Neste volume acompanhamos o aprofundar da perseguição a Johan, enquanto o Dr. Kenzo Tenma se aproxima cada vez mais da figura enigmática do seu antigo paciente e actual antagonista. Entre os acontecimentos principais, destacam-se:
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A investigação de Richard Braun, um ex-polícia alcoólico contratado como detective privado, que se vê progressivamente envolvido nos mistérios em torno de Johan. A sua luta contra os vícios pessoais funciona como contraponto à luta moral de outros personagens.
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O retrato das consequências dos crimes de Johan, que manipula e destrói vidas sem recurso à violência directa. Urasawa evidencia como o mal pode ser exercido de forma subtil, através da influência psicológica e da exploração das fragilidades humanas.
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O aproximar inevitável do confronto entre Tenma e Johan, com o médico a debater-se cada vez mais com a questão central: até que ponto está disposto a ir para travar o “monstro” que ele próprio salvou no passado?
O sexto volume é fundamental porque aprofunda a dimensão psicológica da narrativa. A introdução de Richard Braun enriquece a galeria de personagens que, de diferentes formas, ilustram o modo como Johan envenena tudo o que toca. Ao mesmo tempo, coloca Tenma perante o espelho da sua própria identidade: será ele apenas médico, ou estará destinado a transformar-se em assassino?
Monster #6, Naoki Urasawa, Devir, 400 pp., p&b, capa mole, 20€
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