Na década de 1970 estudou Arquitetura na ESBAL (Escola Superior de Belas Artes de Lisboa), enquanto colaborava com diversos jornais e revistas como Musicalíssimo, Volante, República, entre outros.
A sua primeira banda desenhada publicada foi BZZZ, para o suplemento Mosca do Diário de Lisboa, em 1972, assinando então como Mané (utilizou também variantes como Pedro ou Manuel Pedro).
O seu envolvimento mais marcante deu-se com a revista Visão (1975-1976), uma publicação revolucionária inteiramente dedicada à BD que, embora breve, marcou uma clara ruptura no panorama de leitores e autores portugueses.
Um dos pontos altos da sua carreira foi A Primeira Aventura no País de João (1977), com argumento de Maria Alberta Menéres, editado com uma tiragem surpreendente de 500 000 exemplares para distribuição junto de comunidades de emigrantes.
Em 1978, começou a publicar O Abutre, tiras com humor negro e uma veia iconoclasta no jornal A Luta, compiladas posteriormente em sete mini-álbuns pela Europress.
Criou ainda títulos como A missão h…orrível e A Lei do Trabuco e do Punhal – Mataram-no Duas Vezes, ficção baseada na biografia de Zé do Telhado.
Além disso, colaborou com o autor francês Patrick Lizé no álbum Le Deuil Impossible, da Glénat, que retrata curiosamente um possível regresso do rei D. Sebastião em 1598.
Editou ainda o livro teórico Como Fazer Banda Desenhada e até se aventurou em cromos com As Aventuras do Capitão Igloo. Na imprensa, dirigiu o semanário Eco Regional e criou personagens como Dick Tetiv (tiras para o site do Ministério da Administração Interna em 1998) e continuou a desenvolver séries como Contacto em Lisboa e Os Passarinhos.
Pedro Massano faleceu a 1 de Setembro de 2025, com 77 anos, deixando um legado vasto e diversificado no campo da banda desenhada portuguesa.
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