O enredo volta a centrar-se em Alana e na filha Hazel, sobreviventes de um conflito galáctico interminável entre dois mundos inimigos. Agora, as duas enfrentam novas ameaças e dilemas morais que põem à prova o legado de Marko — personagem cuja ausência continua a marcar profundamente a história.
Neste volume, Vaughan retoma o tom agridoce que define Saga: uma fusão de ficção científica, fantasia e drama familiar. As cenas oscilam entre momentos de ternura e sequências de violência crua, reflectindo a contradição que está no centro da obra — a tentativa de construir uma vida pacífica num universo dominado pelo ódio e pela guerra.
Os temas de luto, maternidade, resistência e empatia surgem com força renovada. Vaughan mantém o seu talento para o diálogo inteligente e emocional, enquanto Fiona Staples entrega uma arte visualmente deslumbrante: criaturas de design ousado, planetas vibrantes e expressões humanas que comunicam mais do que mil palavras.
Com o volume 12, Staples mostra mais uma vez a sua mestria em criar emoção num cenário de fantasia cósmica, provando que Saga é tão sobre sentimentos quanto sobre mundos alienígena.
Para os leitores assíduos, este é um volume de reconciliação e amadurecimento. Para os novos leitores, é uma excelente oportunidade para descobrir por que Saga é considerada uma das melhores séries de banda desenhada contemporâneas.
Saga #12, Brian K. Vaughan e Fiona Staples, G. Floy Studio, 152 pp., cor, capa dura, 23€
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