Tema eterno duplamente histórico e gráfico, a Segunda Guerra Mundial tem vínculos inegáveis com a banda desenhada, forjados na Europa emergente no ano crucial de 1945. Testemunhas do século, de Calvo a Pratt passando por Spiegelman ou Nakazawa, expressaram o seu ponto de vista humanista e comprometido sobre este conflito universal. No alvorecer de 2015, data comemorativa dos 70 anos do fim das hostilidades, os combatentes e heróis da Segunda Guerra Mundial encontram-se no centro de vários álbuns e séries franco-belgas marcantes. O leitor pode reviver a batalha das Ardenas em Airborne 44 (publicada entre nós) ou a colaboração com o inimigo em Il était une fois en France. Da mesma forma, a banda desenhada e a manga levam os leitores a aliarem-se às façanhas do Capitão América ou ao sacrifício final dos pilotos kamikaze. Por outro lado, no início do século XXI, as bandas desenhadas reabriram o debate em torno de longos tabus como o extermínio dos judeus da Europa, a traição pela pátria ou o horror atómico.
A obra divide-se em quatro partes: - Au service de l'Oncle Sam - Des bulles dans la tourmente : la France Téméraire ou Vaillante ? - Un genre engagé : cette autre vision de la guerre - Le conflit intérieur.
O autor oferece inúmeras entrevistas com autores (de Eric Liberge a Plumail passando por Huguault e Servais). Um glossário, uma bibliografia completa e uma cronologia completam a obra.
La seconde guerre mondiale dans la bande dessinée, Philippe Tomblaine, PLG, 2015, 278 pp., 19€
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