H.G. Wells, como se tornou conhecido, nasceu em Bromley, Inglaterra a 21 de Setembro de 1866 e morreu em Londres no dia 13 de Agosto de 1946. Frequentou a Universidade de Londres onde se licenciou em Ciências. Wells trabalhou como professor-assistente, jornalista e escritor profissional. Como escritor, Wells foi extremamente versátil e produziu um vasto conteúdo literário em muitos géneros, incluindo romances contemporâneos, história, política, comentário social e, principalmente a ficção científica. H.G. Wells é um dos autores mais importantes do género ficção científica. Abordou vários temas como: a viagem no tempo, a invasão alienígena, a manipulação biológica, a guerra total e a invisibilidade, entre outros, que seriam mais tarde seguidos por outros autores do género.
A Guerra dos Mundos, lançado em 1898, é um livro que marcou gerações e se mantém importante até à atualidade. Escrito na primeira pessoa, como um caderno de memórias, mistura o relato histórico com uma boa dose de terror. Wells partiu do seu fascínio por Marte e do desconhecimento que então tínhamos deste planeta que, ao longo dos anos, foi sendo associado a um possível lar de extraterrestres. A narrativa começa quando estranhos objectos, vindos do planeta Marte, vão caindo nos arredores de Londres – estamos em inícios do século XX. Trata-se de cilindros, dos quais irão sair marcianos que, da letargia inicial, avançam para uma destruição implacável para a qual a nossa civilização mostra não estar preparada. Ao contrário das criaturas verdes, com cabeças consideráveis e tentáculos poderosos, os marcianos surgem dissimulados dentro de máquinas tecnológicas assassinas, dotadas de um poderoso raio incendiário e assentes em pernas metálicas que dão, no seu todo, a imagem de depósitos de água caminhando sobre tripés.
A 30 de Outubro de 1938, a CBS interrompeu a sua programação para noticiar uma invasão alienígena. Aquilo que não era mais do que uma dramatização de A Guerra dos Mundos, encenada pelo então jovem Orson Wells, levou a um pânico generalizado. Estima-se que, pelo menos, 1,2 milhões de pessoas tenham acreditado que se tratava de uma notícia real, o que acabou por levar ao entupimento das linhas telefónicas, a aglomerações nas ruas, congestionamentos de trânsito e a um caos que conseguiu paralisar três cidades.
Clássicos da Literatura em BD #23: A Guerra dos Mundos, Alain Zibel e Philippe Chanoinat, Levoir/RTP, 64 pp., cor, capa dura, 13,90€
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