21 de setembro de 2025

Acredita ou então faz como os Desencantados

Uma novela gráfica irreverente, com um toque sombrio, humorístico e inovador, que subverte a imagem tradicional das fadas.

Algumas histórias dizem-nos que as fadas são criaturas doces e bondosas. Bem, essas histórias estão ERRADAS. As fadas são sorrateiras e tão mágicas como as lesmas.? E teimosas… E espontâneas… E conflituosas… E muitíssimo divertidas.

Descobre o seu mundo (des)encantado numa aventura emocionante cheia de mistérios, rivalidades e segredos muito reveladores sobre estas criaturas.

Huw Aaron é um autor, cartoonista e ilustrador galês. Após uma breve e decepcionante carreira como contabilista, Huw trabalhou como cartoonista de revistas, começando depois a fazer banda desenhada e a ilustrar livros infantis na sua língua materna, o galês. Vive em Cardiff com a sua mulher, Luned, e as duas filhas, igualmente apaixonadas por banda desenhada.

Acredita ou então faz como os Desencantados, Huw Aaron, Nuvem de Letras, 256 pp., cor, capa mole

19 de setembro de 2025

História de Uma Gaivota e do Gato Que a Ensinou a Voar

O clássico do escritor chileno Luis Sepúlveda numa nova versão com desenhos apelativos de Cever, que amplificam a magia de uma história intemporal.

Junto ao porto de Hamburgo, Zorbas, um gato grande, preto e gordo, promete a uma gaivota que veio morrer na varanda de sua casa que não só chocará o ovo que esta acabara de pôr, como criará a pequena gaivota e ensiná-la-á a voar. Comprometidos pela mesma promessa, o bando dos gatos do porto vai mobilizar-se para o ajudar, por muito difícil que a invulgar tarefa seja...

As aventuras de Zorbas, o gato, de Ditosa, a jovem gaivota, e dos seus amigos foram imaginadas pelo grande escritor chileno Luis Sepúlveda, tendo conquistado milhões de leitores em todo o mundo, tocados pela poesia e pelos valores universais desta história que tem a graça de uma fábula e a força de uma parábola.

Cever, que se «apaixonou» por este texto, oferece-nos uma magnífica personificação desenhada da improvável amizade entre um felino e um pássaro, conseguindo combinar na perfeição o humor e a fantasia com temas muito actuais como o ambiente, o respeito pela diferença e a solidariedade.

História de Uma Gaivota e do Gato Que a Ensinou a Voar, Cever, Porto Editora, 104 pp., cor, capa dura, 19,99€

18 de setembro de 2025

Jardim aos Quadradinhos

 


O Silêncio de Didier Comès: uma obra-prima da banda desenhada europeia

Publicada em 1979, Silêncio é uma das obras mais emblemáticas de Didier Comès, autor belga reconhecido como um dos grandes nomes da banda desenhada contemporânea. Trata-se de um livro que combina poesia, misticismo e crítica social, tudo envolto numa atmosfera profundamente humana e melancólica.

A história acompanha Silêncio, um jovem camponês surdo-mudo e com uma mente simples, que vive numa aldeia marcada por preconceitos, violência e superstições. É através dele — um ser frágil aos olhos dos outros, mas dotado de uma sensibilidade rara — que o leitor entra num universo onde a dureza da vida rural se cruza com o fantástico, a magia e a tragédia.

O contraste entre a inocência de Silêncio e a crueldade daqueles que o rodeiam dá ao livro uma força particular. Comès usa o protagonista como espelho de uma sociedade que marginaliza os diferentes e, ao mesmo tempo, como veículo para uma narrativa carregada de simbolismo. Há no enredo ecos da tradição oral, do xamanismo e do folclore europeu, mas também uma crítica à intolerância e à exclusão.

Do ponto de vista gráfico, o preto e branco de Comès é deslumbrante. Cada página é trabalhada com uma intensidade expressiva que reforça a atmosfera sombria da história. A ausência de cor não é uma limitação, mas sim uma escolha estética que amplia a profundidade emocional e poética da obra.

Mais de quatro décadas depois da sua publicação, Silêncio permanece atual e tocante. É um livro que fala da diferença, da opressão, mas também da ternura e da possibilidade de ver o mundo através de outros olhos. Um clássico da banda desenhada que continua a comover leitores e a inspirar novos autores.

Silêncio, Didier Comès, Devir, 144 pp., p&b, capa dura, 22€

16 de setembro de 2025

Os livros Stitch! de Yumi Tsukirino

A série de mangás Stitch!, criada por Yumi Tsukirino, faz parte da linha Disney Manga publicada pela Tokyopop, onde adapta o universo de Lilo & Stitch, reposicionando Stitch num cenário diferente—uma ilha próxima a Okinawa, Japão—onde vive novas e divertidas aventuras com uma amiga japonesa chamada Yuna.

O mangá é organizado em histórias curtas e divertidas, ideais para crianças, nas quais Stitch realiza pequenas tarefas ou “boas acções", como pescar, assar um bolo ou até aprender a usar hashis. Depois, há também um bloco de histórias ambientadas no Hawai, com Lilo, Nani e a restante família.

A D. Quixote edita os dois primeiros volumes, apresentando as seguintes sinopses:

Volume 1: Tu conheces e adoras as aventuras havaianas do Stitch… por isso, junta-te à tua criatura alienígena preferida enquanto visita uma ilha japonesa perto de Okinawa, onde faz amizade com uma menina chamada Yuna, que é uma craque no karaté. Vem daí, enquanto a Yuna e o Stitch vão pescar, participam num concurso de máscaras e até tentam fazer um bolo! Nunca se sabe em que sarilhos se metem a seguir!

Volume 2: Adoraste-o em Lilo & Stitch. Agora, as aventuras do Stitch continuam numa ilha japonesa perto de Okinawa, com a sua nova amiga, Yuna. Junta-te ao Stitch enquanto ele aprende a cortar a relva, tenta fazer de babysitter e esforça-se por se tornar num verdadeiro ninja japonês. As suas travessuras hilariantes são literalmente de outro mundo! 

Stitch!, Livros 1 e 2, Yumi Tsukirino, D. Quixote, 160/176 pp., cor, capa mole, 11,90€ cada volume

15 de setembro de 2025

O Homem de Negro

Grégory Panaccione, ilustrador e autor que já se destacou por obras como Um oceano de amor e Alguém com quem falar, lança O Homem de Negro,  versando o pesadelo social do abuso sexual de crianças. 

Mattéo é um rapaz que tem tudo para ser feliz. Vive numa casa encantadora rodeado pelo carinho dos pais e Tommy, o seu cão e companheiro favorito. No entanto, todas as noites, tem o mesmo pesadelo angustiante: um homem de negro aterroriza-o até ele acordar. Ele ainda não sabe que só um confronto lhe permitirá que se liberte das suas garras... 

O Homem de Negro, Grégory Panaccione e Giovanni Di Gregorio, ASA, 112 pp., cor, capa dura, 22,90€

14 de setembro de 2025

Aí está a capa do novo álbum de Astérix

 


Julieta Pirueta e o Segredo do Pássaro Azul

Neste segundo volume, Julieta vai passar o Verão na quinta dos avós, num ambiente diferente do que está habituada. Este Verão será marcado por muitas emoções: a alegria dos novos amigos, o entusiasmo da dança, o medo do que ainda está por vir, mas sobretudo a curiosidade acerca de um mistério que envolve o passado da sua mãe. 

Entre segredos, partilhas, organização de espetáculos e a vivência no campo, Julieta vai descobrir que as mudanças, por mais assustadoras que pareçam, se tornam mais fáceis quando estamos rodeados de pessoas que nos amam verdadeiramente.

Julieta Pirueta e o Segredo do Pássaro Azul, Elena Triolo e Brian Freschi, Nuvem de Letras, 184 pp., cor, 14,95 €

A Auchan oferece bonecos da série Peanuts


Poucas personagens marcam gerações como o Snoopy. Criada em 1950, a série Peanuts, que trouxe o beagle mais famoso do mundo à ribalta, comemora agora 75 anos e continua a conquistar fãs com a sua imaginação ilimitada, humor descontraído e uma boa dose de ternura. Para assinalar esta data histórica, a Auchan tem agora disponível para os seus clientes uma colecção exclusiva de produtos coleccionáveis que promete surpreender os fãs da personagem e não só. Disponível entre 8 de Setembro e 2 de Novembro, a colecção pode ser adquirida através da participação na campanha de selos das lojas Auchan e Minipreço. Por cada 10 euros em compras, os clientes recebem um selo. Os selos acumulados podem ser trocados por produtos exclusivos Peanuts — uma oportunidade única de levar para casa peças de coleção, acessíveis apenas a membros do Clube Auchan e Clube Minipreço.

A coleção inclui peluches das principais personagens Snoopy. Oferece ainda um conjunto de duas canecas de porcelana que promete aquecer as manhãs de Outono. Sendo para toda a família, a colecção conta também com produtos para cão: uma garrafa de água portátil em aço inoxidável com um espaço para armazenar ração ou biscoitos e uma cama que se adapta facilmente a qualquer companheiro de quatro patas.

13 de setembro de 2025

Espírito da Aventura: Um novo universo científico pelo mesmo autor de Emanon!

A Sendai Editora anuncia o lançamento do seu décimo sétimo lançamento: “Espírito da Aventura”, de Kenji Tsuruta, a ser lançado em Outubro.

No interior de Inglaterra, três cientistas amadores sonham ir a Marte com base numa teoria obscura. Por sua vez, outro cientista tenta ir à Lua com o seu foguetão, através de portais. Em Hamamatsu, pai e filha tentam encontrar o tesouro que o avô, galardoado com dois prémios Nobel, lhes pode ter deixado. Em Espírito da Aventura, a principal antologia de ficção científica de Kenji Tsuruta, entra-se num universo de cientistas malucos e invenções excêntricas.

Também encontraremos China, a melancólica e adorável dona do restaurante Tenkai, em Bristol, que sofre para receber a renda dos Drs. Brekenridge e Floyd.

O autor Kenji Tsuruta nasceu em 1961, em Hamamatsu, e queria ser fotógrafo. Após ler os mangás de ficção científica de Yoshinobu Hoshino decidiu virar mangaká e estreou-se em 1986. Fez diversas ilustrações para livros, revistas, jogos, etc., e alguns mangás. Também trabalhou no estúdio GAINAX, e foi vencedor dos Prémios Seiun e Tetsuya Chiba

Pode acompanhá-lo no Twitter em http://www.twitter.com/k_tsuruta_info 

Aos 40 primeiros leitores que comprarem pelo site da editor, é oferecido um desconto e um íman de China! E como sempre, os portes são grátis.

Espírito da Aventura, Kenji Tsuruta, Sendai Editora, 404 pp. (12 a cor), capa mole, 22€

12 de setembro de 2025

O Grande Poder do Chninkel: Uma Obra-Prima da Fantasia Franco-Belga

O Grande Poder do Chninkel (Le Grand Pouvoir du Chninkel) é uma das mais notáveis obras da banda desenhada franco-belga, criada pela dupla Jean Van Hamme (argumento) e Grzegorz Rosiński (desenho). Publicada inicialmente entre 1986 e 1987 na revista À Suivre, a história foi posteriormente compilada em três volumes e colorida por Graza. A obra mistura elementos de fantasia, ficção científica e parábolas bíblicas, sendo considerada uma das primeiras graphic novels da história da banda desenhada europeia. 

A presente edição é a compilação dos três volumes originais, ainda a preto e branco. 

A trama se passa no planeta Daar, onde três imortais — Zembria, Barr-Find e Jargoth — travam uma guerra eterna, subjugando diversas raças, incluindo os Chninkels, seres ostracizados e escravizados. O protagonista, J’on, um Chninkel, sobrevive a uma batalha mortal e é escolhido por U’n, o criador dos mundos, para pôr fim à guerra e restaurar a paz. Dotado de um “Grande Poder”, J’on torna-se, sem querer, o messias esperado que mudará para sempre o curso do mundo.

Grzegorz Rosiński utiliza um estilo gráfico detalhado e expressivo, com influências de artistas como Moebius e Bilal. A sua arte transmite uma sensação de grandiosidade e profundidade, essencial para a ambientação do mundo de Daar. A colorização posterior por Graza adiciona camadas de atmosfera, enriquecendo ainda mais a experiência visual.

O Grande Poder do Chninkel conquistou o Prémio do Público no Festival de Angoulême em 1989. A sua abordagem madura e filosófica, aliada à qualidade artística, elevou o status da banda desenhada como uma forma de arte séria e literária. Embora inicialmente planeada como uma história única, a obra permanece como um marco isolado, sem sequências ou prequelas, preservando a sua integridade narrativa.

O Grande Poder do Chninkel [integral], Grzegorz Rosiński e Jean Van Hamme, Arte de Autor, 310 pp., p&b, capa dura, 31€

A BD na Colina das Artes

 Com a colaboração da  Turbina Associação Cultural:


com a participação das seguintes editoras e livrarias:

A Seita  / Ala dos Livros / Arte de Autor / BD Mania / Chili com Carne / Devir / Djinn / Edições Asa
El Pep / Escorpião Azul / Gorila Sentado / Levoir / Polvo / Quarto de Jade / Sendai / Ucha Edições e
Umbra


Uma exposição documental, com imagens em grande formato com as participações de António Jorge Gonçalves com Nuno Artur Silva, Filipe Abranches com A.H. de Oliveira Marques, Juan Cavia com Filipe Melo, José Smith Vargas, Luís Louro, Marta Teives com Pedro Moura, Miguel Rocha com Alex Gozblau e João Paulo Cotrim, Nuno Saraiva com Ferreira Fernandes, Ricardo Cabral e Rita Alfaiate com Nuno Duarte


Sessões de autógrafos previstas:

Dia 13 – 15h/17h - André Oliveira, António Jorge Gonçalves, Barbara Lopes, Filipe Abranches, João Amaral, João Maio Pinto, Margarida Madeira, Nuno Saraiva, Pedro Moura e Vasco Colombo,

Dia 13 – 17h/19h - Daniel da Silva Lopes, Diniz Conefrey, Inês Fetchónaz, João Gil Soares, Pepdelrey e Rita Alfaiate

Dia 14 – 15h/17h - André Mateus, Daniel Maia, Daniela Viçoso, Filipe Duarte, Osvaldo Medina e Rubem Mocho

Dia 14 – 17h/19h - André Morgado, Daniel da Silva Lopes, Pepdelrey e Rita Alfaiate

11 de setembro de 2025

Histórias à Sombra do Montado: Banda Desenhada celebra a identidade alentejana

Cinco escritores e quatro artistas visuais uniram-se para criar novas histórias de banda desenhada que prestam homenagem ao montado de sobro, um dos maiores símbolos da identidade alentejana e um ecossistema fundamental para Portugal.

O projecto “Histórias à Sombra do Montado”, criado em 2022 pela Ronha – Associação Cultural com o apoio do programa Odemira Criativa, promovido pela Câmara Municipal de Odemira, regressa em 2025 com a sua terceira edição.

O montado de sobro ocupa cerca de 23% da área florestal nacional e é considerado um dos ecossistemas mais importantes do país. Para os criadores do projeto, Rita Gonzalez e Hugo Tornelo, a banda desenhada é uma forma de preservar e partilhar esta herança viva.

O montado é um dos ecossistemas mais importantes de Portugal, uma herança viva que cria memórias, e é isso que queremos preservar e partilhar”, sublinha Hugo Tornelo.

Nesta edição, os textos foram escritos por José Riço Direitinho, Isabel Moreira Marques, João Pedro Vala, Susana Moreira Marques e Isabel Minhós Martins.

A adaptação para a linguagem visual esteve a cargo de Miguel Rocha, Biakosta, Joana Estrela e André Pereira.

Cada história alia valor artístico e reflexão ambiental, convidando os leitores a redescobrir o montado e a importância da sua preservação.

Para além da criação artística, a edição inclui também um conjunto de boas práticas para a conservação e regeneração do montado, desenvolvido em parceria com o projeto LIFE Montado – Adapt, que procura mitigar os impactos das alterações climáticas neste ecossistema.

Segundo Hugo Tornelo, o projeto valoriza o património natural do Alentejo e pretende que as histórias ajudem a população a reforçar o sentimento de identidade, pertença e consciência ambiental.

Tal como nas edições anteriores, a publicação será distribuída gratuitamente em todo o concelho de Odemira e estará também disponível em formato digital no site oficial do projecto, garantindo acesso a toda a comunidade.

Histórias à Sombra do Montado” continua a crescer como um projecto cultural único, onde a banda desenhada dá voz às árvores, às paisagens e às memórias do Alentejo. Mais do que um livro, é um convite a olhar para o montado com outros olhos — de cuidado, respeito e pertença.

Dormindo entre cadáveres

Dormindo Entre Cadáveres é uma romance gráfico escrito por Luís Moreira Gonçalves (autor e protagonista da história) e ilustrado por Felipe Parucci, lançado este mês pela Livros Zigurate.

A obra reconstitui – com intensidade e honestidade visceral – a experiência do médico português que atuou em pleno surto de COVID-19 no Hospital de Campanha da Zona Leste, em Porto Velho-Brasil, durante o pior momento da pandemia, entre Fevereiro e Abril de 2021.

A história é contada em primeira pessoa, com relatos comoventes do quotidiano médico com uma agenda sobrecarregada — “turnos em que cinco, seis, sete pessoas morreram” torna-se rotina, e a instabilidade emocional acompanha cada turno.

Felipe Parucci emprega um traço expressivo e dinâmico, que transmite o pânico, a exaustão e o caos — com rabiscos intensos, ângulos dramáticos e movimentos visuais que evocam a perda de controlo nos momentos críticos.

É uma obra essencial para registar uma experiência colectiva traumática: a pandemia vista “lá de dentro”, com impacto emocional, humano e social. O título cumpre o papel de memória e alerta — sobre negligência, morte em escala, dedicação médica e o peso psicológico dessa vivência.

Dormindo entre cadáveres, Felipe Parucci e Luís Moreira Gonçalves, Livros Zigurate, 320 pp., p&b, capa mole, 21,90€

Mattéo: Primeira Época (1914-1915)

Os dois primeiros volumes da série, publicados há quinze anos pela extinta Vitamina BD, encontram-se esgotados. Um bom motivo para que a Ala dos Livros edite o início da saga de Mattéo, ficando, assim, por publicar o segundo volume para que a colecção da editora fique completa.

Na zona de Collioure, tudo pertence aos De Brignac: as vinhas, as casas, as pessoas, o seu suor... Mattéo e o seu amigo Paulin sabem-no. Trabalham para eles.  Quanto a Juliette, a namorada de Mattéo, que a família De Brignac acolheu quando tinha apenas três anos de idade, é considerada por "eles" como um membro da família.

Agosto de 1914. A I Grande Guerra eclode. Filho de um anarquista espanhol, Mattéo escapa à mobilização geral pelo facto de ser estrangeiro.  Mas quando o seu amigo Paulin e os jovens da sua idade partem, eufóricos, para a frente de batalha, Mattéo sente-se confusamente envergonhado por ter sido deixado para trás, com as mulheres e os velhos. Paradoxalmente, e o que lhe é ainda mais insuportável, é o facto de nos encontros diários que mantém com Juliette, esta passar o tempo a falar-lhe das suas preocupações com Guillaume de Brignac, que está na Força Aérea. No momento em que, ferido pela indiferença de Juliette e atormentado pelo remorso por não estar na frente de batalha, Mattéo decide finalmente incorporar-se e partir para as trincheiras, o seu amigo Paulin regressa definitivamente a casa.

Reconhecida pela elevada qualidade gráfica e narrativa, Mattéo é uma série em 6 volumes que nos conta o destino singular de um homem. Empurrado pela força das circunstâncias, da guerra de 1914 à Segunda Guerra Mundial, passando pela Revolução Russa, a Frente Popular e a Guerra Civil Espanhola, Mattéo participará de todas as guerras que incendiaram as primeiras décadas do século XX, atravessando tempos tumultuosos e paixões exaltadas...

Mattéo: Primeira Época (1914-1915), Jean-Pierre Gibrat, Ala dos Livros, 62 pp., cor, capa dura, 24,90€

10 de setembro de 2025

Tower of God #3

Já se encontra disponível o terceiro volume da série. Eis a sinopse deste volume:

Na torre, o jogo de forças é implacável e cada decisão pode ser fatal. Quando Bam pensava que teria pela frente apenas mais um teste para subir de piso, é surpreendido por um desafio inesperado: O Jogo da Coroa, uma prova rigorosa em que as equipas se confrontam directamente. O prémio é apetecível: a equipa vencedora não precisa de realizar o último teste, passando assim para o próximo andar. A equipa de Bam tem tudo o que precisa para triunfar neste campo de forças e estratégias. No entanto, assim que uma figura familiar surge na arena, todas as certezas se desfazem… e o destino do jogo muda radicalmente.

Tower of God #3, Siu, Editorial Presença, 280 pp., p&b, capa mole, 16,90€

8 de setembro de 2025

Philippe Godin (1944 – 2025)

Foi com profunda tristeza que o mundo da BD perdeu hoje Philippe Godin, eminente estudioso da obra de Hergé e a principal autoridade sobre As Aventuras de Tintin. Nascido em Bruxelas a 27 de Maio de 1944, Godin dedicou grande parte de sua vida a desvendar a trajetória criativa do célebre autor belga e seu icónico personagem detective.

Durante a década de 1970, iniciou o seu percurso como professor de desenho, mas ficou marcado como um apaixonado coleccionador e admirador da obra de Hergé. Este intercâmbio de admiração levou-o a iniciar uma correspondência com o mestre, que respondeu com uma missiva ilustrada única e assinada — e assim nasceu uma amizade duradoura e frutífera. 

De 1989 a 1999, desempenhou o papel de secretário-geral na Fondation Hergé, onde trabalhou literalmente na mesa de trabalho de Hergé.  A partir do ano 2000, dedicou-se a publicar a colecção monumental Hergé – Chronologie d’une œuvre (sete volumes) e a biografia mais detalhada do criador de Tintin, intitulada Hergé – Lignes de vie. Estas publicações fizeram dele um dos maiores especialistas no universo do autor e seu tenaz investigador. 

A sua partida, ocorrida hoje, marca o fim de um capítulo essencial na preservação da memória e do legado de Hergé e de seu herói Tintin. Com a sua erudição e paixão constantes – tanto como hergéólogo, quanto como presidente da associação Les Amis de Hergé, editora da revista homónima com cerca de 1 400 membros em todo o mundo – dedicou uma vida inteira à difusão e ao estudo da arte e da narrativa belga.

Blue Lock - Volume 4

No volume 4 de Blue Lock, escrito por Muneyuki Kaneshiro e ilustrado por Yusuke Nomura, a tensão atinge o seu ápice. Estamos na última ronda da primeira eliminatória e a Equipa Z precisa de ganhar contra a Equipa V — a formação invicta da Ala 5 — para sobreviver! Uma ameaça tripla paira sobre Isagi, incluindo o prodígio Nagi Seishiro, que só joga futebol há seis meses. Como se não bastasse, a Equipa Z está com menos um jogador após a traição brutal de Kuon. Parece que nada ajuda, e Isagi e os companheiros de equipa estão cada vez mais conscientes das suas fraquezas.

Será que, no fim, o desespero irá triunfar sobre o talento?

Este volume cobre os capítulos 23 a 31, concluindo a primeira fase do torneio.

Blue Lock #4, Muneyuki Kaneshiro e Yusuke Nomura, Distrito Manga, 192 pp., p&b, capa mole, 10,95€

Manda msg quando chegares

Todas as histórias deste livro são verdadeiras. Aconteceram a pessoas reais, num tempo não muito distante. Pedir a uma mulher que mande mensagem quando chegar é pedir-lhe que se proteja, que esteja sempre atenta, que olhe bem à sua volta e que leve o telemóvel na mão enquanto finge que fala com alguém. É dizer que caminhe no meio da estrada e não junto aos prédios. É assegurar que estamos aqui.

Este é um grito de revolta, uma constatação, uma exposição de medos, preconceitos e avisos. Uma colectânea de episódios de todas nós e os retratos daquilo que as mulheres não podem fazer porque não fica bem, porque é provocante, porque se põem a jeito.

A luta continua.

R.G.B reuniu uma série de histórias reais de abusos e assédios e transformou-os em arte. Não para as embelezar, mas para as contar de forma a que todos ouvissem. Entre ela própria, amigas e colegas, as histórias foram tantas que não seria possível contá-las a todas.

Neste livro estão alguns desses acontecimentos, intercalados com pequenas ilustrações daqueles atos e liberdades corriqueiras que um homem não perderia um segundo a pensar nelas. Mas uma mulher pensa uma e duas vezes antes de andar de táxi à noite, sozinha; pensa se deverá comer aquele Calipo já ou esperar até chegar a casa; lamenta o autocarro cheio onde terá de aguentar um homem encostado a si; ouvirá, sem ripostar, a piadinha do médico ginecologista ou do patrão.

R.G.B. é artista visual e mãe. Este é o seu primeiro livro, que é também um protesto, um atestado de sororidade e um grito de revolta. 

Manda msg quando chegares, R.G.B., Iguana, 96 pp., capa dura, cor, 16,65€

Autora multipremiada Keum Suk Gendry-Kim de regresso com «O Meu Amigo Kim Jong-un»

O Meu Amigo Kim Jong-un é uma graphic novel escrita e ilustrada pela  autora sul-coreana Keum Suk Gendry-Kim

A obra recusa a caricatura ou a demonização simplista de Kim Jong-un, procurando compreender, sem julgamentos explícitos, quem é o homem por trás do líder. A narrativa é permeada por um tom neutro e ponderado.

A autora viveu na ilha de Ganghwa, perto da fronteira entre Coreias; o barulho das bases militares e o clima de tensão criar um contexto pessoal e visceral para a investigação. Isso confere à narrativa uma forte sensação de urgência e também uma dimensão íntima, em que a autora não se distancia como mera observadora, mas como alguém afetada por esse conflito dividido.

Keum Suk Gendry-Kim deu ao livro um formato de uma reportagem em banda desenhada — uma mistura de investigação jornalística e narrativa gráfica. Gendry-Kim intercala entrevistas com desertores norte-coreanos, especialistas, amigos que conheceram Kim durante a sua estadia na Europa e até com o ex-presidente sul-coreano Moon Jae-in.

A narrativa percorre desde a infância do líder em Pyongyang até momentos mais recentes, como as negociações com Donald Trump. Intercalada com a própria experiência da autora e a pesquisa em curso, a história tem um carácter reflexivo e humano, não limitado ao estritamente biográfico estrito.

A arte varia entre traços realistas e caricaturas subtis. O uso de duas cores no grafismo traz dinamismo e carrega uma carga simbólica forte, refletindo tensões, silêncios e emoções não expressas explicitamente.

O Meu Amigo Kim Jong-un é uma obra singular no panorama das narrativas sobre a Coreia do Norte. Não é biografia pura, nem sátira política; é jornalismo gráfico com alma — uma narrativa sensível que constrói pontes, humaniza figuras frequentemente envoltas em mistério, e convida à reflexão sobre os efeitos duradouros da divisão. É uma leitura recomendada para quem busca compreender realidades complexas com empatia, rigores jornalísticos e beleza visual.

O álbum tem a chancela da Iguana e é terceira obra de Gendry-Kim editada em Portugal.

O Meu Amigo Kim Jong-un, Keum Suk Gendry-Kim, Iguana, 288 pp., bicromia, capa mole

The Ghost in the Shell - Livro 1

Publicado originalmente em 1989 por Masamune Shirow, The Ghost in the Shell é um marco na história do mangá e da ficção científica. Reunindo tecnologia, filosofia e acção num enredo futurista, a obra tornou-se um dos pilares do género cyberpunk, inspirando adaptações para o cinema, animação, videogames e influenciando obras ocidentais como Matrix.

O enredo decorre no século XXI, num Japão altamente tecnológico, onde a fronteira entre o homem e a máquina se tornou difusa. A protagonista é a Major Motoko Kusanagi, integrante da Secção 9, uma unidade de segurança governamental especializada em crimes cibernéticos e terrorismo tecnológico.

No decorrer da obra, Kusanagi e a sua equipa investigam casos de hackers e conspirações, culminando no confronto com o misterioso Mestre das Marionetes, uma inteligência artificial capaz de manipular redes e consciências humanas.

Os cenários são marcados por cidades densas, repletas de neon e tecnologia omnipresente, mas também por uma sensação de desumanização e de perda de identidade, temas clássicos do cyberpunk.

Shirow combina narrativa densa, com diálogos técnicos e filosóficos, a cenas de acção dinâmicas e violentas. O traço detalhado mistura estética realista com elementos futuristas, consolidando o estilo cyberpunk japonês. Além da arte, o autor insere notas explicativas que expandem a compreensão do mundo — desde detalhes sobre armamentos até reflexões políticas e sociais.

The Ghost in the Shell abriu caminho para um dos franchisings mais influentes da cultura pop. A adaptação em anime de 1995, dirigida por Mamoru Oshii, tornou-se referência no cinema de ficção científica. Desde então, a obra gerou sequências em mangá, séries animadas (Stand Alone Complex), filmes live-action e discussões académicas sobre tecnologia e filosofia.

Mais do que uma história policial futurista, o livro é uma reflexão sobre o que significa ser humano numa era de máquinas conscientes.

The Ghost in the Shell - Livro 1, Masamune Shirow, Distrito Manga, 360 pp., cor, capa dura, 35,45€

3 de setembro de 2025

Pedro Massano: Um Mestre da Banda Desenhada Portuguesa (1948-2025)

Manuel Pedro Dias Massano Santos, mais conhecido como Pedro Massano, nasceu em Lisboa a 15 de Agosto de 1948, tendo passado parte da juventude nos Açores (São Miguel) antes de ingressar na capital, onde frequentou o Colégio Militar. Cresceu rodeado pela banda desenhada — um ciclo que começou cedo, roubando revistas como Cavaleiro Andante, e que consolidou a sua paixão por esta forma de arte.

Na década de 1970 estudou Arquitetura na ESBAL (Escola Superior de Belas Artes de Lisboa), enquanto colaborava com diversos jornais e revistas como Musicalíssimo, Volante, República, entre outros.

A sua primeira banda desenhada publicada foi BZZZ, para o suplemento Mosca do Diário de Lisboa, em 1972, assinando então como Mané (utilizou também variantes como Pedro ou Manuel Pedro).

O seu envolvimento mais marcante deu-se com a revista Visão (1975-1976), uma publicação revolucionária inteiramente dedicada à BD que, embora breve, marcou uma clara ruptura no panorama de leitores e autores portugueses.

Um dos pontos altos da sua carreira foi A Primeira Aventura no País de João (1977), com argumento de Maria Alberta Menéres, editado com uma tiragem surpreendente de 500 000 exemplares para distribuição junto de comunidades de emigrantes.

Em 1978, começou a publicar O Abutre, tiras com humor negro e uma veia iconoclasta no jornal A Luta, compiladas posteriormente em sete mini-álbuns pela Europress.

Criou ainda títulos como A missão h…orrível e A Lei do Trabuco e do Punhal – Mataram-no Duas Vezes, ficção baseada na biografia de Zé do Telhado.

Pedro Massano destacou-se também pelas BD de temática histórica com rigor, como A Conquista de Lisboa (2 volumes) ou A Batalha – 14 de Agosto de 1385. Um álbum dedicado à batalha de Aljubarrota, com 86 pranchas elaboradas ao pormenor com base em crónicas históricas, foi visto como um trabalho “monumental”, resultando de quatro anos de trabalho e elogiado pela qualidade gráfica e reconstituição histórica.

Além disso, colaborou com o autor francês Patrick Lizé no álbum Le Deuil Impossible, da Glénat, que retrata curiosamente um possível regresso do rei D. Sebastião em 1598.

Editou ainda o livro teórico Como Fazer Banda Desenhada e até se aventurou em cromos com As Aventuras do Capitão Igloo. Na imprensa, dirigiu o semanário Eco Regional e criou personagens como Dick Tetiv (tiras para o site do Ministério da Administração Interna em 1998) e continuou a desenvolver séries como Contacto em Lisboa e Os Passarinhos.

Pedro Massano faleceu a 1 de Setembro de 2025, com 77 anos, deixando um legado vasto e diversificado no campo da banda desenhada portuguesa.

Ensaio de quadriculografia portuguesa de Pedro Massano 

2 de setembro de 2025

RedFlower #2: O leão orgulhoso da sua crina

O segundo volume foi lançado em França (Glénat Manga): em 22 de Janeiro de 2025. Agora está disponível em Portugal.

O volume 2 retoma com a chegada de uma estrangeira misteriosa, chamada Heidi, ao vilarejo dos Bao’ré. A sua presença gera debates acalorados: alguns defendem expulsá-la, enquanto os Katafali (o conselho pacifista) impõem que se socorra os feridos.

Privado de artes marciais, Kéli tenta ensinar a Heidi sua cultura e tratá-la, mas a barreira do idioma não é tão fácil de superar... Quando os batedores do Rei descobrem os vestígios de outros náufragos na selva, as tensões aumentam na aldeia, Anansi semeia a discórdia e Yao parece estranhamente possuído... À medida que a guerra ameaça rebentar, será que o jovem Kéli encontrará a chave da comunicação a tempo de evitar que os dois povos se matem?

RedFlower #2: O leão orgulhoso da sua crina, Loui, ASA, 240 pp., p&b, capa mole, 9,90€

O Verão em que Hikaru Morreu – Volume 2

Neste volume, Yoshiki lida com uma verdade perturbadora: o verdadeiro Hikaru faleceu, e o ser que agora ocupa o seu lugar, apesar de ter a sua aparência e memórias, não é realmente ele. Ao mesmo tempo, a vila em que eles vivem começa a manifestar comportamentos estranhos. No desfecho do livro, há um capítulo inédito que oferece uma visão privilegiada do modo de pensar do “Hikaru” substituto.

O Verão em que Hikaru Morreu – Volume 2, Mokumokuren, Editorial Presença, 192 pp., p&b, capa mole, 11,90€

1 de setembro de 2025

As minhas leituras de BD no mês de Agosto de 2025



Efemérides da BD no mês de Setembro


01 
– Nascimento de José Ortiz [1932-2013]; Estreia de Darevil [1940], Tom e Jerry [1942], Estreia de Tex Willer [1948], Matt Marriott [1955], X-Men [1963], Os Vingadores [1963], San-António [1963-1975], Vampirella [1969-1988], Taar [1976-1988], Anselmo Curioso [1980], Alef-Thau [1982], Vic Valence [1985], Druuna [1985], Watchmen [1986-1987], Lanfeust de Troy [1994-2000], Rapaces [1998-2003], Bird [2001] e Airborne 44 [2009]

03 - Nascimento de Mort Walker [1923-2018]
04 – Nascimento de Lucien De Gieter [1932], Jean Torton [1942] e Denis Sire [1053-2019]; Estreia de Beetle Bailey [1950]
05 – Nascimento de Robert Bressy [1924-2015], Cathy Guisewhite [1950] e Stédo [1978]; Estreia de Buck Gallo [1963]
06 - Nascimento de José Cabrero Arnal [1909-1982] e Sergio Aragonés [1937]; Estreia de Tumbleweeds [1965] e Aqui há gato (Get Fuzzy) [1999]
07 - Nascimento de José Manuel Soares [1932-2017]; Estreia de Bat Masterson [1959-1960]
08 – Nascimento de Elzie Crisler Segar [1894-1938], Austin Briggs [1908-1973], Jayme Cortez [1926-1987], William Vance [1935-2018], Archie Goodwin [1937-1998] e Catherine Labey [1965]; Estreia de Blondie [1930]
09 - Nascimento de Frank Robbins [1917-1994], Claudio Nizzi [1938], Vicente Segrelles [1940] e José Abrantes [1960]
10 – Nascimento de Stephen Desberg [1954]; Estreia de Capitan [1963-1971]
11 – Nascimento de Jean-Claude Forest [1930-1998], Sérgio Toppi [1932-2012] e Alessandro Chiarolla [1942]; Estreia de Lone Ranger [1938], Redeye [1967], Jess Long [1969] e Gora Gopal [1975]
12 - Nascimento de Milo Manara [1945]
13 - Nascimento de Didier Savard [1950]
14 – Nascimento de Lucien Nortier [1922-1994] e Mike Grell [1947]; Estreia de Cúpido [1988]
15 - Nascimento de Michel Duveaux [1951]
16 – Nascimento de Mike Mignola [1962], Kurt Busiek [1960] e Philippe Gauckler [1961]; Estreia de Donald Duck na BD [1934] e Alix [1948]
17 – Nascimento de Carlos Sampayo [1943] e Dominique Rousseau [1954]
18 – Nascimento de Carlos Botelho [1899-1982], Joe Kubert [1926-2012] e Archie Goodwin [1937-1998]; Estreia de O Império Trigano [1965]
19 – Nascimento de Étienne Willem [1972-2024]; Estreia de Cori [1951-1993] e Matt Marriott [1955-1977]
20 – Nascimento de Fernando Relvas [1954-2017]; Estreia de Winnie Winkle [1920], O Santo [1948-1962], Gil Jourdan [1956-1989] e Moose [1965]
21 – Nascimento de François Corttegiani [1953-2022] e David Mazzuchelli [1960]; Estreia de Moustache et Trottinetti [1952]; 1º número do Tabloide, suplemento do Diário Popular [1965]
22 – Nascimento de Max Cabanes [1947], Philippe Berthet [1956] e Jean-Claude Servais [1956]; Estreia de Alphonse and Gaston [1901] e Flama de Prata [1960-1963]
23 – Nascimento de Stan Lynde [1931-2013], Jean-Claude Mézières [1938-2022], Jean-Luc Vernal [1944-2017], Paul Ryan [1949-2016], Jean-Claude Floch [1953], Eduardo Risso [1959] e Frank Le Gall [1959]; Estreia de Archie Cash [1971]
24 – Nascimento de Jock [1972]; Estreia de Yoko Tsuno [1970]
25 – Nascimento de Jacques Martin [1921-2010], Antonio Sciotti [1924-1974], Massimo Mattioli [1943-2019], Bob Layton [1953] e Jean-Claude Floc'h [1953]; Estreia de Dan Dun [1933- 1943] e Le Petit Nicolas [1955]
26 – Nascimento de Winson McCay [1867-1934], Sirius [1911-1997], Jean-Marie Pélaprat [1927-1995], Raoul Cauvin [1938] e Michel Schetter [1948-2025]; Estreia de Blake e Mortimer [1946], Corentin [1946], Mafalda [1964] e Os Krostons [1968]; 1º número da revista belga Tintin [1946-1988]
27 - Nascimento de Fernando Tito [1943]; Estreia de O Santo [1948-1961]
28 - Nascimento de Al Capp [1909-1979], Robert Hughes [1931] e Christian Denayer [1945]; Estreia na BD de Buffalo Bill [1960]
29 – Nascimento de Sirius [1911-1997], Russ Heath [1926-2018], Tronchet [1958] e Emmanuel Lepage [1966]; Estreia de Mafalda [1964-1973], Archie Cash [1971] e O Detective de Hollywood [1983]
30 – Nascimento de Vittorio Coliva [1937-2018], Altan [1942], Philippe Sternis [1950] e Stanislas [1961]