a arte conceptual e a encenação da sequência de Harry Canyon. Entre os prémios internacionais que recebeu contam-se: Melhor Artista escolhido pelos leitores da revista internacional Comix 1984 e 1983, 84, 85 e 90; Prémio de Melhor Desenhador na Banda Desenhada e Ilustração de Barcelona em 1984; Yellow Kid atribuído pelo Conselho Internacional de Banda Desenhada de Lucca em 1990; Bulle d'Or em França em 1994. Posteriormente, publicou (com Glénat, Dargaud, Bagheera e Albin Michel) La Véritable Histoire de Léo Roa, Mutante, Le Quatrième Pouvoir, Le Regard de l'Apocalypse e Titania. Em 1992, colaborou com Alejandro Jodorowsky na sua série mais famosa, que terminou em 2004 após oito volumes e uma edição especial: La Caste des Méta-Barons. Foi esta série que o tornou um dos desenhadores de ficção científica mais admirados da banda desenhada. Em 1997, as suas obras foram expostas no Centro Georges Pompidou

Segmentos: Integral, Juan Gimenez e Richard Malka, Arte de Autor, 160 pp., cor, capa dura, 33€

16 de maio de 2023

4Life #1

A seguir à publicação do mangá, Os Três Mosqueteiros, com o jornal Público, a Levoir edita hoje o volume 1 de  4Life, com o título Crepúsculo da autoria do ilustrador e romancista francês Antoine Dole.

Sr. Tan, é o pseudónimo de Antoine Dole, um artista criativo hiperactivo, cuja bibliografia já atingiu 100 títulos. É o argumentista de várias séries, romancista com uma dúzia de romances para jovens adultos, é também fotógrafo e encena figuras japonesas que lhe permitem criar mundos em miniatura.

Vítima de bulling na escola, como o próprio conta, "Na escola secundária, aos 14 anos de idade, fui vítima de violência escolar. Demasiado tímido, não consegui falar sobre isso aos adultos.” Em vez disso, inventou Adèle, o seu duplo negativo. "Uma personagem que não se deixava bater e que se impunha.”

Vinhnyu ilustra este mangá, que conta a história de quatro amigas cosplayers, que sofreram um acidente quando estavam tranquilamente instaladas num autocarro a caminho de uma convenção de cosplays. Ao acordarem no hospital, descobrem que já não são as mesmas; desenvolveram poderes relacionados com os fatos que estavam a usar na altura do acidente. Quando começam a descobrir a extensão das suas novas capacidades, criaturas misteriosas invadem a cidade e parecem sentir-se atraídas pelas adolescentes e pelos seus fatos. As raparigas têm agora de se organizar para lidar com duas grandes ameaças: as sombras que as perseguem e engolem a cidade, e os seus fatos que parecem estar lentamente a apoderar-se delas. A partir de agora, as quatro amigas devem lutar juntas para entender a origem dessa transformação e não desaparecer.

4Life mostra o poder da amizade, como juntos somos mais fortes para ultrapassar os obstáculos da vida.

4Life #1: Crepúsculo, Vinhyu, Levoir, 200 pp., p&b, capa mole, 10,99€

O nome da rosa - Volume 1

"O Nome da Rosa" ("Il nome della rosa"), romance histórico do escritor italiano Umberto Eco (1932-2016), lançado em 1980, adaptado a banda desenhada por Milo Manara, está disponível nas livrarias a partir de hoje. 

Reconhecido sobretudo pelo seu trabalho erótico e pelas suas colaborações com Federico Fellini, Milo Manara inspirou-se na fisionomia de Marlon Brando para desenhar William de Baskerville, o frade franciscano que tenta descobrir com a ajuda do jovem beneditino Adso de Melk, quem é o responsável por uma série de mortes misteriosas que ocorrem em 1327 numa abadia medieval isolada estruturada em torno de uma inacessível biblioteca.

Uma obra singular em que Milo Manara coloca no papel três estilos gráficos distintos que se cruzam em busca da perfeição visual. Através de cada um destes registos, Manara narra as diferentes dimensões do romance do célebre escritor italiano: as esculturas, os relevos dos pórticos e as maravilhosas e surreais iluminuras que acompanham os livros da biblioteca da abadia; a descoberta da sensualidade por Adso; a história dos frades dolcinianos considerados heréticos.  O Nome da Rosa de Manara amplia, pois, magistralmente a arquitectura literária do romance de Umberto Eco, como se de uma matrioska se tratasse, um romance que é também um livro sobre livros, que contém outros livros.

Esta adaptação não se trata, assim, de uma mera transcrição gráfica do romance mais célebre de um dos nomes maiores da literatura italiana, mas sim um trabalho de génio que lhe atribui um singular brilho visual.

À edição do primeiro volume do romance que celebrizou o semiólogo italiano pelo traço de um dos mais relevantes autores contemporâneos da banda desenhada, seguir-se-á a publicação do segundo volume em 2024 acompanhando o ritmo de publicação da editora original.

O Nome da Rosa Vol. 1, Milo Manara, Gradiva, 80 pp., capa dura, cor, 24,50€