Esta obra tem ilustração de Joana Afonso, adaptação do argumento de João Miguel Lameiras e o dossier tem a colaboração de José Bernardes, professor da Universidade de Coimbra.
A 27 de Maio às 16h, a ilustradora e o argumentista estarão presentes no Auditório Poente da Feira do Livro de Lisboa para falarem sobre a obra e sessão de autógrafos.
Dramaturgo e poeta português, Gil Vivente é o representante maior da literatura renascentista em Portugal. Serviu na corte régia portuguesa, no primeiro terço do século XVI. Concebeu e promoveu o que hoje designamos por espectáculos de teatro. A sua actividade de dramaturgo foi desenvolvida em torno da corte portuguesa, abrangendo os reinados de D. Manuel I e de D. João III, destinava-se sobretudo a assinalar celebrações litúrgicas (Natal e Páscoa) ou acontecimentos que envolviam a família real: nascimentos de príncipes, casamentos, entradas de reis nas cidades, despedidas de infantas que partiam para casar, etc.
O Auto da Barca do Inferno, foi representado no quarto de D. Maria de Aragão, segunda mulher de D. Manuel, que, em Outubro de 1516, havia dado à luz, pela décima vez e se encontrava doente, vindo a falecer, talvez de sequelas do parto, em Março do ano seguinte.
Dois barqueiros, o Anjo e o Diabo recebem as almas dos passageiros que passam para o outro mundo. A cena passa-se num porto e, um dos barcos vai em direcção ao céu, e o outro ao inferno. A maioria dos personagens vão para a barca do inferno. Durante as suas vidas não seguiram o caminho de Deus, foram trapaceiros, avarentos, interesseiros e cometeram diversos pecados. Por outro lado, quem seguia os preceitos de Deus e viveu de maneira simples vai para a barca.
O Auto da Barca do Inferno é um grande clássico da literatura portuguesa, possuindo diversas sátiras envolvendo a moralidade.
Clássicos da Literatura em BD #30: Auto da Barca do Inferno, Joana Afonso e João Miguel Lameiras, Levoir/RTP, 64 pp., cor, 13,90€
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